Argentina obriga fábricas de automóveis a revelarem seus custos de produção

[Murillo]

Finalmente uma atitude certa da presidente. É politica mas tem ligação com automóveis. Fiquei na dúvida se coloco no Geral ou no Off Topic

Depois de cobrar das montadoras de automóveis uma contrapartida de exportação de produtos diversos para compensar a importação de veículos, o governo argentino exige agora que os fabricantes, sistemistas e fornecedores locais revelem seus custos.

Trata-se de uma medida inédita na história de indústria automotiva local e representa mais um passo do governo para priorizar a incorporação de componentes locais nos veículos fabricados no país, segundo revelou o Autoblog argentino.

O governo quer que as marcas modifiquem o cálculo de preços de peças e componentes que utilizam na linha de montagem e retirem desses valores a licitação, custos de amortização do ferramental e de homologação de peças, que são considerados distorcivos.

Argentina obriga fábricas a abrirem seus números | Carsale

[eu]

O governo quer que as marcas modifiquem o cálculo de preços de peças e componentes que utilizam na linha de montagem e retirem desses valores a licitação, custos de amortização do ferramental e de homologação de peças, que são considerados distorcivos.

Argentina obriga fábricas a abrirem seus números | Carsale

Isto é para rir

[ClioII]

"Distorção" é achar que ferramentas, instalações e custos de desenvolvimento não têm que ser pagos... Então o carro vai sair só pelo preço da matéria prima e da mão de obra, não?

Ainda mais giro é ter taxas sobre exportações...

[Marco8704]

Eu cá acho uma palhaçada! O estado não tem nada que se meter nos preços praticados pela industria privada.

[nmyguel]

Humm, será por isto que a VW vai começar a produzir as Amarok também em Hannover, sendo assim retiram grande parte da produção da Argentina e safam-se a isto.

[Alpiger]

Só de pensar que a Argentina já foi um pais rico e evoluído...

[VitorPatricio]

O governo quer que as marcas modifiquem o cálculo de preços de peças e componentes que utilizam na linha de montagem e retirem desses valores a licitação, custos de amortização do ferramental e de homologação de peças, que são considerados distorcivos.

Enfim só mesmo de um ditador Incompetente e terceiro mundista é que pode sair umas perolas destas, achar que as maquinas ferramenta que constroem um automovel não têm valor!!! Nem sei que diga de tamanha Incompetência.

A homologação das peças ainda pode ser discutivel para alguns, querer alinhar com o regime da China que não reconheçe a propriedade Industrial e que permite copiar tudo, no entanto no dia em que estes Paises tiverem que ser eles a dispender tempo e Know-how para produzir, quero ver se gostam que lhes copiem o que eles fizeram e não lhes liguem, nessa altura alteram a legislação.

[Oktober]

Eu cá acho uma palhaçada! O estado não tem nada que se meter nos preços praticados pela industria privada.

Claro que não tem de se meter em nada!
Para depois podermos ter coisas destas...
Pingo Doce começou a cobrar custo da promoção de 50% a fornecedores

Quanto maior a desregulação, melhor, não é?

[Alpiger]

Claro que não tem de se meter em nada!
Para depois podermos ter coisas destas...
Pingo Doce começou a cobrar custo da promoção de 50% a fornecedores

Quanto maior a desregulação, melhor, não é?

Isto ainda não é Cuba ou a Coreia do Norte aonde o Estado manda em tudo, seja publico ou privado.

O Estado não tem nada que se meter na gestão das empresas privadas, excepto nos casos de violação da lei da concorrência.

Se o PD está a pressionar os fornecedores, estes só tem duas coisas a fazer; ou aceitam e vendem ao preço que eles querem ou não aceitam e não vendem.
Simples.

Só faltava agora vir o Estado dizer-me a que preços e com que margens é que tenho de vender os meus produtos
Como disse, ainda anda muita gente a sonhar que Portugal se transforme numa nova Cuba ou Coreia do Norte

[dfp]

Claro que não tem de se meter em nada!
Para depois podermos ter coisas destas...
Pingo Doce começou a cobrar custo da promoção de 50% a fornecedores

Quanto maior a desregulação, melhor, não é?

mas qual desregulação? se o PD está a imputar os custos da campanha aos produtores é porque isso está previsto e regulado contratualmente.

[rodrigol]

Isto ainda não é Cuba ou a Coreia do Norte aonde o Estado manda em tudo, seja publico ou privado.

