Citroën C4 Picasso 2.0HDi Exclusive CMP6 / Renault Scénic II 2.0 dCi 150cv Dynamique Luxe
Face-a-Face Monovolumes Médios
O Grand Scénic é bem conhecido e foi agora renovado, ao passo que o C4 Picasso é totalmente novo e promete ser a grande resistência à algo hegemónica liderança do modelo da Renault no segmento dos monovolumes médios.
As famílias crescem e, normalmente, a bagagem segue a mesma tendência, mas os automóveis nunca foram conhecidos por as suas dimensões ou lotação aumentarem com o passar dos anos, seguindo também eles o crescimento das famílias. Nessa altura é chegada a hora de equacionar a mudança para modelos mais adequados às necessidades e os monovolumes médios surgem como uma das hipóteses a considerar, em especial aqueles cuja lotação ascende aos sete lugares. Neste segmento, o Grand Scénic tem dado cartas e viu agora a frente e a traseira serem ligeiramente retocadas, em especial ao nível do desenho das ópticas. Contudo, o remodelado Renault tem de enfrentar no renhido campo de batalha do mercado automóvel um novo adversário, o C4 Picasso. Tratando-se de um modelo totalmente novo e que, ao contrário do que se poderia pensar devido ao seu nome, não é o substituto do Xsara Picasso, vem sim posicionar-se na gama Citröen acima deste e logo abaixo do C8.
Com um nível de montagem muito equivalente e com garantias semelhantes, a grande diferença no campo da carroçaria entre estes dois modelos reside na sua bagageira. Com capacidades semelhantes quando se utilizam as três fileiras de bancos, a mala do Citröen apresenta mais espaços de arrumação e, no modelo ensaiado, a inclusão da suspensão traseira pneumática permite que o plano de carga fique mais acessível, pois, pressionando um botão na bagageira, a altura de acesso baixa cerca de 14 centímetros. Se a configuração interior for de cinco lugares, então o Grand Scénic perde 16 litros de capacidade face ao Citröen.
O espaço disponibilizado por estes monovolumes está no mesmo patamar, mas, por esta altura, começam a surgir os «pequenos grandes» pormenores do C4 Picasso. A dimensão do pára-brisas e, também, a maior superfície vidrada, permitem uma superior luminosidade no interior que, directamente, influencia positivamente na noção interior de espaço. Ao mesmo tempo, a versão 2.0 HDi só está disponível com a caixa robotizada CMP6, o que liberta espaço entre os dois bancos dianteiros, pois elimina a consola central que é substituída por um espaço de arrumação fechado e refrigerado capaz de levar uma garrafa de 1,5 litros.
Neste campo da versatilidade, ambos os modelos surgem como as melhores propostas do segmento. Todavia, o Citröen leva vantagem pela inclusão de várias soluções, umas que primam pela inovação, outras pela quantidade. Os espaços de arrumação estendem-se deste o topo do tablier até ao plano inferior do mesmo, sendo difícil encontrar objecto que não caiba ou encaixe num deles. O Grand Scénic possui dois compartimentos no «soalho» à frente da segunda fileira de bancos, algo que também pode ser encontrado no Citröen. Ambos possuem mesas de apoio nas costas dos bancos dianteiros e, no caso do C4 Picasso, estas podem ocultar dois ecrãs retrácteis de 7#8221; caso se adquira o pack vídeo opcional. Este último custa 2100 euros e inclui dois ecrãs e o leitor de DVD que fica posicionado entre os bancos da frente.
A modularidade do interior destes dois monovolumes está entre o que melhor se faz no segmento. A quantidade de soluções é enorme e adaptável às mais variadas necessidades, se bem que os dois modelos interpretam de forma diferente o conceito, em especial no que diz respeito ao habitual «jogo» dos bancos. Ambos possuem bancos individuais, mas no caso do Grand Scénic estes podem ser retirados e a sua distribuição reequacionada face às necessidades. No caso do C4 Picasso, os bancos não saem, mas rebatem para o soalho, utilizando depois umas coberturas desdobráveis que tornam o piso plano. Dedicando algum tempo a pensar nisto, rapidamente se chega à conclusão da vantagem do Citröen. Quando o sistema de rebatimento está bem pensado e resulta, tem vantagens evidentes face aos bancos individuais removíveis do Renault, que tem o grande contratempo de exigir que se ande com os bancos de um lado para o outro com o inerente incómodo do peso (apesar de neste caso concreto não serem dos mais pesados). Além disso, caso se opte por uma configuração de dois lugares na segunda fileira, o terceiro banco tem de ficar de fora e isso coloca a questão: o que é que se faz ao banco? Para uns é simples, a garagem pode ter espaço, mas para outros pode não ser bem assim. A qualidade dos materiais do interior é boa nos dois casos, mas no Citröen os bancos são um pouco esponjosos, o que não abona muito a favor da posição de condução.
