A principal auto-estrada do País vai continuar em obras mais dois anos. Ao todo serão quatro anos de trabalhos contínuos naquela via. Será um transtorno para os automobilistas, mas são obras necessárias dado o aumento de utilizadores das vias. Já no próximo mês a Brisa vai iniciar mais um conjunto de obras de alargamento de um troço entre Estarreja e Santa Maria da Feira, com 18 quilómetros, que deverá estar concluído em finais de 2008.
Entre Santarém e Torres Novas está já em curso o alargamento de 27 quilómetros, com três faixas em cada sentido. A empreitada teve início em Dezembro do último ano e a conclusão está prevista para Dezembro de 2007. Dos alargamentos mais recentes, o troço entre Santa Maria da Feira e o IC24, com 8,3 quilómetros, foi o primeiro a arrancar, em Novembro de 2004 , tendo sido concluído a 31 de Agosto, respeitando o orçamento de 22,7 milhões de euros.
35 mil veículos/três vias
A Brisa está obrigada a efectuar estes alargamentos em todas as auto-estradas, já que os contratos de concessão prevêem alargamentos consoante o nível de tráfego médio diário (TMD). O Decreto-Lei 294/97 e os contratos de concessão estabelecem que quando o TMD atinge os 35 mil veículos a concessionária tem de proceder ao alargamento para três vias em cada sentido. Se o TMD atingir os 60 mil veículos terá que ser feito o alargamento para quatro vias em cada sentido, com os custos dos alargamentos a serem integralmente suportados pela concessionária.
São estas regras e a evolução do tráfego em Portugal que levam João Bento, administrador da Brisa, a dizer que "passámos os primeiros 30 anos da empresa a construir e vamos passar os próximos 30 a alargar". Esta é mesmo a prioridade actual da empresa, mantendo a "lógica de preservar o serviço na auto-estrada".
Esta estratégia leva à "expectativa de haver duas a três frentes de alargamentos na A1", acrescentou. A necessidade de os alargamentos decorrerem em tempos e formas diferentes explica-se ainda "pelas várias características da A1, fruto da sua história". À medida que estas obras vão decorrendo, é também concretizado outro objectivo: "queremos que toda a A1 tenha um pavimento drenante, que é o que proporciona mais segurança e conforto, apesar de ser o mais caro". Este tipo de piso aumenta a complexidade das obras, já que "todas as faixas de circulação têm que ser alcatroadas ao mesmo tempo. E a manutenção é mais exigente, porque precisa de ser aspirado com frequência e tem que ser substituído de oito em oito anos".
Dez milhões de carros na A1
A Brisa explica que há vantagens óbvias em alargar alguns troços das auto-estradas, consoante o seu tráfego, que não é equivalente em toda a A1. A rede de auto-estradas regista uma utilização diária de cerca de 20 milhões de veículos, o que equivale a 45% da circulação no País e só a A1 regista diariamente dez milhões de veículos. O tráfego que completa os 296 quilómetros da A1 "é residual".
Os troços mais frequentados por automobilistas e por veículos pesados são os dos arredores de Lisboa e Porto. "O corredor à saída de Lisboa estava com constrangimentos muito fortes e completamente esgotado", nota João Bento.
O alargamento passou por várias fases, começando pelos concursos públicos, passando para a preparação do terreno e pela substituição das obras de arte. No lanço entre Santarém e Torres Novas o investimento previsto é de 58,6 milhões de euros e a empresa pretende ficar nestes limites. Na mesma distância houve "13 obras de arte - habituais pontes - que foram demolidas e substituídas por outras novas".
Prioridade à segurança
A fiscalização da obra fica a cargo da própria Brisa, que garante "a segurança à circulação: a cada quilómetro há um ponto de refúgio com SOS". As preocupações com a segurança levam ainda a que a sinalização horizontal seja retirada: "Optámos por uma fresagem da sinalização horizontal antiga e foram aplicadas telas provisórias. Aqueles riscos amarelos que se vêem são autocolantes", refere. "Quando o alargamento acaba, é só retirá-las e pintar as definitivas", acrescenta.
