Tópico das Marcas Francesas Defuntas: Delahaye,Bugatti,Darracq,Panhard,Delage,Voisin

[Feelb]

Este é um tópico sobre todas as marcas defuntas francesas. A França como berço do automobilismo tem na sua história uma panóplia de marcas que marcaram o Sec. XX e que ficarão para sempre na História pela Excelência, Tecnologia, Luxo, etc.

Vou colocar as marcas e vou traduzir as suas páginas da Wikipedia acompanhando todos os posts de fotos respectivas dos modelos em questão. Category:Defunct motor vehicle manufacturers of France - Wikipedia, the free encyclopedia

Índice:

Alpine - http://forum.autohoje.com/forum-gera...post1066067671
Amilcar - http://forum.autohoje.com/forum-gera...post1066069275
Avions Voisin - http://forum.autohoje.com/forum-gera...post1066071228
Ballot - http://forum.autohoje.com/forum-gera...post1066071569
Berliet - http://forum.autohoje.com/forum-gera...post1066074400

...

[Nuno156]

BUGATTI não está propriamente defunta...

[MGuedes]

BUGATTI não está propriamente defunta...

Vinha dizer mesmo isso.. Pode ter perdido o seu conceito original, talvez, mas defunta não.

[Feelb]

BUGATTI não está propriamente defunta...

Mas a Bugatti de hoje nada tem a ver com a original. A Bugatti "acabou" . O que a VW hoje faz é produzir um carro e colocar o símbolo Bugatti. Apenas é Made in France porque de resto o carro é 100% desenvolvido na Alemanha.

[LUSOPOWER]

BUGATTI não está propriamente defunta...

teoricamente está morta. Vejamos... já foi italiana e agora é alemã, portanto, de francesa já nada tem. lol

[Bj40]

Se a Bugatti no actualidade é considerada defunta, imaginem nos anos anteriores à sua aquisição pela VW....

[SRLA]

A Butatti logo desde o início gostava de fazer carros grandes, luxuosos, com motores enormes e preços de topo (ao contrário da generalidade dos fabricantes italianos da altura, que preferiam fazer carros mais aligeirados).

Não penso que o Veyron, referência de velocidade em estrada durante tantos anos, com duas toneladas, diamantes nos mostradores, um motor com 8l e 4 turbos e um preço base de 1 milhão de euros mais sabe-se lá quanto nos extras e impostos esteja muito desfasado das intenções de Ettore Bugatti.

[Feelb]

Se a Bugatti no actualidade é considerada defunta, imaginem nos anos anteriores à sua aquisição pela VW....

Uma coisa é a Bugatti, outra é a Bugatti Automobili SpA e outra a Bugatti Automobiles S.A.S. É um pouco como aquela confusão sobre a Lotus, a Lotus Cars, a Lotus Team, etc

[Feelb]

Comecemos com a Alpine:

Alpine (French pronunciation: [alpin]) foi um consctructor francês de carros desportivos que usava motores Renault colocados na traseira.

Jean Redélé o fundador da Alpine, era originalmente um garagista de Dieppe, que conseguiu grandes sucessos desportivos com um dos poucos carros franceses produzidos logo a seguir à 2ª Guerra Mundial.


Primeiros tempos


Utilizando um Renault 4CVs, Rédélé conseguiu grandes vitórias em vários eventos desportivos, como a Mille Miglia e Coupe des Alpes. Com a sua experiência com o pequeno 4CV, ele incorporou várias modificações, incluindo por exemplo, uma caixa de velocidades especial de 5 velocidades em vez da original de 3 velocidades. Para reduzir o peso dos carros ele construiu um numero de várias versões especiais com vários elementos da carroçaria em alumínio: participou em Le Mans e Sebring com algum sucesso no inicio dos anos 50.


Encorajado pelo desenvolvimento destes carros e o consequente procura dos clientes pelos seus produtos, ele fundou a Société Anonyme des Automobiles Alpine em 1954. A empresa foi chamada Alpine devido ao sucesso das Coupes des Alpes. Ele não sabia que em Inglaterra no ano anterior, a Sunbeam tinha introduzido um coupe desportivo derivado do Talbot e chamado Sunbeam Alpine. Este problema de naming trouxe-lhe alguns problemas ao longo da sua história.


