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Preço dos automóveis pode disparar

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    Preço dos automóveis pode disparar

    A Opel adiantou-se à introdução da nova norma para homologação de consumos, a WLTP (Worldwide Harmonized Light Duty Vehicles Test Procedure – Teste Mundial Harmonizado de Veículos Ligeiros) e anunciou os valores relativos a alguns dos seus veículos, comparando-os com os consumos determinados segundo a norma NEDC (New European Driving Cycle – Novo Ciclo de Condução Europeu), em vigor desde 1997. E o resultado foi exactamente o esperado: um considerável incremento dos valores anunciados, agora muito mais próximos dos consumos obtidos em condições reais de utilização.
    O que é o ciclo de condução WLTP?

    Este ciclo divide-se em quatro partes, com velocidades médias diferentes (baixa, média, alta e muito alta), cada qual englobando uma série de fases de condução, de paragens, de aceleração e de travagem, capazes de reflectir quadros de utilização similares à condução no dia-a-dia. A norma baseia-se em procedimentos de teste muito rigorosos, realizados em condições laboratoriais, para garantir um padrão harmonizado e directamente comparável.
    Os parâmetros de teste incluem distâncias maiores, velocidades médias mais elevadas, períodos de paragem mais curtos e maior número de acelerações e de travagens. Por exemplo, a distância coberta no ciclo WLTP é de 23 km (11 km no NEDC), os períodos de imobilização do veículo representam 13% da duração total do teste (25% no NEDC), e a velocidade máxima é de 130 km/h (120 km/h no NEDC). Já os intervalos de consumo são estabelecidos do seguinte modo: cada versão (motor/transmissão) é testada numa unidade com o nível de equipamento que torna o automóvel mais económico, e noutra com o nível mais penalizador para o consumo. O valor mais baixo resulta da medição mais favorável obtida nas quatro fases do ciclo WLTP pelo automóvel com o equipamento “mais económico”, enquanto o valor mais elevado reflecte as medições mais altas efectuadas nas mesmas fases, mas com a versão de equipamento mais penalizadora para o consumo.

    Num site específico, que a torna na primeira marca de automóveis alemã a publicar voluntariamente os números medidos de acordo com o ciclo de testes WLTP, a par dos valores oficiais NEDC , a Opel publica, para já, os consumos do Astra, nas variantes de carroçaria de cinco portas e carrinha Sports Tourer, equipado com os motores 1.0 Ecotec de 105 cv, 1.4 Ecotec Turbo de 150 cv, 1.6 CDTI (110 cv e 136 cv) e 1.6 BiTurbo CDTI de 160 cv. Olhando para os resultados aí publicados, e sempre na versão de cinco portas dotada de caixa manual de seis velocidades e sistema Start/Stop, o consumo médio misto do Astra 1.0 de 105 cv no ciclo NEDC é de 4,4-4,3 l/100 km, passando a ser de 4,8-7,3 l/100 km no ciclo WLTP. No caso do Astra 1.4 Turbo, o consumo no ciclo NEDC é de 5,1-4,9 l/100 km, valores que sobem para 8,5-5,0 l/100 km no ciclo WLTP. Já o mesmo modelo, mas com motor turbodiesel 1.6 CDTI de 110 cv, exibe consumos mistos de 3,4-3,3 l/100 km no ciclo NEDC, e de 5,7-4,2 l/100 km na norma WTLP. Passando à versão de 136 cv deste motor, o consumo é de 3,8-3,9 l/100 km no ciclo NEDC, e de 4,3-6,1 l/100 km no ciclo NEDC. Por fim, a mais poderosa versão 2.0 BiTurbo CDTI de 160 cv alcança um consumo de 4,1-4,0 l/100 km no ciclo NEDC, e de 6,7-4,3 l/100 km no ciclo NEDC.



