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Somos mais "apreciadores" ou apenas mais tendenciosos nas marcas?

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    Somos mais "apreciadores" ou apenas mais tendenciosos nas marcas?

    Esta pergunta vem na sequencia de mais uma viagem de férias à Suiça, onde reina uma mentalidade substancialmente diferente da nossa a nivel de tudo o que tem haver com mundo automovel, desde condução, segurança, civismo, policiamento, vias,...é só escolher.

    E por falar em escolhas, andei durante cerca de uma semana a ver alguns hipotéticos negocios de Stations segmento D para um familiar meu com 30 e tal anos e 2 filhos.
    Ele já tinha reunido algumas opções e que passavam pela nova Serie 5, V70, Insignia sports tourer, Superb break...
    E eu, solicito, lá fui com ele fazer alguns testes e visitas a concessionários das marcas. No entanto, pensava para mim, que qualquer "tuga" que se prezasse já estaria a pensar no momento "mas então este gajo coloca a hipótese de uma Skoda ou um Opel no mesmo saco que um BM ou Volvo?"
    Saliento, sem querer entrar em valores exactos de preços, que haviam diferenças significativas e naturais de preços entre os modelos em questão, sendo todos eles seguramente 10M euros mais baixos que em Portugal. No entanto, o preço nao era factor decisivo ou limitativo até pq estamos cansados de saber que a taxa de esforço de um português para adquirir uma viatura nova é significativamente maior que em qualquer outro cidadão da comunidade, por varias razões desde salarios medios, preço final do veiculo, impostos...

    Não vou dizer em qual "carrinha" recaiu a escolha para não dar azo aos habituais comentarios hiper ou desvalorizativos mas digamos que fiquei mais uma vez admirado em como se pode passar ao lado de aspectos que nós, tugas, damos tanta importancia e como se podem ter atenção a pormenores que provavelmente qualquer um de nós nem equacionava se estivesse comprador de uma viatura dessas no "nosso cantinho"...

    Será que somos mais apreciadores do que é "bom"? Somos mais emotivos e menos "frios" e logo valorizamos mais aspectos como design em detrimento de função ou dinamica em detrimento de custos, por exemplo?

    Realço ainda que estou a falar de um país, Suiça, onde fica quase pelo mesmo preço uma mensalidade de um Iphone em relação a um samsung I8000 enquanto cá damos o "c# e 3 tostões" para um Apple ou onde é preciso o Governo (Cantão) andar a aliciar os jovens a estudarem medicina quando cá os alunos se desunham para uma vaga...

    Que teem a dizer disto?

    #2
    Mistura-se muita coisa nesse post, desde valores individuais e valores comunitários como a cidadania, respeito pelo próximo, gosto/estética, imagem de marca. E até aptidões profissionais, impostos, educação, etc e tal.

    Indo ao âmago, que penso ser a "cagança" dos portugueses vs a racionalidade dos povos da europa central e do norte, penso que apesar de possuirmos características diferenciadas (mas comuns à generalidade dos países mediterrânicos) e voltando aos carros, as diferenças emotivas que podem levar à decisão de comprar determinada viatura encontra-se inscrita no dna das marcas e dos modelos.
    Ou seja, por exemplo, a Bmw ou a Mercedes possuem uma imagem de marca que, inegavelmente, vendem, em todo o Mundo, uma quantidade de carros, idependentemente do seu valor ou relação preço/qualidade. Aliás, o maior asset dessas empresas é mesmo a marca que, per si, vende muitas unidades e confere mais-valia aos produtos...

    Agora se os tugas são ou não mais influenciados que os restantes povos por este "sentimento" que emana das premium...

    Comentário


      #3
      Eu não hesito em responder que somos um povo consumidor de automóveis bastante tendencioso, no que respeita à hora de escolher a viatura.

      É óbvio que existem excepções entre todos nós, mas apenas a título de exemplo, é vulgarissimo encontrar neste forum N demonstrações de "tendenciosismo" ou facciosismo (nova palavra que criei agora ) face a determinadas marcas e modelos, ao mesmo tempo que existem N demonstrações de anti-marcas ou anti-modelos.

      Determinadas marcas e modelos de determinados países reinam no subconsciente de cada um, quando calha a vez de dar opinioes.

      Comentário


        #4
        Os povos do sul da Europa ligam mais ao aspecto, marca e sendo nós o mais a sul...

