Boa noite, numa rápida consulta pelos preços de carros novos existem certos modelos que têm o preço base muito em conta. Por exemplo um Mazda 2.0 CD custa apenas 30.000€, quando um Laguna Passat Mondeo equivalentes custam 35.000€ ou um Cruze 2.0D custa apenas 25.000€. À partida parecem automóveis normais sem grandes diferenças em relação a outros mas porque é que existe uma diferença tão grande nos preços? Será em algo que não se vê? Serão coisas importantes com segurança ou secundárias como plásticos? Se alguém tiver um conhecimento técnico destes carros era bom que partilha-se connosco. Poe exemplo uma pessoa olha para um Dacia e percebe porque é que são baratos. Mas num Mazda 6 ou num Cruze ou até num Qashqai são carros iguais aos seus concorrentes mas muito mais baratos
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Onde é que as marcas poupam na concepção?
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Originalmente Colocado por VTZ Ver PostBoa noite, numa rápida consulta pelos preços de carros novos existem certos modelos que têm o preço base muito em conta. Por exemplo um Mazda 2.0 CD custa apenas 30.000€, quando um Laguna Passat Mondeo equivalentes custam 35.000€ ou um Cruze 2.0D custa apenas 25.000€. À partida parecem automóveis normais sem grandes diferenças em relação a outros mas porque é que existe uma diferença tão grande nos preços? Será em algo que não se vê? Serão coisas importantes com segurança ou secundárias como plásticos? Se alguém tiver um conhecimento técnico destes carros era bom que partilha-se connosco. Poe exemplo uma pessoa olha para um Dacia e percebe porque é que são baratos. Mas num Mazda 6 ou num Cruze ou até num Qashqai são carros iguais aos seus concorrentes mas muito mais baratos
plasticos sao secundários: isso é conversa de quem nunca entrou num audi xD
ha muita coisa onde poupar...montadores menos qualificados, máquinas tecnologicamente menos avançadas, todo o tipo de materiais de pior qualidade, fabricas em zonas de mao de obra mais barata, etc etc
Desde o sitio onde montam a fabrica até a qualidade da tinta que usam mpara pintar há inumeras diferenças.
Umas damos valor outras não.
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Originalmente Colocado por rogerAjacto Ver PostO giro é que um Mazda é barato mas tem qualidade. Podem poupar na margem de lucro, na eficácia de produção ou na boa fase de projecto.
Ser barato não significa falta de qualidade.
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O autor do tópico parte de um princípio errado: o de que o preço do carro depende do custo de fabrico.
De facto, o preço do carro é sempre muito superior ao custo de fabrico, e é definido de forma a maximizar os ganhos da empresa, considerando o segmento de clientes a que o veículo se destina. É por isso que produtos com mais ou menos a mesma qualidade podem ter preços tão díspares.
Por exemplo, a Chevrolet sabe que não venderia muitos Cruze se o preço fosse igual ao de um Audi A4, por isso é que têm preços tão convidativos.Editado pela última vez por eu; 08 February 2010, 23:07.
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Originalmente Colocado por eu Ver PostO autor do tópico parte de um princípio errado: o de que o preço do carro depende do custo de fabrico.
De facto, o preço do carro é sempre muito superior ao custo de fabrico, e é definido de forma a maximizar os ganhos da empresa, considerando o segmento de clientes a que o veículo se destina. É por isso que produtos com mais ou menos a mesma qualidade podem ter preços tão díspares.
Por exemplo, a Chevrolet sabe que não venderia muitos Cruze se o preço fosse igual ao de um Audi A4, por isso é que têm preços tão convidativos.Editado pela última vez por VTZ; 08 February 2010, 23:18.
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Originalmente Colocado por topspeed Ver PostAs marcas poupam também na partilha de componentes entre alguns modelos, em parcerias no desenvolvimento de automoveis e motores com outras marcas...
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Originalmente Colocado por VTZ Ver PostBoa noite, numa rápida consulta pelos preços de carros novos existem certos modelos que têm o preço base muito em conta. Por exemplo um Mazda 2.0 CD custa apenas 30.000€, quando um Laguna Passat Mondeo equivalentes custam 35.000€ ou um Cruze 2.0D custa apenas 25.000€. À partida parecem automóveis normais sem grandes diferenças em relação a outros mas porque é que existe uma diferença tão grande nos preços? Será em algo que não se vê? Serão coisas importantes com segurança ou secundárias como plásticos? Se alguém tiver um conhecimento técnico destes carros era bom que partilha-se connosco. Poe exemplo uma pessoa olha para um Dacia e percebe porque é que são baratos. Mas num Mazda 6 ou num Cruze ou até num Qashqai são carros iguais aos seus concorrentes mas muito mais baratos
Geografia - localização da fábrica e o preço da mão de obra da mesma. Construir um carro na Polónia sai muito, mas muito mais barato que o construir na vizinha Alemanha, por exemplo.