    Mas a parte mais interessante deste exercício comparativo é fazer corresponder aos valores mais realistas as respectivas emissões de CO2, introduzindo os dados obtidos no simulador que permite efectuar o cálculo do Imposto Sobre Veículos, disponível no Portal Aduaneiro da Autoridade Tributária. E, claro está, analisar o aumento dos encargos em que tal resultará, se nada mais mudar neste domínio, a não ser o método de homologação dos consumos.
    Feitas as contas, temos que, só devido ao aumento do ISV relativo ao CO2 (convém não esquecer que o ISV faz parte da base tributável, ou seja, está sujeito a 23% de IVA), o preço do Astra 1.0 aumentaria 77€ na melhor das hipóteses, ou 3337€ se fosse levado em linha de conta o valor de consumo mais elevado obtido no ciclo WLTP. O Astra 1.4 Turbo até baixaria 56€ no consumo mais favorável, mas aumentaria 7323€ no caso do valor mais elevado. Aplicando o mesmo raciocínio às versões a gasóleo, os cálculos resultariam num aumento de 1398€ ou 7987€ para o Astra 1.6 CDTI de 110 cv, de 842€ ou 9371€ para o 1.6 CDTI de 136 cv, e de 337€ ou 13437€ para o 1.6 BiTurbo CDTI de 160 cv.
    Se a nova norma WLTP se revela mais verosímil, levanta grandes problemas a países como o nosso, onde os impostos dependem directamente das emissões de CO2, que por sua vez variam directamente de acordo com o consumo de combustível. Com os valores anunciados a subir em alguns casos mais de 70%, se o Governo não alterar a legislação, os impostos sobre os veículos poderão subir na mesma proporção. A este propósito, o secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), Hélder Pedro, contactado pelo Observador, refere que a associação já começou a debruçar-se sobre este problema. Sabendo que são vários os países da Europa que, com fórmulas distintas, incluem a componente CO2 no seu sistema fiscal, o responsável português afirma ter feito saber junto da Associação Europeia dos Construtores de Automóveis que esta situação deve ser devidamente acautelada, tendo em conta as suas implicações que, no limite, “podem ser desastrosas para o comércio automóvel” nalgumas paragens.
    O caso português é especialmente preocupante, uma vez que, entre nós, a vertente CO2 representa cerca de 60% da carga fiscal incidente sobre o automóvel. Nas instâncias europeias, como junto do Estado português, a posição da ACAP é que, “independentemente das alterações que venham a ser introduzidas nos métodos de homologação, a carga fiscal se mantenha nula”. Contudo, esta é uma corrida contra o tempo, pois se, por um lado, a União Europeia pretende que a nova norma WLTP entre em vigor já em 2017, por outro, é preciso não esquecer que a proposta de Orçamento do Estado deverá ser apresentada após o Verão, e aprovada antes do final do ano.
    O que muda com a nova norma?

    Actualmente, a homologação dos consumos e das emissões de poluentes dos automóveis novos à venda na Europa é feita com base na norma NEDC. Mas a contestação gerada em torno da aplicabilidade prática dos valores daí resultantes, levou o sector a preparar uma nova normativa, com vista à obtenção de valores mais fielmente representativos da experiência dos condutores no dia-a-dia. O resultado é o novo ciclo de testes WLTP, que colhe a aceitação generalizada da indústria automóvel, e que os legisladores da União Europeia deverão, já no próximo ano, eleger como substituto do actual ciclo oficial NEDC. Entre as vantagens óbvias de seguir por este caminho destaca-se o facto de os dados obtidos serem comparáveis, a nível mundial, ao passo que os do NEDC são válidos apenas para a Europa.
    Mas “não há bela sem senão”. Se, com a implementação do WLTP, o consumidor ficará mais defendido, já que os dados de homologação passam a ser mais próximos daqueles que poderá alcançar na vida real, o reverso da medalha é que os valores tenderão a ser, na esmagadora maioria dos casos, mais elevados do que os actuais. E como a um maior consumo de combustível correspondem superiores emissões de CO2, se nada for alterado na legislação fiscal hoje em vigor no nosso país, tal resultará num inevitável aumento dos preços dos veículos. Assim o dita o incremento da vertente ambiental do imposto que incide sobre os automóveis.

    #2
    Ainda bem. Carros tão baratos era uma coisa que até já aborrecia.

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      #3
      No caso do Astra 1.4 Turbo, o consumo no ciclo NEDC é de 5,1-4,9 l/100 km, valores que sobem para 8,5-5,0 l/100 km no ciclo WLTP.