        Se fossemos racionais pelo preço das viaturas em PT, andava tudo de Dacia Duster nos Suv, Cruz no Segmento C, Logan nas Sw e por aí.

        Comentário


          #5
          Penso que realmente um factor importante é a tal cangança referida pelo Neoalfa. Parafraseando o ditado, em Portugal, "à mulher de César não é preciso sê-la, basta parece-la".

          De resto, tudo o mais, o sermos um povo mediterrânico, mais emotivo do que racional, o tal "mostrar", a inveja, o status. Embora possamos ir por uma perspectiva mais positiva; quem não gosta de coisas boas, com qualidade superior, design...

          Isto tudo sem deixar de reconhecer que há marcas realmente melhores que outras. Um BMW ou um Mercedes têm realmente mais qualidade(s) que um Dacia, não deixando ambos de cumprir o mesmo fim. Também podemos comprar um frigorífico Electric.Co ou um Siemens. Apesar de tudo, há diferenças.

          E, como também já foi dito, a BMW e a Mercedes vendem a sua marca em todo o mundo com sucesso.

          Posto isto, reconheço que também gosto de marcas, e, provavelmente, postas as opções indicadas, e não sendo o preço um problema, iria para o BMW ou o Mercedes.

          Comentário


            #6
            Não generalizem. A cagança existe em todo o lado. O problema é que nós portugueses, somos os pelintras da Europa e não temos nada ao preço dos outros, que por acaso até ganham mais que nós.

            Agora, porque é que eu com 40 mil euros sou obrigado a comprar um Dacia? Então se eu gosto de carros com qualidade não posso preferir um BMW? ( estou a dar exemplos ).

            Outro exemplo. Uma pessoa que só precise do carro 2x por semana. Se for uma pessoa que não aprecie muito carros, pode comprar um Citroen AX. É um pensamento correcto, se não gosta muito e se só precisa do carro dois dias por semana para quê gastar muito?
            Mas também temos a outra face da moeda. Só preciso do carro 2x por semana, e como adoro carros, vou meter-me num Ferrari. Ando pouco de carro mas quando ando gosto de andar numa bomba. Que mal há nisso?
            Para mim os dois pensamentos estão correctos, depende só do ponto de vista.

            Comentário


              #7
              Esse meu familiar é suiço de nascimento/nacionalidade pelo que apercebi-me de varias diferenças entre ele/esposa/amigos tb suiços e os meus restantes familiares (tios) portugueses emigrantes. E acreditem que é bem evidente a diferença de mentalidades. O pessoal que foi de Portugal tem uma visão agarrada à marca (marca boa VS marca que não vale nada) em oposição com a opinião deles, que é realmente mais fleumática, calculista e racional. é claro que estou a dar apenas um exemplo e não quero com isto generalizar para toda a população mas nao deixa de ser curioso que, com um nivel de vida invejavel e uma saude financeira inquestionavel do país, se vejam nas estradas tantos carros/marcas/modelos que por cá seriam olhados de soslaio ou menosprezo.

              Cá em Portugal certamente estariam todos a dizer-lhe que "quem tem dinheiro para uma S5 não olha sequer para uma Superb!".

              Comentário


                #8
                Nós, latinos, temos predominância em escolher com o coração, com romantismo.
                A racionalidade normalmente fica em segundo plano.

                A cagança existe, mas penso que em todo o lado, apesar de que acredito que talvez tenhamos (latinos no geral) alguma dose extra.

                Eu até acho que o panorama automóvel reflecte isso mesmo.

                Comentário


                  #9
                  Eu acho que em Portugal as pessoas gostam de carros e compram bons carros.

                  Que talvez se exagere um bocadinho no peso dos gastos em carros face ao total do orçamento familiar é possivel, mas parece-me que a principal razão que justifica termos um parque automóvel relativamente inflacionado para o nosso nivel de vida, é mesmo os carros de serviço.

                  Quase todas as pessoas que conheço que têm carros de serviço, se tivessem que comprar carro não comprariam um carro tão caro.

                  Agora que há uma imensidade de coisas para fazer, ao dinheiro nomeadamente lazer, em alternativa aos carros também é verdade. Fazer férias, viajar, ir a concertos, teatro, cinema, espetáculos, ler, jantar fora, etc. são tudo coisas em que talvez devessemos gastar mais.

