Um dos carros do meu irmão é uma carrinha Renault Mégane II DCI, de 2007.
Há uns dias, à noite, ao engatar um pequeno atrelado de carga, reparou que as luzes de presença (do atrelado) não funcionavam. Estava a chover e, debaixo de chuva, foi verificar se se trataria de algum problema nas lâmpadas, mexeu nas palhetas dos casquilho, etc, parecia estar tudo bem. Resultado: ao voltar a encaixar a ficha de energia na carrinha, esta imediatamente ficou sem luzes de presença.
Provocou um curto circuito.
Pegou no manual de instruções à procura da caixa dos fusíveis e acedeu à caixa que está no habitáculo. Nesta caixa existem os fusíveis que comandam a "vida" a bordo: ar-condicionado, chaufagem, vidros eléctricos, etc.
O fusível das luzes, entre outros, está, porém, na caixa situada no compartimento do motor.
Procurou, procurou e não viu forma de aceder a essa caixa.
No dia seguinte passou na Renault e foi falar com o mecânico conhecido dele, que, de imediato, lhe disse:
"Fundiste um fusível das luzes ? Estás fod***. Nós aqui na Renaut demoramos quase 3 horas a substituir um".
E porquê ?
Porque num carro destes, para substituir qualquer um dos fusíveis existentes na caixa situada no compartimento do motor, são exigidos os seguintes passos:
1 - remover a bateria;
2 - Desmontar o prato/suporte da bateria;
3 - Desmontar uma tampa;
4 - Retirar a caixa do ar-condicionado;
5 - Retirar a centralina da injecção (e desligar os respetivos cabos)
6 - Desmontar uma caixa;
7 - Caixa essa na qual está inserida uma outra caixa;
8 - Na qual, por sua vez, está inserida uma terceira caixa e que é a dos fusíveis, Os quais estão virados ao contrário. Para baixo.
Tipo matrioska.
Sendo certo que, com a retirada da bateria, caso não seja feita ua ligação directa, será necessário, depois, voltar a programar os vidros e, possivelmente, realinhar a direcção ou programar qualquer coisa relacionada com a direcção assistida.
Isto por um fusível - peça de algum desgaste, embora normalmente muito duradouro - de custo absolutamente insiginificante e que poderá ser afectado quando se ligue qualquer dispositivo à corrente do carro (um telemóvel, uma lanterna, etc, etc).
Tenho um carro que, embora não sendo construído na Alemanha, é de concepção alemã.
Hoje à noite abri o capot e fui confirmar quanto tempo demoraria, numa situação idêntica, a aceder à caixa dos fusíveis.
5 segundos... o tempo de retirar a tampa.
Deixo a imagem
uploading images
Não existe justificação mecânica nenhuma para que uma mera substituição de um fusível implique, necessariamente, uma deslocação (demorada) a uma oficina, a não ser uma brutal falta de honestidade de uma marca, no intuito de, cobrar dezenas de euros para substituição de um componente que custa alguns cêntimos.
Não conheço outros casos, mas não vejo um construtor alemão a ter uma atitude mesquinhas destas...
Há uns dias, à noite, ao engatar um pequeno atrelado de carga, reparou que as luzes de presença (do atrelado) não funcionavam. Estava a chover e, debaixo de chuva, foi verificar se se trataria de algum problema nas lâmpadas, mexeu nas palhetas dos casquilho, etc, parecia estar tudo bem. Resultado: ao voltar a encaixar a ficha de energia na carrinha, esta imediatamente ficou sem luzes de presença.
Provocou um curto circuito.
Pegou no manual de instruções à procura da caixa dos fusíveis e acedeu à caixa que está no habitáculo. Nesta caixa existem os fusíveis que comandam a "vida" a bordo: ar-condicionado, chaufagem, vidros eléctricos, etc.
O fusível das luzes, entre outros, está, porém, na caixa situada no compartimento do motor.
Procurou, procurou e não viu forma de aceder a essa caixa.
No dia seguinte passou na Renault e foi falar com o mecânico conhecido dele, que, de imediato, lhe disse:
"Fundiste um fusível das luzes ? Estás fod***. Nós aqui na Renaut demoramos quase 3 horas a substituir um".
E porquê ?
Porque num carro destes, para substituir qualquer um dos fusíveis existentes na caixa situada no compartimento do motor, são exigidos os seguintes passos:
1 - remover a bateria;
2 - Desmontar o prato/suporte da bateria;
3 - Desmontar uma tampa;
4 - Retirar a caixa do ar-condicionado;
5 - Retirar a centralina da injecção (e desligar os respetivos cabos)
6 - Desmontar uma caixa;
7 - Caixa essa na qual está inserida uma outra caixa;
8 - Na qual, por sua vez, está inserida uma terceira caixa e que é a dos fusíveis, Os quais estão virados ao contrário. Para baixo.
Tipo matrioska.
Sendo certo que, com a retirada da bateria, caso não seja feita ua ligação directa, será necessário, depois, voltar a programar os vidros e, possivelmente, realinhar a direcção ou programar qualquer coisa relacionada com a direcção assistida.
Isto por um fusível - peça de algum desgaste, embora normalmente muito duradouro - de custo absolutamente insiginificante e que poderá ser afectado quando se ligue qualquer dispositivo à corrente do carro (um telemóvel, uma lanterna, etc, etc).
Tenho um carro que, embora não sendo construído na Alemanha, é de concepção alemã.
Hoje à noite abri o capot e fui confirmar quanto tempo demoraria, numa situação idêntica, a aceder à caixa dos fusíveis.
5 segundos... o tempo de retirar a tampa.
Deixo a imagem
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Não existe justificação mecânica nenhuma para que uma mera substituição de um fusível implique, necessariamente, uma deslocação (demorada) a uma oficina, a não ser uma brutal falta de honestidade de uma marca, no intuito de, cobrar dezenas de euros para substituição de um componente que custa alguns cêntimos.
Não conheço outros casos, mas não vejo um construtor alemão a ter uma atitude mesquinhas destas...
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