Reclamação junto da Hyundai e do oficina Auto Júlio em Torres Vedras.
Exmºs Senhores:
Hyundai e Auto Júlio Ldª
Boa tarde,
Tendo eu e a minha mulher, no passado mês de Outubro de 2018, adquirido no concessionário Auto Júlio em Torres Vedras, uma viatura da marca Hyundai, modelo I30 5p 1.6 CRDI COMFORT + NAVI 110 CV, fomos informados pelo vendedor que a viatura adquirida tinha uma garantia do fabricante de 5 anos ou 100.000 km.
Acontece que a viatura em questão há poucos dias começou a dar problemas, nomeadamente no nível do óleo do motor.
Ao colocar o carro em funcionamento, detetei uma mensagem de erro no painel do carro apontando para óleo reduzido.
De imediato desliguei a viatura e verifiquei o óleo que se encontrava acima do nível (pelo menos 1 cm na vareta) e não abaixo com nível reduzido como era indicado no painel de erros do carro.
Dirigindo-nos de imediato á oficina, foi-nos transmitido pelo chefe de oficina da Auto Júlio em Torres Vedras de que o problema seria muito provavelmente originado pelas regenerações do filtro de partículas não efetuadas e que teríamos que efetuar a mudança do óleo e do filtro do veículo, talvez também efetuar a regeneração forçada do filtro de partículas em oficina.
Foi por nós referido que o veículo tem a mencionada garantia, o Sr. Hélder comunicou-nos que a Hyndai recusou cobrir a mencionada anomalia e que teríamos que pagar a intervenção a efetuar no veículo e assim veio a suceder tendo por nós sido pago o valor de 243,60 €.
Esta reclamação vem no sentido de que o custo da mudança de óleo e filtro, bem como a regeneração que foi efetuada não podem nem devem de modo nenhum ser atribuídas ao cliente, esta intervenção não pode ser considerada como revisão normal quando ela não é mais do que o resultado de alguma anomalia presente na viatura (não resultante de má utilização ou más práticas de condução) e que terá obrigatoriamente que ser coberta pela marca dado que o carro encontra-se na garantia.
No Passaporte de Serviço da viatura, na sua página 6, é referido que não estão cobertas pela garantia mudanças de óleo e filtros a menos que esses serviços sejam efetuados como parte de uma reparação coberta pela garantia e essa é precisamente a questão, o carro apresenta uma desconformidade que não é mais do que uma consequência de algum problema técnico da viatura que a marca terá que assumir ao abrigo da garantia contratualizada com o consumidor final.
Foi feita a intervenção já mencionada em oficina no passado dia 05 de Dezembro, fomos informados pelo técnico que efetuou a intervenção de que, ao ser ligado à máquina o computador registou que o carro tinha efetuado a última regeneração do filtro de partículas à 15.000 km atrás, O carro tem 39400 km sensivelmente, considerando a informação avançada pelo técnico, a última regeneração do filtro de partículas teria ocorrido aos 24.000 km? E só agora a viatura dá sintomas? Perguntamos: o que foi feito no check up na Auto Júlio em Maio ou possivelmente no principio de Junho de 2019 bem como na revisão dos 30.000 km realizada a 10 de Julho desse ano? Não foram detetados esses erros? Pelos vistos, não foram.
Talvez o único sintoma do problema que o carro foi dando, foi precisamente o aumento do consumo do combustível, que começámos a notar precisamente após a revisão dos 30.000 km, no entanto não relevámos esse facto, que pode ser naturalmente atribuído e a muitos outros fatores não relacionados com o filtro de partículas (curiosamente verificámos agora que na revisão dos 30.000 não foi efetuada a mudança do filtro de gasóleo quando é aconselhável que num motor diesel esta seja feita precisamente por volta da quilometragem referida.)