Materiais - Aço normal em vez de Aço de ultra-resistência ou aluminio e é mais barato. Entre plásticos pode existir grandes diferenças de preço.
Sinergias - Desde plataformas, e não só a nivel estrutural, mas também a um nivel electrónico (actualmente desenvolver a electrónica de um automóvel é o que acarreta mais custos de desenvolvimento. conseguir partilhar os custos neste campo é fundamental). Motores, componentes, etc...
Modelos que partilham mais, em teoria devem custar menos.
Styling - A forma do carro pode determinar mais ou menores custos, dependendo das tecnologias necessárias a conseguir determinadas formas.
Seja a nivel externo como no interior.
Produção - Uma das razões para os custos de produção do Golf V serem tão altos, é que levava mais 5 ou 6 hrs a produzir uma unidade, do que o Megane, que é dos que leva menos tempo no segmento. Tudo isto, devido, basicamente à maior complexidade exigida na construção das portas, e uma das razões que levou para o avanço do Golf VI que permitiu colmatar essas falhas.
Número de peças - Se para montar um painel de uma porta são necessárias 32 peças, mas outro modelo consegue a mesma qualidade (a diversos niveis) final com metade das mesmas, em teoria, deverá ser mais barato.(ver concept C-Cactus)
E retirei a margem de lucro da equação, porque existem grandes diferenças, e à marcas que se sustentam no volume para garantir lucro, com margens de lucro muito reduzidas, e outras que conseguem taxas de rentabilidade por unidade bem superiores, à conta de carros despidos de equipamento e elevados preços nos extras.
Um exercicio interessante. Comparar o Panda e o 500 que são, ao nivel das entranhas, o mesmo carro. Custos de produção semelhantes, mas o 500 vende-se mais caro. E não só a Fiat ganha aí, como em média gastam-se €2000 em extras por unidade, o que faz do 500, o segmento A com melhor inidice de rentabilidade por unidade vendida.
Mas no topo, temos BMW e Porsche.
No caso da Porsche é mesmo só facturar. O 911 partilha 80% dos componentes com o Boxster e Cayman, apesar de ser bem mais carote e não é muito dificil impingirem-se €10000 em extras. E para mais, os 911, exceptuando algumas versões xpto como os GT3, são carros bastante comuns no que toca a materiais. São basicamente aço, ao contrário da concorrência que se virou mais para o aluminio.
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A temática do que custa realmente um carro é bastante interessante e também bastante secreta. Ninguém gosta de revelar os reais custos, ou como conseguem vender modelo X tão barato e garantir lucro.
Por outro lado, as possibilidades da tendência "low-cost" são fascinantes, conseguindo-se a mesma qualidade final por custos inferiores.
Basta ver o que está a acontecer na India, onde se aplica engenharia de topo na concepção de produtos que sejam acessiveis À (na maioria) pobre população indiana. A economia dos pobres é um fenómeno a seguir com atenção.
Pois está a dar origem a uma reinvenção dos mais variados objectos e até serviços, de modo a reduzir custos e torná-los acessiveis às camadas com menos recursos.
Um mix de muito boa engenharia, optimização de processos, margens de lucro mais reduzidas (compensadas pelo volume dos números de produção. Há mais pobres que ricos, né?), e que realmente permitem uma maior qualidade de vida, é um dos caminhos a seguir também pela industria automóvel. O Tata Nano é um óptimo exemplo dessas possibilidades e apenas uma das faces visiveis desse processo.
Saiu o mês passado um artigo sobre o tema na Courier Internacional. A ler.
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Originalmente Colocado por VTZ Ver PostBoa noite, numa rápida consulta pelos preços de carros novos existem certos modelos que têm o preço base muito em conta. Por exemplo um Mazda 2.0 CD custa apenas 30.000€, quando um Laguna Passat Mondeo equivalentes custam 35.000€ ou um Cruze 2.0D custa apenas 25.000€. À partida parecem automóveis normais sem grandes diferenças em relação a outros mas porque é que existe uma diferença tão grande nos preços? Será em algo que não se vê? Serão coisas importantes com segurança ou secundárias como plásticos? Se alguém tiver um conhecimento técnico destes carros era bom que partilha-se connosco. Poe exemplo uma pessoa olha para um Dacia e percebe porque é que são baratos. Mas num Mazda 6 ou num Cruze ou até num Qashqai são carros iguais aos seus concorrentes mas muito mais baratos
E ainda há o serviço pós-venda. Há marcas que disponibilizam serviços aos clientes que saem caros às marcas. É óbvio que isso depois acaba por influenciar o preço do carro.
A isto claro está, podemos depois juntar a qualidade dos materiais utilizados, o nível de formação dos supervisores das montagens dos carros, o custo da mao de obra do país onde o carro é produzido, etc...
