Novo sistema em vigor desde o início de Julho
Carta por pontos em Espanha reduz 23 por cento dos mortos na estrada
31.07.2006 - 08h00 Sofia Rodrigues PÚBLICO
O número de mortos nas estradas espanholas desceu 23,2 por cento desde que entrou em vigor o sistema da carta por pontos, no princípio do mês. São quase três mortos a menos por dia em relação ao mesmo período de 2005, segundo o balanço feito pela Direcção-Geral de Tráfego, no final da semana passada.
Nos primeiros 26 dias de funcionamento do novo regime de penalização dos condutores em Espanha, morreram 225 pessoas na sequência de acidentes de viação, menos 68 do que em igual período do ano passado. "Sem dúvida nenhuma que isto se deve à carta por pontos", disse o responsável máximo da DGT, Pere Navarro, citado pelo jornal El País. "Pela primeira vez, baixámos de 300 mortos em Julho", acrescentou. No mês homólogo de 2005, os acidentes de viação provocaram a morte a 342 pessoas.
Desde o dia 1 de Julho, dois em cada 1000 condutores foram multados; 89 por cento são homens. Do total de multas aplicadas em 26 dias, só 10,7 por cento se destinaram a mulheres condutoras. A explicação para a desigualdade pode estar no facto de "em muitos casais ser o homem a conduzir, apesar de a mulher também ter a carta", segundo fonte da DGT, citada pelo mesmo jornal.
Os condutores mais jovens (menores de 25 anos) concentram 19,2 por cento das multas, enquanto os condutores profissionais cometem 4,3 por cento das infracções detectadas.
Conduzir com álcool tira seis pontos
Os comportamentos perigosos mais frequentemente registados foram o excesso de velocidade (25,3 por cento das multas), a falta de cinto de segurança (19,2 por cento), álcool (15,1 por cento), falar ao telemóvel (10,2 por cento) e conduzir um motociclo sem capacete (6,4 por cento).
O sistema da carta por pontos atribuiu a cada condutor com mais de três anos de experiência um saldo de 12 pontos. Aos condutores mais inexperientes foram dados oito pontos. Por cada infracção detectada, além da respectiva multa e suspensão da carta nos casos de comportamentos mais graves, os condutores perdem pontos. Se o número chegar ao zero, fica sem carta durante seis meses.
Conduzir sob o efeito do álcool custa seis pontos, falar ao telemóvel retira três pontos e atirar beatas pela janela - que pode dar origem a um incêndio - acarreta a perda de quatro pontos. A entrada em vigor do novo sistema, que também funciona noutros países europeus, começou a dar bons resultados logo nos primeiros nove dias, em que 17 mil condutores foram multados.
As autoridades espanholas acreditam que as estradas são agora mais seguras. "As pessoas estão a conduzir mais devagar do que conduziam há um mês", disse, em entrevista à Associated Press, um alto funcionário da DGT, Javier Villalba. "Isto é uma coisa que observamos objectivamente quando calculamos velocidades controladas por radar", acrescentou.
A Espanha registou 113 mortes por milhão de habitantes em acidentes de viação em 2004, segundo as estatísticas da União Europeia (UE). A média para os 25 países da UE foi de 95. Os números mais positivos são de países como a Holanda, a Suécia e a Grã-Bretanha. Pior do que Espanha, no conjunto de uma UE a 15 países, só Portugal (com 125 mortes) e Grécia (153).
Pontos...?!
Enfim...
Mais uma novidade, que acho que daqui a algum tempo perde o seu efeito, a menos que não haja perdão das multas durante toda a vida do condutor...
Tenho dúvidas que tivesse grandes resultados em Portugal, mas a confirmar estas estatísticas espanholas é um caso a experimentar.
Carta por pontos em Espanha reduz 23 por cento dos mortos na estrada
31.07.2006 - 08h00 Sofia Rodrigues PÚBLICO
O número de mortos nas estradas espanholas desceu 23,2 por cento desde que entrou em vigor o sistema da carta por pontos, no princípio do mês. São quase três mortos a menos por dia em relação ao mesmo período de 2005, segundo o balanço feito pela Direcção-Geral de Tráfego, no final da semana passada.
Nos primeiros 26 dias de funcionamento do novo regime de penalização dos condutores em Espanha, morreram 225 pessoas na sequência de acidentes de viação, menos 68 do que em igual período do ano passado. "Sem dúvida nenhuma que isto se deve à carta por pontos", disse o responsável máximo da DGT, Pere Navarro, citado pelo jornal El País. "Pela primeira vez, baixámos de 300 mortos em Julho", acrescentou. No mês homólogo de 2005, os acidentes de viação provocaram a morte a 342 pessoas.
Desde o dia 1 de Julho, dois em cada 1000 condutores foram multados; 89 por cento são homens. Do total de multas aplicadas em 26 dias, só 10,7 por cento se destinaram a mulheres condutoras. A explicação para a desigualdade pode estar no facto de "em muitos casais ser o homem a conduzir, apesar de a mulher também ter a carta", segundo fonte da DGT, citada pelo mesmo jornal.
Os condutores mais jovens (menores de 25 anos) concentram 19,2 por cento das multas, enquanto os condutores profissionais cometem 4,3 por cento das infracções detectadas.
Conduzir com álcool tira seis pontos
Os comportamentos perigosos mais frequentemente registados foram o excesso de velocidade (25,3 por cento das multas), a falta de cinto de segurança (19,2 por cento), álcool (15,1 por cento), falar ao telemóvel (10,2 por cento) e conduzir um motociclo sem capacete (6,4 por cento).
O sistema da carta por pontos atribuiu a cada condutor com mais de três anos de experiência um saldo de 12 pontos. Aos condutores mais inexperientes foram dados oito pontos. Por cada infracção detectada, além da respectiva multa e suspensão da carta nos casos de comportamentos mais graves, os condutores perdem pontos. Se o número chegar ao zero, fica sem carta durante seis meses.
Conduzir sob o efeito do álcool custa seis pontos, falar ao telemóvel retira três pontos e atirar beatas pela janela - que pode dar origem a um incêndio - acarreta a perda de quatro pontos. A entrada em vigor do novo sistema, que também funciona noutros países europeus, começou a dar bons resultados logo nos primeiros nove dias, em que 17 mil condutores foram multados.
As autoridades espanholas acreditam que as estradas são agora mais seguras. "As pessoas estão a conduzir mais devagar do que conduziam há um mês", disse, em entrevista à Associated Press, um alto funcionário da DGT, Javier Villalba. "Isto é uma coisa que observamos objectivamente quando calculamos velocidades controladas por radar", acrescentou.
A Espanha registou 113 mortes por milhão de habitantes em acidentes de viação em 2004, segundo as estatísticas da União Europeia (UE). A média para os 25 países da UE foi de 95. Os números mais positivos são de países como a Holanda, a Suécia e a Grã-Bretanha. Pior do que Espanha, no conjunto de uma UE a 15 países, só Portugal (com 125 mortes) e Grécia (153).
Pontos...?!
Enfim...
Mais uma novidade, que acho que daqui a algum tempo perde o seu efeito, a menos que não haja perdão das multas durante toda a vida do condutor...
Tenho dúvidas que tivesse grandes resultados em Portugal, mas a confirmar estas estatísticas espanholas é um caso a experimentar.
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