
Originalmente Colocado por
bruncamps
Também concordo com o teu post de um modo geral. Isto porque se aplica aos motores diesel common rail em geral, e não específicamente aos 1.5 DCI. Daí existirem alguns pormenores que discordo, por experiência própria, pois tenho um Megane II 1.5 DCI com injecção Delphi.
Começando pelas velas de incandescência, efectivamente é suposto também funcionarem logo depois do arranque do motor. No entanto, no caso em específico do 1.5 DCI, já dei ao motor de arranque com 0ºC no exterior com as 4 velas danificadas, e passado uns dias com 4 velas novas, e não notei diferença. A opinião de mecânicos e outros condutores deste motor dizem o mesmo, pega bem a frio e dispensa o pré-aquecimento. Na minha opinião devem mudar-se sim após alguns anos/KM, por uma questão de segurança (não vá alguma partir por ex), visto não impedir o bom funcionamento do motor.
O que acontece muitas vezes com muitos mecânicos/oficinas, é a troca das velas de incandescência como forma de resolver o pegar mal a frio. Alguns é simplesmente por falta de conhecimento, outros simplesmente para facturar material e mão-de-obra simples. Depois acontece parecido com este caso, o carro depois de reparado passa a pegar bem a frio, e passado uns KM volta a pegar mal, devido ao erro de injecção e não às velas.
Em relação aos injectores, concordo com a primeira parte, e não com a parte da codificação. Por um motivo muito simples, já tive por diversas vezes o erro 'Verificar Injecção' associado a um erro de um injector, e resolvi-o alterando o código do injector.
Basicamente pouco tempo após comprar o carro (com mais de 250 mil), surgiu-me o famoso erro e o carro começou a pegar mal a frio e com ruído do ralenti diferente. Por desconhecimento troquei as velas, ficou obviamente igual, apenas pegava mais rápido. Segundo passo foi ligar à máquina de diagnóstico, erro apagado e para surpresa, problema resolvido. Circulei mais de 20 mil KM até surgir novamente o erro, desta vez DF029 CIRCUITO COMANDO INJECTOR CILINDRO 4 1.DEF [limite mínimo]. Apaguei-o e circulou cerca de 100 KM até surgir novamente. Verifiquei então os códigos dos injectores, e tinha o 3 trocado com o 4. Procedi à retificação, e todos os injectores ficaram com os códigos certos. Para surpresa, passado mais uma centena de KM, surgiu o DF028 - o mesmo erro no injector nº 3, fui apagando e surgia sempre passado cento e poucos KM. É aqui que entra o "meu truque": se era o código X que gerava o erro, então coloquei o código do 4 também no 3. Já circulei assim cerca de 60 mil KM e não voltou a acender.
Já fiz o mesmo procedimento no carro de um amigo. Acendia o Verificar Injecção, apagava, andava uma centena de KM e voltava a aparecer. Máquina ligada e tinha os códigos todos trocados, depois de corrigidos o motor ficou ok. Resumindo: apesar de teoricamente os códigos não influenciarem a parte eléctrica do injector e assim surgir erro, a verdade é que no caso específico do K9K722 isso acontece, código errado surge erro, código certo não!
Por último, a redução de débito da injecção/motor. Tive conhecimento disso na primeira vez que liguei à máquina de diagnóstico, uma Texa. A informação dada pela máquina era que o débito do injector era reduzido para 75% quando surgia a mensagem de injecção.
Agora que falas no assunto fiquei na dúvida e fui verificar o manual técnico, consta o seguinte:
When fault DF029 occurs, the idle speed is locked at 1000 rpm, there is engine noise,
the engine speed is unstable, engine performance is reduced to 75%...
A questão é: já tive o erro e o ralenti fica à rotação normal, nota-se o ruído de injecção "mais áspero", o motor fica estável na mesma, e a redução de performance não é claramente de 25%. Circulei vários milhares de KM com o erro e o que incomodava mais era o motor a frio só pegar à 2ª vez (o motor roda durante uns 5 segundos, pára, e depois já pega), a nível de andamento diria que era igual. O que faz sentido é o débido do injector reduzido para 75% e não o motor.
Desculpa o post longo mas é para deixar tudo claro.
Cumps