Certo dia, acordo e vou à varanda e vejo o meu vizinho com a sua granda máquina.
- Não pode ser, ele não pode ter uma maquina melhor que a minha... tenho ainda algum orgulho. Maria, abra lá o mealheiro que tenho de dar uma lição ao vizinho Zé!
- Ó Manel, mas a gente tá mais teso que um carapau. Com os emprestimos da casa, carro, móveis, férias, cartões, sobra pouco para comer... e ainda temos de dar um papo-secozinho ao nosso rebento de vez em quando.
- Ele terá de se contentar com meio papo-seco, que vou dar o nosso carro à retoma e fazer outro crédito... o Zé não fica a rir-se.
Lá foi o Manel ao concessionário e apareceu um senhor simpático vestido de fato preto a falar da importância desta compra. Para meu espanto,não era o vendedor; era um funcionário do Ministério da Finanças a falar dos benefícios de pagar IA + IVA + Legalização + Imposto Municipal + Imposto sobre os Combustíveis. Lá consegui despachá-lo dizendo que não gostava do Sócrates e do PS e finalmente lá veio o vendedor.
Mostrei-lhe o meu lindo e bem estimado carro, mas o senhor vendedor lá me convenceu a dar à troca por um valor muito abaixo daquilo que achava que valia... enfim, o vendedor lá sabe (mas quase tive a sensação de ter ouvido o pensamento do dito a pensar:
- O carro até está bom, mas vou oferecer este valor miserável e o pato ainda cai.
E caiu.
Ao comprar o carro , com um crédito ainda mais chorudo, e pensei "Sou importante, toda a gente quer dar-me dinheiro para comprar coisas". Nesse momento recebi um telefonema da minha seguradora a falar-me das maravilhas de pagar mais e ter um seguro contra todos para proteger a nova aquisição... Sim boa ideia.
Lá estacionei ao pé do carro do Zé, a olhá-lo de cima para baixo e orgulhoso do estilo de vida que tenho. Entrei dentro de casa de disse:
- Ó Maria, a sande de manteiga para o jantar está feita?
E lá passou mais um dia no mundo maravilhoso do português comum.
Moral da história: A inveja é um pecado mortal... para a carteira.
- Não pode ser, ele não pode ter uma maquina melhor que a minha... tenho ainda algum orgulho. Maria, abra lá o mealheiro que tenho de dar uma lição ao vizinho Zé!
- Ó Manel, mas a gente tá mais teso que um carapau. Com os emprestimos da casa, carro, móveis, férias, cartões, sobra pouco para comer... e ainda temos de dar um papo-secozinho ao nosso rebento de vez em quando.
- Ele terá de se contentar com meio papo-seco, que vou dar o nosso carro à retoma e fazer outro crédito... o Zé não fica a rir-se.
Lá foi o Manel ao concessionário e apareceu um senhor simpático vestido de fato preto a falar da importância desta compra. Para meu espanto,não era o vendedor; era um funcionário do Ministério da Finanças a falar dos benefícios de pagar IA + IVA + Legalização + Imposto Municipal + Imposto sobre os Combustíveis. Lá consegui despachá-lo dizendo que não gostava do Sócrates e do PS e finalmente lá veio o vendedor.
Mostrei-lhe o meu lindo e bem estimado carro, mas o senhor vendedor lá me convenceu a dar à troca por um valor muito abaixo daquilo que achava que valia... enfim, o vendedor lá sabe (mas quase tive a sensação de ter ouvido o pensamento do dito a pensar:
- O carro até está bom, mas vou oferecer este valor miserável e o pato ainda cai.
E caiu.
Ao comprar o carro , com um crédito ainda mais chorudo, e pensei "Sou importante, toda a gente quer dar-me dinheiro para comprar coisas". Nesse momento recebi um telefonema da minha seguradora a falar-me das maravilhas de pagar mais e ter um seguro contra todos para proteger a nova aquisição... Sim boa ideia.
Lá estacionei ao pé do carro do Zé, a olhá-lo de cima para baixo e orgulhoso do estilo de vida que tenho. Entrei dentro de casa de disse:
- Ó Maria, a sande de manteiga para o jantar está feita?
E lá passou mais um dia no mundo maravilhoso do português comum.
Moral da história: A inveja é um pecado mortal... para a carteira.
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