De acordo com o seu perfil de utilização, a não ser que tenha algum problema, não é possível o veículo não fazer as regenerações do filtro de partículas, sabemos que este processo exige determinadas condições para ser feito pelo veículo (como é referido no manual do mesmo, secção 7—120, mas nunca nenhuma luz de aviso do DPF se acendeu, no veículo só é usado gasóleo Evologic da Galp ou BP Premier Plus que, estamos em crer, cumprem as normas técnicas e especificações em vigor.), mas custa-nos muito a crer que as mesmas estejam sempre ausentes em todas as viagens efetuadas desde os 24.000 km.
O veículo veio para a nossa posse com cerca de 10.000 km e em 13 meses andou praticamente 29.000 km, muitos dos quais efetuados em autoestrada, quando tinha cerca de 26.000 km (a 8 de junho deste ano) efetuou num dia uma viagem toda em autoestrada de cerca de 1300 km, oito dias depois, a 15 de Junho, outra viagem em autoestrada de 1300 km, durante os meses seguintes, variadíssimas viagens superiores a 150 km (muitas com mais de 200 km) em autoestrada (sem paragens), além disto, o veículo faz regularmente 64 km por dia em estrada como é que é possível que o carro deixe de efetuar as respetivas regenerações? Só é possível se houver algum problema eletrónico ou no próprio filtro de partículas do veículo que o impeçam de efetuar e concluir o processo de regeneração com sucesso.
Problema esse que a garantia terá que assumir, não pode de forma alguma ser imputado ao consumidor final, é de referir que, mesmo após a regeneração efetuada em oficina percorridos cerca de 150 km após essa intervenção, o carro continua com um consumo fora do normal, cerca de 1,5 lts/100km acima do expectável.
Á luz da garantia contratualizada, é por nós compradores, solicitado que nos seja devolvido o valor pago pela reparação mencionada bem como que o carro seja avaliado a expensas da garantia para resolver o problema.
Com os melhores cumprimentos: (…)
Resposta da Hyundai 4 meses depois da reclamação:
(...)
Desde já agradecemos o v/ contacto e a possibilidade esclarecer a situação por v/ descrita.
Face ao exposto, informamos que a necessidade de substituição do óleo do motor e respetivo filtro de óleo não se deve a uma falha de funcionamento do seu Hyundai, mas sim a uma característica de funcionamento de todos os modelos Diesel EURO 6, característica esta inerente ao sistema de controlo de emissões - DPF - filtro de partículas diesel.
À medida que circula com o seu Hyundai, o filtro de partículas irá aumentar a quantidade de fuligem até que atinja um valor definido para regeneração, sendo mais rápida a sua saturação em condições de circulação adversas, tal como, a condução repetida em curtas distâncias, condução com paragem e arranque, condução como carro de patrulha, táxi, veículo comercial ou veículo de reboque, entre outras, conforme descrito no manual de instruções do seu Hyundai.
A regeneração do filtro de partículas é realizada em condições de temperatura e pressão ideais, sendo estas atingidas após alguns quilómetros em circulação, dependendo também das condições externas e de utilização. O inicio da regeneração é controlado exclusivamente pela unidade do motor do seu i30, não existindo qualquer rotina definida (ex. realizar 45km para inicio de regeneração). O processo de regeneração recorre à injeção de combustível adicional sendo que por cada regeneração interrompida existe um novo ciclo de regeneração a realizar. A constante realização e as tentativas de regenerações do filtro de partículas que não terminam por inexistência de condições que permitam a sua conclusão, origina uma maior diluição do óleo do motor e consequente aumento do nível do mesmo, obrigando assim a uma substituição antecipada aquando comparada com uma viatura semelhante com uma utilização em condições "normais", contudo também prevista no manual de instruções do seu Hyundai.
No momento da intervenção e conforme diagnóstico efetuado pelo Reparador Autorizado Hyundai, Auto Júlio, a última regeneração do filtro de partículas tinha sido concluída cerca de 250km antes de o seu Hyundai dar entrada no Reparador Autorizado. Informamos ainda que a substituição do filtro de combustível do seu Hyundai deverá ser realizada aquando da revisão dos 60.000km ou 48 meses.
