Modelos médios dos fabricantes franceses se enfrentam neste duelo.
Renault Mégane Sedan e Peugeot 307 Sedan: dois modelos de fabricantes francesas, ambos equipados com motor 2.0 a gasolina e câmbio automático de quatro marchas, com função seqüencial. As coincidências foram determinantes para a escolha dos protagonistas deste comparativo, novidades no segmento mais concorrido do ano, o de sedãs médios. O Mégane, lançado em março, é produzido na planta de São José dos Pinhais. Seu rival, o 307, à venda desde agosto, sai da fábrica da Peugeot de El Palomar.
Foram escolhidas para o embate as versões Griffe (307) e Dynamique (Mégane). O mais recente lançamento, 307 Sedan, se apresenta para a briga com credenciais como ampla lista de itens de série e o câmbio com boas respostas tanto no módulo automático quanto no seqüencial. O Mégane Sedan, além de mais barato, traz o estilo como ponto forte. O desempenho dos dois modelos é semelhante, com leve vantagem para o Renault. No quesito consumo de combustível, o 307 se dá melhor na estrada, de acordo com números do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), responsável pelas medições deste comparativo.
ESTILO
Apesar das boas aptidões do 307 Sedan, o desenho é seu grande pecado. E não falamos da dianteira, que traz as mesmas características do hatch, e nem do impecável interior, mas da traseira. Concebido na China, o design tem tampa do porta-malas "quadradona" e lanterna que parece de um veículo da década passada; não combina com o contemporâneo estilo dianteiro da família 307. Visto de trás, o carro da Peugeot lembra a antiga geração do Vectra, ou ainda o já fora de linha Ford Fiesta Street Sedan.
Com o modelo da Renault, o efeito é o contrário. Dianteira e traseira casam perfeitamente, com linhas harmoniosas e modernas, mas sem nenhum traço de futurismo. Um dos destaques é o formato das lanternas, que invadem as laterais. Os dois carros contam com rodas de liga leve, de 16 polegadas no Mégane Sedan e aro 15, no Peugeot. As dimensões dos sedãs também são bem parecidas; o Renault tem 4,49 metros de comprimento e 2,68 m de distância entreeixos. No 307 Sedan, as medidas são respectivamente 4,48 metros e 2,61 m.
O porta-malas do Renault, que leva 520 litros de bagagem, tem 14 litros de vantagem ante a capacidade do concorrente. Mas, no interior, o Peugeot leva vantagem, pois seu acabamento é mais caprichoso, usando e abusando de couro e alumínio. Ganha também no desenho dos painéis centrais e do console, que remetem à esportividade. O Renault tem acabamento bom, mas dá a impressão de estar parado no tempo. Não chama a atenção do motorista e dos passageiros como o concorrente. Além disso, o Mégane não traz revestimento de couro nos bancos nem mesmo na lista de opcionais – no 307 Griffe, é item de série.
Outro equipamento de destaque no modelo da Peugeot fica por conta do ar-condicionado “dual zone”, digital, que proporciona duas diferentes zonas de temperatura na cabine. No Mégane, o ar-condicionado é convencional, controlado por meio de alavancas giratórias no painel central. A Peugeot ganha mais vantagem com o rádio com disqueteira para seis CDs, de série. O representante da Renault tem rádio, mas pela disqueteira o cliente tem que pagar como extra
DESEMPENHO
Na pista, os dois modelos têm características semelhantes em quase todos os aspectos. Segundo o IMT, o Mégane, com seu motor 2.0 de 138 cavalos e 19,2 kgfm a 3.750 rpm, acelera de 0 a 60 km/h em 6,15 segundos. Seu concorrente, cujo propulsor 2.0 é um pouco mais forte (143 cv e 20 kgfm a 4.000 rpm) precisa de 5,84 segundos para alcançar os 60 km/h. Porém, em acelerações mais fortes, o Renault ganha vantagem, já que seu torque é alcançado em faixa de rotação mais baixa. Ele precisa de 13,27 segundos para ir da imobilidade a 100 km/h, ante 13,88 do rival da marca do leão.
As medições foram feitas com o câmbio na posição “drive”, que representa o módulo automático. Nas retomadas, o Mégane foi de 40 km/h a 80 km/h em 7,61 segundos, enquanto o Peugeot precisou de 8,02 segundos. O Mégane voltou mostrar-se mais rápido para chegar aos 120 km/h, partindo de 40 km/h. Cravou 16,68 segundos, ante 17,24 segundos do 307. Com o câmbio na função automática, as trocas de marchas do Peugeot são mais rápidas do que o do Mégane. Este, quando se pisa fundo no acelerador, demora para responder, muitas vezes ficando próximo à zona crítica de rotação. O problema pode ser resolvido com o acionamento do módulo seqüencial, também disponível no 307 Sedan.