      Por fim, a mais poderosa versão 2.0 BiTurbo CDTI de 160 cv alcança um consumo de 4,1-4,0 l/100 km no ciclo NEDC, e de 6,7-4,3 l/100 km no ciclo NEDC.


      Esta norma WLTP parece muito realista ja que fazer 8,5 num 1.4 turbo e equivalente a 6,7 num 2.0 CDTI. E nas condicoes de 4,3 do diesel um gasolina fara 5 Parece-me muito realista.

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        #4
        epa e eu que pensava que os consumos anunciados, para alem de certos, eram omnipresentes.....

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          #5
          Nem sabia que era permitido fazer consumos diferentes dos anunciados.

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            #6
            a serio? ui...

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              #7
              Só agora é que testaram mesmo os carros

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                #8
                que confusão que vai para aí nesse artigo!

                os astras têm atualmente 140 ou 170 com o motor 1.4, com o 1.6 a gasóleo têm 136cv e com o 2.0 165cv monoturbo e biturbo de 195cv. refere aí motor 1.6, depois motor 2.0 várias vezes. eu nem sabia era que havia o 1.0, mas havendo se só tem esses cv, o adam, por exemplo, além de mais leve, é mais potente, assim como o corsa. em que ficamos afinal?

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Superfast Ver Post
                  No caso do Astra 1.4 Turbo, o consumo no ciclo NEDC é de 5,1-4,9 l/100 km, valores que sobem para 8,5-5,0 l/100 km no ciclo WLTP.
                  Esse 8,5 deve ser uma gralha...

                  Comentário


                    #10
                    já vi. afinal os preços dos novos é que enganam, ainda têm as versões antigas, ou seja, 2 astras à venda! o de 160cv no astra K nem aparece na lista, não está à venda em PT? que bela informação atualizada, será que ainda se vendem astras antigos ou não seria mais lógico retirarem o antigo astra do site?

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por Superfast Ver Post
                      (...)

                      Mas a parte mais interessante deste exercício comparativo é fazer corresponder aos valores mais realistas as respectivas emissões de CO2, introduzindo os dados obtidos no simulador que permite efectuar o cálculo do Imposto Sobre Veículos, disponível no Portal Aduaneiro da Autoridade Tributária. E, claro está, analisar o aumento dos encargos em que tal resultará, se nada mais mudar neste domínio, a não ser o método de homologação dos consumos.
                      Feitas as contas, temos que, só devido ao aumento do ISV relativo ao CO2 (convém não esquecer que o ISV faz parte da base tributável, ou seja, está sujeito a 23% de IVA), o preço do Astra 1.0 aumentaria 77€ na melhor das hipóteses, ou 3337€ se fosse levado em linha de conta o valor de consumo mais elevado obtido no ciclo WLTP. O Astra 1.4 Turbo até baixaria 56€ no consumo mais favorável, mas aumentaria 7323€ no caso do valor mais elevado. Aplicando o mesmo raciocínio às versões a gasóleo, os cálculos resultariam num aumento de 1398€ ou 7987€ para o Astra 1.6 CDTI de 110 cv, de 842€ ou 9371€ para o 1.6 CDTI de 136 cv, e de 337€ ou 13437€ para o 1.6 BiTurbo CDTI de 160 cv.
                      Se a nova norma WLTP se revela mais verosímil, levanta grandes problemas a países como o nosso, onde os impostos dependem directamente das emissões de CO2, que por sua vez variam directamente de acordo com o consumo de combustível. Com os valores anunciados a subir em alguns casos mais de 70%, se o Governo não alterar a legislação, os impostos sobre os veículos poderão subir na mesma proporção. A este propósito, o secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), Hélder Pedro, contactado pelo Observador, refere que a associação já começou a debruçar-se sobre este problema. Sabendo que são vários os países da Europa que, com fórmulas distintas, incluem a componente CO2 no seu sistema fiscal, o responsável português afirma ter feito saber junto da Associação Europeia dos Construtores de Automóveis que esta situação deve ser devidamente acautelada, tendo em conta as suas implicações que, no limite, “podem ser desastrosas para o comércio automóvel” nalgumas paragens.
                      O caso português é especialmente preocupante, uma vez que, entre nós, a vertente CO2 representa cerca de 60% da carga fiscal incidente sobre o automóvel. Nas instâncias europeias, como junto do Estado português, a posição da ACAP é que, “independentemente das alterações que venham a ser introduzidas nos métodos de homologação, a carga fiscal se mantenha nula”. Contudo, esta é uma corrida contra o tempo, pois se, por um lado, a União Europeia pretende que a nova norma WLTP entre em vigor já em 2017, por outro, é preciso não esquecer que a proposta de Orçamento do Estado deverá ser apresentada após o Verão, e aprovada antes do final do ano.
                      ou seja, os diesel até aqui são subsidiados, já não basta nos combustíveis... Olhando apenas para o valor mais baixo, temos que o preço nas versões a gasolina quase não se mexe. Nas versões a diesel aumentam pelo menos mais €800 para os tradicionais 1.6. Se quando se fez a atual lei o objetivo era taxar o CO2 de acordo com uma dada lógica que foi aplicada às versões gasolina e diesel da mesma forma, agora, apenas porque em condições mais reais os diesel produzem mais CO2 do que conseguiam iludir com o método anterior, há que mudar a legislação. mas o problema está na tecnologia ou na legislação? O aumento de preço, nas mesmas condições para as versões a gasolina, é um excelente mediador da procura. Quem quiser diesel que assuma os custos.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por caditonuno Ver Post
                        já vi. afinal os preços dos novos é que enganam, ainda têm as versões antigas, ou seja, 2 astras à venda! o de 160cv no astra K nem aparece na lista, não está à venda em PT? que bela informação atualizada, será que ainda se vendem astras antigos ou não seria mais lógico retirarem o antigo astra do site?
                        http://www.opel.pt/tools/consumo-combustivel-wltp.html