Em 1955, ele trabalhou com os irmãos Chappe com o objectivo de ser um dos pioneiros de fibra de vidro na consctrução e produção de um pequeno Coupe baseado na mecânica do Renault 4CV e chamado Alpine A106
Utilizou a plataforma original do 4CV. O A106 alcançou um grande numero de sucessos durante a década de 50 e teve origem num concept cabrio. O styling deste carro ficou a cargo do designer italiano Michelotti. Sob a carroçaria de fibra de vidro existia um chassis bastante firme baseado numa coluna dorsal tubular que seria um cunho de todos os Alpine produzidos. De seguida a Alpine pegou no design cabrio e desenvolveu um coupe 2+2 (ou berlinette): assim surgiu o A108, construído entre 1958 e 1963.

[diogortrick]

Até o forum já apanhou com a invasão dos franceses no verão.

[Feelb]

Continuação Alpine:

1960s

Por esta altura a mecânica começava a mostrar a sua idade. Alpine começou a trabalhar directamente com a Renault quando o Renault R8 foi introduzido em 1962. A Alpine redesenhou o seu chassis e fez um pequeno leque de mudanças nos elementos da carroçaria para permitir receber a mecânica do R8.


Este novo carro seria o A110 Berlinette Tour de France, nomeado desta maneira devido a um triunfo do Alpine A108 no evento do ano de 1962. Começando com o motor 956 cc de 51 bhp (38 kW), o mesmo chassis e desenvolvimento da carroçaria com poucas alterações ao longo dos anos para que em 1974, o pequeno carro recebia o desenvolvimento de motores como o 1800 cc 180 bhp (134 kW)+. Com o peso de apenas 620 kg (1,367 lb) na sua versão de competição, a performance era excelente.

A Alpine alcançou enormes e históricos sucessos em provas de rally, e em 1968 a Renault colaborou para o orçamento da marca. A estreita colaboração fez com que os Alpine pudessem ser vendidos e mantidos em França em concessionários oficiais da Renault. O grande e real sucesso começou em 1968 com vitórias absolutas no Coupe des Alpes e em outras provas internacionais. Nesta altura os carros de competição montavam os motores de 1440 cc derivados do Renault R8 Gordini. Os sucessos na competição tornaram-se numerosos, também ajudado pelo facto da Alpine ter sido a primeira marca a interpretar na perfeição e correctamente as regras de homologação.

[Mistral]

Mas a Bugatti não é italiana???

[MadDragon]

Já há muito que não via o nome Delahaye escrito!

Deixo aqui o meu modelo predilecto:

Delahaye Type 165 de 1939






Motor de 12 cilindros, 4500c.c com 245cv e 180km/h de velocidade máxima.

Só foram produzidas 5 unidades.

A carroçaria foi desenhada e carroçada Figoni & Falaschi.

[MadDragon]

Mas a Bugatti não é italiana???

O fundador Ettore Bugatti era italiano, mas estabeleceu-se na França.

[Cobra]

O fundador Ettore Bugatti era italiano, mas estabeleceu-se na França.

Estabeleceu-se num celeiro em França

[Cobra]

Mas a Bugatti não é italiana???

Nesta fase, do Eb110 o dono era o italiano Romano Artioli, na altura também acreditava que a Bugatti era italiana

O nome do italiano surge também como dono da Lotus na mesma altura, lembro-me disso porque o nome Elise, é o nome da neta dele depois vendeu a Bugatti à Vw (?) e a Lotus à Proton.

[MadDragon]

Os Bugatti eram qualquer coisa de fantástico na época.
Eram mesmo obras primas dignas duma família cheia de artistas como a Bugatti.

[Cagi]

A Bugatti foi fundada na Alsácia, mais propriamente em Molsheim. O dono era Italiano.

Hoje voltou para a origem mas é controlada pela subsidiaria VW France beneficia de tecnologia do banco de órgãos do grupo mãe mas alterados para a marca, é desenvolvido e construído na tal localidade francesa, assim como a Lamborghini que continua a ser desenvolvida e construída em Itália com os seus próprios processos, pertence ao subgrupo Audi AG.

[Cagi]

Falta ai a não menos conhecida Facel.

Facel Vega

[hog]

Já há muito que não via o nome Delahaye escrito!

Deixo aqui o meu modelo predilecto:

Delahaye Type 165 de 1939






Motor de 12 cilindros, 4500c.c com 245cv e 180km/h de velocidade máxima.

Só foram produzidas 5 unidades.

A carroçaria foi desenhada e carroçada Figoni & Falaschi.

Se taparmos o habitáculo e virar-mos ao contrário dava um belo barco!

[Cagi]

No ultimo filme Transformers aparecem lá essas marcas francesas em certas partes do filme, penso que é precisamente esse Delahaye e um Bugatti.