Qualquer questão adicional, não hesite em contactar-nos.
Gratos pela atenção dispensada, despedimo-nos apresentando os nossos melhores cumprimentos.
Nova resposta dos reclamantes:
Exmº Sr. António Duarte, Hyundai
Boa tarde,
Nós, como clientes, não deixamos de nos “congratular” com o facto de ao fim de quatro!, dizemos 4 meses, finalmente termos tido uma resposta por parte da marca,
Tínhamos a marca Hyundai como uma referência no mercado automóvel português mas afinal parece que cometemos um erro de avaliação.
Relembramos que aquando da compra do carro o stand e a marca com certeza que não esperaram tanto tempo pelo respetivo dinheiro, face a isto, estamos em crer que o cliente merece outro tipo de atenção quando reclama.
Por outro lado, o objetivo do cliente quando reclama é obter uma resposta concreta e não apenas informação genérica (que foi o caso como pudemos constatar no email abaixo), não é defeito, é feitio, dizem entrelinhas os senhores no texto abaixo, lamentamos, mas, pelas razões apontadas no email anterior (que esperamos e desejamos ao menos tenham sido lidas), não podemos de modo nenhum concordar.
Relembramos o que foi escrito por nós no que diz respeito à utilização do veículo:
“De acordo com o seu perfil de utilização, a não ser que tenha algum problema, não é possível o veículo não fazer as regenerações do filtro de partículas, sabemos que este processo exige determinadas condições para ser feito pelo veículo (como é referido no manual do mesmo, secção 7—120, mas nunca nenhuma luz de aviso do DPF se acendeu, no veículo só é usado gasóleo Evologic da Galp ou BP Premier Plus que, estamos em crer, cumprem as normas técnicas e especificações em vigor.), mas custa-nos muito a crer que as mesmas estejam sempre ausentes em todas as viagens efetuadas desde os 24.000 km.
O veículo veio para a nossa posse com cerca de 10.000 km e em 13 meses andou praticamente 29.000 km, muitos dos quais efetuados em autoestrada, quando tinha cerca de 26.000 km (a 8 de junho deste ano) efetuou num dia uma viagem toda em autoestrada de cerca de 1300 km, oito dias depois, a 15 de Junho, outra viagem em autoestrada de 1300 km, durante os meses seguintes, variadíssimas viagens superiores a 150 km (muitas com mais de 200 km) em autoestrada (sem paragens), além disto, o veículo faz regularmente 64 km por dia em estrada como é que é possível que o carro deixe de efetuar as respetivas regenerações? Só é possível se houver algum problema eletrónico ou no próprio filtro de partículas do veículo que o impeçam de efetuar e concluir o processo de regeneração com sucesso.”
Informamos que:
O veículo não cumpre em nenhuma das circunstâncias os requisitos para serem consideradas as suas condições de circulação/utilização como adversas:
- Não faz serviço de reboque
- Não é usado em condução repetida em curtas distâncias
- Não é usado em condução como carro de patrulha, táxi, veículo comercial ou veículo de reboque.
O veículo é usado frequentemente em longas viagens onde estão reunidas geralmente as condições ideais para que o sistema do filtro de partículas efetue com sucesso as respetivas regenerações. E como já foi dito, não há razão nenhuma objetiva e relacionada com a utilização do veículo para que este não faça as regenerações respetivas.
Portanto não pode ser imputado aos proprietários do veículo uma desconformidade da qual não têm a mínima culpa.
Tanto assim é, que já fomos proprietários de outros veículos com filtro de partículas, exatamente com o mesmo perfil de utilização da nossa parte e nenhum em circunstância alguma teve algum problema semelhante.