                        So existe 1.4 150 cavalos.

                        Acho engracado e no ciclo menos exigente o gasolina e gasoleo diferem 0,5 litro em consumo

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por caditonuno Ver Post
                          que confusão que vai para aí nesse artigo!

                          os astras têm atualmente 140 ou 170 com o motor 1.4, com o 1.6 a gasóleo têm 136cv e com o 2.0 165cv monoturbo e biturbo de 195cv. refere aí motor 1.6, depois motor 2.0 várias vezes. eu nem sabia era que havia o 1.0, mas havendo se só tem esses cv, o adam, por exemplo, além de mais leve, é mais potente, assim como o corsa. em que ficamos afinal?
                          O astra tem 105 cavalos por ter caixa de 5 longa. Na Europa optar por um astra 1.0 e para usar como citadino. O 1.4 custa mais 600 chf ou seja nao e pelo preço que se distingue o 1.0 105 e 1.4 150.

                          E pelo fim que se vai dar ao carro.

                          Comentário


                            #14
                            Achei curioso a discrepância entre o valor mínimo e máximo. Talvez explique o porquê de algumas pessoas se queixarem dos consumos serem significativamente mais altos que os anunciados.

                            Eu faço uma condução económica, que consiste unicamente em prever o trânsito e adequar a minha velocidade de forma a evitar ao máximo usar o travão e usar mudanças elevadas o mais possível, e consigo fazer consumos à volta dos anunciados.

                            Comentário


                              #15
                              E por estranho que pareça, chegas apenas uns segundos após os aceleras que arrancam a abrir e param com os calços de travão em brasa.

                              É a diferença entre usar os neurónios ou usá-los apenas para adorno.

                              Comentário


                                #16
                                A propósito do post, sempre disse que o ciclo de homolação europeu é uma bosta, mas nunca desejei que fosse mudado, pois já se sabe que o resultado vai ser um novo assalto à carteira. Acho que vem a caminho...

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por Superfast Ver Post
                                  A Opel adiantou-se à introdução da nova norma para homologação de consumos, a WLTP (Worldwide Harmonized Light Duty Vehicles Test Procedure – Teste Mundial Harmonizado de Veículos Ligeiros) e anunciou os valores relativos a alguns dos seus veículos, comparando-os com os consumos determinados segundo a norma NEDC (New European Driving Cycle – Novo Ciclo de Condução Europeu), em vigor desde 1997. E o resultado foi exactamente o esperado: um considerável incremento dos valores anunciados, agora muito mais próximos dos consumos obtidos em condições reais de utilização.
                                  O que é o ciclo de condução WLTP?

