Devido a uma reparação necessária num dos carros lá de casa, foi-me dado como carro de substituição um veículo Honda Insight de 2013. Confesso que quando o vi me vieram à cabeça alguns preconceitos e recordações de experiências passadas pouco abonatórias. Mas como gosto de experimentar pensei logo que era uma boa maneira de me distrair a construir mais uma review.
E aqui fica o registo de como foi o contacto por umas centenas largas de kms.
Estética
Este um ponto sempre subjectivo, mas a mim neste caso não me agrada nem me repugna. Curioso é que quando colocado ao lado de segmentos C parece muito pequeno. A éstética interior impressiona à primeira no que ao tablier diz respeito, mas a ergonomia está longe de ser boa.
Motor/caixa
Eu queria dizer que é uma lesma, mas na maioria das situações não o é. Com 90 e picos cavalos do seu motor 1.3 mais o eléctrico tem a potência justa. A caixa CVT têm os incómodos e vantagens de todas as caixas deste tipo. Para avaliar correctamente o comportamento do sistema de propulsão do carro tenho que dizer que o carro tem um botão eco que faz tudo andar mais devagar e suave para poupar combustivel, e que a caixa têm uma posição S (sport?) que faz com que a CVT mexa as correias mais depressa e no fim pareça mais curta. Por isso temos que separar claramente o comportamento do binómio motor caixa em três cenários:
- Caixa em D e botão eco activado, o carro é lento mas acompanha o transito sem problema. A caixa fica longaaaaaaa. As recuperações em estrada, ultrapassagens ou uma outra entrada mais afoita no trânsito têm que ser melhor calculadas;
- A Caixa em D e botão eco desligado, o carro têm prestações semelhantes a outros carros do mesmo segmento com a mesma potência. Não é necessário cuidados extra em recuperações;
- A caixa em S e o botão eco desligado, o carro fica com a caixa muito curta, a CVT faz o motor gritar como um louco. Qualquer pisadela no acelerador faz o carro avançar com a decisão possível para as características do carro.
Resumindo, em eco o carro não é mais lento que um 307 HDi 1.4 ou mesmo um 207 com o mesmo motor, e mesmo comparando com segmentos B com 1.2 a gasolina a prestaão é igual. Se o comprarmos com um segmento C com um diesel 1.5 ou 1.6 anda menos embora nada do outro mundo.
Comportamento
Temos pneus fininhos e pequenos... Mas o carro está na média em conforto, não tanto pela suspensão mas muito pelos fenomenais bancos. Cada vez mais acho que o segredo para uma boa experiência para o condutor é suspensão mais para o dura e compensar no banco. Quando provocado a sério o japonês começa a comportar-se um pouco como barcaça, mas há bem pior no segmento C. A frente vai sem hesitação para onde a mandamos e a direcção embora bastante leve tem mais feeeling que outras propostas.
Consumos
Esta era a minha grande dúvida. As experiências anteriores que tive mostraram que os hibridos não eram substitutos em economia dos Diesel. E esta no fundo mostra o mesmo. O meu percurso é 20% de capital com trânsito e 80% de AE. Os consumos cifraram entre os 5,1 e os 5,9 que para mim são baixos, mas a mégane e o C4 fazem nas mesmas condições 5,5 o que contabilizando o valor do combustíveis e as superiores performances não o valida como uma alternativa que faz esquecer os outros. No entanto ao contrário do que senti nas outras propostas não senti que neste carro era preciso um esforço especial, ou se calhar é para conseguir valores na ordem dos 4 por 100 kms.
Uso no dia a dia
E foi aqui que o raro japonês me deixou uma boa impressão. Embora não perceba bem se e um segmento C ou um B, a verdade é que no interior há bastante espaço em comprimento, os bancos atrás têm um óptimo espaço para pernas mas são é muito fundos. A visibilidade e sensação de muito vidro é fenomenal o que facilita muito a condução no meio para onde este carro foi pensado. A mala se esquecermos a chapeleira até é decente, se a usarmos então é fraca pois embora comprida a altura apenas dá para colocar uma mala de viagem de cabina deitada. Os faróis são do melhor que já experimentei em carros recentes sem xénon. A ergonomia deixa muito a desejar especialmente os controlos da ventilação e o computador de bordo. Tudo o resto nos deixa uma sensação de calma e leveza. As portas são leves. O encosto de braço está no sitio certo. Os espelhos são grandes. Os comandos leves. Há sítios de tamanho razoável para guardar a tralha do dia a dia. O ruído de rolamento é o que mais se houve pois se a CVT não reagir da forma estúpida mas natural a uma pisadela o motor é apenas mais um ruidozito de fundo.
O que melhorava neste aspecto. As luzes interiores do carro que acendem quando abrimos a porta são claramente insuficientes. O carro tinha 28000 e já tinha alguns ruídos parasitas, a construção é tipica japonesa, materiais duros e de textura desagradável mas bem montados. Os comandos de algumas coisas não têm qualquer lógica. A entrada para os lugares traseiros curva demasiado no final o que dificulta a entrada. O comando da CVT é um bocado impreciso e parece que estamos a mexer num brinquedo.
Resumindo, gostei da experiência não pelo consumo mas por uma sensação de calma e simpatia no dia a dia que o carro incute, com algumas alterações como a CVT ter relações seleccionáveis pré-definidas e uns bancos mais altos atrás ficaria bem melhor. Eu diria que é uma óptima opção para quem quer um carro a gasolina, automático e que seja um electrodoméstico que nos transmite segurança de utilização.
