Há bastante tempo que não havia disponibilidade para partilhas as experiências que vou tendo ao volante das máquinas que me vão passando pelas mãos. Hoje deixo aqui este relato para quem tiver pachorra de ler, e espero conseguir ir deixando mais alguns.
Download Attachment: [img]images/icon_paperclip.gif[/img] S3.jpg
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Acabo de tirar a bandeirola que idetifica, à porta do stand esta nova coqueluche da marca premium do grupo VAG. 12:45, saída para almoço, 3 ocupantes, rolamento lento para nivelamento da temperatura dos fluídos. É o tempo necessário para me familiarizar com a posição de condução (na verdade é tão natural e adequada que nem necessita de habituação), e apreciar os detalhes que distinguem este “S” do resto da gama, como os acabamentos em alúmínio escovado, os pedais, manómetros, bancos, enfim...Por falta de paciência optei por desligar a consola com o rádio, navegação, tv, etc. Teria de parar um quarto de hora para perceber como funciona, e...não é isso que releva.
Nota-se ao trocar as primeiras relações que a embraiagem é reforçada e exige habituação em baixos regimes, já a caixa é precisa e anormalmente suave. Surpreendente é o nível de conforto oferecido pela suspensão, firme mas nada seca, a ultrapassar as irregularidades disfarçando-as, mais “soft” do que uma A4 S-Line.
Começo a “rolar” em ritmo mais vivo, e ensaio o controlo de estabilidade numa zona de piso “vidrado” com um guinão no volante acompanhado de uma solicitação generosa em 2ª velocidade, começa a sair ligeiramente de frente e depois a ajuda electrónica “põe tudo nos eixos”. Deliguei o dito apetrecho logo de seguida!
Ao esmagar a 2ª velocidade o empurrão é firme mas “redondo” e progressivo, aumentando a vivacidade com a subida de regime, longe da explosão e subsequente perda dos turbos de outrora, este motor pauta-se pela firmeza e elasticidade. Surpreende mais quando vamos passando para as relações mais longas, bem escalonadas (as 6), em que o fulgor se mantém e o velocímetro é “atirado” para valores entusiasmantes, a ritmos de fazer lembrar máquinas do segmento GT. Para “Hatchback” é muito poderoso e consistente.
Um teste superficial e nada insistente à travagem revela coerência com o conjunto, forte e progressiva (como este exemplar marcava menos de 1000 kms, optei por não esforçar para não danificar).
Chegados a um trajecto mais interessante para as capacidades deste pequeno endiabrado, é hora de aferir da dinâmica, e se as jantes de 18” podem parecer sobredimensionadas, essa sensação é contrariada por uma resposta solícita e firme da frente com capacidade de inserção em curva acima do esperado.
Ao ganhar progressivamente confiança, e a rodar em ritmos elevados, chegamos ao que parece ser o limite da aderência, apoiados na frente a sustentar aceleração em 3ª a 5000 rpm, e quando esmagamos o acelerador ao dobrar o “apex” da curva, o comportamento passa de subvirador a sobrevirador, sente-se que as rodas traseiras empurram o carro e exigem uma ligeira correcção de volante. O guincho dos pneus começa a evidenciar uma inércia lateral arriscada para condução fora de circuito, mas apesar dos “Gs” laterais a trajectória mantém-se, e a passagem para 4ª velocidade é imperativamente rápida e sem hesitações, qualquer perda de aceleração complicaria o controlo da máquina nos limites da faixa de asfalto. A máquina corresponde e saímos da curva ais rápido do que entrámos...os 3 ocupantes respiram.
Seguem-se mais umas curvas e encadeamentos, algumas necessidades de ultrapassagem, cumpridas ao ritmo de quem anda de mota, e há que abrandar, deixar o turbo e os líquidos arrefecerem antes de parar o motor, entrar no restaurante e pedir as entradas.
Em jeito de conclusão, de comum com o anterior, este S3 tem o “lettering” e pouco mais... o resto é tudo melhor, é francamente bom, evidentemente desportivo, estáticamente bonito e discreto, com bastante nível. É caro, os Audi são caros. Mas este oferece bastante pelo preço, tem todo o equipamento, tem conforto, para o conceito é versátil, é distinto e exclusivo, e é poderoso. Consumos? Neste tipo de carro recuso-me a referir esse ponto.