[Feelb]

No ultimo filme Transformers aparecem lá essas marcas francesas em certas partes do filme, penso que é precisamente esse Delahaye e um Bugatti.

A PSA podia ressuscitar a Delahaye para fazer carros de luxo. A Renault já tem a Infiniti.

[LUSITANER]

Adoro o interior dos Facel.

E para mim a Bugatti sempre será Italiana. Nome italiano, fundador italiano, etc.. etc.. e toque italiano, os franceses não sabem fazer carros decentes XD
Também não gostariamos nada de ver um portugues a ir fundar uma marca em frança e todos os ignorantes do planeta dizerem que era francês. Talvez lá eles fiquem contentes e com bom ego, devem-se achar muito importantes "a e tal o carro mais rapido do mundo é francês": Phªyl.

[MGuedes]

Adoro o interior dos Facel.

E para mim a Bugatti sempre será Italiana. Nome italiano, fundador italiano, etc.. etc.. e toque italiano, os franceses não sabem fazer carros decentes XD
Também não gostariamos nada de ver um portugues a ir fundar uma marca em frança e todos os ignorantes do planeta dizerem que era francês. Talvez lá eles fiquem contentes e com bom ego, devem-se achar muito importantes "a e tal o carro mais rapido do mundo é francês": Phªyl.

Pois. Essa dos franceses não sabem fazer carros decentes... Deves ter tirado o dia para provocar discussões.

[Feelb]

Adoro o interior dos Facel.

E para mim a Bugatti sempre será Italiana. Nome italiano, fundador italiano, etc.. etc.. e toque italiano, os franceses não sabem fazer carros decentes XD
Também não gostariamos nada de ver um portugues a ir fundar uma marca em frança e todos os ignorantes do planeta dizerem que era francês. Talvez lá eles fiquem contentes e com bom ego, devem-se achar muito importantes "a e tal o carro mais rapido do mundo é francês": Phªyl.

Se ele se estabeleceu em França é porque esse país lhe deu condições para desenvolver a sua empresa, a sua vida e ser feliz. Foi uma altura muito conturbada na Europa, a França e Inglaterra eram na altura os países mais democráticos e livres. Não sabes o que seria se ele tivesse ficado em Itália. De Se's não reza a história, o que interessa é que a Bugatti é uma das marcas com a história mais Gloriosa do Mundo Automóvel.

Quanto ao resto nem vale a pena responder. Tens muita coisa para aprender.

[Feelb]

A Bugatti foi fundada na Alsácia, mais propriamente em Molsheim. O dono era Italiano.

Hoje voltou para a origem mas é controlada pela subsidiaria VW France beneficia de tecnologia do banco de órgãos do grupo mãe mas alterados para a marca, é desenvolvido e construído na tal localidade francesa, assim como a Lamborghini que continua a ser desenvolvida e construída em Itália com os seus próprios processos, pertence ao subgrupo Audi AG.

Apenas é construído em França porque é desenhado e desenvolvido na Alemanha.

[Cagi]

Bem pelo menos existe pista de testes e fase de desenvolvimento final, vi um vídeo que indicava isso mas como a base técnica não é própria é natural que a maioria seja na Alemanha.

Falando na origem e influencias...
O facto de ser francesa é precisamente por ser fundada em França e toda a sua construção ser lá com tecnologia local influencia o produto. O dono ser italiano vale pelo tato que este possa dar aos produtos.
Se formos ver por essa lógica hoje há marcas multinacionais porque são pensadas por pessoas desde a fase de desenho aos testes de varios pontos do planeta.
Neste momento a Bugatti não é mais que alemã por assim dizer porque pelo menos o Veyron é claramente um carro Vagista logo a começar na sua linha muito redonda e "tudo" o que está por baixo a mesma coisa.

Isso de vir para ai com preconceitos e racismo é conversa barata, basta pegar num livro de historia automóvel vemos que todas as nações construtoras influenciaram de certa forma o que temos hoje.

[gtabarth]

A Bugatti é efectivamente Francesa, excepto nos anos 90 que foi Italiana (antes de ser vendida à Audi) e estava em Modena.
Bugatti era Italiano mas estava radicado na Alsácia, França, mas curiosamente junto à Alemanha e tendo havido trocas de território ao longo da história.

Agora apesar da Bugatti ser Francesa e a Monteverdi ser Suiça, estas duas marcas são filosoficamente consideradas Italianas, por terem uma grande quantidade de características que só as máquinas exóticas Italianas possuem.