O Estado não tem nada que se meter na gestão das empresas privadas, excepto nos casos de violação da lei da concorrência.

Se o PD está a pressionar os fornecedores, estes só tem duas coisas a fazer; ou aceitam e vendem ao preço que eles querem ou não aceitam e não vendem.
Simples.

Só faltava agora vir o Estado dizer-me a que preços e com que margens é que tenho de vender os meus produtos
Como disse, ainda anda muita gente a sonhar que Portugal se transforme numa nova Cuba ou Coreia do Norte

A Argentina está a percorrer um caminho muito perigoso. Além da nacionalização da YPF sem olhar a meios (autêntico roubo de igreja à Repsol), agora esta medida?!

[petrus]

Acho muito bem!

A próxima medida é os construtores automóveis estrangeiros sairem todos do país, a seguir retomar as Malvinas e depois ficarem "orgulhosamente sós"!!!

Don't cry for me Argentina!!!

[Pastis]

A indústria automóvel quase não paga impostos em nenhum país usando estratagemas bem conhecidos das autoridades de todos os países que fecham os olhos a troco de emprego para as pessoas.

Não é possível aplicar grande carga de impostos nesse tipo de indústria sobe pena de as fábricas se irem embora deixando desempregados. Por esse motivo, os governos aplicam taxas tão elevada nos carros novos.

Se o governo da argentina piar muito, as fabrica vão laborar para outros país periféricos que estão certamente de braços abertos...
Eles é que sabem. As consequências são imprevisíveis e tanto podem ser boas como más...

[Alpiger]

A indústria automóvel quase não paga impostos em nenhum país usando estratagemas bem conhecidos das autoridades de todos os países que fecham os olhos a troco de emprego para as pessoas.

Não é possível aplicar grande carga de impostos nesse tipo de indústria sobe pena de as fábricas se irem embora deixando desempregados. Por esse motivo, os governos aplicam taxas tão elevada nos carros novos.

Se o governo da argentina piar muito, as fabrica vão laborar para outros país periféricos que estão certamente de braços abertos...
Eles é que sabem. As consequências são imprevisíveis e tanto podem ser boas como más...

E o Brasil logo ali ao lado...

[PSerra]

Será por isso que a VW está a começar a desviar parte da produção da Amarok para Hanover?

Autohoje - Notícias, testes, comparativos, fotos, vídeos e preços de carros - Amarok inicia produção alemã

[Oktober]

Isto ainda não é Cuba ou a Coreia do Norte aonde o Estado manda em tudo, seja publico ou privado.

O Estado não tem nada que se meter na gestão das empresas privadas, excepto nos casos de violação da lei da concorrência.

Se o PD está a pressionar os fornecedores, estes só tem duas coisas a fazer; ou aceitam e vendem ao preço que eles querem ou não aceitam e não vendem.
Simples.

Só faltava agora vir o Estado dizer-me a que preços e com que margens é que tenho de vender os meus produtos
Como disse, ainda anda muita gente a sonhar que Portugal se transforme numa nova Cuba ou Coreia do Norte

Só faltava mesmo a boquinha idiota indirecta de que eu gosto dos regimes cubano e norte-coreano, não é? Vocês não conseguem mais do que isso, são assim tão limitados?

O curioso é que há um crescente número de pessoas da vossa ala, à direita, portanto, a defender uma regulação bem maior dos mercados (não só financeiros). Não é bem a mesma coisa que nacionalizar tudo o que aparece à frente (até estou a admirado de não mandares essa posta de pescada).

Claro que o Estado, enquanto árbitro, enquanto autoridade tem de ter uma palavra a dizer na forma como uma empresa instalada no seu País (seja ela nacional ou não) gere os seus negócios. Porque essa empresa é também um actor social, principalmente se for uma grande empresa pelo peso que tem.
Ah, espera lá... Já me esquecia que aqui neste fórum, a maioria é pela total desregulação do mercado e que não é preciso haver árbitros, porque os mercados auto-regulam-se e auto-fiscalizam-se. Portanto, estou a falar com paredes.

[eu]

mas qual desregulação? se o PD está a imputar os custos da campanha aos produtores é porque isso está previsto e regulado contratualmente.

Isso não é assim tão simples... quando não existe equilíbrio de poderes entre as empresas que estão a negociar, é fácil a mais poderosa "persuadir" a mais fraca. É por isso que a distribuição tem normalmente maiores margens que os produtores...