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Acabo de tirar a bandeirola que idetifica, à porta do stand esta nova coqueluche da marca premium do grupo VAG. 12:45, saída para almoço, 3 ocupantes, rolamento lento para nivelamento da temperatura dos fluídos. É o tempo necessário para me familiarizar com a posição de condução (na verdade é tão natural e adequada que nem necessita de habituação), e apreciar os detalhes que distinguem este “S” do resto da gama, como os acabamentos em alúmínio escovado, os pedais, manómetros, bancos, enfim...Por falta de paciência optei por desligar a consola com o rádio, navegação, tv, etc. Teria de parar um quarto de hora para perceber como funciona, e...não é isso que releva.
Nota-se ao trocar as primeiras relações que a embraiagem é reforçada e exige habituação em baixos regimes, já a caixa é precisa e anormalmente suave. Surpreendente é o nível de conforto oferecido pela suspensão, firme mas nada seca, a ultrapassar as irregularidades disfarçando-as, mais “soft” do que uma A4 S-Line.
Começo a “rolar” em ritmo mais vivo, e ensaio o controlo de estabilidade numa zona de piso “vidrado” com um guinão no volante acompanhado de uma solicitação generosa em 2ª velocidade, começa a sair ligeiramente de frente e depois a ajuda electrónica “põe tudo nos eixos”. Deliguei o dito apetrecho logo de seguida!
Ao esmagar a 2ª velocidade o empurrão é firme mas “redondo” e progressivo, aumentando a vivacidade com a subida de regime, longe da explosão e subsequente perda dos turbos de outrora, este motor pauta-se pela firmeza e elasticidade. Surpreende mais quando vamos passando para as relações mais longas, bem escalonadas (as 6), em que o fulgor se mantém e o velocímetro é “atirado” para valores entusiasmantes, a ritmos de fazer lembrar máquinas do segmento GT. Para “Hatchback” é muito poderoso e consistente.
Um teste superficial e nada insistente à travagem revela coerência com o conjunto, forte e progressiva (como este exemplar marcava menos de 1000 kms, optei por não esforçar para não danificar).
Chegados a um trajecto mais interessante para as capacidades deste pequeno endiabrado, é hora de aferir da dinâmica, e se as jantes de 18” podem parecer sobredimensionadas, essa sensação é contrariada por uma resposta solícita e firme da frente com capacidade de inserção em curva acima do esperado.
Ao ganhar progressivamente confiança, e a rodar em ritmos elevados, chegamos ao que parece ser o limite da aderência, apoiados na frente a sustentar aceleração em 3ª a 5000 rpm, e quando esmagamos o acelerador ao dobrar o “apex” da curva, o comportamento passa de subvirador a sobrevirador, sente-se que as rodas traseiras empurram o carro e exigem uma ligeira correcção de volante. O guincho dos pneus começa a evidenciar uma inércia lateral arriscada para condução fora de circuito, mas apesar dos “Gs” laterais a trajectória mantém-se, e a passagem para 4ª velocidade é imperativamente rápida e sem hesitações, qualquer perda de aceleração complicaria o controlo da máquina nos limites da faixa de asfalto. A máquina corresponde e saímos da curva ais rápido do que entrámos...os 3 ocupantes respiram.
Seguem-se mais umas curvas e encadeamentos, algumas necessidades de ultrapassagem, cumpridas ao ritmo de quem anda de mota, e há que abrandar, deixar o turbo e os líquidos arrefecerem antes de parar o motor, entrar no restaurante e pedir as entradas.
Em jeito de conclusão, de comum com o anterior, este S3 tem o “lettering” e pouco mais... o resto é tudo melhor, é francamente bom, evidentemente desportivo, estáticamente bonito e discreto, com bastante nível. É caro, os Audi são caros. Mas este oferece bastante pelo preço, tem todo o equipamento, tem conforto, para o conceito é versátil, é distinto e exclusivo, e é poderoso. Consumos? Neste tipo de carro recuso-me a referir esse ponto.
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