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Emissões Automóvel 2020: a meta dos 95 g/km

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    Emissões Automóvel 2020: a meta dos 95 g/km

    95. Este é o número mais temido da indústria automóvel. Sabes porquê?

    A partir deste ano a indústria automóvel europeia terá de reduzir as suas emissões médias de CO2 para 95 g/km, com pesadas multas caso não as atinjam.

    Os supersticiosos temem o número 13, os chineses o número 4, a religião cristã o 666, mas o número mais temido pela indústria automóvel deve ser o número 95. Porquê? É o número correspondente às emissões médias de CO2 que têm de atingir até 2021 na Europa: 95 g/km. E é também o número, em euros, da multa a pagar por carro e por grama acima do estipulado em caso de incumprimento.

    Os desafios a ultrapassar são enormes. Já este ano (2020) a meta das 95 g/km terá de ser atingida em 95% das vendas totais das suas gamas — os 5% restantes ficam de fora dos cálculos. Em 2021, as 95 g/km terão de ser atingidas na totalidade das vendas.


    O que acontece se não atingirem as metas propostas?

    Multas… multas bastante pesadas. Como referimos, 95 euros por cada grama a mais e por cada carro vendido. Ou seja, mesmo que fiquem apenas 1 g/km acima do estipulado, e vendam um milhão de veículos por ano na Europa, são 95 milhões de euros de multa — as previsões, no entanto, apontam para incumprimentos bem superiores.


    Metas distintas

    Apesar da meta global ser a das 95 g/km de emissões médias de CO2, cada construtor tem uma meta específica para atingir, com o valor a depender da massa média (kg) da sua gama de veículos.

    Por exemplo, a FCA (Fiat, Alfa Romeo, Jeep, etc…) vende predominantemente veículos mais compactos e leves, pelo que terá de atingir as 91 g/km; a Daimler (Mercedes e Smart) que vende maioritariamente veículos maiores e mais pesados, terá de alcançar uma meta de 102 g/km.

    Existem outros construtores com vendas abaixo das 300 mil unidades por ano na Europa, que estarão ao abrigo de várias isenções e derrogações, como a Honda e a Jaguar Land Rover. Ou seja, não terão de atingir obrigatoriamente as suas metas individuais. No entanto, existe um mapa de redução das emissões para estes construtores acordado com as entidades reguladoras (CE) — estas isenções e derrogações serão progressivamente retiradas até 2028.


    Os desafios

    Independentemente do valor a atingir por cada construtor, a missão não será nada fácil para nenhum deles. Desde 2016, as emissões médias de CO2 dos automóveis novos vendidos na Europa não pararam de aumentar: em 2016 atingiram um mínimo de 117,8 g/km, em 2017 subiram para 118,1 g/km e em 2018 subiram para as 120,5 g/km — faltam os dados para 2019, mas não se auguram favoráveis.

    Agora, até 2021 terão de cair 25 g/km, um enorme precipício. O que se passou para as emissões terem começado a subir após anos e anos de queda?

    O principal fator, o Dieselgate. O escândalo das emissões teve como principal consequência a queda acentuada de vendas de automóveis com motores Diesel na Europa — em 2011 a quota atingiu um pico de 56%, em 2017 era de 44%, em 2018 caiu para os 36%, e em 2019, ficou à volta dos 31%.

    Os construtores contavam com a tecnologia Diesel — motores mais eficientes, logo menos consumos e emissões de CO2 — para mais facilmente atingir a ambiciosa meta das 95 g/km.

    Ao contrário do que seria desejável, o “buraco” deixado pela quebra nas vendas dos Diesel não foi ocupado por elétricos ou híbridos, mas sim pelo motor a gasolina, cujas vendas subiram expressivamente (são o tipo de motorização mais vendido na Europa). Mesmo tendo estes evoluído tecnologicamente, a verdade é que não são tão eficientes como os Diesel, consomem mais e, por arrasto, emitem mais CO2.

    Um dos outros fatores chama-se SUV. Na década que está a acabar, vimos o SUV chegar, ver e vencer. Todas as outras tipologias viram as suas vendas diminuir, e com as quotas dos SUV (ainda) a crescer, as emissões só poderiam subir. Não é possível contornar as leis da física — um SUV/CUV será sempre mais gastador (logo, mais CO2) do que um carro equivalente, pois será sempre mais pesado e com pior aerodinâmica.

    Um outro fator revela que a massa média dos veículos novos vendidos na Europa não tem parado de crescer. Entre o ano 2000 e 2016, o aumento foi de 124 kg — o que equivale a mais umas estimadas 10 g/km em média de CO2. “Culpe-se” os níveis crescentes de segurança e conforto dos automóveis, assim como a escolha pelos maiores e mais pesados SUV.


    Como cumprir as metas?

    Não é à toa que temos assistido à apresentação e lançamento de tantos híbridos plug-in e elétricos — até os mild-hybrids são importantes para os construtores; podem ser poucas as gramas que cortam nos testes do ciclo WLTP, mas todas elas contam.

