General Motors, Ford e Chrysler precisam urgentemente de encontrar soluções para fazer frente à crise financeira. O plano Paulson parece ser a última esperança.
Quando uma das maiores empresas do mundo lança o alerta de que pode ficar sem liquidez nos primeiros meses de 2009, caso não receba ajuda financeira, é porque a situação é bem mais grave do que se suspeitava. A General Motors (GM) obteve um prejuízo operacional de 3,29 mil milhões de euros no terceiro trimestre de 2008 e diz que precisa de ajuda. Uma situação partilhada pela Ford que registou prejuízos de 100,9 milhões. A Chrysler, apesar de não revelar resultados trimestrais, estava a apostar todas as fichas na fusão com a GM. Uma operação que para já fica adiada devido à falta de dinheiro na GM. Além do despedimento de milhares de pessoas e suspensão da produção, a única esperança dos construtores poderá ser o plano Paulson.
Depois de já terem recebido 19,6 mil milhões de euros do governo norte-americano, os responsáveis democratas no Congresso escreveram ao secretário do Tesouro Henry Paulson para que utilize o plano de ajuda ao sistema financeiro, adoptado em Outubro, para prestar “uma assistência temporária à indústria automóvel.” Este plano disponibiliza 548,6 mil milhões de euros para combater a crise e reactivar o mercado do crédito. Barack Obama já disse que quando assumir o cargo de presidente dos EUA irá “atacar de frente” a crise económica. O sucessor de Bush pediu ainda à actual administração para acelerar a ajuda ao sector automóvel, que Obama classificou como a “espinha dorsal da indústria automóvel”. Porém, até 20 de Janeiro de 2009, todas as decisões terão de passar por Bush.
GM em reestruturação
Das medidas que a GM anunciou em Julho, que tinham como “objectivo reduzir custos e melhorar a liquidez em 7,8 mil milhões de euros em 2009, muitas estão completadas e outras estão no bom caminho”, diz ao Diário Económico, fonte oficial da GM Portugal. No entanto, com o declínio do mercado e a falta de crédito, os fabricantes vêem-se obrigados a adoptar medidas adicionais. “Para alcançar liquidez em 2009 faremos novas reduções de custos estruturais na América do Norte, mas estamos a manter os planos dos produtos-chave”, diz a GM. Para minimizar o problema, a fabricante está ainda a vender activos, nomeadamente, a marca Hummer e as instalações de Estrasburgo, o deverá gerar entre 1,5 a 3,1 mil milhões de euros. Ontem, a Opel, marca da GM, pediu ajuda a Angela Merkel – 40 mil milhões de euros – para superar a actual crise. No total, estima-se que no início do próximo ano 32 mil pessoas ligadas ao sector automóvel percam os seus empregos, só nos EUA.
Acções da GM valem zero
As acções da GM não escapam aos péssimos resultados da empresa. Ontem, os títulos da construtora chegaram
a cair 30,73% depois Deutsche Bank ter cortado a avaliação das acções da companhia do sector automóvel para zero. O banco alemão não acredita na viabilidade da GM e vaticina mesmo a falência daquela que é a maior fabricante de carros
dos EUA. Neste sentido, recomenda aos investidores a “venda” das acções, avaliando cada título da companhia em zero dólares.
In Diário Económico, 11 de Novembro de 2008
Quando uma das maiores empresas do mundo lança o alerta de que pode ficar sem liquidez nos primeiros meses de 2009, caso não receba ajuda financeira, é porque a situação é bem mais grave do que se suspeitava. A General Motors (GM) obteve um prejuízo operacional de 3,29 mil milhões de euros no terceiro trimestre de 2008 e diz que precisa de ajuda. Uma situação partilhada pela Ford que registou prejuízos de 100,9 milhões. A Chrysler, apesar de não revelar resultados trimestrais, estava a apostar todas as fichas na fusão com a GM. Uma operação que para já fica adiada devido à falta de dinheiro na GM. Além do despedimento de milhares de pessoas e suspensão da produção, a única esperança dos construtores poderá ser o plano Paulson.
Depois de já terem recebido 19,6 mil milhões de euros do governo norte-americano, os responsáveis democratas no Congresso escreveram ao secretário do Tesouro Henry Paulson para que utilize o plano de ajuda ao sistema financeiro, adoptado em Outubro, para prestar “uma assistência temporária à indústria automóvel.” Este plano disponibiliza 548,6 mil milhões de euros para combater a crise e reactivar o mercado do crédito. Barack Obama já disse que quando assumir o cargo de presidente dos EUA irá “atacar de frente” a crise económica. O sucessor de Bush pediu ainda à actual administração para acelerar a ajuda ao sector automóvel, que Obama classificou como a “espinha dorsal da indústria automóvel”. Porém, até 20 de Janeiro de 2009, todas as decisões terão de passar por Bush.
GM em reestruturação
Das medidas que a GM anunciou em Julho, que tinham como “objectivo reduzir custos e melhorar a liquidez em 7,8 mil milhões de euros em 2009, muitas estão completadas e outras estão no bom caminho”, diz ao Diário Económico, fonte oficial da GM Portugal. No entanto, com o declínio do mercado e a falta de crédito, os fabricantes vêem-se obrigados a adoptar medidas adicionais. “Para alcançar liquidez em 2009 faremos novas reduções de custos estruturais na América do Norte, mas estamos a manter os planos dos produtos-chave”, diz a GM. Para minimizar o problema, a fabricante está ainda a vender activos, nomeadamente, a marca Hummer e as instalações de Estrasburgo, o deverá gerar entre 1,5 a 3,1 mil milhões de euros. Ontem, a Opel, marca da GM, pediu ajuda a Angela Merkel – 40 mil milhões de euros – para superar a actual crise. No total, estima-se que no início do próximo ano 32 mil pessoas ligadas ao sector automóvel percam os seus empregos, só nos EUA.
Acções da GM valem zero
As acções da GM não escapam aos péssimos resultados da empresa. Ontem, os títulos da construtora chegaram
a cair 30,73% depois Deutsche Bank ter cortado a avaliação das acções da companhia do sector automóvel para zero. O banco alemão não acredita na viabilidade da GM e vaticina mesmo a falência daquela que é a maior fabricante de carros
dos EUA. Neste sentido, recomenda aos investidores a “venda” das acções, avaliando cada título da companhia em zero dólares.
In Diário Económico, 11 de Novembro de 2008
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