In Público:
Segundo troço do Túnel de Ceuta abre hoje ao tráfego
Depois do braço-de-ferro com o Ministério da Cultura e com o Ippar, o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, fecha uma empreitada que foi lançada há uma década por Fernando Gomes
O prolongamento do Túnel de Ceuta até à Rua de D. Manuel II, nas imediações do Museu Nacional de Soares dos Reis (MNSR), abre esta manhã ao tráfego. A inauguração oficial, marcada para as 11h00 e que conta com a presença do presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, deverá enterrar definitivamente a polémica que, durante mais de um ano, opôs o autarca à ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e que esteve mesmo na origem da demissão da anterior Direcção Regional do Porto do Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar).
Com a abertura deste troço ao tráfego, os automobilistas que acederem ao túnel na Praça de D. Filipa de Lencastre, e que queiram seguir em direcção à Boavista, desembocarão à superfície, já não no Jardim do Carregal, mas no início da Rua de D. Manuel II. A solução, consensualizada em Fevereiro último entre a autarquia portuense e a direcção nacional do Ippar, colocou a segunda boca de saída do túnel a 78,3 metros do museu, ficando a zona fronteira ao mesmo com um lajeado de granito, numa extensão de 73,5 metros e à cota do passeio. Nesta zona, os automóveis não deverão circular a mais de 30 quilómetros/hora, até por via das bandas sonoras que foram colocadas à saída do túnel. Os passeios em frente ao museu foram alargados de dois para cinco metros.
O Túnel de Ceuta foi lançado em 1996, com Fernando Gomes, à data presidente da Câmara do Porto, a apresentá-lo como o maior túnel do país, com os seus 740 metros. As obras foram adjudicadas em Julho de 1997, mas parariam pouco depois de o empreiteiro - um consórcio constituído pelas empresas Soares da Costa e Jaime Ribeiro - ter alegado dificuldades técnicas na execução das escavações. Em 2001, quando assume a presidência da autarquia portuense, Rui Rio retoma a empreitada, mas decide acrescentar-lhe uma segunda saída, diante do Museu Nacional de Soares dos Reis, em D. Manuel II.
Foi por causa desta alteração que o Ippar decretou, em Maio do ano passado, o embargo da empreitada, alegando que esta colidia com a zona de protecção do museu, cujo edifício está classificado como imóvel de interesse público. Apesar dos protestos, a ministra da Cultura acabou por avalizar o embargo, alimentando um braço-de-ferro que se arrastou por mais de um ano: nos tribunais, mas também nas ruas, com várias manifestações de protesto e com vários apelos à intervenção do primeiro-ministro, José Sócrates.
A solução que é hoje inaugurada foi consensualizada já depois de a direcção nacional do Ippar ter sido substituída (Elísio Summavielle ocupou o lugar deixado vago por João Belo Rodeia). Sentindo-se desautorizada com o desfecho do processo, a direcção regional do Porto do Ippar, presidida por Lino Tavares Dias, acabaria por se demitir em bloco. Natália Faria
Já não era sem tempo. Os automobilistas tripeiros agradecem o término deste filme de terror [8)] que durou 10 anos!
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Segundo troço do Túnel de Ceuta abre hoje ao tráfego
Depois do braço-de-ferro com o Ministério da Cultura e com o Ippar, o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, fecha uma empreitada que foi lançada há uma década por Fernando Gomes
O prolongamento do Túnel de Ceuta até à Rua de D. Manuel II, nas imediações do Museu Nacional de Soares dos Reis (MNSR), abre esta manhã ao tráfego. A inauguração oficial, marcada para as 11h00 e que conta com a presença do presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, deverá enterrar definitivamente a polémica que, durante mais de um ano, opôs o autarca à ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e que esteve mesmo na origem da demissão da anterior Direcção Regional do Porto do Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar).
Com a abertura deste troço ao tráfego, os automobilistas que acederem ao túnel na Praça de D. Filipa de Lencastre, e que queiram seguir em direcção à Boavista, desembocarão à superfície, já não no Jardim do Carregal, mas no início da Rua de D. Manuel II. A solução, consensualizada em Fevereiro último entre a autarquia portuense e a direcção nacional do Ippar, colocou a segunda boca de saída do túnel a 78,3 metros do museu, ficando a zona fronteira ao mesmo com um lajeado de granito, numa extensão de 73,5 metros e à cota do passeio. Nesta zona, os automóveis não deverão circular a mais de 30 quilómetros/hora, até por via das bandas sonoras que foram colocadas à saída do túnel. Os passeios em frente ao museu foram alargados de dois para cinco metros.
O Túnel de Ceuta foi lançado em 1996, com Fernando Gomes, à data presidente da Câmara do Porto, a apresentá-lo como o maior túnel do país, com os seus 740 metros. As obras foram adjudicadas em Julho de 1997, mas parariam pouco depois de o empreiteiro - um consórcio constituído pelas empresas Soares da Costa e Jaime Ribeiro - ter alegado dificuldades técnicas na execução das escavações. Em 2001, quando assume a presidência da autarquia portuense, Rui Rio retoma a empreitada, mas decide acrescentar-lhe uma segunda saída, diante do Museu Nacional de Soares dos Reis, em D. Manuel II.
Foi por causa desta alteração que o Ippar decretou, em Maio do ano passado, o embargo da empreitada, alegando que esta colidia com a zona de protecção do museu, cujo edifício está classificado como imóvel de interesse público. Apesar dos protestos, a ministra da Cultura acabou por avalizar o embargo, alimentando um braço-de-ferro que se arrastou por mais de um ano: nos tribunais, mas também nas ruas, com várias manifestações de protesto e com vários apelos à intervenção do primeiro-ministro, José Sócrates.
A solução que é hoje inaugurada foi consensualizada já depois de a direcção nacional do Ippar ter sido substituída (Elísio Summavielle ocupou o lugar deixado vago por João Belo Rodeia). Sentindo-se desautorizada com o desfecho do processo, a direcção regional do Porto do Ippar, presidida por Lino Tavares Dias, acabaria por se demitir em bloco. Natália Faria
Já não era sem tempo. Os automobilistas tripeiros agradecem o término deste filme de terror [8)] que durou 10 anos!
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