    No entanto, serão os híbridos plug-in e os elétricos a parte crucial para o objetivo das 95 g/km. A CE criou um sistema de “super créditos” para incentivar a venda de veículos de muito baixas emissões (abaixo das 50 g/km) ou zero emissões por parte dos construtores.

    Assim, em 2020, a venda de uma unidade híbrida plug-in ou elétrica contará como duas unidades para o cálculo das emissões. Em 2021 esse valor cai para 1,67 veículos por cada unidade vendida e em 2022 para 1,33. Mesmo assim existe um limite para os benefícios dos “super créditos” durante os próximos três anos, que será de 7,5 g/km de emissões de CO2 por construtor.

    São estes “super créditos” aplicados aos híbridos plug-in e elétricos — os únicos que conseguem emissões abaixo dos 50 g/km — a principal razão por que maior parte dos construtores decidiu iniciar a comercialização destes só em 2020, apesar de os termos conhecido e até conduzido ainda em 2019. Toda e qualquer venda deste tipo de veículos será crucial.

    Apesar da abundância de propostas elétricas e eletrificadas para 2020 e anos consequentes, e mesmo que vendam nos números necessários para evitar as multas, prevê-se uma perda significativa da rentabilidade dos construtores. Porquê? A tecnologia elétrica é cara, muito cara.

    Os números são claros: um mild-hybrid (menos 5-11% em emissões CO2 quando comparado com um carro convencional) adiciona entre 500 e 1000 euros ao custo de produção de um automóvel. Os híbridos (menos 23-34% em CO2) adicionam entre aproximadamente 3000 a 5000 euros, enquanto um elétrico custa mais 9000-11 000 euros.

    Para colocar os híbridos e elétricos em números suficientes no mercado, e não passar totalmente o custo adicional ao cliente, poderemos ver muitos deles a serem vendidos a preço de custo (sem lucro para o construtor) ou até abaixo desse valor, com prejuízo para o construtor. O mais impressionante é que mesmo vendendo com prejuízo, poderá ser a medida economicamente mais viável para o construtor, quando comparamos com o valor que as multas podem atingir — já lá iremos…

    Outra forma de cumprir a ambiciosa meta das 95 g/km é a de partilhar as emissões com outro construtor que esteja em melhor posição para cumprir. O caso mais paradigmático é o da FCA que vai pagar à Tesla alegadamente 1,8 mil milhões de euros para que as vendas dos seus veículos — emissões CO2 iguais a zero, pois só vendem elétricos — sejam contabilizadas para os cálculos das suas. O grupo já anunciou que é uma medida temporária; em 2022 deverá conseguir cumprir as suas metas sem a ajuda da Tesla.


    Conseguirão cumprir a meta dos 95 g/km?

    Não, de acordo com a maior parte dos relatórios publicados pelos analistas — estima-se que, no geral, a média de emissões de CO2 em 2021 fique 5 g/km acima das 95 g/km estipuladas, ou seja, nas 100 g/km. Ou seja, apesar de terem que lidar com os elevados custos de conformidade, mesmo assim poderá não ser suficiente.

    De acordo com o relatório da Ultima Media, FCA, BMW, Daimler, Ford, Hyundai-Kia, PSA e o Grupo Volkswagen são os construtores em risco de pagar multas em 2020-2021. A Aliança Renault- Nissan-Mitsubishi, a Volvo e a Toyota-Mazda (que se associaram para o cálculo das emissões), deverão cumprir a meta imposta.

    A FCA, mesmo com a associação com a Tesla, é o grupo automóvel com o risco mais elevado, correspondendo também um dos valores mais elevados em multas, cerca de 900 milhões de euros por ano. Falta ainda saber de que forma é que a fusão com a PSA afetará no futuro o cálculo das emissões de ambos — apesar da fusão anunciada esta ainda não foi concretizada.

    A Razão Automóvel sabe que, no caso da PSA, a monitorização das emissões dos carros novos vendidos é feita diariamente, país a país, e reportada à «casa-mãe» para evitar derrapagens no cálculo anual das emissões

    No caso do Grupo Volkswagen, os riscos são também elevados. Em 2020 prevê-se que o valor da multa ascenda a 376 milhões de euros, e a 1,881 mil milhões em 2021(!).


    Consequências

    As emissões médias de CO2 de 95 g/km que a Europa quer atingir — um dos valores mais baixos a alcançar pela indústria automóvel em todo o planeta — naturalmente terá consequências. Mesmo que haja uma brilhante luz ao fundo do túnel após este período de transição para uma nova realidade automóvel, a travessia será dura para toda a indústria.

    A começar pela rentabilidade dos construtores que atuam no mercado europeu, que promete cair expressivamente nestes próximos dois anos, não só pelos elevados custos de conformidade (investimentos massivos) e potenciais multas; é esperada uma contração dos principais mercados globais, Europa, EUA e China, nos próximos anos.

    Como já referimos antes, a viragem para a eletrificação é também a principal causa para os já 80 mil despedimentos anunciados — podemos adicionar os recentemente anunciados 4100 despedimentos por parte da Opel na Alemanha.

    A CE, ao querer tomar a liderança na redução das emissões de CO2 nos automóveis (e veículos comerciais) torna o mercado europeu também menos atrativo para os construtores — não foi por acaso que a General Motors prescindiu da sua presença na Europa quando vendeu a Opel.