O consumo dos carros na cidade é semelhante, 9,2 km/l, para o Renault, e 9,1 km/l, para o 307. Na estrada, o sedã da Peugeot se sai melhor, fazendo 14,1 km/l, ante 13,6 km/l do concorrente. No quesito estabilidade, apesar da falta de programas eletrônicos, os dois sedãs vão muito bem, ficando com pneus bem grudados no chão em curvas e apresentando direção firme em alta velocidade. Outro ponto forte do 307 Sedan e do Mégane é a posição de dirigir, mas a visibilidade traseira do Peugeot fica um pouco prejudicada pela pequena área envidraçada no pára-brisa.
É preciso ainda destacar, no Mégane, a direção elétrica, que permite efetuar manobras com extrema facilidade. Porém, em velocidades mais altas, o componente não apresenta grande diferença em relação à hidráulica do 307. Os sedãs também se destacam na ergonomia, apresentando facilidades como controle do som no volante e boa quantidade de porta-copos – o do Peugeot, no console central, deixa o motorista um pouco atrapalhado.
MERCADO
A principal vantagem do Mégane 2.0 Dynamique está em seu preço, € 23.512,00. A lista de itens de série, além dos já citados, conta ainda com computador de bordo, limitador de velocidade de cruzeiro, volante e bancos reguláveis em altura, trio elétrico e, no pacote de segurança, freios ABS com EBV (distribuição eletrônica de frenagem) e airbags dianteiros.
Por € 26.525,00, quase € 2 mil a mais do que o concorrente, a Peugeot oferece o 307 Sedan com todos os itens de série do Mégane e mais teto solar. Como já citado nesta reportagem, há ainda ar-condicionado digital “dual zone”, revestimento de couro nos bancos e disqueteira para seis discos. Assim, em uma dis**** equilibrada, o preço foi fator fundamental para que o Mégane Sedan vencesse o 307.
Qual destes 2 modelos comprarias? Justifiquem.
Renault Mégane Sedan e Peugeot 307 Sedan: dois modelos de fabricantes francesas, ambos equipados com motor 2.0 a gasolina e câmbio automático de quatro marchas, com função seqüencial. As coincidências foram determinantes para a escolha dos protagonistas deste comparativo, novidades no segmento mais concorrido do ano, o de sedãs médios. O Mégane, lançado em março, é produzido na planta de São José dos Pinhais. Seu rival, o 307, à venda desde agosto, sai da fábrica da Peugeot de El Palomar.
Foram escolhidas para o embate as versões Griffe (307) e Dynamique (Mégane). O mais recente lançamento, 307 Sedan, se apresenta para a briga com credenciais como ampla lista de itens de série e o câmbio com boas respostas tanto no módulo automático quanto no seqüencial. O Mégane Sedan, além de mais barato, traz o estilo como ponto forte. O desempenho dos dois modelos é semelhante, com leve vantagem para o Renault. No quesito consumo de combustível, o 307 se dá melhor na estrada, de acordo com números do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), responsável pelas medições deste comparativo.
ESTILO
Apesar das boas aptidões do 307 Sedan, o desenho é seu grande pecado. E não falamos da dianteira, que traz as mesmas características do hatch, e nem do impecável interior, mas da traseira. Concebido na China, o design tem tampa do porta-malas "quadradona" e lanterna que parece de um veículo da década passada; não combina com o contemporâneo estilo dianteiro da família 307. Visto de trás, o carro da Peugeot lembra a antiga geração do Vectra, ou ainda o já fora de linha Ford Fiesta Street Sedan.
Com o modelo da Renault, o efeito é o contrário. Dianteira e traseira casam perfeitamente, com linhas harmoniosas e modernas, mas sem nenhum traço de futurismo. Um dos destaques é o formato das lanternas, que invadem as laterais. Os dois carros contam com rodas de liga leve, de 16 polegadas no Mégane Sedan e aro 15, no Peugeot. As dimensões dos sedãs também são bem parecidas; o Renault tem 4,49 metros de comprimento e 2,68 m de distância entreeixos. No 307 Sedan, as medidas são respectivamente 4,48 metros e 2,61 m.
