[Mercado] Quebra de quase 50% das vendas de Novembro de 2011 em período homólogo- Preocupante

[scion]

Esta época do ano é das que muitas pessoas aproveitam para fazer adquirir um automóvel novo, principalmente devido às promoções de final de ano. No entanto, o passado mês de Novembro mostrou uma quebra de 48,8% das vendas, em relação ao período homólogo. O decréscimo das vendas foi anunciado pela ACAP.

"Em Novembro de 2011 o mercado de automóveis ligeiros de passageiros agravou a forte queda homóloga que se vem registando desde o início do ano. Com efeito, as vendas não foram além das 9.519 unidades, o que representa uma queda de 48,8 por cento.
Em termos acumulados, de Janeiro a Novembro 2011, as vendas de automóveis ligeiros de passageiros situaram-se nas 142.195 unidades, o que se traduz numa contracção do mercado de 27,2 por cento."

http://www.acap.pt/automoveis-mercado-novembro.html?MIT=36493

Todas as marcas, à excepção Hyundai, diminuíram abruptamente o seu número de vendas. Mesmo assim, o crescimento da marca Coreana não foi além dos 4%.
Se este panorama verifica-se, mesmo com o anuncio do aumento dos impostos para o próximo ano, então como será em 2012?
Qual a vossa perspectiva sobre o assunto?

[Movyk]

Preocupante?

Sempre que um português compra um automóvel está a importá-lo, a enviar dinheiro para fora do país. No fundo, a tornar-nos mais pobres (a não ser que compre um Scirocco ou similar vindo da AE). Portanto, não vejo como algo preocupante.

Preocupante eram os níveis de crédito que eram dados a torto e a direito antes desta crise.

[Leeth]

Oh querido governo, sempre a aumentar o imposto que assim estagna a circulação de dinheiro em vez de deixar estabilizar para incentivar a circulação do mesmo para o taxar em cada ponto por onde passa

[cjr]

Preocupante?

Sempre que um português compra um automóvel está a importá-lo, a enviar dinheiro para fora do país. No fundo, a tornar-nos mais pobres (a não ser que compre um Scirocco ou similar vindo da AE). Portanto, não vejo como algo preocupante.

Preocupante eram os níveis de crédito que eram dados a torto e a direito antes desta crise.

Boa lógica. Tendo em conta q sempre q estás a comer, a comprar roupa, electrodomésticos, casa, etc, estás a importar material se calhar a solução passa mesmo por deixar de comer, de nos vestirmos ou passarmos todos a viver em barracas (se a madeira da barraca for nacional, claro).

[SRLA]

O problema não é venderem-se poucos carros, é o que isso indica: que os portugueses estão tesos.

Nada de novo, portanto, e só vai piorar.

[Bodygard]

O credito cada vez está mais difícil, os bancos não têm dinheiro fácil para emprestar e o que emprestam pedem 1001 garantias (que as pessoas não têm) logo há menos popós a serem vendidos.
Só compra carro quando quer, quem tem de facto o dinheiro na mão!

[Torres]

É uma simples reação em cadeia. O país não tem dinheiro, pede empréstimo. Não consegue pagar, aumenta impostos. O preço das coisas aumenta. O dinheiro que as pessoas ganham passa a ser menos e com as coisas a custarem mais são dois elementos negativos. Não compram, não há importação. Parece bom, mas não é. Como não há importação os outros países não fabricam, e não vendem. Como não fabricam e não vendem começam a ter problemas financeiros também. Os que emprestam começam a ter menos para emprestar. E roda, e roda e roda.

Enquanto o mundo como um todo não perceber (e agir de acordo) que o dinheiro tem de estar (na sua maioria) SEMPRE a circular não vamos a lado nenhum. Já aconteceu antes e não aprenderam com os erros.

[Pastis]

Acho que isso vai criar problemas nas contas do estado uma vez que os impostos previstos não vão ser cobrados e como tenho quase a certeza que o OE não se lembrou que as pessoas iam deixar de comprar carros, não tarda muito levamos com o imposta qq adicional para compensar a quebra de receitas.