[dfp]

Isso não é assim tão simples... quando não existe equilíbrio de poderes entre as empresas que estão a negociar, é fácil a mais poderosa "persuadir" a mais fraca. É por isso que a distribuição tem normalmente maiores margens que os produtores...

isto é assim mesmo simples. a distribuição não produz nada, se os produtores não venderem a distribuição está lixada. agora lá que a nossa produção não saiba usar o seu poder é outra conversa.

[tonyV]

Só faltava mesmo a boquinha idiota indirecta de que eu gosto dos regimes cubano e norte-coreano, não é? Vocês não conseguem mais do que isso, são assim tão limitados?

O curioso é que há um crescente número de pessoas da vossa ala, à direita, portanto, a defender uma regulação bem maior dos mercados (não só financeiros). Não é bem a mesma coisa que nacionalizar tudo o que aparece à frente (até estou a admirado de não mandares essa posta de pescada).

Claro que o Estado, enquanto árbitro, enquanto autoridade tem de ter uma palavra a dizer na forma como uma empresa instalada no seu País (seja ela nacional ou não) gere os seus negócios. Porque essa empresa é também um actor social, principalmente se for uma grande empresa pelo peso que tem.
Ah, espera lá... Já me esquecia que aqui neste fórum, a maioria é pela total desregulação do mercado e que não é preciso haver árbitros, porque os mercados auto-regulam-se e auto-fiscalizam-se. Portanto, estou a falar com paredes.

Eu sou a favor (e sempre fui) da regulação...mas no meu dicionário não é sinónimo de controlar ou determinar a acção de uma empresa.

Nunca me vão ouvir dizer (apesar de não gostar minimamente) que os grandes distribuidores devem ver as suas percentagens de lucro limitadas...ou "reguladas".

[Oktober]

Eu sou a favor (e sempre fui) da regulação...mas no meu dicionário não é sinónimo de controlar ou determinar a acção de uma empresa.

Nunca me vão ouvir dizer (apesar de não gostar minimamente) que os grandes distribuidores devem ver as suas percentagens de lucro limitadas...ou "reguladas".

Se essas margens forem de tal forma obscenas que isso crie ou derive de monopólios, para-monopólios ou cartéis (que, curiosamente, são antitéticos à lógica de livre mercado) e esmague indústrias com elas relacionadas, achas que o Estado enquanto entidade reguladora não tem uma palavra a dizer e que não deve accionar mecanismos legais ou extraordinários?

E nunca falei em "controlar empresas", apesar disso ser o que a outra facção deste fórum lê imediatamente daí (para além de n outras coisas).

[Icedevice]

isto é assim mesmo simples. a distribuição não produz nada, se os produtores não venderem a distribuição está lixada. agora lá que a nossa produção não saiba usar o seu poder é outra conversa.

Há muitos produtores e poucos distribuidores. O poder está do lado dos supermercados e portanto se uns não quiserem eles usam os outros, inclusivamente de outros países. O desiquilibrio de poderes é tal que os produtores estão sempre sem alternativas e por isso o status negocial é sempre mais baixo. Esta situação do PD é bem a imagem disto. Na Argentina quando o equilibrio se romper, alguém terá que ceder, e vai depender das marcas, aquelas que forem mais poderosas mandam a Argentina à fava.

[tonyV]

Se essas margens forem de tal forma obscenas que isso crie ou derive de monopólios, para-monopólios ou cartéis (que, curiosamente, são antitéticos à lógica de livre mercado) e esmague indústrias com elas relacionadas, achas que o Estado enquanto entidade reguladora não tem uma palavra a dizer e que não deve accionar mecanismos legais ou extraordinários?

E nunca falei em "controlar empresas", apesar disso ser o que a outra facção deste fórum lê imediatamente daí (para além de n outras coisas).

Estar a falar de monopólio na área da distribuição em Portugal não deve ser para levar a sério. Com a quantidade de grandes e médias empresas nem me passa pela cabeça

Há concerteza muitas razões para o poder destas empresas e aponto algumas:
- falta de força dos produtores nacionais = incapacidade de se juntarem para o bem comum (lobby - já sei que em Portugal é um bicho papão)
- falta de capacidade ou vontade de encontrar outros mercados (exportar)
- falta de capacidade ou vontade de criar uma rede própria ou comum para escoar produtos (distribuir)
- só se queixam da seca, da chuva excessiva e dos (ou falta) de subsídios...é rara a vez em que vejo produtores a exporem o problema dos preços e da distribuição nos media.