E aqui fica o registo de como foi o contacto por umas centenas largas de kms.
Estética
Este um ponto sempre subjectivo, mas a mim neste caso não me agrada nem me repugna. Curioso é que quando colocado ao lado de segmentos C parece muito pequeno. A éstética interior impressiona à primeira no que ao tablier diz respeito, mas a ergonomia está longe de ser boa.
Motor/caixa
Eu queria dizer que é uma lesma, mas na maioria das situações não o é. Com 90 e picos cavalos do seu motor 1.3 mais o eléctrico tem a potência justa. A caixa CVT têm os incómodos e vantagens de todas as caixas deste tipo. Para avaliar correctamente o comportamento do sistema de propulsão do carro tenho que dizer que o carro tem um botão eco que faz tudo andar mais devagar e suave para poupar combustivel, e que a caixa têm uma posição S (sport?) que faz com que a CVT mexa as correias mais depressa e no fim pareça mais curta. Por isso temos que separar claramente o comportamento do binómio motor caixa em três cenários:
- Caixa em D e botão eco activado, o carro é lento mas acompanha o transito sem problema. A caixa fica longaaaaaaa. As recuperações em estrada, ultrapassagens ou uma outra entrada mais afoita no trânsito têm que ser melhor calculadas;
- A Caixa em D e botão eco desligado, o carro têm prestações semelhantes a outros carros do mesmo segmento com a mesma potência. Não é necessário cuidados extra em recuperações;
- A caixa em S e o botão eco desligado, o carro fica com a caixa muito curta, a CVT faz o motor gritar como um louco. Qualquer pisadela no acelerador faz o carro avançar com a decisão possível para as características do carro.
Resumindo, em eco o carro não é mais lento que um 307 HDi 1.4 ou mesmo um 207 com o mesmo motor, e mesmo comparando com segmentos B com 1.2 a gasolina a prestaão é igual. Se o comprarmos com um segmento C com um diesel 1.5 ou 1.6 anda menos embora nada do outro mundo.
Comportamento
Temos pneus fininhos e pequenos... Mas o carro está na média em conforto, não tanto pela suspensão mas muito pelos fenomenais bancos. Cada vez mais acho que o segredo para uma boa experiência para o condutor é suspensão mais para o dura e compensar no banco. Quando provocado a sério o japonês começa a comportar-se um pouco como barcaça, mas há bem pior no segmento C. A frente vai sem hesitação para onde a mandamos e a direcção embora bastante leve tem mais feeeling que outras propostas.
Consumos
Esta era a minha grande dúvida. As experiências anteriores que tive mostraram que os hibridos não eram substitutos em economia dos Diesel. E esta no fundo mostra o mesmo. O meu percurso é 20% de capital com trânsito e 80% de AE. Os consumos cifraram entre os 5,1 e os 5,9 que para mim são baixos, mas a mégane e o C4 fazem nas mesmas condições 5,5 o que contabilizando o valor do combustíveis e as superiores performances não o valida como uma alternativa que faz esquecer os outros. No entanto ao contrário do que senti nas outras propostas não senti que neste carro era preciso um esforço especial, ou se calhar é para conseguir valores na ordem dos 4 por 100 kms.
Uso no dia a dia
E foi aqui que o raro japonês me deixou uma boa impressão. Embora não perceba bem se e um segmento C ou um B, a verdade é que no interior há bastante espaço em comprimento, os bancos atrás têm um óptimo espaço para pernas mas são é muito fundos. A visibilidade e sensação de muito vidro é fenomenal o que facilita muito a condução no meio para onde este carro foi pensado. A mala se esquecermos a chapeleira até é decente, se a usarmos então é fraca pois embora comprida a altura apenas dá para colocar uma mala de viagem de cabina deitada. Os faróis são do melhor que já experimentei em carros recentes sem xénon. A ergonomia deixa muito a desejar especialmente os controlos da ventilação e o computador de bordo. Tudo o resto nos deixa uma sensação de calma e leveza. As portas são leves. O encosto de braço está no sitio certo. Os espelhos são grandes. Os comandos leves. Há sítios de tamanho razoável para guardar a tralha do dia a dia. O ruído de rolamento é o que mais se houve pois se a CVT não reagir da forma estúpida mas natural a uma pisadela o motor é apenas mais um ruidozito de fundo.
O que melhorava neste aspecto. As luzes interiores do carro que acendem quando abrimos a porta são claramente insuficientes. O carro tinha 28000 e já tinha alguns ruídos parasitas, a construção é tipica japonesa, materiais duros e de textura desagradável mas bem montados. Os comandos de algumas coisas não têm qualquer lógica. A entrada para os lugares traseiros curva demasiado no final o que dificulta a entrada. O comando da CVT é um bocado impreciso e parece que estamos a mexer num brinquedo.
Resumindo, gostei da experiência não pelo consumo mas por uma sensação de calma e simpatia no dia a dia que o carro incute, com algumas alterações como a CVT ter relações seleccionáveis pré-definidas e uns bancos mais altos atrás ficaria bem melhor. Eu diria que é uma óptima opção para quem quer um carro a gasolina, automático e que seja um electrodoméstico que nos transmite segurança de utilização.
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