Não sei se este facto já foi aqui discutido, mas já que este fórum é frequentado por vários vendedores gostava que me explicassem a atitude de alguns colegas vossos.
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Sou "jovem" (20~30) tenho um emprego estável no ramo das TI mas como não tenho que lidar directamente com clientes não tenho a necessidade de andar todo aperaltado e tenho um "estilo casual" (calças de ganga, barba grande e cabelo pró comprido).
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Tenho carro próprio (mesmo) e achei que estava na altura de começar uma prospecção de mercado para trocar de carro.
Desloquei-me aos stands de algumas das marcas que me interessavam (opel e vw em concreto).
No primeiro (opel), fui atendido sempre a despachar, pedi para ver um astra GTC que me foi mostrado mas sem interesse nenhum, o vendedor não disse absolutamente nada, apenas respondeu ao que eu perguntei e nem sempre, ignorando por uma ou duas vezes as minhas perguntas. Vi o carro à vontade e fomos para a mesa discutir as propostas, para um 1.3 e um 1.7cdti. Disse-lhe que estava indeciso entre ambos os motores pois não sabia se o 1.3 seria suficiente para as minhas necessidades (dando a deixa para um test-drive ou para um esclarecimento mais abrangente), mais uma vez não me respondeu, limitando-se a continuar a olhar para o computador. A única coisa que me propôs foi um GTC de serviço. Deu-me então as propostas para ambas as versões ambas com pack visibilidade e cruisecontrol e qual não foi o meu espanto quando verifico que ambas são superiores aos valores apresentados pela opel(25300 para o 1.3 e 28100 para o 1.7) no simulador da internet. De seguida falei-lhe do meu carro actual que tinha para retoma e a resposta dele foi "depois podemos ver isso", nem quis saber a marca/modelo.
No segundo (vw) foi o atendimento mais rápido até hoje, perguntei informações sobre um golf 1.9tdi confortline (3p), não me mostrou nenhum, nem sequer teve a mínima iniciativa para tal, escreveu tudo num papel e disse que me enviava a proposta por e-mail. Falei-lhe do veículo para retoma, e o procedimento foi o mesmo, anotou tudo num papel e disse que ia no mesmo e-mail, nem quis ver o carro que estava à porta do stand. Depois disto disse-me "então boa tarde". Tudo isto demorou cerca de 7 minutos (+-). Pelo menos esta proposta foi mais vantajosa (28400€) do que o mencionado pela marca no simulador.
O ano passado desloquei-me à baviera em lisboa no parque das nações para saber se estes tinham em stock algum 520d para um familiar meu que tinha tido um acidente e cujo seguro tinha dado perda total do anterior e como tal necessitava de um urgentemente. Quando entrei no stand ficou tudo a olhar para mim com ar desconfiado, só faltou mesmo a secretária telefonar para o 112 a relatar um assalto, o único que teve coragem para vir falar comigo mudou logo o estilo e a atitude quando lhe disse ao que vinha e mencionei as palavras "520" e "urgente" na mesma frase. Passado 5 minutos já me estavam a oferecer cafés e bolinhos...
A minha duvida é: É assim que as marcas em portugal treinam os seus vendedores? Eu não queria generalizar, mas todas as minhas experiências apontam nesse sentido, por favor digam-me que eu tive azar e que nem toda a gente é assim.
Eu sei que esse é o reflexo da sociedade portuguesa, que o diga a minha gestora de conta que cada vez que me manda um cartão com o "Eng." antes do nome é obrigada a anular o cartão e a emitir um com o meu nome de baptismo, mas aos poucos e poucos quem vende tem que se capacitar que aspecto não é igual a capacidade económica senão estão a perder grandes oportunidades de negócio (é o meu conselho).
Um exemplo: A minha empresa (uma gigantesca multinacional alemã) fundiu-se recentemente com outra (uma gigantesca multinacional finlandesa), uma das primeiras regras resultante da fusão: acabaram-se as gravatas e as vestimentas formais, cada um veste o que quer.
