Os computadores instalados junto ao porta-luvas dos veículos da PSP e Brigada de Trânsito da GNR põem em risco a vida dos agentes.
Em caso de acidente – ou até mesmo “à passagem da viatura por um buraco que faça accionar o airbag” –, podem ser “fatais para o agente que viaja no banco do passageiro”, disse ao Correio da Manhã fonte da BT. E, além disso, “são muitas vezes inúteis por não terem cobertura de rede fora das cidades”.
Chama-se Sistema Estratégico de Informação, foi apresentado no último mês de Dezembro pelo ministro da Administração Interna, António Costa, substitui o velho rádio – e acede ao banco de dados da Direcção-Geral de Viação e ao cadastro dos condutores.
A forma como os computadores foram instalados em muitos veículos faz os agentes temerem pela sua segurança – e “sobretudo os militares da BT”, mais expostos ao risco, ao patrulharem as estradas nacionais.
Os militares já terão feito chegar uma reclamação ao comando-geral da GNR que, segundo o tenente-coronel Costa Cabral, porta-voz da Guarda, contactado pelo CM, é infundada. “Os equipamentos são perfeitamente seguros e a única dificuldade prende-se com o acesso à rede de informação em algumas zonas.”
Ainda assim, segundo as nossas fontes, o assunto já foi levado ao conhecimento do ministro da Administração Interna, António Costa. Os 80 novos carros-patrulha, adquiridos pelo Governo para a PSP e GNR, já deverão ter os computadores integrados no painel frontal do carro – por proposta da GNR –, em moldes completamente diferentes dos adoptados nos primeiros veículos, apresentados em Dezembro.
São viaturas monovolume, Seat Alhambra, fabricadas na AutoEuropa, em Palmela, totalmente equipadas para o serviço policial. Dispõem de computadores, câmaras de vídeo e suportes para armamento. As duas forças policiais estão já no ‘terreno’ a testar os protótipos.
No caso das câmaras de vídeo, incorporadas de origem nos carros-patrulha, vão permitir aos agentes operar o sistema de reconhecimento de matrículas em andamento.
Além do computador principal, as novas viaturas ao serviço das polícias vão poder dispor de um segundo computador, instalado numa prateleira na traseira do banco do pendura. Os dois computadores vão estar ligados a uma impressora.
Preparados especificamente para a missão de fiscalização de trânsito, os monovolumes (35 para a PSP, 45 para a GNR) vão ter espaço a bordo para ‘arrumar’ tudo o que é necessário: alcoolímetros, sistemas de pagamento de multas, lanternas, cones de sinalização e armamento de defesa: shotgun e G3.
"ARMA DE ARREMESSO"
Os computadores instalados junto ao porta-luvas dos veículos da BT e PSP podem transformar-se “em armas mortais” contra os agentes que viajam no lugar do passageiro, segundo fonte da Brigada de Trânsito da GNR. Os militares temem que, em caso de acidente, o computador seja arremessado contra eles. Por outro lado, a trepidação constante a que os computadores estão sujeitos durante o andamento dos carros causa-lhes graves varias.
'AIRBAG' DISPARA
Os veículos da Brigada de Trânsito da GNR e divisões de trânsito da PSP estão equipados de série com ‘airbag’ duplo – para proteger o condutor e o pendura em caso de acidente. Os militares da BT não se sentem seguros ao transportarem computadores presos ao ‘tablier’. Caso o ‘airbag’ dispare, o computador será arremessado contra o agente. E, “se o veículo passar por cima de um grande buraco, os agentes também correm o risco de o ‘airbag’ ser accionado”- diz a nossa fonte.
CADASTRO DOS CONDUTORES
O Sistema Estratégico de Informação é o ‘Big Brother’ das estradas portuguesas e está, progressivamente, a equipar todos os veículos da Brigada de Trânsito da GNR e das divisões de trânsito da PSP. O novo sistema informático faz parte do programa ‘Polícia em Movimento’, estreou-se na ‘Operação Natal’ e, conforme disse o ministro na apresentação, pretende pôr cobro à actual imagem policial do ‘dactilógrafo em movimento’. E tudo porque, através deste equipamento móvel, com impressora incluída, o condutor autuado recebe logo uma cópia do auto, em formato A5.
As multas são digitadas só uma vez, pelo agente, e transmitidas automaticamente para as bases de dados da PSP, GNR e Direcção-Geral de Viação. Para além da desburocratização, o sistema permite aos agentes fazer uma pesquisa pelo nome do condutor e saber a sua morada, todo o tipo de ocorrências pendentes ou mandados de captura.
PORMENORES
DOIS MILHÕES
A aquisição do novo sistema informático, capaz de pôr a nu todo o passado dos condutores, custou mais de dois milhões de euros ao Estado. No ano passado, foram gastos cerca de um milhão de euros em prevenção rodoviária e 900 mil na aquisição de alcoolímetros, balanças e radares.
DISTRIBUIÇÃO
De início, foram atribuídos mil equipamentos com o Sistema Estratégico de Informação à PSP e GNR. Até ao próximo mês de Março prevê-se que todos os veículos tenham o sistema disponível. O sistema também já estará a ser fornecido a agentes que fazem patrulhamento a pé.
TRANSPARENTE
Quando o agente acede ao sistema informático, para passar um auto de contra-ordenação, fica logo registado na base de dados da Direcção-Geral de Viação. Assim, o sistema pode ser auditado a todo o momento pelas diversas entidades, para saber o que foi feito pelos agentes no terreno.