Existem montes de factores que podem levar a essa diferença de preços. O que é importante é as pessoas perceberem que se aquela diferença de preço existe por algum motivo é. E essa filosofia do 'as marcas premium roubam-nos' acho que é errada. Sempre ouvi dizer que ninguém dá nada a ninguém, e como tál essas marcas mais baratas não estão a dar nada a ninguém nem as mais caras estão a tirar. Cada uma tem um preço ajustado ao seu nível.
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Originalmente Colocado por crash Ver PostRetirando da equação margens de lucro....
Geografia - localização da fábrica e o preço da mão de obra da mesma. Construir um carro na Polónia sai muito, mas muito mais barato que o construir na vizinha Alemanha, por exemplo.
Materiais - Aço normal em vez de Aço de ultra-resistência ou aluminio e é mais barato. Entre plásticos pode existir grandes diferenças de preço.
Sinergias - Desde plataformas, e não só a nivel estrutural, mas também a um nivel electrónico (actualmente desenvolver a electrónica de um automóvel é o que acarreta mais custos de desenvolvimento. conseguir partilhar os custos neste campo é fundamental). Motores, componentes, etc...
Modelos que partilham mais, em teoria devem custar menos.
Styling - A forma do carro pode determinar mais ou menores custos, dependendo das tecnologias necessárias a conseguir determinadas formas.
Seja a nivel externo como no interior.
Produção - Uma das razões para os custos de produção do Golf V serem tão altos, é que levava mais 5 ou 6 hrs a produzir uma unidade, do que o Megane, que é dos que leva menos tempo no segmento. Tudo isto, devido, basicamente à maior complexidade exigida na construção das portas, e uma das razões que levou para o avanço do Golf VI que permitiu colmatar essas falhas.
Número de peças - Se para montar um painel de uma porta são necessárias 32 peças, mas outro modelo consegue a mesma qualidade (a diversos niveis) final com metade das mesmas, em teoria, deverá ser mais barato.(ver concept C-Cactus)
E retirei a margem de lucro da equação, porque existem grandes diferenças, e à marcas que se sustentam no volume para garantir lucro, com margens de lucro muito reduzidas, e outras que conseguem taxas de rentabilidade por unidade bem superiores, à conta de carros despidos de equipamento e elevados preços nos extras.
Um exercicio interessante. Comparar o Panda e o 500 que são, ao nivel das entranhas, o mesmo carro. Custos de produção semelhantes, mas o 500 vende-se mais caro. E não só a Fiat ganha aí, como em média gastam-se €2000 em extras por unidade, o que faz do 500, o segmento A com melhor inidice de rentabilidade por unidade vendida.
Mas no topo, temos BMW e Porsche.
No caso da Porsche é mesmo só facturar. O 911 partilha 80% dos componentes com o Boxster e Cayman, apesar de ser bem mais carote e não é muito dificil impingirem-se €10000 em extras. E para mais, os 911, exceptuando algumas versões xpto como os GT3, são carros bastante comuns no que toca a materiais. São basicamente aço, ao contrário da concorrência que se virou mais para o aluminio.
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A temática do que custa realmente um carro é bastante interessante e também bastante secreta. Ninguém gosta de revelar os reais custos, ou como conseguem vender modelo X tão barato e garantir lucro.
Por outro lado, as possibilidades da tendência "low-cost" são fascinantes, conseguindo-se a mesma qualidade final por custos inferiores.
Basta ver o que está a acontecer na India, onde se aplica engenharia de topo na concepção de produtos que sejam acessiveis À (na maioria) pobre população indiana. A economia dos pobres é um fenómeno a seguir com atenção.
Pois está a dar origem a uma reinvenção dos mais variados objectos e até serviços, de modo a reduzir custos e torná-los acessiveis às camadas com menos recursos.
Um mix de muito boa engenharia, optimização de processos, margens de lucro mais reduzidas (compensadas pelo volume dos números de produção. Há mais pobres que ricos, né?), e que realmente permitem uma maior qualidade de vida, é um dos caminhos a seguir também pela industria automóvel. O Tata Nano é um óptimo exemplo dessas possibilidades e apenas uma das faces visiveis desse processo.
Saiu o mês passado um artigo sobre o tema na Courier Internacional. A ler.
está aqui tudo
gabo-te a paciência de escrever textos tão longos
cumprimentos
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Originalmente Colocado por VTZ Ver PostO pessoal compra? Vê-se... Praticamente todos os fabricantes em crise...
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Originalmente Colocado por VTZ Ver PostIsso sinceramente significa zero, basta ver que um Megane Focus 308 Astra C4 partilham motores com outras marcas e não é por isso são mais baratos que um Golf, p.e.
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O post do Crash diz tudo.
Só gostava de dizer o seguinte:
Chevrolet Cruze LT 2.0VCDI 150cvs
Mini One 1.4 75cvs
Tem sensivelmente o mesmo custo antes de impostos ~12000
São 2 automóveis completamente diferentes, em tudo
E depois os PVP em Portugal não têm nada a ver: 17600 do Mini vs 25000 do Cruze
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