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Sinistralidade Rodoviária - Abordagem Interessante

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    Sinistralidade Rodoviária - Abordagem Interessante

    Artigo de Rui Pedro Batista no Jornal de Negócios:

    citação:São caras alegres, cheias de expectativa, curiosas, divertidas, as das crianças que sobem a escada do avião, tranquilamente estacionado no aeroporto.
    Entram na aeronave, exploram o avião, experimentam as cadeiras, apertam o cinto. Para depois uma voz afirmar, de forma fria, que todos os anos o equivalente a um avião cheio de crianças, cai em Portugal, em virtude dos acidentes rodoviários. Certamente que já viu o anúncio. A campanha é promovida pelo Ministério da Administração Interna com o apoio de uma empresa de combustíveis. E marca as consciências. Impressiona! Apenas porque é a pura verdade.

    Portugal está em Guerra Civil

    Deixe agora para trás os blocos publicitários. Espere até começarem os noticiários. E nem precisa de fazer contas. Após 22 dias de ataques israelitas contra o Líbano, um conflito iniciado com o sequestro de dois soldados daquele país pelo grupo terrorista Hizbollah, o saldo da violência alcança números alarmantes. Só no Líbano, 900 pessoas morreram (26 soldados, 43 membros do Hizbollah e mais de 800 civis), há cerca de 3.000 feridos. Como sabe é a mais mediática guerra a nível mundial, assunto de abertura de jornais televisivos em todos os dias da semana. Tema que ocupa as agendas dos principais lideres mundiais. E já agora, sabe quantos soldados norte-americanos perderam a vida no Iraque em 2005? Ligeiramente mais de 2.000!

    E para quê todos estes números?! Apenas para chegar aqui. Consegue agora imaginar quantas pessoas morreram nas estradas portuguesas no mesmo ano? No ano passado? Em 2005. Mais de 1.000. Exactamente 1.093. E este número não contabiliza (perdoem-me a fria expressão de técnico de contas, ao falar de vidas humanas) os feridos graves que dias depois, ou ao fim de algumas semanas, acabaram por não resistir. Dizem as estatísticas que passados 30 dias, a taxa de mortalidade agrava-se em cerca de 30%. E é preciso incluir nos números da sinistralidade os mais de 3.700 feridos graves que felizmente não perderam a vida, mas ficaram mutilados, afectados profundamente. E os quase 45 mil feridos ligeiros. A tese é esta: Portugal vive uma verdadeira guerra civil. Todos os anos. Há muitos anos. Todos os dias. A cada hora.

    Quanto custa uma vida, um braço, um olho

    A sinistralidade rodoviária em Portugal tem rostos, caras, pessoas e famílias que têm de um dia para o outro de enfrentar o drama. Mas também tem números. E são esses que aqui, agora interessam. O que representa para Portugal essa guerra chamada acidentes na estrada?

    Do ponto de vista económico, os acidentes representam custos brutais para o país. A reparação dos danos, cobertos pelo seguro, obriga a um dispêndio de 1,45 mil milhões de euros, por ano, pagos pelas seguradoras, mas suportados por todos quantos pagam prémios de seguro. Ou seja, só na reparação de danos cobertos por apólices do ramo automóvel, as seguradoras gastam cerca de 2.700 euros em cada minuto que passa. Repito 2.700 euros por minuto.

    Mas há muitos mais custos a considerar. De acordo com um estudo de Paulo Telles de Freitas (Custos da Sinistralidade Rodoviária na Europa, 2004) Portugal gasta por ano uma percentagem (5% PIB em 1995) elevada do seu orçamento da saúde no tratamento dos doentes traumatizados, na sua grande maioria vítimas de acidentes. de viação. Este valor em 1999 terá rondado os 48 milhões de euros de acordo com o mesmo estudo.

    Faltam muitas parcelas a esta conta de somar. Os danos nas estradas, os custos do absentismo nas empresas, os custos provocados pelos atrasos em virtude do trânsito originado pelos acidentes, e tantos outros.

    Quem disparou o primeiro «tiro»?

    São basicamente duas as principais causas dos acidentes: o próprio condutor (em cerca de 57% os casos) e a intercepção de causas condutor/factores rodoviários em cerca de 27% dos casos. O veículo aparece como causa directa em apenas cerca de 2% dos casos e os factores rodoviários isoladamente não representam mais do que 3% das causas apontadas pelo estudo referido anteriormente. Ou dito de outro modo, em mais de metade dos acidentes, a causa é o próprio condutor. É o que se poderia chamar de erro humano. Estes «erros humanos» custam cerca de 2.000 milhões de euros ao país. Exactamente 200 euros a cada português.
    Excesso de velocidade, manobras perigosas, álcool. Atitudes que são tomadas de forma individual. Veja-se por exemplo este último factor de acidentes. Os dados provisórios de 2005 dizem que a maioria dos condutores que morreram na estrada e que acusaram álcool apresentava uma taxa acima de 1,2 g/l. Portugal é o quarto país europeu a apresentar uma percentagem mais elevada de condutores com excesso de álcool. Finlândia, Noruega, Suécia e Dinamarca são os mais bem comportados, com os índices mais baixos. Curiosamente, ou talvez não, países onde a taxa de sinistralidade é também mais baixa.