O responsável da Brisa reforça a importância da velocidade nas zonas em obras: "Os troços têm uma velocidade limitada a 80 km/hora e devem ser respeitados", pois as faixas de circulação têm uma largura de sete metros. No início da auto-estrada e de cada troço há ainda informações disponíveis que referem o local exacto de cada obra e o número azul da empresa para assistência.
Artigo do Diario de Noticias
Entre Santarém e Torres Novas está já em curso o alargamento de 27 quilómetros, com três faixas em cada sentido. A empreitada teve início em Dezembro do último ano e a conclusão está prevista para Dezembro de 2007. Dos alargamentos mais recentes, o troço entre Santa Maria da Feira e o IC24, com 8,3 quilómetros, foi o primeiro a arrancar, em Novembro de 2004 , tendo sido concluído a 31 de Agosto, respeitando o orçamento de 22,7 milhões de euros.
35 mil veículos/três vias
A Brisa está obrigada a efectuar estes alargamentos em todas as auto-estradas, já que os contratos de concessão prevêem alargamentos consoante o nível de tráfego médio diário (TMD). O Decreto-Lei 294/97 e os contratos de concessão estabelecem que quando o TMD atinge os 35 mil veículos a concessionária tem de proceder ao alargamento para três vias em cada sentido. Se o TMD atingir os 60 mil veículos terá que ser feito o alargamento para quatro vias em cada sentido, com os custos dos alargamentos a serem integralmente suportados pela concessionária.
São estas regras e a evolução do tráfego em Portugal que levam João Bento, administrador da Brisa, a dizer que "passámos os primeiros 30 anos da empresa a construir e vamos passar os próximos 30 a alargar". Esta é mesmo a prioridade actual da empresa, mantendo a "lógica de preservar o serviço na auto-estrada".
Esta estratégia leva à "expectativa de haver duas a três frentes de alargamentos na A1", acrescentou. A necessidade de os alargamentos decorrerem em tempos e formas diferentes explica-se ainda "pelas várias características da A1, fruto da sua história". À medida que estas obras vão decorrendo, é também concretizado outro objectivo: "queremos que toda a A1 tenha um pavimento drenante, que é o que proporciona mais segurança e conforto, apesar de ser o mais caro". Este tipo de piso aumenta a complexidade das obras, já que "todas as faixas de circulação têm que ser alcatroadas ao mesmo tempo. E a manutenção é mais exigente, porque precisa de ser aspirado com frequência e tem que ser substituído de oito em oito anos".
Dez milhões de carros na A1
A Brisa explica que há vantagens óbvias em alargar alguns troços das auto-estradas, consoante o seu tráfego, que não é equivalente em toda a A1. A rede de auto-estradas regista uma utilização diária de cerca de 20 milhões de veículos, o que equivale a 45% da circulação no País e só a A1 regista diariamente dez milhões de veículos. O tráfego que completa os 296 quilómetros da A1 "é residual".
Os troços mais frequentados por automobilistas e por veículos pesados são os dos arredores de Lisboa e Porto. "O corredor à saída de Lisboa estava com constrangimentos muito fortes e completamente esgotado", nota João Bento.
O alargamento passou por várias fases, começando pelos concursos públicos, passando para a preparação do terreno e pela substituição das obras de arte. No lanço entre Santarém e Torres Novas o investimento previsto é de 58,6 milhões de euros e a empresa pretende ficar nestes limites. Na mesma distância houve "13 obras de arte - habituais pontes - que foram demolidas e substituídas por outras novas".
Prioridade à segurança
A fiscalização da obra fica a cargo da própria Brisa, que garante "a segurança à circulação: a cada quilómetro há um ponto de refúgio com SOS". As preocupações com a segurança levam ainda a que a sinalização horizontal seja retirada: "Optámos por uma fresagem da sinalização horizontal antiga e foram aplicadas telas provisórias. Aqueles riscos amarelos que se vêem são autocolantes", refere. "Quando o alargamento acaba, é só retirá-las e pintar as definitivas", acrescenta.
O responsável da Brisa reforça a importância da velocidade nas zonas em obras: "Os troços têm uma velocidade limitada a 80 km/hora e devem ser respeitados", pois as faixas de circulação têm uma largura de sete metros. No início da auto-estrada e de cada troço há ainda informações disponíveis que referem o local exacto de cada obra e o número azul da empresa para assistência.
Artigo do Diario de Noticias
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