                                  Este ciclo divide-se em quatro partes, com velocidades médias diferentes (baixa, média, alta e muito alta), cada qual englobando uma série de fases de condução, de paragens, de aceleração e de travagem, capazes de reflectir quadros de utilização similares à condução no dia-a-dia. A norma baseia-se em procedimentos de teste muito rigorosos, realizados em condições laboratoriais, para garantir um padrão harmonizado e directamente comparável.
                                  Os parâmetros de teste incluem distâncias maiores, velocidades médias mais elevadas, períodos de paragem mais curtos e maior número de acelerações e de travagens. Por exemplo, a distância coberta no ciclo WLTP é de 23 km (11 km no NEDC), os períodos de imobilização do veículo representam 13% da duração total do teste (25% no NEDC), e a velocidade máxima é de 130 km/h (120 km/h no NEDC). Já os intervalos de consumo são estabelecidos do seguinte modo: cada versão (motor/transmissão) é testada numa unidade com o nível de equipamento que torna o automóvel mais económico, e noutra com o nível mais penalizador para o consumo. O valor mais baixo resulta da medição mais favorável obtida nas quatro fases do ciclo WLTP pelo automóvel com o equipamento “mais económico”, enquanto o valor mais elevado reflecte as medições mais altas efectuadas nas mesmas fases, mas com a versão de equipamento mais penalizadora para o consumo.

                                  Num site específico, que a torna na primeira marca de automóveis alemã a publicar voluntariamente os números medidos de acordo com o ciclo de testes WLTP, a par dos valores oficiais NEDC , a Opel publica, para já, os consumos do Astra, nas variantes de carroçaria de cinco portas e carrinha Sports Tourer, equipado com os motores 1.0 Ecotec de 105 cv, 1.4 Ecotec Turbo de 150 cv, 1.6 CDTI (110 cv e 136 cv) e 1.6 BiTurbo CDTI de 160 cv. Olhando para os resultados aí publicados, e sempre na versão de cinco portas dotada de caixa manual de seis velocidades e sistema Start/Stop, o consumo médio misto do Astra 1.0 de 105 cv no ciclo NEDC é de 4,4-4,3 l/100 km, passando a ser de 4,8-7,3 l/100 km no ciclo WLTP. No caso do Astra 1.4 Turbo, o consumo no ciclo NEDC é de 5,1-4,9 l/100 km, valores que sobem para 8,5-5,0 l/100 km no ciclo WLTP. Já o mesmo modelo, mas com motor turbodiesel 1.6 CDTI de 110 cv, exibe consumos mistos de 3,4-3,3 l/100 km no ciclo NEDC, e de 5,7-4,2 l/100 km na norma WTLP. Passando à versão de 136 cv deste motor, o consumo é de 3,8-3,9 l/100 km no ciclo NEDC, e de 4,3-6,1 l/100 km no ciclo NEDC. Por fim, a mais poderosa versão 2.0 BiTurbo CDTI de 160 cv alcança um consumo de 4,1-4,0 l/100 km no ciclo NEDC, e de 6,7-4,3 l/100 km no ciclo NEDC.