É como dis o Torres: reação em cadeia.

[campos1]

O problema não é venderem-se poucos carros, é o que isso indica: que os portugueses estão tesos.

Nada de novo, portanto, e só vai piorar.

Não só, mas também o facto de o Estado ser um...chulo!
Temos a mais elevada carga fiscal da OCDE.

Cumps!

[redlamp82]

É realmente um dado preocupante... E tal como já disseram, de certeza que esta quebra de vendas e consequente diminuição da receita fiscal não foi (mais uma vez...) acautelada no OE, o que deixa antever a implementação de mais um qualquer "esquema" de compensação fiscal..!

Contudo, há outro aspecto curioso: na maioria dos stands a imagem que querem passar é que a crise não os atingiu. Recentemente adquiri uma carrinha do segmento D e, durante o processo de escolha/decisão, visitei múltiplos concessionários.
Sem exagero, em quase 50% das situações fui recebido por vendedores com "o rei na barriga" e que por vezes até nem conseguiam disfarçar um certo enfado por terem de me atender.
Posso dizer-vos que, nalguns casos, estou há 2 semanas há espera do contacto do respectivo vendedor a indicar o valor da retoma do meu carro antigo.
Há até alguns concessionários que, passado todo este tempo, ainda nem me deram a proposta para a viatura nova que fui ver!

Obviamente que não adquiri a carrinha em nenhum destes locais. Digam-me de forma sincera, com a crise que todos sabemos que está instalada, como é que funcionários destes podem almejar (ou sequer merecer) sair desta situação? É que nem dá vontade de comprar carro novo...

[Fahrenheit]

As vendas estão a descer, no período homologo de 2010 vendeu-se mais, e em 2012 o período homologo deste ano vendeu-se mais.

Em vez de incentivarem à economia, cortam-nos as pernas... Fazer o quê?

[air]

Preocupante?

Sempre que um português compra um automóvel está a importá-lo, a enviar dinheiro para fora do país. No fundo, a tornar-nos mais pobres (a não ser que compre um Scirocco ou similar vindo da AE). Portanto, não vejo como algo preocupante.

Preocupante eram os níveis de crédito que eram dados a torto e a direito antes desta crise.

Comprar carro é um bom negócio para as marcas e para o estado, portante até é bom sinal ver que há mais contenção. Se calhar essa contenção vem da dificuldade em aprovar crédito.

[air]

As vendas estão a descer, no período homologo de 2010 vendeu-se mais, e em 2012 o período homologo deste ano vendeu-se mais.

Em vez de incentivarem à economia, cortam-nos as pernas... Fazer o quê?

Incentivarem a economia de quem? Da Alemanha ou de França (principais construtores de carros)? Até é um bom sinal para eles, verem que também levam por tabela.

[luissousa6]

Meus amigos, não se esqueçam das receitas fiscais e das pessoas que vivem directa ou indirectamente da venda de automóveis, isto cria desemprego e menos cobrança fiscal.

[air]

Meus amigos, não se esqueçam das receitas fiscais e das pessoas que vivem directa ou indirectamente da venda de automóveis, isto cria desemprego e menos cobrança fiscal.

Havendo crescimento e dinheiro concordo, mas estando na situação que estamos, as famílias não devem fazer sacrifícios para comprar carros novos (que muitas vezes não precisam) só para dar emprego a vendedores (os que ganham menos neste negócio todo) ou para haver receitas fiscais.

[Fahrenheit]

Incentivarem a economia de quem? Da Alemanha ou de França (principais construtores de carros)? Até é um bom sinal para eles, verem que também levam por tabela.

Incentivar a economia neste momento seria a não subida de impostos, acho absurdo estarem constantemente a subir os impostos.
É ridículo, o governo estar sempre a subir os impostos, o que gera pessimismo, o que gera menos receita fiscal.
Se um produto está a 10€ e tem 6 clientes, se passar para 20 € não penses que vai ter 3 clientes, não é assim proporcional como se pensa, e estas politicas f*d*m a economia toda.
Relativamente aos impostos taxados aos carros, temos o IVA, ISV, IVA dos combustíveis, Imposto de Circulação, etc, etc...
Tudo tem subido, queriam o quê? Milagres?
Mas na minha opinião, Portugal entrou em crise porque até agora aprendeu a viver muito acima das suas possibilidades, e agora que a crise está mais que instaurada continua-se a viver acima das possibilidades.
Fónix

[rogerAjacto]

Preocupante?