Quando se passa para o Renault, é a posição do volante demasiado horizontal que não joga a favor do condutor.
Já em estrada, rapidamente se constata que estamos perante dois monovolumes que pedem quilómetros ao volante, pois o conforto evidenciado só nos reporta a imagens de longas viagens. Neste ponto, o Citröen consegue estar uns furos acima do Grand Scénic, essencialmente pelo conforto acústico e pela melhor forma como suprime as mais variadas vibrações do piso.
Equipado de série com a caixa robotizada de seis velocidades, o C4 Picasso facilita muito a vida ao condutor, que pode deixar para a caixa o trabalho das mudanças de velocidade. Para melhor aproveitar as potencialidades desta caixa, convém lembrar que não é uma automática tradicional, mas sim uma robotizada, logo, caso se opte pela utilização das palhetas no volante no modo normal, então o melhor é pensar como se de uma caixa manual se tratasse, isto é, sempre que se faz uma passagem de caixa levantar o pé do acelerador. É só uma questão de habituação para evitar que a cada passagem de caixa os passageiros sejam impulsionados para a frente e para trás constantemente. Além disso, a enorme superfície vidrada elimina bastante os conhecidos ângulos mortos, em especial o típico ângulo de visão normalmente reduzido pelo pilar A, que neste caso é dividido em dois pilares estreitos que têm entre si um vidro de generosas dimensões. A versão ensaiada ainda inclui um opcional que custa 220 euros e que consiste na inclusão de sensores de estacionamento também na frente, os quais, juntamente com os traseiros, que são de série, compõem um sistema de detecção de espaço de estacionamento, que ajuda o condutor a ter a certeza se no meio da cidade o espaço que encontrou entre dois carros, paralelo à faixa de rodagem, é suficiente para estacionar #8211; este sistema só funciona até aos 20km/h. No fundo estamos perante dois monovolumes que, com brio, envergam as vestes da polivalência e do conforto. Na hora de fazer contas aos euros, o Renault marca alguns pontos, pois surge com o melhor preço e possui um melhor valor de retoma. Os seus consumos também são mais comedidos e só o facto da ir à revisão mais frequentemente que o Citröen a impede de fazer o pleno no campo da economia.
Fonte: http://www.autohoje.com/testes.aspx?ct=38e83c19
Dou um rebuçado a quem tiver paciência pra ler isto tudo. :D:D
Face-a-Face Monovolumes Médios
O Grand Scénic é bem conhecido e foi agora renovado, ao passo que o C4 Picasso é totalmente novo e promete ser a grande resistência à algo hegemónica liderança do modelo da Renault no segmento dos monovolumes médios.
As famílias crescem e, normalmente, a bagagem segue a mesma tendência, mas os automóveis nunca foram conhecidos por as suas dimensões ou lotação aumentarem com o passar dos anos, seguindo também eles o crescimento das famílias. Nessa altura é chegada a hora de equacionar a mudança para modelos mais adequados às necessidades e os monovolumes médios surgem como uma das hipóteses a considerar, em especial aqueles cuja lotação ascende aos sete lugares. Neste segmento, o Grand Scénic tem dado cartas e viu agora a frente e a traseira serem ligeiramente retocadas, em especial ao nível do desenho das ópticas. Contudo, o remodelado Renault tem de enfrentar no renhido campo de batalha do mercado automóvel um novo adversário, o C4 Picasso. Tratando-se de um modelo totalmente novo e que, ao contrário do que se poderia pensar devido ao seu nome, não é o substituto do Xsara Picasso, vem sim posicionar-se na gama Citröen acima deste e logo abaixo do C8.
Com um nível de montagem muito equivalente e com garantias semelhantes, a grande diferença no campo da carroçaria entre estes dois modelos reside na sua bagageira. Com capacidades semelhantes quando se utilizam as três fileiras de bancos, a mala do Citröen apresenta mais espaços de arrumação e, no modelo ensaiado, a inclusão da suspensão traseira pneumática permite que o plano de carga fique mais acessível, pois, pressionando um botão na bagageira, a altura de acesso baixa cerca de 14 centímetros. Se a configuração interior for de cinco lugares, então o Grand Scénic perde 16 litros de capacidade face ao Citröen.
O espaço disponibilizado por estes monovolumes está no mesmo patamar, mas, por esta altura, começam a surgir os «pequenos grandes» pormenores do C4 Picasso. A dimensão do pára-brisas e, também, a maior superfície vidrada, permitem uma superior luminosidade no interior que, directamente, influencia positivamente na noção interior de espaço. Ao mesmo tempo, a versão 2.0 HDi só está disponível com a caixa robotizada CMP6, o que liberta espaço entre os dois bancos dianteiros, pois elimina a consola central que é substituída por um espaço de arrumação fechado e refrigerado capaz de levar uma garrafa de 1,5 litros.