                                  Mas a parte mais interessante deste exercício comparativo é fazer corresponder aos valores mais realistas as respectivas emissões de CO2, introduzindo os dados obtidos no simulador que permite efectuar o cálculo do Imposto Sobre Veículos, disponível no Portal Aduaneiro da Autoridade Tributária. E, claro está, analisar o aumento dos encargos em que tal resultará, se nada mais mudar neste domínio, a não ser o método de homologação dos consumos.
                                  Feitas as contas, temos que, só devido ao aumento do ISV relativo ao CO2 (convém não esquecer que o ISV faz parte da base tributável, ou seja, está sujeito a 23% de IVA), o preço do Astra 1.0 aumentaria 77€ na melhor das hipóteses, ou 3337€ se fosse levado em linha de conta o valor de consumo mais elevado obtido no ciclo WLTP. O Astra 1.4 Turbo até baixaria 56€ no consumo mais favorável, mas aumentaria 7323€ no caso do valor mais elevado. Aplicando o mesmo raciocínio às versões a gasóleo, os cálculos resultariam num aumento de 1398€ ou 7987€ para o Astra 1.6 CDTI de 110 cv, de 842€ ou 9371€ para o 1.6 CDTI de 136 cv, e de 337€ ou 13437€ para o 1.6 BiTurbo CDTI de 160 cv.
                                  Se a nova norma WLTP se revela mais verosímil, levanta grandes problemas a países como o nosso, onde os impostos dependem directamente das emissões de CO2, que por sua vez variam directamente de acordo com o consumo de combustível. Com os valores anunciados a subir em alguns casos mais de 70%, se o Governo não alterar a legislação, os impostos sobre os veículos poderão subir na mesma proporção. A este propósito, o secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), Hélder Pedro, contactado pelo Observador, refere que a associação já começou a debruçar-se sobre este problema. Sabendo que são vários os países da Europa que, com fórmulas distintas, incluem a componente CO2 no seu sistema fiscal, o responsável português afirma ter feito saber junto da Associação Europeia dos Construtores de Automóveis que esta situação deve ser devidamente acautelada, tendo em conta as suas implicações que, no limite, “podem ser desastrosas para o comércio automóvel” nalgumas paragens.
                                  O caso português é especialmente preocupante, uma vez que, entre nós, a vertente CO2 representa cerca de 60% da carga fiscal incidente sobre o automóvel. Nas instâncias europeias, como junto do Estado português, a posição da ACAP é que, “independentemente das alterações que venham a ser introduzidas nos métodos de homologação, a carga fiscal se mantenha nula”. Contudo, esta é uma corrida contra o tempo, pois se, por um lado, a União Europeia pretende que a nova norma WLTP entre em vigor já em 2017, por outro, é preciso não esquecer que a proposta de Orçamento do Estado deverá ser apresentada após o Verão, e aprovada antes do final do ano.
                                  O que muda com a nova norma?

                                  Actualmente, a homologação dos consumos e das emissões de poluentes dos automóveis novos à venda na Europa é feita com base na norma NEDC. Mas a contestação gerada em torno da aplicabilidade prática dos valores daí resultantes, levou o sector a preparar uma nova normativa, com vista à obtenção de valores mais fielmente representativos da experiência dos condutores no dia-a-dia. O resultado é o novo ciclo de testes WLTP, que colhe a aceitação generalizada da indústria automóvel, e que os legisladores da União Europeia deverão, já no próximo ano, eleger como substituto do actual ciclo oficial NEDC. Entre as vantagens óbvias de seguir por este caminho destaca-se o facto de os dados obtidos serem comparáveis, a nível mundial, ao passo que os do NEDC são válidos apenas para a Europa.
                                  Mas “não há bela sem senão”. Se, com a implementação do WLTP, o consumidor ficará mais defendido, já que os dados de homologação passam a ser mais próximos daqueles que poderá alcançar na vida real, o reverso da medalha é que os valores tenderão a ser, na esmagadora maioria dos casos, mais elevados do que os actuais. E como a um maior consumo de combustível correspondem superiores emissões de CO2, se nada for alterado na legislação fiscal hoje em vigor no nosso país, tal resultará num inevitável aumento dos preços dos veículos. Assim o dita o incremento da vertente ambiental do imposto que incide sobre os automóveis.


                                  Superfast, podes indicar de onde foi retirado o artigo, obrigado.

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                                    #18
                                    Como já referido e há muito sabido, os valores homologados são optimistas.

                                    Claro que para a carteira e por causa da questão ambiental, a nível de imposto, tal é favorável...