Sempre que um português compra um automóvel está a importá-lo, a enviar dinheiro para fora do país. No fundo, a tornar-nos mais pobres (a não ser que compre um Scirocco ou similar vindo da AE). Portanto, não vejo como algo preocupante.

Preocupante eram os níveis de crédito que eram dados a torto e a direito antes desta crise.

O dinheiro da AutoEuropa fica mesmo cá. Nem vai para a Alemanha nem nada. lol

E depois os milhares de empregos directo se indirectos que existem com a venda de automóveis, manutenção, reparação e produção de componentes devem ter estrangeiros a trabalhar.

Só mesmo o pessoal do Governo e meia dúzia de iluminados é que acha que estas medidas de asfixia ao mercado automóvel são benéficas para o pais.

[luissousa6]

Havendo crescimento e dinheiro concordo, mas estando na situação que estamos, as famílias não devem fazer sacrifícios para comprar carros novos (que muitas vezes não precisam) só para dar emprego a vendedores (os que ganham menos neste negócio todo) ou para haver receitas fiscais.

É bem verdade aquilo que disse, mas, quando a economia parar de vez e formos todos para o desemprego (aqueles que têm direito a ele porque, no meu caso, apesar de descontar para a segurança social como todas as pessoas, não tenho direito) e com as receitas fiscais a diminuír drásticamente, não haverá dinheiro para pagar aos desempregados todos, ou também é daqueles que acham que só vai acontecer aos outros. A economia é uma interligação de relações comerciais, mexendo-se num dos elos, toda a cadeia sofre, NÃO TENHA A MENOR DÚVIDA DISSO.

Se por acaso fôr funcionário público, não pense por isso que está a salvo, antes pelo contrário, tenha muiiiiiiito receio do futuro. Se por acaso fôr governante, mande já a sua familia para fora do país, em breve irá ter com eles a toque de caixa como se diz na minha terra.

[HoffmannF1]

Abram as escotinhas de uma vez por todas... Ver se vai ao fundo o mais rápido possível

[Andre]

O dinheiro da AutoEuropa fica mesmo cá. Nem vai para a Alemanha nem nada. lol

E depois os milhares de empregos directo se indirectos que existem com a venda de automóveis, manutenção, reparação e produção de componentes devem ter estrangeiros a trabalhar.

Só mesmo o pessoal do Governo e meia dúzia de iluminados é que acha que estas medidas de asfixia ao mercado automóvel são benéficas para o pais.

Todos os carros comprados em Portugal que não são produzidos em solo nacional representam importações de alto valor, por muito que os impostos sobre o automóvel ou sobre a actividade do comércio automóvel dêem receita ao Estado.

Acresce ainda que a maioria dos carros é comprado a crédito, crédito esse que vai ser financiado no exterior dada a reduzida poupança interna. O resultado disso é simples: estamo-nos a endividar lá fora para comprar bens lá de fora. O dinheiro não chega sequer a "entrar" cá.

Isso apenas contribuiu para manter um défice externo crónico da economia portuguesa que é, simplesmente, a maior razão de inviabilidade económica deste país.

A AutoEuropa é uma empresa sediada em Portugal, paga impostos em Portugal e todos os veículos produzidos têm um retorno (muito) positivo para a economia portuguesa, independentemente de a empresa ser detida por uma multinacional alemã (que lhe compra os carros que produz...e os revende; portanto antes de mandares postas de pescada, convém saber pelo menos um pouco de como se processa a cadeia de produto).

Podes argumentar contra isto porque a ignorância é um direito. Mas não deixa de ser mesmo isso: ignorância.

