Líder mundial de automóveis faz 70 anos
O grupo japonês Toyota, um ex-fabricante de teares, comemora nesta terça-feira seus 50 anos, depois de ter recebido um presente antecipado de aniversário: A coroa de número um mundial em automobilismo.
Gigante industrial de sucesso esmagador; inventora de um sistema de produção conhecido como "Toyotismo" e imitado no mundo inteiro; pioneira dos motores híbridos e outras tecnologias "limpas", a Toyota continua sendo também uma empresa tipicamente japonesa que cultiva as relações de igualdade e humildade.
A Toyota foi fundada oficialmente em 28 de agosto de 1937 por Kiichiro Toyoda, herdeiro de uma família de magnatas da indústria: seu pai, Sakichi Toyoda, foi inventor do tear automático em 1924.
A família Toyoda preferiu o nome "Toyota", com a letra T, que escrita em japonês significa felicidade.
Apaixonado por automóveis, Kiichiro percorreu a Europa e os Estados Unidos para pesquisar este modo de locomoção e importar a tecnologia para o Japão.
Primeiro fundou uma divisão automobilística no seio da empresa familiar de teares, em 1933 e, quatro anos mais tarde, criou a Toyota Motor Corporation.
A família ainda está representada no conselho de administração por um vice-presidente, Akio Toyoda. A Toyota também designou este ano seu primeiro gerente estrangeiro, o americano Jim Press.
Com sede desde sua fundação em Toyota City, perto de Nagoya (centro), a Toyota é de longe a maior empresa do Japão em termos de faturamento, lucro, funcionários (286.000) e capitalização na Bolsa.
Em 2007, espera fabricar 9,42 milhões de veículos, o que confirmará o título de primeiro do mundo que roubou no primeiro trimestre de sua rival americana General Motors.
Ironicamente, a Toyota comemora ainda este ano seus 50 anos de atuação nos Estados Unidos, hoje seu primeiro mercado.
Segundo a imprensa japonesa, a Toyota prevê romper a marcar dos 10 milhões de veículos produzidos por ano em 2009, algo inédito no mundo.
O grupo atribui seu sucesso ao famoso "Toyotismo", a filosofia baseada no princípio de melhora contínua, o tratamento imediato dos problemas e a eliminação total do desperdício, que lhe custa tensas negociações com seus funcionários, criticada pelos sindicatos estrangeiros.
Criado pelo fundador Kiichiro Toyoda, constantemente melhorado por seus sucessores e adaptados com mais ou menos êxito por inúmeras empresas de todos os setores no mundo, o "método Toyota" conta com uma estratégia comercial particularmente flexível.
Esta estratégia se baseia ainda na filosofia do primeiro responsável de vendas do grupo, Shotaro Kamiya, demitido curiosamente pela General Motors em 1935, dois anos antes do nascimento da Toyota.
"Para oferecer ao consumidor uma verdadeira satisfação, devemos ser flexíveis e responder às mudanças de suas necessidades", dizia Kamiya. Outra de suas premissas era: "O cliente primeiro, a concessionária depois e, finalmente, o fabricante".
Esta cultura de empresa rigorosa, reacionária e atenta às necessidades dos usuários permitiu à Toyota criar muito antes de seus concorrentes a sede mundial de veículos "limpos" e econômicos em combustível, a chave de seu espetacular sucesso atual.
O novo campeão do mundo não renunciou por isso às virtudes japonesas de igualitarismo (os aumentos de salário são os mesmos para todos, do presidente ao operário de base) e de modéstia.
"Existe uma história sobre três dentistas: o primeiro diz que é o melhor dentista do mundo. Outro diz que é o melhor dentista do país. O terceiro diz que é o melhor dentista da cidade", declarou em março Akio Toyoda, em entrevista ao jornal econômico Nikkei.
"No final, os pacientes escolhem o melhor dentista da cidade. Eu sempre digo: vamos nos tornar o melhor fabricante de automóveis da cidade", acrescentou.