    E sem esquecer os citadinos, que deverão ser (a grande maioria) empurrados para fora do mercado, devido aos elevados custos de conformidade — mesmo tornando-os apenas mild-hybrid, como vimos, pode adicionar largas centenas de euros ao custo de produção por unidade. Se a Fiat, a líder incontestada do segmento, está a ponderar abandonar o segmento migrando os seus modelos de segmento A para o segmento B… bem, está tudo dito.

    É fácil perceber porque é que o número 95 deve ser o mais temido pela indústria automóvel nos próximos anos… Mas será sol de pouca dura. Em 2030 já existe novo patamar de emissões médias de CO2 a atingir pela indústria automóvel na Europa: 72 g/km.


    Fonte: https://www.razaoautomovel.com/2020/...tria-automovel

    #2
    Um dos modelos afectados:

    Suzuki Jimny to be removed from sale due to emission regulations

    EU requirements that car makers must reduce fleet average CO2 emissions to 95g/km mean the Suzuki Jimny is to pulled from Europe after 2020

    Comentário


      #3
      Construtores a pagar multas = aumento preço das viaturas = quem se lixa é o Zé que vai pagar mais pelos carros.
      Entretanto na China, e USA continua a ser à fartazana. Os mais poluentes continuam, e os europeus pagam a fatura.

      Comentário


        #4
        Construtores a pagar multas = aumento preço das viaturas = quem se lixa é o Zé que vai pagar mais pelos carros.
        Entretanto na China, e USA continua a ser à fartazana. Os mais poluentes continuam, e os europeus pagam a fatura.

        Comentário


          #5
          Bom tópico.

          Como já tinha dito noutro tópico, e não acrescento nem mais uma vírgula,

          Originalmente Colocado por PortuguesAoVolante Ver Post
          Só têm de se culpar a si próprios.

          Há muitos anos que sabem que estes seriam os limites em 2020, e que esta é a meta da UE até 2050.

          Há muitos anos, desde os anos 90, que já sabiam que há tecnologia para haver carros sem poluição.

          Há décadas que sabem que os carros poluem, que os gases são nocivos à saúde, que houve cidades com problemas de smog e com comprovads consequências para a saúde das pessoas.

          Alguns decidiram fazer batota, outros assobiar para o lado.

          Não tenho peninha nenhuma. Que vendam carros em prejuízo e que entrem na falência se for preciso, porque com CEOs desses, não choro uma única lágrima. Que se auto-furniqem.

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por PortuguesAoVolante Ver Post
            Bom tópico.

            Como já tinha dito noutro tópico, e não acrescento nem mais uma vírgula,
            Pois.
            E em relação aos diesel faz-me confusão porque hoje em dia é uma guerra aberta ao diesel mas durante 30 anos as marcas andaram a investir brutalmente nos diesel, deixando muitas vezes os motores a gasolina para o lado. A partir do momento em que passaram a ser de injecção e com catalisador, parece que a evolução parou durante quase 15 anos.....passe o exagero.
            O investimento em diesel foi tanto e agora está-se a cortar....é um contra-senso do caraças.

            Comentário


              #7
              95gr???

              continuo a adorar estes carros e é pena não ter um (ou outro similar!). ou, na nossa realidade de portuguesinho pobre, um clássico velho qualquer.

              Comentário


                #8
                "Desde 2016, as emissões médias de CO2 dos automóveis novos vendidos na Europa não pararam de aumentar: em 2016 atingiram um mínimo de 117,8 g/km, em 2017 subiram para 118,1 g/km e em 2018 subiram para as 120,5 g/km — faltam os dados para 2019, mas não se auguram favoráveis."

                Há quem diga que o principal fator para a subida das emissões desde 2016 até agora não foi o Dieselgate, mas sim a segunda razão apresentada: os SUV. Um SUV emite mais emissões de CO2 do que um carro equivalente. Devido ao enorme sucesso dos SUV as emissões têm progredido de uma forma negativa. O aumento de emissões provocado pelo os crescimento brutal do segmento dos SUV, em detrimento dos segmento dos carros ditos "normais" é maior do que o aumento de emissões provocado pela substituição dos motores diesel pelos gasolina (fruto do Dieselgate).
                Editado pela última vez por PauloRaposo; 24 January 2020, 14:21.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por PortuguesAoVolante Ver Post
                  Bom tópico.

                  Como já tinha dito noutro tópico, e não acrescento nem mais uma vírgula,
                  Eu entendo o teu ponto de vista e tens 90% de razão.

                  Mas as coisas em termos de leis também não tem sido bem feitas... Taxar e Meter valores apenas no CO2 é parvo.
                  Além disso, dar benesses a Híbridos que nunca viram uma tomada também não.
                  Além disso, são as constantes mudanças de regras. Se amanha alguém se lembrar que baterias são difíceis de reciclar e temos de taxar as baterias ao kWh também vai haver problemas.