EDIT: Em relação à Argentina, não tenho dúvidas que é para afundar.

[eu]

Há muitos produtores e poucos distribuidores. O poder está do lado dos supermercados e portanto se uns não quiserem eles usam os outros, inclusivamente de outros países. O desiquilibrio de poderes é tal que os produtores estão sempre sem alternativas e por isso o status negocial é sempre mais baixo.

Teorias existem muitas, mas a realidade, nua e crua, é mesmo esta.

[Andre]

O próximo passo é clássico: começar discordar dos custos de produção e alegar má gestão para controlar e expropriar/tomar a actividade privada.

Já todos vimos este filme.

E ele nunca acabou bem.

[Alpiger]

Há muitos produtores e poucos distribuidores. O poder está do lado dos supermercados e portanto se uns não quiserem eles usam os outros, inclusivamente de outros países. O desiquilibrio de poderes é tal que os produtores estão sempre sem alternativas e por isso o status negocial é sempre mais baixo. Esta situação do PD é bem a imagem disto. Na Argentina quando o equilibrio se romper, alguém terá que ceder, e vai depender das marcas, aquelas que forem mais poderosas mandam a Argentina à fava.

Somos um pais pequeno com pouca concorrência e esse é que é o grande problema.
E felizmente que a JM decidiu em boa altura apostar forte na grande distribuição, senão era Modelo/Continente e Jumbo a controlarem o mercado, uma vez que os restantes pequenos não tem poder negocial para fazer frente ou mesmo concorrer com estes colossos da distribuição.
Já para não falar de muitos outros de media dimensão de viram as condições do mercado e simplesmente desistiram e venderam as suas lojas a estes grandes grupos.

Aqui também existe uma grande falha é que a falta de associação dos produtores e a sua incapacidade de criarem ferramentas para de alguma forma controlarem parte da cadeia da distribuição e assim evitarem ficarem somente com as migalhas.

[rodrigol]

O próximo passo é clássico: começar discordar dos custos de produção e alegar má gestão para controlar e expropriar/tomar a actividade privada.

Já todos vimos este filme.

E ele nunca acabou bem.

Tal como fizeram com a YPF. Absolutamente incrível.
Só falta invadirem as Falkland e declararem guerra ao Reino Unido.

[dfp]

Há muitos produtores e poucos distribuidores. O poder está do lado dos supermercados e portanto se uns não quiserem eles usam os outros, inclusivamente de outros países. O desiquilibrio de poderes é tal que os produtores estão sempre sem alternativas e por isso o status negocial é sempre mais baixo. Esta situação do PD é bem a imagem disto. Na Argentina quando o equilibrio se romper, alguém terá que ceder, e vai depender das marcas, aquelas que forem mais poderosas mandam a Argentina à fava.

há muitos produtores "pequenos" e por isso é que não tem capacidade nenhuma porque se andam sempre a lixar uns aos outros já que cada galito faz questão de ter o seu próprio galinheiro.

a força negocial ganha-se com a dimensão do negócio e é isso que os nossos "produtores" insistem em não perceber... depois coitadinhos dos produtores.

[WH]

Será por isso que a VW está a começar a desviar parte da produção da Amarok para Hanover?

Autohoje - Notícias, testes, comparativos, fotos, vídeos e preços de carros - Amarok inicia produção alemã

Não, existem listas de espera anormalment longas nos mercados da América do Sul (Brasil por ex.) e até na Europa, devido à grande procura, a fábrica na Argentina não tem capacidade.

[Murillo]

Não acho errado o governo fiscalizar e divulgar os custos da indústria automóvel. Se os preços praticados são mais altos que a média global algo errado tem.
Não sei o que eles pretendem depois disso e aí está o problema....

O governos dos EUA durante a crise se meteu e injectou dinheiro na Ford, Chrysler e General Motors, além de ter estipulado metas para a atualização da gama e outros pormenores. Tentou dar uma de Coréia do Norte por causa disso?

[nuno88]

Acho muito bem!

A próxima medida é os construtores automóveis estrangeiros sairem todos do país, a seguir retomar as Malvinas e depois ficarem "orgulhosamente sós"!!!

Don't cry for me Argentina!!!

Era o prego final no caixão argentino.