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O grupo japonês Toyota, um ex-fabricante de teares, comemora nesta terça-feira seus 50 anos, depois de ter recebido um presente antecipado de aniversário: A coroa de número um mundial em automobilismo.
Gigante industrial de sucesso esmagador; inventora de um sistema de produção conhecido como "Toyotismo" e imitado no mundo inteiro; pioneira dos motores híbridos e outras tecnologias "limpas", a Toyota continua sendo também uma empresa tipicamente japonesa que cultiva as relações de igualdade e humildade.
A Toyota foi fundada oficialmente em 28 de agosto de 1937 por Kiichiro Toyoda, herdeiro de uma família de magnatas da indústria: seu pai, Sakichi Toyoda, foi inventor do tear automático em 1924.
A família Toyoda preferiu o nome "Toyota", com a letra T, que escrita em japonês significa felicidade.
Apaixonado por automóveis, Kiichiro percorreu a Europa e os Estados Unidos para pesquisar este modo de locomoção e importar a tecnologia para o Japão.
Primeiro fundou uma divisão automobilística no seio da empresa familiar de teares, em 1933 e, quatro anos mais tarde, criou a Toyota Motor Corporation.
A família ainda está representada no conselho de administração por um vice-presidente, Akio Toyoda. A Toyota também designou este ano seu primeiro gerente estrangeiro, o americano Jim Press.
Com sede desde sua fundação em Toyota City, perto de Nagoya (centro), a Toyota é de longe a maior empresa do Japão em termos de faturamento, lucro, funcionários (286.000) e capitalização na Bolsa.
Em 2007, espera fabricar 9,42 milhões de veículos, o que confirmará o título de primeiro do mundo que roubou no primeiro trimestre de sua rival americana General Motors.
Ironicamente, a Toyota comemora ainda este ano seus 50 anos de atuação nos Estados Unidos, hoje seu primeiro mercado.
Segundo a imprensa japonesa, a Toyota prevê romper a marcar dos 10 milhões de veículos produzidos por ano em 2009, algo inédito no mundo.
O grupo atribui seu sucesso ao famoso "Toyotismo", a filosofia baseada no princípio de melhora contínua, o tratamento imediato dos problemas e a eliminação total do desperdício, que lhe custa tensas negociações com seus funcionários, criticada pelos sindicatos estrangeiros.
Criado pelo fundador Kiichiro Toyoda, constantemente melhorado por seus sucessores e adaptados com mais ou menos êxito por inúmeras empresas de todos os setores no mundo, o "método Toyota" conta com uma estratégia comercial particularmente flexível.
Esta estratégia se baseia ainda na filosofia do primeiro responsável de vendas do grupo, Shotaro Kamiya, demitido curiosamente pela General Motors em 1935, dois anos antes do nascimento da Toyota.
"Para oferecer ao consumidor uma verdadeira satisfação, devemos ser flexíveis e responder às mudanças de suas necessidades", dizia Kamiya. Outra de suas premissas era: "O cliente primeiro, a concessionária depois e, finalmente, o fabricante".
Esta cultura de empresa rigorosa, reacionária e atenta às necessidades dos usuários permitiu à Toyota criar muito antes de seus concorrentes a sede mundial de veículos "limpos" e econômicos em combustível, a chave de seu espetacular sucesso atual.
O novo campeão do mundo não renunciou por isso às virtudes japonesas de igualitarismo (os aumentos de salário são os mesmos para todos, do presidente ao operário de base) e de modéstia.
"Existe uma história sobre três dentistas: o primeiro diz que é o melhor dentista do mundo. Outro diz que é o melhor dentista do país. O terceiro diz que é o melhor dentista da cidade", declarou em março Akio Toyoda, em entrevista ao jornal econômico Nikkei.
"No final, os pacientes escolhem o melhor dentista da cidade. Eu sempre digo: vamos nos tornar o melhor fabricante de automóveis da cidade", acrescentou.
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