    Pode-se sempre apontar o dedo ao Governo, dizer que é preciso reprimir mais. São necessárias medidas mais duras e fiscalização em cada esquina. Mas qualquer pessoa civilizada percebe que com uma pequena mudança de atitude, pode contribuir, em primeiro lugar para uma redução substancial das mortes ocorridas nas estradas. Mas também para um aumento da riqueza produzida (ou pelo menos não gasta de forma improdutiva) no país.

    Estamos na altura do ano, por eleição, em que mais portugueses parte de férias, muitos de carro, percorrendo centenas de quilómetros. Por isso se vai conduzir, até pode esquecer os 200 euros que todos nós pagamos por ano, mas retenha as caras alegres daquelas crianças que entram no avião. E imagine como ficariam ainda mais felizes se o avião pousasse em segurança, desta vez e na próxima. E sempre.
    Tive o cuidado de destacar a informação que considerei mais pertinente !

    E este artigo usa o anúncio do avião como mote apenas... não foi com esse objectivo que abri este tópico !

    #2
    A minha opinião sobre este assunto e que por várias vezes já escrevi aqui no forum é que grande parte dos acidentes são devidos ao mau comportamento dos condutores.

    Exceptuando raras excepções as infracções cometidas são feitas volutariamente e portanto são cometidos autenticos crimes contra a vida das pessoas.

    Acho que proporcionalmente às infracções leves, as graves e muito graves pouco penalizam os infractores e se o pessoal não vai lá com palavras tem de ser por onde dói mais, a carteira.

    A contagem de vítimas deviam ser apresentados não só como fazem actualmente, mas também ao fim de um ou dois meses actualizarem a lista de vítimas mortais. Deveriam considerarem também as vítimas que ficam deficientes para o resto da vida, aí os números seriam muito mais impressionantes.

    Voltando à história do avião, se cair um avião cheio de crianças é um escândalo, se as mesmas morrerem a conta-gotas em acidentes de viação deixa de ter importância, são apenas números.

    Comentário


      #3
      citação:Originalmente colocada por LM

      A minha opinião sobre este assunto e que por várias vezes já escrevi aqui no forum é que grande parte dos acidentes são devidos ao mau comportamento dos condutores.

      Exceptuando raras excepções as infracções cometidas são feitas volutariamente e portanto são cometidos autenticos crimes contra a vida das pessoas.

      Acho que proporcionalmente às infracções leves, as graves e muito graves pouco penalizam os infractores e se o pessoal não vai lá com palavras tem de ser por onde dói mais, a carteira.

      A contagem de vítimas deviam ser apresentados não só como fazem actualmente, mas também ao fim de um ou dois meses actualizarem a lista de vítimas mortais. Deveriam considerarem também as vítimas que ficam deficientes para o resto da vida, aí os números seriam muito mais impressionantes.

      Voltando à história do avião, se cair um avião cheio de crianças é um escândalo, se as mesmas morrerem a conta-gotas em acidentes de viação deixa de ter importância, são apenas números.
      Julgo ter ouvido q a BT ia começar a contabilizar as vitimas q falecem no hospital... mas nao sei se ja começaram a utilziar esse mecanismo ou não.

      Mas esta, chocou-me um bocado :

      citação:Os dados provisórios de 2005 dizem que a maioria dos condutores que morreram na estrada e que acusaram álcool apresentava uma taxa acima de 1,2 g/l. Portugal é o quarto país europeu a apresentar uma percentagem mais elevada de condutores com excesso de álcool

      Comentário


        #4
        citação:Dizem as estatísticas que passados 30 dias, a taxa de mortalidade agrava-se em cerca de 30%
        É 14% dos feridos graves. O cavalheiro não conhece a convenção de Viena.

        Comentário


          #5
          Só por curiosidade:

          Na Bélgica quem for apanhado com mais de 0.35g/l paga 137.50€, se for reincidente a multa vai aos 11000€.

          No Reino Unido, quem for apanhado com alcool, leva até 6 meses de prisão, multa 7400€, mínimo de 12 meseses sem carta. Mantem-se no cadastro durante 11 anos.

          Também no Reino Unido quem provoque uma morte por conduzir alcoolizado, leva até 14 anos de prisão, mímo de 2 anos sem carta e tem de fazer exame novamnete.

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            #6
            citação:Originalmente colocada por LM

            Só por curiosidade:

            Na Bélgica quem for apanhado com mais de 0.35g/l paga 137.50€, se for reincidente a multa vai aos 11000€.

            No Reino Unido, quem for apanhado com alcool, leva até 6 meses de prisão, multa 7400€, mínimo de 12 meseses sem carta. Mantem-se no cadastro durante 11 anos.

            Também no Reino Unido quem provoque uma morte por conduzir alcoolizado, leva até 14 anos de prisão, mímo de 2 anos sem carta e tem de fazer exame novamnete.
            [^][^][^][^]

            ´Caso cá fosse assim haveria muito menos gente com alcool ao volante !

            Comentário


              #7
              citação:Originalmente colocada por Luís Miguel

              citação:Dizem as estatísticas que passados 30 dias, a taxa de mortalidade agrava-se em cerca de 30%
              É 14% dos feridos graves. O cavalheiro não conhece a convenção de Viena.
              São coisas diferentes. Uma coisa é 14% dos feridos graves morrerem, outra coisa é dizer q a taxa de mortalidade na estrada se agrava 30% se se contabilizar a morte dos feridos graves...

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