Como escrevi num post aqui há uns tempos, a minha esposa teve um acidente com uma 307 SW, a traseira fugi-lhe e já foi a segunda situação em menos de um ano.
Como várias foram as vozes que disseram que a 307 SW de 90 cv é falsa de traseira, falei com um vendedor do concessionário que já me tinha vendido Pugs noutras ocasiões, mas não esta. Tinha medo que há terceira fosse de vez, nas duas outras não tinham existido danos corporais, só materiais, na próxima poderia haver. E para mais o arranjo (coberto pelo seguro de danos próprios) foi de 4500 euros.
O negócio proposto foi um 5008 Sport de 07/2010 marcado a 27 mil euros (o vendedor disse para não me "preocupar" com este valor) e pagariam o montante em falta no crédito da 307: 10500€. Fui ao stand virtual e verifiquei que carrinhas iguais andariam pelos 12000 euros. Ganhariam 1500 euros, não me parecia mal...
O problema começou quando não consegui financiamento, como tanta gente hoje em dia. Foi levantar o carro, que não deveria ter saído meu, já deveria ter saído ao volante do 5008.
O meu sogro trabalhou 50 anos em oficinas e reparou logo que haveria marosca. Disse para pedir a relação do material utilizado. Assim fiz e verificámos que nem o para-choques traseiro era novo, nem o eixo traseiro, nem pneus, nem resguardos das rodas. Novo era só uma jante, disco, pinça, cubo da roda, amortecedores. Não sei se airbags e sensores serão novos. De um arranjo de 4500 euros facturados à seguradora, a Pedro Lamy meteu ao bolso grande parte disso.
A oficina prontificou-se a por peças novas, quando confrontados, mas como as que meteram não me parecem por em causa a segurança do veiculo, preferi negociar a corrente de transmissão que fazia um barulho pouco convincente e colocar discos e pastilhas à frente. Chegámos a um acordo, para não me chatear mais, e porque o dinheiro não me saiu directamente do bolso.
Pior foi quando confrontei o vendedor: "não tenho nada a ver com o que a oficina faz ou deixa de fazer"
"Pelo Eurotax o seu carro vale 8 mil euros, e você devia à financeira 10500, por isso não podia tirar nada no 5008. Era uma boa proposta para si. Longe virão os dias em que o cliente faz o preço dos carros. Ou aceita o proposto por nós ou não"
Isto entre outras coisas. O certo é que foi a companhia de seguros que pagou arranjos que não tinham sido directamente afectados pelo acidente. Havia coisas que deveria ser a concessão a pagar e por isso não refilei quando foi proposto o negócio (porque a marca teria que investir algum para por o carro em condições para ser vendido).
Resumindo: A Pedro Lamy pouparia porque não teria que gastar dinheiro a colocar o carro em condições. Lucraria porque fez uma reparação abaixo do que a seguradora pagou. Lucraria com um carro que poderia ser vendido acima do valor em divida à financeira e lucraria no carro vendido que não teria um cêntimo de desconto. Sorte a minha que o crédito não foi aprovado.
A oficina assumiu e prontificou-se a emendar a mão. O vendedor manteve a sua história, não foi humilde e assim perdeu um cliente que em tempos comprava carro na Peugeot de 2 em 2 anos (um ano para mim e outro para a Esposa, no fundo trocávamos de 4 em 4). Comprei lá 3 carros e outros 3 na Peugeot Portugal, outros dois a particulares e outro a um stand de Torres Vedras (estes três usados).
Posso estar enganado e não ter razão nenhuma, mas se estes senhores fazem isto regularmente, anda por ai muita gente enganada.
E sem isto é norma no ramo automóvel, já se fez muito dinheiro à conta de inocentes que andam todos os meses a trabalhar para pagar o carro.
E desculpem o discurso que já vai longo...
Como várias foram as vozes que disseram que a 307 SW de 90 cv é falsa de traseira, falei com um vendedor do concessionário que já me tinha vendido Pugs noutras ocasiões, mas não esta. Tinha medo que há terceira fosse de vez, nas duas outras não tinham existido danos corporais, só materiais, na próxima poderia haver. E para mais o arranjo (coberto pelo seguro de danos próprios) foi de 4500 euros.
O negócio proposto foi um 5008 Sport de 07/2010 marcado a 27 mil euros (o vendedor disse para não me "preocupar" com este valor) e pagariam o montante em falta no crédito da 307: 10500€. Fui ao stand virtual e verifiquei que carrinhas iguais andariam pelos 12000 euros. Ganhariam 1500 euros, não me parecia mal...
O problema começou quando não consegui financiamento, como tanta gente hoje em dia. Foi levantar o carro, que não deveria ter saído meu, já deveria ter saído ao volante do 5008.
O meu sogro trabalhou 50 anos em oficinas e reparou logo que haveria marosca. Disse para pedir a relação do material utilizado. Assim fiz e verificámos que nem o para-choques traseiro era novo, nem o eixo traseiro, nem pneus, nem resguardos das rodas. Novo era só uma jante, disco, pinça, cubo da roda, amortecedores. Não sei se airbags e sensores serão novos. De um arranjo de 4500 euros facturados à seguradora, a Pedro Lamy meteu ao bolso grande parte disso.
A oficina prontificou-se a por peças novas, quando confrontados, mas como as que meteram não me parecem por em causa a segurança do veiculo, preferi negociar a corrente de transmissão que fazia um barulho pouco convincente e colocar discos e pastilhas à frente. Chegámos a um acordo, para não me chatear mais, e porque o dinheiro não me saiu directamente do bolso.
Pior foi quando confrontei o vendedor: "não tenho nada a ver com o que a oficina faz ou deixa de fazer"
"Pelo Eurotax o seu carro vale 8 mil euros, e você devia à financeira 10500, por isso não podia tirar nada no 5008. Era uma boa proposta para si. Longe virão os dias em que o cliente faz o preço dos carros. Ou aceita o proposto por nós ou não"
Isto entre outras coisas. O certo é que foi a companhia de seguros que pagou arranjos que não tinham sido directamente afectados pelo acidente. Havia coisas que deveria ser a concessão a pagar e por isso não refilei quando foi proposto o negócio (porque a marca teria que investir algum para por o carro em condições para ser vendido).
Resumindo: A Pedro Lamy pouparia porque não teria que gastar dinheiro a colocar o carro em condições. Lucraria porque fez uma reparação abaixo do que a seguradora pagou. Lucraria com um carro que poderia ser vendido acima do valor em divida à financeira e lucraria no carro vendido que não teria um cêntimo de desconto. Sorte a minha que o crédito não foi aprovado.
A oficina assumiu e prontificou-se a emendar a mão. O vendedor manteve a sua história, não foi humilde e assim perdeu um cliente que em tempos comprava carro na Peugeot de 2 em 2 anos (um ano para mim e outro para a Esposa, no fundo trocávamos de 4 em 4). Comprei lá 3 carros e outros 3 na Peugeot Portugal, outros dois a particulares e outro a um stand de Torres Vedras (estes três usados).
Posso estar enganado e não ter razão nenhuma, mas se estes senhores fazem isto regularmente, anda por ai muita gente enganada.
E sem isto é norma no ramo automóvel, já se fez muito dinheiro à conta de inocentes que andam todos os meses a trabalhar para pagar o carro.
E desculpem o discurso que já vai longo...
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