Escândalo. “Crash-tests” terão sido manipulados
O Euro NCAP é o órgão que, insuspeitamente, leva a cabo testes de colisão para avaliar a segurança oferecida por cada novo automóvel introduzido no mercado europeu. Suspeita-se agora que foi enganado.
Em matéria de segurança no sector automóvel, é o Euro NCAP que tem a última palavra, pois dos testes que esta entidade executa dependem as estrelas atribuídas a cada novo modelo introduzido no mercado europeu. Nos exigentes crash tests é avaliada uma série de critérios, com vista a aferir o nível de protecção oferecida ao condutor e restantes ocupantes (adultos e crianças) do veículo, nos mais diferentes tipos de embate – frontal, lateral, contra estruturas deformáveis e não deformáveis. O relatório final é, por isso, a derradeira impressão com que os clientes ficam da segurança oferecida por um determinado automóvel. Pois… parece que essa impressão terá sido manipulada.
Segundo avança a AutoExpress, é o próprio consórcio europeu que suspeita de ter sido enganado nos testes que efectuou. Sem concretizar em que marcas ou modelos específicos, o Euro NCAP reconhece que os seus especialistas e os técnicos da Thatcham Research descobriram, na inspecção posterior aos crash tests que é realizada habitualmente, componentes marcados com uma inscrição elucidativa: “for crash test only” (só para testes de colisão). Marcações deste tipo terão sido encontradas em módulos de airbag, bancos, espumas e sistemas Isofix, o que levou o Euro NCAP a suspeitar que “vários fabricantes” estariam assim a procurar melhorar o desempenho dos seus carros à custa de componentes reforçados especificamente para melhorar a “nota” nos crash tests.
Quase tão ‘estranho’ quanto esta suspeita é o facto de o Euro NCAP, quando pressionado pela AutoExpress para clarificar a regularidade com que são descobertos componentes com inscrições grosseiras, registadas a caneta, adiantar que isso não aconteceu nos últimos um ou dois anos. Já o responsável da Thatcham Research, Matthew Avery, também assume que dantes isso acontecia com maior frequência. Agora, segundo ele, são apanhados dois casos por ano. Convinha saber quais, embora o Euro NCAP faça questão de frisar que as suas auditorias nunca detectaram qualquer tentativa de os construtores automóveis manipularem resultados.
A Society of Motor Manufacturers & Traders (SMMT), pela voz de Mike Hawes, refuta qualquer esquema para passar com mais estrelas nos testes: “ Tais observações lançam dúvidas injustificadas sobre a indústria automóvel, para a qual a segurança é uma prioridade absoluta”.
O Euro NCAP é o órgão que, insuspeitamente, leva a cabo testes de colisão para avaliar a segurança oferecida por cada novo automóvel introduzido no mercado europeu. Suspeita-se agora que foi enganado.
Em matéria de segurança no sector automóvel, é o Euro NCAP que tem a última palavra, pois dos testes que esta entidade executa dependem as estrelas atribuídas a cada novo modelo introduzido no mercado europeu. Nos exigentes crash tests é avaliada uma série de critérios, com vista a aferir o nível de protecção oferecida ao condutor e restantes ocupantes (adultos e crianças) do veículo, nos mais diferentes tipos de embate – frontal, lateral, contra estruturas deformáveis e não deformáveis. O relatório final é, por isso, a derradeira impressão com que os clientes ficam da segurança oferecida por um determinado automóvel. Pois… parece que essa impressão terá sido manipulada.
Segundo avança a AutoExpress, é o próprio consórcio europeu que suspeita de ter sido enganado nos testes que efectuou. Sem concretizar em que marcas ou modelos específicos, o Euro NCAP reconhece que os seus especialistas e os técnicos da Thatcham Research descobriram, na inspecção posterior aos crash tests que é realizada habitualmente, componentes marcados com uma inscrição elucidativa: “for crash test only” (só para testes de colisão). Marcações deste tipo terão sido encontradas em módulos de airbag, bancos, espumas e sistemas Isofix, o que levou o Euro NCAP a suspeitar que “vários fabricantes” estariam assim a procurar melhorar o desempenho dos seus carros à custa de componentes reforçados especificamente para melhorar a “nota” nos crash tests.
Quase tão ‘estranho’ quanto esta suspeita é o facto de o Euro NCAP, quando pressionado pela AutoExpress para clarificar a regularidade com que são descobertos componentes com inscrições grosseiras, registadas a caneta, adiantar que isso não aconteceu nos últimos um ou dois anos. Já o responsável da Thatcham Research, Matthew Avery, também assume que dantes isso acontecia com maior frequência. Agora, segundo ele, são apanhados dois casos por ano. Convinha saber quais, embora o Euro NCAP faça questão de frisar que as suas auditorias nunca detectaram qualquer tentativa de os construtores automóveis manipularem resultados.
A Society of Motor Manufacturers & Traders (SMMT), pela voz de Mike Hawes, refuta qualquer esquema para passar com mais estrelas nos testes: “ Tais observações lançam dúvidas injustificadas sobre a indústria automóvel, para a qual a segurança é uma prioridade absoluta”.
in: https://observador.pt/2018/10/10/esc...o-manipulados/
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