Em quase todo o mundo, nos EUA por exemplo e em muitos fóruns, os Bugatti estão sempre como Italianos; e de facto apesar de serem feitos em território Francês, eram os automóveis de um homem Italiano; o que não é bem o mesmo que um Argentino (De Tomaso) fabricar carros em Itália, pois era Argentino descendente de Italianos, sabendo nós que os Argentinos são descendentes meio/meio Espanhóis / Italianos, grosso modo que para lá foram quase na totalidade entre o final do século XIX e meados do Século XX.

[Feelb]

1970s

Em 1970 a Alpine alcançou uma vitória de 1-2-3 no Monte Carlo rally, utilizando carros com motores derivados do Renault 16. Em 1973, eles repetiram a vitória de 1-2-3 em Monte Carlo e ganharam o título absoluto do World Rally Championship, batendo a Porsche, Lancia e Ford. Durante todo este tempo a produção do Alpine A110 aumentou exponencialmente em países como Espanha, México, Brasil ou Bulgária.

Em 1973 surgiu a crise do petróleo, que provocou efeitos profundos em muitos construtores especialistas em todo o Mundo. De um total de 1421 modelos produzidos em 1972 o numero de carros vendidos caiu para 957 em 1974 e a empresa foi comprada pela Renault. Os problemas da Alpine foram agravados pela necessidade de desenvolver um substituto para o A110 e lançar o carro precisamente quando os preços da gasolina na Europa subiram em flecha.


Durante a década de 1970s a Alpine continuou a sua campanha com o A110 e mais tarde com o Alpine A310. Contudo, para competir contra o sucesso Alpine outros construtores desenvolveram carros especiais como o famoso Lancia Stratos que foi baseado no mesmo conceito do A110, tamanho e localização do motor na traseira, e incorporando um motor Ferrari. Os carros Alpine baseados num modelo de 1962 tornaram-se pouco competitivos. Em 1974 Alpine construiu uma série de versões de competição do Renault 17 Gordinis (um deles conduzido por Jean-Luc Thérier) que venceu a Press on Regardless World Rally Championship no Michigan, USA.
Na verdade a Alpine, com a experiência do campeonato do Mundo de Rally e o dinheiro da Renault, tinha agora um novo objectivo em mente: Vencer em Le Mans. A Renault tinha também comprado a Gordini juntando ambas e nomeando-as como a Renault Sport. Um grande numero de sucessos desportivos surgiram, culminando em 1978 com a vitória em Le Mans com o Renault Alpine A442B. Utilizando um motor Turbo, a Alpine tinha sido também a primeira marca a conseguir ganhar um Rally Internacional com um motor Turbo, em 1972 quando Jean-Luc Thérier conseguiu a vitória com um especialmente modificado A110, na prova Critérium des Cévennes.

[gtabarth]

Se ele se estabeleceu em França é porque esse país lhe deu condições para desenvolver a sua empresa, a sua vida e ser feliz. Foi uma altura muito conturbada na Europa, a França e Inglaterra eram na altura os países mais democráticos e livres. Não sabes o que seria se ele tivesse ficado em Itália. De Se's não reza a história, o que interessa é que a Bugatti é uma das marcas com a história mais Gloriosa do Mundo Automóvel.

Atenção que a história da Bugatti talvez seja a mais complicada de todas!

Quando Bugatti funda a marca na Alsácia em 1909, esta era território Alemão. Portanto em termos de Democracia o pior possível né?

De facto a Alsácia foi Alemã até ao fim da Guerra (1918) e Bugatti fabricou lá carros.

Sucessos desportivos da Bugatti foram realmente entre as 2 Guerras, anos 20 e 30.
Nesse periódo era França.
De 1940 a 1944 voltaram a ser territóro Alemão e a marca morreu durante esta Guerra.

Foi renascida Italiana em finais dos anos 80, mas aguentaram-se apenas uma década, sendo vendida ao grupo VW e tendo voltado a ser Francesa na produção.

A Bugatti, a Skoda e a Lamborghini são marcas do grupo VW que não são Alemãs, sendo respectivamente: Francesa, Checa e Italiana.
Mas só a Lamborghini tem por assim dizer "independência" técnica, até porque a Bugatti tem uma produção insignificante, mas o mundo automóvel só ganha por uma marca como a Bugatti existir, ainda que muito pouco, tal como ganharia se alguns nomes "sagrados voltassem à estrada, como Isotta-Fraschini, ISO, Bizzarrini, Cord, Duesenberg...