                  Há e sempre houve muitos esquemas na industria automóvel, mas a verdade é que tem havido também esforços nas reduções. Mas também não é fácil mudar as mentalidades.
                  E ao meteres carros mais xpto e mais caros, só promoves a diminuição de vendas, mas continuas a produzir mais CO2 porque as pessoas não trocam de carro.
                  A Europa em vez de promover a troca de carro da população de um que faz 200g de CO2 por um que faz 100, não... Taxa o fabricante que tem de fazer um de 95... que depois ninguém compra.
                  Não tem lógica.

                  Ao mesmo tempo a Europa torna-se um paraíso verde atrasado enquanto o resto do mundo continua a poluir e progredir à bruta.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por PauloRaposo Ver Post
                    "Desde 2016, as emissões médias de CO2 dos automóveis novos vendidos na Europa não pararam de aumentar: em 2016 atingiram um mínimo de 117,8 g/km, em 2017 subiram para 118,1 g/km e em 2018 subiram para as 120,5 g/km — faltam os dados para 2019, mas não se auguram favoráveis."

                    O principal fator para a subida das emissões desde 2016 até agora não foi o Dieselgate, mas sim a segunda razão apresentada: os SUV. Um SUV emite mais emissões de CO2 do que um carro equivalente. Devido ao enorme sucesso dos SUV as emissões têm progredido de uma forma negativa. O aumento de emissões provocado pelo os crescimento brutal do segmento dos SUV, em detrimento dos segmento dos carros ditos "normais" é maior do que o aumento de emissões provocado pela substituição dos motores diesel pelos gasolina (fruto do Dieselgate).
                    A subida dos valores deve-se essencialmente à troca da norma NEDC pela WLTP.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por Lotus Ver Post
                      A subida dos valores deve-se essencialmente à troca da norma NEDC pela WLTP.
                      Exactamente.
                      A meio ainda trocaram as regras de medição.
                      Que claro que são mais reais, mas mudar as regras a meio do jogo é sempre engraçado.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por PortuguesAoVolante Ver Post
                        Não tenho peninha nenhuma. Que vendam carros em prejuízo e que entrem na falência se for preciso, porque com CEOs desses, não choro uma única lágrima. Que se auto-furniqem.
                        Mais um tópico para pregarem a doutrina Teslarati. Esse ódio todo contra os ICE não faz bem à saúde.

                        Daqui a 30 ou 40 anos logo se verificará os prós e contras reais da provável massificação dos EV. Até lá, é tudo um mar de rosas.

                        Comentário


                          #13
                          As emissões CO2 é consequência da queima do combustível, para descer esses valores so se por os carros a funcionar so com cheiro da gasolina

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por SilverArrow Ver Post
                            Eu entendo o teu ponto de vista e tens 90% de razão.
                            Mas as coisas em termos de leis também não tem sido bem feitas... Taxar e Meter valores apenas no CO2 é parvo.
                            CO2 é um gás que contribui para o efeito de estufa e aquecimento global.
                            A meta tem de ser sempre a neutralidade de emissões.
                            Por mim, metia restrições para CO2 E NOX, o NOX é mais relacionado com problemas de saúde do que com as alterações climáticas, mas as restrições ao CO2 também afectam o NOx.
                            Originalmente Colocado por SilverArrow Ver Post
                            Além disso, dar benesses a Híbridos que nunca viram uma tomada também não.
                            Para isso há que ter acesso a postos de carregamento.
                            Para quem já tem possibilidade de carregar em casa e não o faz, olha, paga com a carteira. Não se pode taxar estupidez, embora seria a taxa mais rentável do mundo se pudesse ser aplicada.
                            Originalmente Colocado por SilverArrow Ver Post
                            Além disso, são as constantes mudanças de regras. Se amanha alguém se lembrar que baterias são difíceis de reciclar e temos de taxar as baterias ao kWh também vai haver problemas.
                            Nada contra com essa taxa, desde que o dinheiro sirva mesmo para a reciclagem, e não para ajuste de orçamentos públicos.
                            Originalmente Colocado por SilverArrow Ver Post
                            Há e sempre houve muitos esquemas na industria automóvel, mas a verdade é que tem havido também esforços nas reduções. Mas também não é fácil mudar as mentalidades.
                            Discordo.
                            Sabes qual foi a forma mais fácil de mudar a mentalidade dos fabricantes? Uma multa, e das grandes, à VW. Mudou logo uma data de mentalidades.
                            Originalmente Colocado por SilverArrow Ver Post
                            E ao meteres carros mais xpto e mais caros, só promoves a diminuição de vendas, mas continuas a produzir mais CO2 porque as pessoas não trocam de carro.
                            É uma forma de ver. A outra é a de acelerar o desenvolvimento de carros híbridos e eléctricos, e reduzir em alguns anos o tempo até que a tecnologia de baterias se torna mais acessível.

                            Em vários países os carros eléctricos são ao mesmo preço ou mais baratos que os equivalentes ICE porque a fiscalidade é diferente. É uma medida que se pode aplicar já.
                            Originalmente Colocado por SilverArrow Ver Post

                            A Europa em vez de promover a troca de carro da população de um que faz 200g de CO2 por um que faz 100, não... Taxa o fabricante que tem de fazer um de 95... que depois ninguém compra.
                            Não tem lógica.