Considerando o intervalo de intervenção/manutenção de 30.000 em 30.000 km, não é normal que o carro ao fim de pouco mais de 8.000 km de sair da revisão, tenha despoletado uma situação destas, se isto aconteceu pela condução do cliente porque motivo dos 10.000 km (quando foi comprado por nós) até aos 30.000 nunca aconteceu?? Não houveram mudanças no hábito de condução que assim os justificassem.
Também não deixa de ser estranho (e esperamos que seja esclarecido) porque motivo nos foi informado aquando da intervenção da Auto Júlio, que o carro tinha feito a última regeneração 15.000 km atrás quando agora recebemos a informação de que a última regeneração tinha sido feita 250 km atrás…..
Como é que 250 km sem regeneração podem justificar um aumento brutal destes do nível do óleo?
Pelo exposto, não podemos concordar de que esta questão tenha de ser resolvida a expensas do cliente, aguardamos a solução efetiva da Hyundai e ponderaremos o recurso aos respetivos mecanismos legais de conflito de consumo.
Quanto á questão da manutenção programada:
Temos também a informar que aos 40.000 km (pouco tempo atrás) foi verificado que o filtro de ar da viatura estava preto…. Podia e devia ter sido mudado aos 30.000, lamentamos que não o fosse e não deixamos de estranhar a situação.
Relembramos que o cliente paga pela manutenção programada na compra da viatura pelo que a mesma deve ser feita por forma também a evitar problemas (nomeadamente nos filtros de ar, gasóleo, etc).
Aguardamos a vossa resposta.
Com os melhores cumprimentos:
.................................................. ................
Até agora mais nenhuma resposta, limitam-se a ignorar o cliente, do stand nem sequer responderam, há dias o carro voltou a ter o mesmo problema, a resposta na oficina é sempre a mesma, "não sabemos", "ande mais", "não sabemos"..
Querem é que o cliente lá vá, quanto mais vezes melhor e que pague...
Fica aqui um conselho a quem pensa comprar um Hyundai a diesel (mesmo que ande km´s em estrada que o justifique): pensem bem no que se vão meter porque depois na hora que precisarem eles mandam-vos dar uma volta ao bilhar grande...
Exmºs Senhores:
Hyundai e Auto Júlio Ldª
Boa tarde,
Tendo eu e a minha mulher, no passado mês de Outubro de 2018, adquirido no concessionário Auto Júlio em Torres Vedras, uma viatura da marca Hyundai, modelo I30 5p 1.6 CRDI COMFORT + NAVI 110 CV, fomos informados pelo vendedor que a viatura adquirida tinha uma garantia do fabricante de 5 anos ou 100.000 km.
Acontece que a viatura em questão há poucos dias começou a dar problemas, nomeadamente no nível do óleo do motor.
Ao colocar o carro em funcionamento, detetei uma mensagem de erro no painel do carro apontando para óleo reduzido.
De imediato desliguei a viatura e verifiquei o óleo que se encontrava acima do nível (pelo menos 1 cm na vareta) e não abaixo com nível reduzido como era indicado no painel de erros do carro.
Dirigindo-nos de imediato á oficina, foi-nos transmitido pelo chefe de oficina da Auto Júlio em Torres Vedras de que o problema seria muito provavelmente originado pelas regenerações do filtro de partículas não efetuadas e que teríamos que efetuar a mudança do óleo e do filtro do veículo, talvez também efetuar a regeneração forçada do filtro de partículas em oficina.
Foi por nós referido que o veículo tem a mencionada garantia, o Sr. Hélder comunicou-nos que a Hyndai recusou cobrir a mencionada anomalia e que teríamos que pagar a intervenção a efetuar no veículo e assim veio a suceder tendo por nós sido pago o valor de 243,60 €.
Esta reclamação vem no sentido de que o custo da mudança de óleo e filtro, bem como a regeneração que foi efetuada não podem nem devem de modo nenhum ser atribuídas ao cliente, esta intervenção não pode ser considerada como revisão normal quando ela não é mais do que o resultado de alguma anomalia presente na viatura (não resultante de má utilização ou más práticas de condução) e que terá obrigatoriamente que ser coberta pela marca dado que o carro encontra-se na garantia.