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Sou "jovem" (20~30) tenho um emprego estável no ramo das TI mas como não tenho que lidar directamente com clientes não tenho a necessidade de andar todo aperaltado e tenho um "estilo casual" (calças de ganga, barba grande e cabelo pró comprido).
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Tenho carro próprio (mesmo) e achei que estava na altura de começar uma prospecção de mercado para trocar de carro.
Desloquei-me aos stands de algumas das marcas que me interessavam (opel e vw em concreto).
No primeiro (opel), fui atendido sempre a despachar, pedi para ver um astra GTC que me foi mostrado mas sem interesse nenhum, o vendedor não disse absolutamente nada, apenas respondeu ao que eu perguntei e nem sempre, ignorando por uma ou duas vezes as minhas perguntas. Vi o carro à vontade e fomos para a mesa discutir as propostas, para um 1.3 e um 1.7cdti. Disse-lhe que estava indeciso entre ambos os motores pois não sabia se o 1.3 seria suficiente para as minhas necessidades (dando a deixa para um test-drive ou para um esclarecimento mais abrangente), mais uma vez não me respondeu, limitando-se a continuar a olhar para o computador. A única coisa que me propôs foi um GTC de serviço. Deu-me então as propostas para ambas as versões ambas com pack visibilidade e cruisecontrol e qual não foi o meu espanto quando verifico que ambas são superiores aos valores apresentados pela opel(25300 para o 1.3 e 28100 para o 1.7) no simulador da internet. De seguida falei-lhe do meu carro actual que tinha para retoma e a resposta dele foi "depois podemos ver isso", nem quis saber a marca/modelo.
No segundo (vw) foi o atendimento mais rápido até hoje, perguntei informações sobre um golf 1.9tdi confortline (3p), não me mostrou nenhum, nem sequer teve a mínima iniciativa para tal, escreveu tudo num papel e disse que me enviava a proposta por e-mail. Falei-lhe do veículo para retoma, e o procedimento foi o mesmo, anotou tudo num papel e disse que ia no mesmo e-mail, nem quis ver o carro que estava à porta do stand. Depois disto disse-me "então boa tarde". Tudo isto demorou cerca de 7 minutos (+-). Pelo menos esta proposta foi mais vantajosa (28400€) do que o mencionado pela marca no simulador.
O ano passado desloquei-me à baviera em lisboa no parque das nações para saber se estes tinham em stock algum 520d para um familiar meu que tinha tido um acidente e cujo seguro tinha dado perda total do anterior e como tal necessitava de um urgentemente. Quando entrei no stand ficou tudo a olhar para mim com ar desconfiado, só faltou mesmo a secretária telefonar para o 112 a relatar um assalto, o único que teve coragem para vir falar comigo mudou logo o estilo e a atitude quando lhe disse ao que vinha e mencionei as palavras "520" e "urgente" na mesma frase. Passado 5 minutos já me estavam a oferecer cafés e bolinhos...
A minha duvida é: É assim que as marcas em portugal treinam os seus vendedores? Eu não queria generalizar, mas todas as minhas experiências apontam nesse sentido, por favor digam-me que eu tive azar e que nem toda a gente é assim.
Eu sei que esse é o reflexo da sociedade portuguesa, que o diga a minha gestora de conta que cada vez que me manda um cartão com o "Eng." antes do nome é obrigada a anular o cartão e a emitir um com o meu nome de baptismo, mas aos poucos e poucos quem vende tem que se capacitar que aspecto não é igual a capacidade económica senão estão a perder grandes oportunidades de negócio (é o meu conselho).
Um exemplo: A minha empresa (uma gigantesca multinacional alemã) fundiu-se recentemente com outra (uma gigantesca multinacional finlandesa), uma das primeiras regras resultante da fusão: acabaram-se as gravatas e as vestimentas formais, cada um veste o que quer.
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