                            Ao mesmo tempo a Europa torna-se um paraíso verde atrasado enquanto o resto do mundo continua a poluir e progredir à bruta.
                            O mundo ocidental usou durante décadas muitos mais recursos que o terceiro mundo para construir a sua riqueza e manter o actual nível de vida. Muitos desses recursos vieram desses países que ainda estão em vias de desenvolvimento.

                            O mínimo que se pode fazer a esses países é acelerar a sua transição para produção de energia renovável. Esses países não precisam de passar pelas fases que nós passámos, podem simplesmente saltar logo para formas limpas de produzir energia.

                            É esse o conceito do mercado de carbono, que se destina a criar uma penalização para quem produz poluição, e com essa penalização, garantir que os próximos (India, China, etc) não caiam no mesmo.

                            A China é um bom caso de como no período de um par de décadas passaram por todas as fases de industrialização que a Europa fez após a Segunda Grande Guerra.

                            Comentário


                              #15
                              É idilico e intrinsecamente ocidental pensar que os paises do continente asiático não vão continuar a poluir à grande...do africano não digo que esses coitados mal têm formas de autosustentação (os mais pobres e sem recursos petroliferos).
                              A India vai continuar a poluir e consumir recursos à grande e a China pode dar um ar de ecologia mas vai continuar a poluir como gente grande e depois todo o resto dos países tomaram medidas timidas ecologicas para disfarçar a poluição que continuarão a produzir.

                              Depois a greta toda contente com a europa a virar ecológica tipo panela de pressão...o planeta é só um, não há redomas...por isso, isto mais milénio menos milénio vai implodir.

                              Deixem estoirar mais uma recessão na europa cada vez mais muçulmana e vão ver o que vai ser prioritário...

                              Pelo menos ja temos arabes a serem transportados em teslas e a venderem petroleo à grande...

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por PortuguesAoVolante Ver Post
                                CO2 é um gás que contribui para o efeito de estufa e aquecimento global.
                                A meta tem de ser sempre a neutralidade de emissões.
                                Por mim, metia restrições para CO2 E NOX, o NOX é mais relacionado com problemas de saúde do que com as alterações climáticas, mas as restrições ao CO2 também afectam o NOx.
                                Sim os NOX também deviam ser taxados. E reduzidos.
                                O CO2 deve ser diminuído numa forma global, mas o dos carros é uma ínfima percentagem do CO2 global.

                                Originalmente Colocado por PortuguesAoVolante Ver Post
                                Para isso há que ter acesso a postos de carregamento.
                                Para quem já tem possibilidade de carregar em casa e não o faz, olha, paga com a carteira. Não se pode taxar estupidez, embora seria a taxa mais rentável do mundo se pudesse ser aplicada.
                                Há que criar uma rede, mas isso demora tempo, custa dinheiro e também "emissões". Não é nada verde, fazer uma rede para abastecer carros verdes.

                                Originalmente Colocado por PortuguesAoVolante Ver Post
                                Nada contra com essa taxa, desde que o dinheiro sirva mesmo para a reciclagem, e não para ajuste de orçamentos públicos.
                                Aahhaha, ri-me. Onde vai o ISV? Onde vai o ISP? Vai tudo para pagar tudo e mais alguma coisa, e quase nada para coisas ligadas a automóveis.

                                Originalmente Colocado por PortuguesAoVolante Ver Post
                                Discordo.
                                Sabes qual foi a forma mais fácil de mudar a mentalidade dos fabricantes? Uma multa, e das grandes, à VW. Mudou logo uma data de mentalidades.
                                A mentalidade é das pessoas e não das marcas, as marcas sabem o que devem fazer. E fazem-no de acordo com o que lhe dá o retorno desejado.

                                Originalmente Colocado por PortuguesAoVolante Ver Post
                                É uma forma de ver. A outra é a de acelerar o desenvolvimento de carros híbridos e eléctricos, e reduzir em alguns anos o tempo até que a tecnologia de baterias se torna mais acessível.
                                E tem-se acelerado bastante. Mas mas uma vez à custa de privados.

                                Originalmente Colocado por PortuguesAoVolante Ver Post
                                Em vários países os carros eléctricos são ao mesmo preço ou mais baratos que os equivalentes ICE porque a fiscalidade é diferente. É uma medida que se pode aplicar já.
                                Estou à espera. Mas fui buscar uma cadeira.
                                Além disso basta ler o artigo, refere que um carro EV custa mais 9 a 10.000€ a fabricar que um equivalente.


                                Originalmente Colocado por PortuguesAoVolante Ver Post
                                O mundo ocidental usou durante décadas muitos mais recursos que o terceiro mundo para construir a sua riqueza e manter o actual nível de vida. Muitos desses recursos vieram desses países que ainda estão em vias de desenvolvimento.

                                O mínimo que se pode fazer a esses países é acelerar a sua transição para produção de energia renovável. Esses países não precisam de passar pelas fases que nós passámos, podem simplesmente saltar logo para formas limpas de produzir energia.

                                É esse o conceito do mercado de carbono, que se destina a criar uma penalização para quem produz poluição, e com essa penalização, garantir que os próximos (India, China, etc) não caiam no mesmo.