No Passaporte de Serviço da viatura, na sua página 6, é referido que não estão cobertas pela garantia mudanças de óleo e filtros a menos que esses serviços sejam efetuados como parte de uma reparação coberta pela garantia e essa é precisamente a questão, o carro apresenta uma desconformidade que não é mais do que uma consequência de algum problema técnico da viatura que a marca terá que assumir ao abrigo da garantia contratualizada com o consumidor final.
Foi feita a intervenção já mencionada em oficina no passado dia 05 de Dezembro, fomos informados pelo técnico que efetuou a intervenção de que, ao ser ligado à máquina o computador registou que o carro tinha efetuado a última regeneração do filtro de partículas à 15.000 km atrás, O carro tem 39400 km sensivelmente, considerando a informação avançada pelo técnico, a última regeneração do filtro de partículas teria ocorrido aos 24.000 km? E só agora a viatura dá sintomas? Perguntamos: o que foi feito no check up na Auto Júlio em Maio ou possivelmente no principio de Junho de 2019 bem como na revisão dos 30.000 km realizada a 10 de Julho desse ano? Não foram detetados esses erros? Pelos vistos, não foram.
Talvez o único sintoma do problema que o carro foi dando, foi precisamente o aumento do consumo do combustível, que começámos a notar precisamente após a revisão dos 30.000 km, no entanto não relevámos esse facto, que pode ser naturalmente atribuído e a muitos outros fatores não relacionados com o filtro de partículas (curiosamente verificámos agora que na revisão dos 30.000 não foi efetuada a mudança do filtro de gasóleo quando é aconselhável que num motor diesel esta seja feita precisamente por volta da quilometragem referida.)
De acordo com o seu perfil de utilização, a não ser que tenha algum problema, não é possível o veículo não fazer as regenerações do filtro de partículas, sabemos que este processo exige determinadas condições para ser feito pelo veículo (como é referido no manual do mesmo, secção 7—120, mas nunca nenhuma luz de aviso do DPF se acendeu, no veículo só é usado gasóleo Evologic da Galp ou BP Premier Plus que, estamos em crer, cumprem as normas técnicas e especificações em vigor.), mas custa-nos muito a crer que as mesmas estejam sempre ausentes em todas as viagens efetuadas desde os 24.000 km.
O veículo veio para a nossa posse com cerca de 10.000 km e em 13 meses andou praticamente 29.000 km, muitos dos quais efetuados em autoestrada, quando tinha cerca de 26.000 km (a 8 de junho deste ano) efetuou num dia uma viagem toda em autoestrada de cerca de 1300 km, oito dias depois, a 15 de Junho, outra viagem em autoestrada de 1300 km, durante os meses seguintes, variadíssimas viagens superiores a 150 km (muitas com mais de 200 km) em autoestrada (sem paragens), além disto, o veículo faz regularmente 64 km por dia em estrada como é que é possível que o carro deixe de efetuar as respetivas regenerações? Só é possível se houver algum problema eletrónico ou no próprio filtro de partículas do veículo que o impeçam de efetuar e concluir o processo de regeneração com sucesso.
Problema esse que a garantia terá que assumir, não pode de forma alguma ser imputado ao consumidor final, é de referir que, mesmo após a regeneração efetuada em oficina percorridos cerca de 150 km após essa intervenção, o carro continua com um consumo fora do normal, cerca de 1,5 lts/100km acima do expectável.
Á luz da garantia contratualizada, é por nós compradores, solicitado que nos seja devolvido o valor pago pela reparação mencionada bem como que o carro seja avaliado a expensas da garantia para resolver o problema.
Com os melhores cumprimentos: (…)
Resposta da Hyundai 4 meses depois da reclamação:
(...)
Desde já agradecemos o v/ contacto e a possibilidade esclarecer a situação por v/ descrita.
