Começou como um exercício de "abertura e transparência" e terminou com a confirmação de uma verdade crua: a família Quandt, proprietária da BMW, fez parte da sua fortuna graças às relações com o regime de Adolf Hitler.
A II Guerra Mundial acabara e Gunther Quandt, patriarca de uma das famílias mais ricas da Alemanha, gostava de se apresentar como vítima do nazismo. Mas pelo contrário, o industrial explorou até à morte 50 mil trabalhadores forçados, prisioneiros de guerra e de campos de concentração, que não tinham sequer direito a água.
A II Guerra Mundial acabara e Gunther Quandt, patriarca de uma das famílias mais ricas da Alemanha, gostava de se apresentar como vítima do nazismo. Mas pelo contrário, o industrial explorou até à morte 50 mil trabalhadores forçados, prisioneiros de guerra e de campos de concentração, que não tinham sequer direito a água.
Gunther juntou-se ao partido nazi em 1933, no mesmo ano em que Hitler se tornou chanceler da Alemanha. Quatro anos depois, era responsável pela chamada "economia de armamento". Explorava dezenas de milhares de trabalhadores para fabricar armas e baterias, que alimentavam a máquina de guerra nazi. Uma das suas fábricas, em Estrasburgo, chegou a construir um pavilhão para presos dos campos de concentração de Sagan, na Polónia. Noutra, havia uma zona de execução de trabalhadores desobedientes. Morriam em média 80 trabalhadores por mês.
Empresário "sem escrúpulos", também participou nas expropriações aos industriais judeus, fazendo assim o seu império crescer, diz o estudo.
Quandt teve relações próximas com Joseph Goebbels, mas não por razões ideológicas: depois do divórcio, a ex-mulher, Magda, casou-se com o chefe da propaganda do regime, e foi com eles que o seu filho Herald viveu (apesar de não estar no bunker de Hitler quando, no final da guerra, Magda matou os seis filhos antes de se suicidar).
O relatório refere que outro filho de Gunther, Herbert, também esteve envolvido nos negócios com Hitler - depois seria uma das grandes figuras do "milagre económico" alemão pós-guerra, a quem se atribui a salvação da BMW da bancarrota, em 1959.
Quandt teve relações próximas com Joseph Goebbels, mas não por razões ideológicas: depois do divórcio, a ex-mulher, Magda, casou-se com o chefe da propaganda do regime, e foi com eles que o seu filho Herald viveu (apesar de não estar no bunker de Hitler quando, no final da guerra, Magda matou os seis filhos antes de se suicidar).
O relatório refere que outro filho de Gunther, Herbert, também esteve envolvido nos negócios com Hitler - depois seria uma das grandes figuras do "milagre económico" alemão pós-guerra, a quem se atribui a salvação da BMW da bancarrota, em 1959.
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