                                A China é um bom caso de como no período de um par de décadas passaram por todas as fases de industrialização que a Europa fez após a Segunda Grande Guerra.
                                A china sim, mas também à custa de outros. E à custa da economia Europeia. Mas isso são temas para outros tópicos.

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                                  #17



                                  Portugal o 2º País com menos emissões médias, e qual a consequência? Mais impostos nos automóveis. Para estimular ainda mais a compra de carros ainda melhores.

                                  Progresso!!!

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                                    #18
                                    A Noruega está em primeiro porque devido à fiscalidade e poder de compra adquirem muitos carros elétricos, Portugal em 2º devido à fiscalidade e ao baixo poder de compra só adquirimos modelos dos segmentos mais baixos e com motorizações entrada de gama com baixas emissões. Duas realidades completamente diferentes mas que no final ambos ficam bem na foto

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                                      #19
                                      Alguém me consegue explicar como é que a Toyota vai conseguir não pagar multas, se até os hibridos têm um valor de CO2 acima de 95 g?
                                      É que ainda por cima não têm eléctricos para compensar, apenas hibridos plug-in, que têm vendas residuais.

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                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Bolide Ver Post
                                        A Noruega está em primeiro porque devido à fiscalidade e poder de compra adquirem muitos carros elétricos, Portugal em 2º devido à fiscalidade e ao baixo poder de compra só adquirimos modelos dos segmentos mais baixos e com motorizações entrada de gama com baixas emissões. Duas realidades completamente diferentes mas que no final ambos ficam bem na foto
                                        Bem observado. E neste aspecto a espanha estará na outra ponta?

                                        Quem não se lembra dos grandes carrões que eles tinham ? segmentos B era tudo a começar nos 1.4 e C nos 1.6 quando cá era uma miragem. Isto a gasolina. Depois era comum vectras 2.0i, etc.....catano

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                                          #21
                                          Originalmente Colocado por XlPower Ver Post
                                          Alguém me consegue explicar como é que a Toyota vai conseguir não pagar multas, se até os hibridos têm um valor de CO2 acima de 95 g?
                                          É que ainda por cima não têm eléctricos para compensar, apenas hibridos plug-in, que têm vendas residuais.
                                          A Toyota é que menos tem de se preocupar...

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                                            #22
                                            Além disso há muita coisa por trás de taxar apenas CO2.

                                            UM Ferrari emite de 250 a 450 g de CO2.
                                            Mas de que interessa taxar isso num carro que depois faz 1000km anuais?

                                            E depois um carro de 95g não é taxado e faz 50.000km anuais...

                                            Por outro lado as médias enganam. Muitos Escandinávios compram 2 carros. Um que emite 0 e um que emite 180, assim tem uma média de 90 bonita na foto, mas se só usarem os de 180 poluem mais...

                                            Por outro lado compro um VE emite 0 e fico todo contente, ninguém é taxado e o mundo fica melhor.
                                            Mas a minha factura da EDP diz-me que no mês passado, 31,6% do meu consumo é não renovável, ou seja criei CO2 com isso.
                                            Ou seja o meu VE produziu 31,6% de CO2 e não 0... Como é que se taxa isto? É justo para uma taxa fixa noutros carros?

                                            Não é linear.!

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                                              #23
                                              Originalmente Colocado por SilverArrow Ver Post


                                              Portugal o 2º País com menos emissões médias, e qual a consequência? Mais impostos nos automóveis. Para estimular ainda mais a compra de carros ainda melhores.

                                              Progresso!!!
                                              "(...)Cada vez mais velhos

                                              Seja porque os carros duram cada vez mais, ou seja porque os compradores os querem utilizar mesmo até ao “fim” a verdade é que a média de idade do parque automóvel nacional não pára de crescer, tendo ultrapassado já os 12 anos.

                                              E a aceleração foi rápida. Em 2000, a idade média do parque era de 7,2 anos, agora é de 12,7 anos. Nunca foi tão alta, desde que há registos.

                                              O número de carros vendidos por ano, é inferior ao número de carros abatidos, parece ser a conclusão lógica.
                                              Não se podendo ignorar o fenómeno dos importados usados, que voltou em força nos últimos anos.

                                              Menos dinheiro para carros


                                              A verdade é que o dinheiro disponível para a compra de carro novo é cada vez menos. As empresas (que compram dois terços dos carros novos) tendem a renovar as frotas a intervalos mais longos. Os privados mantém os seus carros até “cairem para o lado”, antes de pensarem em trocar.

                                              Tudo isto leva a outro fenómeno típico de mercados com esta dinâmica: o preço dos usados desce mais devagar que nos países mais ricos, onde a desvalorização é mais acelerada.

                                              20% tem mais de 20 anos

                                              Feitas as contas, o número de carros a circular com mais de vinte anos é quase de 900 000, ou seja, cerca de 20% do total do parque circulante.

                                              A maior fatia é a dos carros que têm entre 10 e 20 anos, que ultrapassa os 2,2 milhões.
                                              Se quisermos resumir esta estatística a um número simples, então pode dizer-se que metade dos carros a circular em Portugal (2,5 milhões) tem mais de 12 anos.