Face ao exposto, informamos que a necessidade de substituição do óleo do motor e respetivo filtro de óleo não se deve a uma falha de funcionamento do seu Hyundai, mas sim a uma característica de funcionamento de todos os modelos Diesel EURO 6, característica esta inerente ao sistema de controlo de emissões - DPF - filtro de partículas diesel.
À medida que circula com o seu Hyundai, o filtro de partículas irá aumentar a quantidade de fuligem até que atinja um valor definido para regeneração, sendo mais rápida a sua saturação em condições de circulação adversas, tal como, a condução repetida em curtas distâncias, condução com paragem e arranque, condução como carro de patrulha, táxi, veículo comercial ou veículo de reboque, entre outras, conforme descrito no manual de instruções do seu Hyundai.
A regeneração do filtro de partículas é realizada em condições de temperatura e pressão ideais, sendo estas atingidas após alguns quilómetros em circulação, dependendo também das condições externas e de utilização. O inicio da regeneração é controlado exclusivamente pela unidade do motor do seu i30, não existindo qualquer rotina definida (ex. realizar 45km para inicio de regeneração). O processo de regeneração recorre à injeção de combustível adicional sendo que por cada regeneração interrompida existe um novo ciclo de regeneração a realizar. A constante realização e as tentativas de regenerações do filtro de partículas que não terminam por inexistência de condições que permitam a sua conclusão, origina uma maior diluição do óleo do motor e consequente aumento do nível do mesmo, obrigando assim a uma substituição antecipada aquando comparada com uma viatura semelhante com uma utilização em condições "normais", contudo também prevista no manual de instruções do seu Hyundai.
No momento da intervenção e conforme diagnóstico efetuado pelo Reparador Autorizado Hyundai, Auto Júlio, a última regeneração do filtro de partículas tinha sido concluída cerca de 250km antes de o seu Hyundai dar entrada no Reparador Autorizado. Informamos ainda que a substituição do filtro de combustível do seu Hyundai deverá ser realizada aquando da revisão dos 60.000km ou 48 meses.
Qualquer questão adicional, não hesite em contactar-nos.
Gratos pela atenção dispensada, despedimo-nos apresentando os nossos melhores cumprimentos.
Nova resposta dos reclamantes:
Exmº Sr. António Duarte, Hyundai
Boa tarde,
Nós, como clientes, não deixamos de nos “congratular” com o facto de ao fim de quatro!, dizemos 4 meses, finalmente termos tido uma resposta por parte da marca,
Tínhamos a marca Hyundai como uma referência no mercado automóvel português mas afinal parece que cometemos um erro de avaliação.
Relembramos que aquando da compra do carro o stand e a marca com certeza que não esperaram tanto tempo pelo respetivo dinheiro, face a isto, estamos em crer que o cliente merece outro tipo de atenção quando reclama.
Por outro lado, o objetivo do cliente quando reclama é obter uma resposta concreta e não apenas informação genérica (que foi o caso como pudemos constatar no email abaixo), não é defeito, é feitio, dizem entrelinhas os senhores no texto abaixo, lamentamos, mas, pelas razões apontadas no email anterior (que esperamos e desejamos ao menos tenham sido lidas), não podemos de modo nenhum concordar.
Relembramos o que foi escrito por nós no que diz respeito à utilização do veículo:
“De acordo com o seu perfil de utilização, a não ser que tenha algum problema, não é possível o veículo não fazer as regenerações do filtro de partículas, sabemos que este processo exige determinadas condições para ser feito pelo veículo (como é referido no manual do mesmo, secção 7—120, mas nunca nenhuma luz de aviso do DPF se acendeu, no veículo só é usado gasóleo Evologic da Galp ou BP Premier Plus que, estamos em crer, cumprem as normas técnicas e especificações em vigor.), mas custa-nos muito a crer que as mesmas estejam sempre ausentes em todas as viagens efetuadas desde os 24.000 km.