Os agentes da BT também têm acidentes?!
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Em caso de acidente – ou até mesmo “à passagem da viatura por um buraco que faça accionar o airbag” –, podem ser “fatais para o agente que viaja no banco do passageiro”, disse ao Correio da Manhã fonte da BT. E, além disso, “são muitas vezes inúteis por não terem cobertura de rede fora das cidades”.
Chama-se Sistema Estratégico de Informação, foi apresentado no último mês de Dezembro pelo ministro da Administração Interna, António Costa, substitui o velho rádio – e acede ao banco de dados da Direcção-Geral de Viação e ao cadastro dos condutores.
A forma como os computadores foram instalados em muitos veículos faz os agentes temerem pela sua segurança – e “sobretudo os militares da BT”, mais expostos ao risco, ao patrulharem as estradas nacionais.
Os militares já terão feito chegar uma reclamação ao comando-geral da GNR que, segundo o tenente-coronel Costa Cabral, porta-voz da Guarda, contactado pelo CM, é infundada. “Os equipamentos são perfeitamente seguros e a única dificuldade prende-se com o acesso à rede de informação em algumas zonas.”
Ainda assim, segundo as nossas fontes, o assunto já foi levado ao conhecimento do ministro da Administração Interna, António Costa. Os 80 novos carros-patrulha, adquiridos pelo Governo para a PSP e GNR, já deverão ter os computadores integrados no painel frontal do carro – por proposta da GNR –, em moldes completamente diferentes dos adoptados nos primeiros veículos, apresentados em Dezembro.
São viaturas monovolume, Seat Alhambra, fabricadas na AutoEuropa, em Palmela, totalmente equipadas para o serviço policial. Dispõem de computadores, câmaras de vídeo e suportes para armamento. As duas forças policiais estão já no ‘terreno’ a testar os protótipos.
No caso das câmaras de vídeo, incorporadas de origem nos carros-patrulha, vão permitir aos agentes operar o sistema de reconhecimento de matrículas em andamento.
Além do computador principal, as novas viaturas ao serviço das polícias vão poder dispor de um segundo computador, instalado numa prateleira na traseira do banco do pendura. Os dois computadores vão estar ligados a uma impressora.
Preparados especificamente para a missão de fiscalização de trânsito, os monovolumes (35 para a PSP, 45 para a GNR) vão ter espaço a bordo para ‘arrumar’ tudo o que é necessário: alcoolímetros, sistemas de pagamento de multas, lanternas, cones de sinalização e armamento de defesa: shotgun e G3.
"ARMA DE ARREMESSO"
Os computadores instalados junto ao porta-luvas dos veículos da BT e PSP podem transformar-se “em armas mortais” contra os agentes que viajam no lugar do passageiro, segundo fonte da Brigada de Trânsito da GNR. Os militares temem que, em caso de acidente, o computador seja arremessado contra eles. Por outro lado, a trepidação constante a que os computadores estão sujeitos durante o andamento dos carros causa-lhes graves varias.
'AIRBAG' DISPARA
Os veículos da Brigada de Trânsito da GNR e divisões de trânsito da PSP estão equipados de série com ‘airbag’ duplo – para proteger o condutor e o pendura em caso de acidente. Os militares da BT não se sentem seguros ao transportarem computadores presos ao ‘tablier’. Caso o ‘airbag’ dispare, o computador será arremessado contra o agente. E, “se o veículo passar por cima de um grande buraco, os agentes também correm o risco de o ‘airbag’ ser accionado”- diz a nossa fonte.
CADASTRO DOS CONDUTORES
O Sistema Estratégico de Informação é o ‘Big Brother’ das estradas portuguesas e está, progressivamente, a equipar todos os veículos da Brigada de Trânsito da GNR e das divisões de trânsito da PSP. O novo sistema informático faz parte do programa ‘Polícia em Movimento’, estreou-se na ‘Operação Natal’ e, conforme disse o ministro na apresentação, pretende pôr cobro à actual imagem policial do ‘dactilógrafo em movimento’. E tudo porque, através deste equipamento móvel, com impressora incluída, o condutor autuado recebe logo uma cópia do auto, em formato A5.
As multas são digitadas só uma vez, pelo agente, e transmitidas automaticamente para as bases de dados da PSP, GNR e Direcção-Geral de Viação. Para além da desburocratização, o sistema permite aos agentes fazer uma pesquisa pelo nome do condutor e saber a sua morada, todo o tipo de ocorrências pendentes ou mandados de captura.
PORMENORES
DOIS MILHÕES
A aquisição do novo sistema informático, capaz de pôr a nu todo o passado dos condutores, custou mais de dois milhões de euros ao Estado. No ano passado, foram gastos cerca de um milhão de euros em prevenção rodoviária e 900 mil na aquisição de alcoolímetros, balanças e radares.
DISTRIBUIÇÃO
De início, foram atribuídos mil equipamentos com o Sistema Estratégico de Informação à PSP e GNR. Até ao próximo mês de Março prevê-se que todos os veículos tenham o sistema disponível. O sistema também já estará a ser fornecido a agentes que fazem patrulhamento a pé.
TRANSPARENTE
Quando o agente acede ao sistema informático, para passar um auto de contra-ordenação, fica logo registado na base de dados da Direcção-Geral de Viação. Assim, o sistema pode ser auditado a todo o momento pelas diversas entidades, para saber o que foi feito pelos agentes no terreno.
Os agentes da BT também têm acidentes?!
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