Apesar da forte aposta na eletrificação, nomeadamente, através da criação de toda uma nova família de elétricos, denominada I.D., e do lançamento de um sem-número de híbridos, plug-in e não plug-in, a Volkswagen continua a desenvolver aquela que tem sido a sua galinha dos ovos de ouro, nas últimas décadas — os motores a gasóleo.
Última demonstração desse facto, foi a apresentação, já esta semana, no Vienna Motor Symposium 2018, que tem lugar na Áustria, da mais recente evolução do conhecidíssimo 2.0 TDI, denominada EA288 Evo.
2.0 TDI agora também híbrido… ou quase
Totalmente reformulado, o quatro cilindros em linha apresenta, no entanto, uma importante novidade, passando a acoplar uma faceta semi-híbrida, ou melhor, semi-híbrida.
Ou seja, alternador e motor de arranque são substituídos por um motor-gerador elétrico, alimentado por um sistema elétrico paralelo, não de 48 V, mas sim de 12 V, conjugado com um pack de baterias de iões de lítio — semelhante à solução que podemos encontrar no Suzuki Swift.
Graças a esta nova solução, o 2,0 litros turbodiesel promete não apenas uma redução nos consumos, mas também “emissões extremamente baixas em todas as fases de utilização”, garante a Volkswagen.
Mais eficiente, mais leve… mais potente
Para conseguirem estes resultados, os engenheiros da Volkswagen não só introduziram o sistema semi-híbrido, como melhoraram igualmente no processo de combustão, de forma a aumentar a eficiência e fazer com que o turbo respondesse mais rapidamente.
Também os sistemas de tratamento dos gases de escape — filtro de partículas e SCR (sistema de redução catalítica) — foram redimensionados e viram aumentada a sua durabilidade.
Por outro lado, o bloco EA288 Evo é também mais leve que o antecessor, além de apresentar menos perdas resultantes da fricção e do calor. O construtor alemão anuncia que o EA288 Evo estará disponível com vários níveis de potência, dos 136 aos 204 cv (um aumento de até 9% face à geração anterior).
Com a Volkswagen a garantir emissões reduzidas até 10 g/km, comparando com o predecessor, além de que está apto a cumprir as mais exigentes normas anti-emissões decorrentes do novo ciclo Worldwide Harmonized Light vehicles Test Procedure, ou WLTP. O qual, a partir de setembro, substituirá o insuficiente ciclo New European Driving Cycle (NEDC).
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