O porta-malas do Renault, que leva 520 litros de bagagem, tem 14 litros de vantagem ante a capacidade do concorrente. Mas, no interior, o Peugeot leva vantagem, pois seu acabamento é mais caprichoso, usando e abusando de couro e alumínio. Ganha também no desenho dos painéis centrais e do console, que remetem à esportividade. O Renault tem acabamento bom, mas dá a impressão de estar parado no tempo. Não chama a atenção do motorista e dos passageiros como o concorrente. Além disso, o Mégane não traz revestimento de couro nos bancos nem mesmo na lista de opcionais – no 307 Griffe, é item de série.
Outro equipamento de destaque no modelo da Peugeot fica por conta do ar-condicionado “dual zone”, digital, que proporciona duas diferentes zonas de temperatura na cabine. No Mégane, o ar-condicionado é convencional, controlado por meio de alavancas giratórias no painel central. A Peugeot ganha mais vantagem com o rádio com disqueteira para seis CDs, de série. O representante da Renault tem rádio, mas pela disqueteira o cliente tem que pagar como extra
DESEMPENHO
Na pista, os dois modelos têm características semelhantes em quase todos os aspectos. Segundo o IMT, o Mégane, com seu motor 2.0 de 138 cavalos e 19,2 kgfm a 3.750 rpm, acelera de 0 a 60 km/h em 6,15 segundos. Seu concorrente, cujo propulsor 2.0 é um pouco mais forte (143 cv e 20 kgfm a 4.000 rpm) precisa de 5,84 segundos para alcançar os 60 km/h. Porém, em acelerações mais fortes, o Renault ganha vantagem, já que seu torque é alcançado em faixa de rotação mais baixa. Ele precisa de 13,27 segundos para ir da imobilidade a 100 km/h, ante 13,88 do rival da marca do leão.
As medições foram feitas com o câmbio na posição “drive”, que representa o módulo automático. Nas retomadas, o Mégane foi de 40 km/h a 80 km/h em 7,61 segundos, enquanto o Peugeot precisou de 8,02 segundos. O Mégane voltou mostrar-se mais rápido para chegar aos 120 km/h, partindo de 40 km/h. Cravou 16,68 segundos, ante 17,24 segundos do 307. Com o câmbio na função automática, as trocas de marchas do Peugeot são mais rápidas do que o do Mégane. Este, quando se pisa fundo no acelerador, demora para responder, muitas vezes ficando próximo à zona crítica de rotação. O problema pode ser resolvido com o acionamento do módulo seqüencial, também disponível no 307 Sedan.
O consumo dos carros na cidade é semelhante, 9,2 km/l, para o Renault, e 9,1 km/l, para o 307. Na estrada, o sedã da Peugeot se sai melhor, fazendo 14,1 km/l, ante 13,6 km/l do concorrente. No quesito estabilidade, apesar da falta de programas eletrônicos, os dois sedãs vão muito bem, ficando com pneus bem grudados no chão em curvas e apresentando direção firme em alta velocidade. Outro ponto forte do 307 Sedan e do Mégane é a posição de dirigir, mas a visibilidade traseira do Peugeot fica um pouco prejudicada pela pequena área envidraçada no pára-brisa.
É preciso ainda destacar, no Mégane, a direção elétrica, que permite efetuar manobras com extrema facilidade. Porém, em velocidades mais altas, o componente não apresenta grande diferença em relação à hidráulica do 307. Os sedãs também se destacam na ergonomia, apresentando facilidades como controle do som no volante e boa quantidade de porta-copos – o do Peugeot, no console central, deixa o motorista um pouco atrapalhado.
MERCADO
A principal vantagem do Mégane 2.0 Dynamique está em seu preço, € 23.512,00. A lista de itens de série, além dos já citados, conta ainda com computador de bordo, limitador de velocidade de cruzeiro, volante e bancos reguláveis em altura, trio elétrico e, no pacote de segurança, freios ABS com EBV (distribuição eletrônica de frenagem) e airbags dianteiros.
Por € 26.525,00, quase € 2 mil a mais do que o concorrente, a Peugeot oferece o 307 Sedan com todos os itens de série do Mégane e mais teto solar. Como já citado nesta reportagem, há ainda ar-condicionado digital “dual zone”, revestimento de couro nos bancos e disqueteira para seis discos. Assim, em uma dis**** equilibrada, o preço foi fator fundamental para que o Mégane Sedan vencesse o 307.
Qual destes 2 modelos comprarias? Justifiquem.
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