                  Comentário


                    #10
                    Preços Suíça
                    • Skoda Superb Break - desde 36'900 CHF (€26.173,28) até 48'800 CHF (€34.613,98)

                    • BMW Série 5 Sedan* - desde 62'200 CHF (€44.118,64) até 105'900 CHF (€75.115,18)


                    * (no site da BMW.ch não há preços da Touring)

                    Mas OBVIAMENTE que uma pessoa a ponderar compra de carro, tem um orçamento com limite inferior e superior tão vastos que, mete no mesmo saco carros com valores tão díspares entre si, ao ponto de o limite inferior de um estar €10.000 acima do limite superior do outro.

                    Das duas uma: ou não sabe os preços ou...

                    ...é um verdadeiro artista português nascido no eficiente solo suíço

                    Mas claro, como os suíços são "ricos", podem cometer estas loucuras de ponderar gastar um valor ou o dobro desse valor, com a maior das facilidades.

                    Aliás isso é do mais racional possível (os suíços são muito racionais, dizem...), comprovando a reconhecida "eficiência suíça".

                    Bela estória, bela estória

                    P.S. O português médio também pondera entre o Astra 1.3 CDTI Caravan e o Q5 3.0 TDI, mas como tem muita cangança e liga muito ao status, escolhe o Astra
                    Editado pela última vez por Andre; 07 May 2010, 18:44.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por Andre Ver Post
                      • Skoda Superb Break - desde 36'900 CHF (€26.173,28) até 48'800 CHF (€34.613,98)
                      • BMW Série 5 Sedan* - desde 62'200 CHF (€44.118,64) até 105'900 CHF (€75.115,18)
                      * (no site da BMW.ch não há preços da Touring)

                      Mas OBVIAMENTE que uma pessoa a ponderar compra de carro, tem um orçamento com limite inferior e superior tão vastos que, mete no mesmo saco carros com valores tão díspares entre si, ao ponto de o limite inferior de um estar €10.000 acima do limite superior do outro.

                      Das duas uma: ou não sabe os preços ou...

                      ...é um verdadeiro artista português nascido no eficiente solo suíço

                      Mas claro, como os suíços são "ricos", podem cometer estas loucuras de ponderar gastar um valor ou o dobro desse valor, com a maior das facilidades.

                      Aliás isso é do mais racional possível (os suíços são muito racionais, dizem...), comprovando a reconhecida "eficiência suíça".

                      Bela estória, bela estória

                      P.S. O português médio também pondera entre o Astra 1.3 CDTI Caravan e o Q5 3.0 TDI, mas como tem muita cangança e liga muito ao status, escolhe o Astra

                      Engraçado que tendo referido que o preço nao era factor decisivo na compra teres vindo a correr colocar os preços tao dispares, mto tugamente falando...mais uma vez o preço tolhe-nos á partida todo o raciocinio logico. Se para ti esse aspecto faz toda a diferença...para eles, aparentemente não. Onde está a duvida?
                      A minha admiração parte pelo facto de nao terem colocado a opção em termos de: "tenho 80M CHF, qual o melhor carro possivel para esse preço?", que é algo que vemos vulgarmente perguntar-se por cá. Lá foi mais, "tenho 3 miudos, tenho que fazer reboque de um determinado peso, melhor garantia de fabrica possivel e impossibilidade de comprar TT/SUV por imposição legal".

                      Depois o exemplo que dás, ainda que de intuito meramente ironico e depreciativo nao tem nada haver, dado que as opções referidas cumprem determinados requesitos e se assemelham, ao contrario do Astra e do Q5 que nada teem em comum. Ah, e por analogia, encontras em novo um Astra 1.3 que custe meramente metade de um Q5 3.0?
                      Editado pela última vez por manucas; 07 May 2010, 19:34.

                      Comentário


                        #12
                        País pobre?

                        Acho que resume tudo.

                        Quando se nasce com toda a gente á nossa volta a se achar pobre, ter qualquer coisa que não seja considerada de pobre é sinal de sucesso na vida, na nossa cabeça funciona assim.

                        Se toda a nossa vida tivessemos a consciencia que era normal termos determinado carro, quando o tivessemos não nos iamos achar mais que os outros.

                        Por outras palavras é um comportamento tipico de novo rico (cada um à sua escala).

                        A semana passada vi o D. Duarte a conduzir um Polo 1.2

                        Quando se é pobre é dificil fugir da comprar emocional.