                                              Os custos que este cenário tem em termos de segurança passiva e emissões poluentes é dramático, mas muito pouco se fala deste assunto. Sobretudo da parte dos governantes.

                                              Calamidade ambiental

                                              Desses 2,5 milhões de automóveis com mais de 12 anos, quase todos foram vendidos depois de terem sido homologados segundo as normas anti-emissões mais antigas, da Euro 1 à Euro 4.

                                              Só para dar uma ideia da diferença de exigência das normas antigas face às novas, posso citar dois exemplos, para os motores Diesel.
                                              A norma EU3 do ano 2000 permitia a emissão de 6,25 vezes mais NOx que a norma EU6 de 2016.

                                              Mais impressionante, a norma EU2, de 1996, permitia a emissão de 16 vezes mais partículas que a EU6.

                                              Quanto ao CO2, era permitida a emissão de 180 g/km, ou seja, mais 50 g/km, em valores estimados, que os 130 g da EU6.

                                              Os motores a gasolina podiam emitir 210 g/km de CO2, mais 60 g/km que a EU6. E isto são valores por cada quilómetro percorrido, é bom não esquecer.


                                              E por cada ano?…


                                              Se olharmos para o total de 10 000 km, que se aproxima da média percorrida anualmente pelo condutor português, os valores são, obviamente, mais impressionantes.

                                              Cada carro com motor Diesel podia emitir 800 g de partículas em 1996, enquanto hoje só pode emitir 50 g, por cada 10 000 km.
                                              Para os motores a gasolina, era possível emitir 2,1 toneladas de CO2, por cada 10 000 km em 1996. Desde 2016, a norma EU6 só permite a emissão de 1,5 toneladas.

                                              Comparando os NOx, a norma EU3 de 2000, permitia emitir 5 kg, enquanto a EU6 só deixa que saiam do escape dos Diesel 800 g, por cada 10 000 km.

                                              E isso era quando eram novos…

                                              Todos estes valores eram os que os carros tinham que cumprir para ser homologados, quando eram novos e acabavam de sair da linha de produção.

                                              Passados todos estes anos, todos os quilómetros que já fizeram e a manutenção por vezes aleatória a que (não) foram sujeitos, será difícil que, hoje, não poluam mais.

                                              Por aqui se vê que todo o tipo de incentivos governamentais ao abate de carros velhos teria um efeito imediato na redução da poluição gerada pelos automóvel em Portugal.

                                              Mas este é um daqueles temas que não dá “likes” nem votos. É melhor forçar a utopia dos carros elétricos para todos, que o comprador médio português não tem dinheiro para comprar.(...)"

                                              Poluentes e inseguros: 50% dos carros em Portugal tem 12 anos… ou mais

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                                                #24
                                                Originalmente Colocado por SilverArrow Ver Post
                                                A Toyota é que menos tem de se preocupar...
                                                Mas esses dados de CO2 não são os do WLTP? Só se for isso, porque vou ao site da Toyota e não vejo nenhum modelo abaixo de 100 g

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por XlPower Ver Post
                                                  Mas esses dados de CO2 não são os do WLTP? Só se for isso, porque vou ao site da Toyota e não vejo nenhum modelo abaixo de 100 g
                                                  Honestamente não sei. Tenho de ir ver.

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
                                                    "(...)(...)
                                                    Os custos que este cenário tem em termos de segurança passiva e emissões poluentes é dramático, mas muito pouco se fala deste assunto. Sobretudo da parte dos governantes.

                                                    Calamidade ambiental

                                                    Desses 2,5 milhões de automóveis com mais de 12 anos, quase todos foram vendidos depois de terem sido homologados segundo as normas anti-emissões mais antigas, da Euro 1 à Euro 4.

                                                    Só para dar uma ideia da diferença de exigência das normas antigas face às novas, posso citar dois exemplos, para os motores Diesel.
                                                    A norma EU3 do ano 2000 permitia a emissão de 6,25 vezes mais NOx que a norma EU6 de 2016.

                                                    Mais impressionante, a norma EU2, de 1996, permitia a emissão de 16 vezes mais partículas que a EU6.

                                                    Quanto ao CO2, era permitida a emissão de 180 g/km, ou seja, mais 50 g/km, em valores estimados, que os 130 g da EU6.

                                                    Os motores a gasolina podiam emitir 210 g/km de CO2, mais 60 g/km que a EU6. E isto são valores por cada quilómetro percorrido, é bom não esquecer.


                                                    E por cada ano?…


                                                    Se olharmos para o total de 10 000 km, que se aproxima da média percorrida anualmente pelo condutor português, os valores são, obviamente, mais impressionantes.

                                                    Cada carro com motor Diesel podia emitir 800 g de partículas em 1996, enquanto hoje só pode emitir 50 g, por cada 10 000 km.
                                                    Para os motores a gasolina, era possível emitir 2,1 toneladas de CO2, por cada 10 000 km em 1996. Desde 2016, a norma EU6 só permite a emissão de 1,5 toneladas.