O veículo veio para a nossa posse com cerca de 10.000 km e em 13 meses andou praticamente 29.000 km, muitos dos quais efetuados em autoestrada, quando tinha cerca de 26.000 km (a 8 de junho deste ano) efetuou num dia uma viagem toda em autoestrada de cerca de 1300 km, oito dias depois, a 15 de Junho, outra viagem em autoestrada de 1300 km, durante os meses seguintes, variadíssimas viagens superiores a 150 km (muitas com mais de 200 km) em autoestrada (sem paragens), além disto, o veículo faz regularmente 64 km por dia em estrada como é que é possível que o carro deixe de efetuar as respetivas regenerações? Só é possível se houver algum problema eletrónico ou no próprio filtro de partículas do veículo que o impeçam de efetuar e concluir o processo de regeneração com sucesso.”
Informamos que:
O veículo não cumpre em nenhuma das circunstâncias os requisitos para serem consideradas as suas condições de circulação/utilização como adversas:
- Não faz serviço de reboque
- Não é usado em condução repetida em curtas distâncias
- Não é usado em condução como carro de patrulha, táxi, veículo comercial ou veículo de reboque.
O veículo é usado frequentemente em longas viagens onde estão reunidas geralmente as condições ideais para que o sistema do filtro de partículas efetue com sucesso as respetivas regenerações. E como já foi dito, não há razão nenhuma objetiva e relacionada com a utilização do veículo para que este não faça as regenerações respetivas.
Portanto não pode ser imputado aos proprietários do veículo uma desconformidade da qual não têm a mínima culpa.
Tanto assim é, que já fomos proprietários de outros veículos com filtro de partículas, exatamente com o mesmo perfil de utilização da nossa parte e nenhum em circunstância alguma teve algum problema semelhante.
Considerando o intervalo de intervenção/manutenção de 30.000 em 30.000 km, não é normal que o carro ao fim de pouco mais de 8.000 km de sair da revisão, tenha despoletado uma situação destas, se isto aconteceu pela condução do cliente porque motivo dos 10.000 km (quando foi comprado por nós) até aos 30.000 nunca aconteceu?? Não houveram mudanças no hábito de condução que assim os justificassem.
Também não deixa de ser estranho (e esperamos que seja esclarecido) porque motivo nos foi informado aquando da intervenção da Auto Júlio, que o carro tinha feito a última regeneração 15.000 km atrás quando agora recebemos a informação de que a última regeneração tinha sido feita 250 km atrás…..
Como é que 250 km sem regeneração podem justificar um aumento brutal destes do nível do óleo?
Pelo exposto, não podemos concordar de que esta questão tenha de ser resolvida a expensas do cliente, aguardamos a solução efetiva da Hyundai e ponderaremos o recurso aos respetivos mecanismos legais de conflito de consumo.
Quanto á questão da manutenção programada:
Temos também a informar que aos 40.000 km (pouco tempo atrás) foi verificado que o filtro de ar da viatura estava preto…. Podia e devia ter sido mudado aos 30.000, lamentamos que não o fosse e não deixamos de estranhar a situação.
Relembramos que o cliente paga pela manutenção programada na compra da viatura pelo que a mesma deve ser feita por forma também a evitar problemas (nomeadamente nos filtros de ar, gasóleo, etc).
Aguardamos a vossa resposta.
Com os melhores cumprimentos:
.................................................. ................
Até agora mais nenhuma resposta, limitam-se a ignorar o cliente, do stand nem sequer responderam, há dias o carro voltou a ter o mesmo problema, a resposta na oficina é sempre a mesma, "não sabemos", "ande mais", "não sabemos"..
Querem é que o cliente lá vá, quanto mais vezes melhor e que pague...
Fica aqui um conselho a quem pensa comprar um Hyundai a diesel (mesmo que ande km´s em estrada que o justifique): pensem bem no que se vão meter porque depois na hora que precisarem eles mandam-vos dar uma volta ao bilhar grande...
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