Por muito que seja mau para as pessoas que trabalham no comércio automóvel, uma das coisas que este país tem de fazer como importador de automóveis é mesmo desincentivar a sua compra e taxar BASTANTE e em proporcionalidade face ao preço base, o automóvel.

Impostos baixos fazem sentido em países como a Espanha, Alemanha, França, Itália e outros, que exportam mais do que importam.

[Movyk]

Boa lógica. Tendo em conta q sempre q estás a comer, a comprar roupa, electrodomésticos, casa, etc, estás a importar material se calhar a solução passa mesmo por deixar de comer, de nos vestirmos ou passarmos todos a viver em barracas (se a madeira da barraca for nacional, claro).

A solução passa em produzirmos aquilo que consumimos.

[tonyV]

A solução passa em produzirmos aquilo que consumimos.

E exportarmos!

[vsr200]

50% é um valor enorme.

O que pode dar a entender que o país andava completamente "fora de pé".

Mas este é um assunto que não tem solução, o dinheiro não é nosso, se não nos quiserem emprestar, não temos!

No entanto acho curioso continuarem a existir pessoas que insistem em que deviamos seguir o caminho que nos levou até aqui, sem duvida curioso!!!

[Fahrenheit]

A solução passa em produzirmos aquilo que consumimos.

O problema é como, ou nos tornamos num pais governado por um sistema politico totalitário que fecha as portas ao mundo "exterior" ou então como estamos, com cada vez menos produtos nossos (portugueses) a exportação vai ser cada vez mais um sério problema.

PS: Não sou adepto de nenhuma forma de regimes totalitários, foi só um exemplo.

[TiroeQueda]

Qual o caminho de que falas?

O do buraco do BPN e seus amigos, e que andamos nós todos a pagar?
O dos empréstimos (sem garantias) aos Berardos desta vida para comprarem acões que agora nada valem?
O das grandes negociatas dos terrenos da Ota, Alcochete, Oeiras Etc?

[TiroeQueda]

50% é um valor enorme.

O que pode dar a entender que o país andava completamente "fora de pé".

Mas este é um assunto que não tem solução, o dinheiro não é nosso, se não nos quiserem emprestar, não temos!


No entanto acho curioso continuarem a existir pessoas que insistem em que deviamos seguir o caminho que nos levou até aqui, sem duvida curioso!!!

Qual o caminho de que falas?

O do buraco do BPN e seus amigos, e que andamos nós todos a pagar?
O dos empréstimos (sem garantias) aos Berardos desta vida para comprarem acões que agora nada valem?
O das grandes negociatas dos terrenos da Ota, Alcochete, Oeiras Etc?

[thejoedoe]

Os últimos meses do ano passado foram meses excepcionais por causa do fim dos benefícios na troca de automóvel.
Se bem me lembro houve um aumento de +/- 25% a 30% em relação a 2009.
Se formos ter em consideração que a redução de este ano anda à volta dos 20%, penso que os 50% estão dentro da média deste ano

[BossCountry]

Sinceramente esperava uma quebra maior. O país está completamente falido, a maioria nem sonha arriscar-se a comprar novo. Muitos porque não têm recursos para tal, outros porque preferem guardar esses mesmos recursos.

Por um lado é mau (menos receita fiscal, mais desemprego no sector), por outro é bom (menos importações). Não sei qual será o saldo final.

[tonyV]

O problema é como, ou nos tornamos num pais governado por um sistema politico totalitário que fecha as portas ao mundo "exterior" ou então como estamos, com cada vez menos produtos nossos (portugueses) a exportação vai ser cada vez mais um sério problema.

PS: Não sou adepto de nenhuma forma de regimes totalitários, foi só um exemplo.

Os brasileiros riram-se...

[Greenzord]

Quebra mais do que esperada (até esperava uma quebra maior!) e com tendência a piorar caso não sejam feitas mudanças profundas. Quem sabe manter o imposto (IA) para os carros importados usados e criar um diferente para carros novos com uma menor penalização..

Já agora estou curioso com as vendas no sector de carros usados. Será que foram muito afectados? Penso que cada vez mais os consumidores optam por carros usados e talvez não estejam tão mal como os stands de carros novos