                                    Mas a surgir uma nova forma de homologação, a dita levará claro ao encarecimento das viaturas

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                                      #19
                                      Originalmente Colocado por nto Ver Post



                                      Superfast, podes indicar de onde foi retirado o artigo, obrigado.
                                      http://observador.pt/2016/07/23/prec...pode-disparar/

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                                        #20
                                        É garantido que terá de haver um ajuste ao cálculo dos impostos. Certamente alguns carros vão descer e outros vão subir... e conhecendo os nossos governantes é certo que em média vamos pagar mais

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                                          #21
                                          Provavelmente os importadores terao que se adaptar.
                                          Estou a lembrar.me do corsa 1.0 90 cavalos que e vendido no uk por estar abaixo dos 100g/km

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Superfast Ver Post
                                            http://www.opel.pt/tools/consumo-combustivel-wltp.html

                                            So existe 1.4 150 cavalos.

                                            Acho engracado e no ciclo menos exigente o gasolina e gasoleo diferem 0,5 litro em consumo
                                            falava do 1.6 160cv.


                                            Originalmente Colocado por Superfast Ver Post
                                            O astra tem 105 cavalos por ter caixa de 5 longa. Na Europa optar por um astra 1.0 e para usar como citadino. O 1.4 custa mais 600 chf ou seja nao e pelo preço que se distingue o 1.0 105 e 1.4 150.

                                            E pelo fim que se vai dar ao carro.
                                            600 francos suíços? lol aqui dão-t os 600 francos, dão. vai ver as diferenças e depois diz alguma coisa. não te cinjas mais uma vez ao mercado suíço, mas à realidade portuguesa.


                                            Originalmente Colocado por RLTsport Ver Post
                                            A propósito do post, sempre disse que o ciclo de homologação europeu é uma bosta, mas nunca desejei que fosse mudado, pois já se sabe que o resultado vai ser um novo assalto à carteira. Acho que vem a caminho...
                                            tópico, não post.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Eu sei caditonuno por isso tenho pena que a nossa fiscalizacao nao cumpra nada de jeito. Em Espanha um Outlander PHEV e mais barato que o diesel com incentivo do governo.

                                              Embora eu viva em Zurique, 0.5 milhao sao alemaes. O meu mundo e mais Suico/Alemao e Inglaterra.

                                              Eu nao comprei um Corsa no Porto com o motor 1.4 150 cavalos porque a diferenca de 3000 euros e ridicula. De fabrica a diferenca sao 500 euros. Para o 1.0 115 cavalos

                                              Comentário


                                                #24
                                                Cenas dos próximos capítulos:

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por ppais Ver Post
                                                  É garantido que terá de haver um ajuste ao cálculo dos impostos. Certamente alguns carros vão descer e outros vão subir... e conhecendo os nossos governantes é certo que em média vamos pagar mais
                                                  É garantido? Conheces o nosso governo? Eles não deixam escapar uma oportunidade para subir impostos.

                                                  Mas por um lado, como não estou a pensar alguma vez comprar um carro a gasolina/gasóleo construído depois de 2016, até me agrada o facto de isto aumentar o incentivo a comprar-se carros menos poluentes.


                                                  Originalmente Colocado por RLTsport Ver Post
                                                  E por estranho que pareça, chegas apenas uns segundos após os aceleras que arrancam a abrir e param com os calços de travão em brasa.

                                                  É a diferença entre usar os neurónios ou usá-los apenas para adorno.
                                                  Exacto. A diferença é que eles param na fila para entrar rotunda enquanto eu chego à rotunda no exacto momento em que o carro que ia à minha frente acabou de entrar.

                                                  Mas numa situação em que não preveja parar não há problema em acelerar depressa para chegar mais rapidamente às mudanças mais elevadas.

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Que confusao a partir Setembro 2017:

                                                    While WLTP is an overarching standard, during the implementation process freedom has been given to make certain adaptations to account for differences at regional and / or local level. In the case of the EU, the version applicable to member states was approved in March 2016 and will be implemented in September 2017, coinciding with the adoption of the updated EU6 (European Emission Standards) regulation. This update of EU6 or EU6d as it is more formally known, focuses mainly on the inclusion of RDE testing. Additionally as part of the WLTP implementation in the EU, the CO2 targets defined for 2020-2021 based on NEDC testing will need to be translated to WLTP equivalent values.

                                                    Comentário


                                                      #27

                                                      Ok, obrigado.

                                                      Comentário

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