                                                    Comparando os NOx, a norma EU3 de 2000, permitia emitir 5 kg, enquanto a EU6 só deixa que saiam do escape dos Diesel 800 g, por cada 10 000 km.

                                                    E isso era quando eram novos…

                                                    Todos estes valores eram os que os carros tinham que cumprir para ser homologados, quando eram novos e acabavam de sair da linha de produção.

                                                    Passados todos estes anos, todos os quilómetros que já fizeram e a manutenção por vezes aleatória a que (não) foram sujeitos, será difícil que, hoje, não poluam mais.

                                                    Por aqui se vê que todo o tipo de incentivos governamentais ao abate de carros velhos teria um efeito imediato na redução da poluição gerada pelos automóvel em Portugal.

                                                    Mas este é um daqueles temas que não dá “likes” nem votos. É melhor forçar a utopia dos carros elétricos para todos, que o comprador médio português não tem dinheiro para comprar.(...)"

                                                    Poluentes e inseguros: 50% dos carros em Portugal tem 12 anos… ou mais
                                                    Esta parte não está 100% correcta, novamente só se esta a pensar no que sai do tubo de escape, até parece que meter um carro para o lixo/reciclar e produzir um novo não tem impacto no ambiente...

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Bolide Ver Post
                                                      A Noruega está em primeiro porque devido à fiscalidade e poder de compra adquirem muitos carros elétricos, Portugal em 2º devido à fiscalidade e ao baixo poder de compra só adquirimos modelos dos segmentos mais baixos e com motorizações entrada de gama com baixas emissões. Duas realidades completamente diferentes mas que no final ambos ficam bem na foto
                                                      "O petróleo continua a ser fundamental para um conjunto de indústrias, uma vez que os seus derivados têm aplicações numa série de áreas. Até nos transportes, onde lideraram nos últimos 100 anos, ou pouco mais, e onde prometem ter uma palavra a dizer nas próximas décadas, pois ainda em 2030 tudo aponta para que 70% do parque automóvel europeu – nos outros continentes a percentagem promete ser ainda superior – recorra a motores de combustão como unidade principal, se não a única. (...)

                                                      A Noruega exporta hoje mais de 2 milhões de barris por dia e o novo poço vai elevar consideravelmente esta fasquia. As emissões médias de CO2 do país rondam as 10 toneladas por habitante, num total de 58 milhões de toneladas por ano, em linha com a média europeia, segundo o serviço de estatística norueguês. Mas de acordo com as Nações Unidas, as emissões resultantes do petróleo e gás exportado pelo país ascenderam, só em 2017, a 470 milhões de toneladas.

                                                      São estes valores que tornam no mínimo estranho o facto de a Noruega reivindicar para o novo campo petrolífero o estatuto de uma boa notícia para o ambiente, como é anunciado no site oficial da empresa estatal Equinor.

                                                      E tudo porque a plataforma de perfuração vai ser mais eficiente do ponto de vista energético do que o habitual, produzindo apenas 0,65 kg de CO2 por barril, em vez dos habituais 18 kg/barril. Pena é que, como afirmou Paarup Michelsen, o CEO da Fundação Norueguesa para o Clima, a perfuração represente apenas 5% do total de gases emitidos durante a exploração do petróleo."

                                                      Petróleo “verde”. Estes noruegueses estão loucos?

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por Bolide Ver Post
                                                        A Noruega está em primeiro porque devido à fiscalidade e poder de compra adquirem muitos carros elétricos, Portugal em 2º devido à fiscalidade e ao baixo poder de compra só adquirimos modelos dos segmentos mais baixos e com motorizações entrada de gama com baixas emissões. Duas realidades completamente diferentes mas que no final ambos ficam bem na foto
                                                        é exatamente isto. bom resumo do que realmente se passa.


                                                        Originalmente Colocado por TURBO Ver Post
                                                        "(...)Cada vez mais velhos

                                                        Seja porque os carros duram cada vez mais, ou seja porque os compradores os querem utilizar mesmo até ao “fim” a verdade é que a média de idade do parque automóvel nacional não pára de crescer, tendo ultrapassado já os 12 anos.
                                                        excelente artigo ambém, a explicar o porquê de portugal ter carros tão velhos. com dados estatísticos e fidedignos. assim é que um artigo deve ser redigido, explicitando e decompondo para todos, mais do que percebermos, termos a verdadeira noção do que realmente se passa nas nossas estradas.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por EscapeLivre Ver Post
                                                          Bem observado. E neste aspecto a espanha estará na outra ponta?

                                                          Quem não se lembra dos grandes carrões que eles tinham ? segmentos B era tudo a começar nos 1.4 e C nos 1.6 quando cá era uma miragem. Isto a gasolina. Depois era comum vectras 2.0i, etc.....catano
                                                          E no caso da Suíça, o último lugar deve ter alguma coisa a ver com a "densidade populacional" dos AMG, M, Abarth, RS, GTIs e afins...

                                                          Cumps.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Isto é tudo muito bonito mas no final a UE vai ter que recuar nas metas pois poucas marcas irão conseguir a tão desejada média a não ser que aldrabem. É uma meta feita a pressa para inglês ver...

                                                            Comentário

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