Neste campo da versatilidade, ambos os modelos surgem como as melhores propostas do segmento. Todavia, o Citröen leva vantagem pela inclusão de várias soluções, umas que primam pela inovação, outras pela quantidade. Os espaços de arrumação estendem-se deste o topo do tablier até ao plano inferior do mesmo, sendo difícil encontrar objecto que não caiba ou encaixe num deles. O Grand Scénic possui dois compartimentos no «soalho» à frente da segunda fileira de bancos, algo que também pode ser encontrado no Citröen. Ambos possuem mesas de apoio nas costas dos bancos dianteiros e, no caso do C4 Picasso, estas podem ocultar dois ecrãs retrácteis de 7#8221; caso se adquira o pack vídeo opcional. Este último custa 2100 euros e inclui dois ecrãs e o leitor de DVD que fica posicionado entre os bancos da frente.
A modularidade do interior destes dois monovolumes está entre o que melhor se faz no segmento. A quantidade de soluções é enorme e adaptável às mais variadas necessidades, se bem que os dois modelos interpretam de forma diferente o conceito, em especial no que diz respeito ao habitual «jogo» dos bancos. Ambos possuem bancos individuais, mas no caso do Grand Scénic estes podem ser retirados e a sua distribuição reequacionada face às necessidades. No caso do C4 Picasso, os bancos não saem, mas rebatem para o soalho, utilizando depois umas coberturas desdobráveis que tornam o piso plano. Dedicando algum tempo a pensar nisto, rapidamente se chega à conclusão da vantagem do Citröen. Quando o sistema de rebatimento está bem pensado e resulta, tem vantagens evidentes face aos bancos individuais removíveis do Renault, que tem o grande contratempo de exigir que se ande com os bancos de um lado para o outro com o inerente incómodo do peso (apesar de neste caso concreto não serem dos mais pesados). Além disso, caso se opte por uma configuração de dois lugares na segunda fileira, o terceiro banco tem de ficar de fora e isso coloca a questão: o que é que se faz ao banco? Para uns é simples, a garagem pode ter espaço, mas para outros pode não ser bem assim. A qualidade dos materiais do interior é boa nos dois casos, mas no Citröen os bancos são um pouco esponjosos, o que não abona muito a favor da posição de condução.
Quando se passa para o Renault, é a posição do volante demasiado horizontal que não joga a favor do condutor.
Já em estrada, rapidamente se constata que estamos perante dois monovolumes que pedem quilómetros ao volante, pois o conforto evidenciado só nos reporta a imagens de longas viagens. Neste ponto, o Citröen consegue estar uns furos acima do Grand Scénic, essencialmente pelo conforto acústico e pela melhor forma como suprime as mais variadas vibrações do piso.
Equipado de série com a caixa robotizada de seis velocidades, o C4 Picasso facilita muito a vida ao condutor, que pode deixar para a caixa o trabalho das mudanças de velocidade. Para melhor aproveitar as potencialidades desta caixa, convém lembrar que não é uma automática tradicional, mas sim uma robotizada, logo, caso se opte pela utilização das palhetas no volante no modo normal, então o melhor é pensar como se de uma caixa manual se tratasse, isto é, sempre que se faz uma passagem de caixa levantar o pé do acelerador. É só uma questão de habituação para evitar que a cada passagem de caixa os passageiros sejam impulsionados para a frente e para trás constantemente. Além disso, a enorme superfície vidrada elimina bastante os conhecidos ângulos mortos, em especial o típico ângulo de visão normalmente reduzido pelo pilar A, que neste caso é dividido em dois pilares estreitos que têm entre si um vidro de generosas dimensões. A versão ensaiada ainda inclui um opcional que custa 220 euros e que consiste na inclusão de sensores de estacionamento também na frente, os quais, juntamente com os traseiros, que são de série, compõem um sistema de detecção de espaço de estacionamento, que ajuda o condutor a ter a certeza se no meio da cidade o espaço que encontrou entre dois carros, paralelo à faixa de rodagem, é suficiente para estacionar #8211; este sistema só funciona até aos 20km/h. No fundo estamos perante dois monovolumes que, com brio, envergam as vestes da polivalência e do conforto. Na hora de fazer contas aos euros, o Renault marca alguns pontos, pois surge com o melhor preço e possui um melhor valor de retoma. Os seus consumos também são mais comedidos e só o facto da ir à revisão mais frequentemente que o Citröen a impede de fazer o pleno no campo da economia.
Fonte: http://www.autohoje.com/testes.aspx?ct=38e83c19
Dou um rebuçado a quem tiver paciência pra ler isto tudo. :D:D
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