                        Já o conceito marca ainda têm outro problema, ignorancia, é bom haver uma hierarquia de marcas para quem não tem conhecimentos para julgar o produto, poder fazer a sua escolha.

                        Comentário


                          #13
                          Eu não censuro quem compra BM, pela marca e prestígio nem quem compra um Dacia, pelo baixo preço ou por não ligar minimamente a marcas.

                          O que interessa é que cada um compre aquilo que melhor se adequa à sua personalidade ou necessidades. Ainda bem que não somos todos iguais.

                          Comentário


                            #14
                            acho que se está afugir outra vez para a historia-chavao de que o "inteligente" nao liga á marca e o "novo-rico burgês" liga. Nao é esse o intuito da minha questáo.
                            A questao é: se nao houver a contigencia de dinheiro, se houver objectivos bem estabelecidos e havendo varias marcas em cima da mesa, seriamos nós capazes de olhar apenas para aquilo que pretendemos sem nos desviarmos um milimetro e pensar, em determinada fase, "bolas, afinal é sempre um BM...ou um Volvo".

                            E por isso tb os exemplos do iphone, do curso de medicina. para nós exemplos de algo desejavel e para outros talvez menos...Claro que 1 suiço certamente saberá que existem diferenças obvias entre um Classe E, um Serie 5 e uma Superb, por exemplo.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Andre Ver Post
                              • Skoda Superb Break - desde 36'900 CHF (€26.173,28) até 48'800 CHF (€34.613,98)

                              • BMW Série 5 Sedan* - desde 62'200 CHF (€44.118,64) até 105'900 CHF (€75.115,18)


                              * (no site da BMW.ch não há preços da Touring)

                              Mas OBVIAMENTE que uma pessoa a ponderar compra de carro, tem um orçamento com limite inferior e superior tão vastos que, mete no mesmo saco carros com valores tão díspares entre si, ao ponto de o limite inferior de um estar €10.000 acima do limite superior do outro.

                              Das duas uma: ou não sabe os preços ou...

                              ...é um verdadeiro artista português nascido no eficiente solo suíço

                              Mas claro, como os suíços são "ricos", podem cometer estas loucuras de ponderar gastar um valor ou o dobro desse valor, com a maior das facilidades.

                              Aliás isso é do mais racional possível (os suíços são muito racionais, dizem...), comprovando a reconhecida "eficiência suíça".

                              Bela estória, bela estória

                              P.S. O português médio também pondera entre o Astra 1.3 CDTI Caravan e o Q5 3.0 TDI, mas como tem muita cangança e liga muito ao status, escolhe o Astra
                              Que deselegância

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por manucas Ver Post
                                ...

                                Que têm a dizer disto?
                                Nós por cá temos um problema sério de auto confiança no consumo, sendo certo que compramos quase tudo o que os outros vejam, ou saibam que temos, em função da opinião que nós antecipamos que os outros, por verem o que comprámos ou iremos comprar, irão ter de nós pela escolha feita...

                                Confuso? Nem por isso... Falta-nos muita maturidade no consumo e, por isso, compramos frequentemente mais por causa dos outros do que por nossa causa...

                                Daí até ao sobre endividamento e ao défice galopante de todo um país vai um click...

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por manucas Ver Post
                                  acho que se está afugir outra vez para a historia-chavao de que o "inteligente" nao liga á marca e o "novo-rico burgês" liga. Nao é esse o intuito da minha questáo.
                                  A questao é: se nao houver a contigencia de dinheiro, se houver objectivos bem estabelecidos e havendo varias marcas em cima da mesa, seriamos nós capazes de olhar apenas para aquilo que pretendemos sem nos desviarmos um milimetro e pensar, em determinada fase, "bolas, afinal é sempre um BM...ou um Volvo".

                                  E por isso tb os exemplos do iphone, do curso de medicina. para nós exemplos de algo desejavel e para outros talvez menos...Claro que 1 suiço certamente saberá que existem diferenças obvias entre um Classe E, um Serie 5 e uma Superb, por exemplo.
                                  Eu não ! para mim as marcas são importantes. Com isto não quero dizer que só compre carros ou outras coisas de marcas premium ou de prestigio, mas associo um conjunto de valores à generalidade das marcas.

                                  Assim dependendo do quão importantes sejam as coisas para mim, há casos em que as marcas são um ponto importante na decisão. Ainda recentemente comprei um GPS e queria que fosse TomTom porque tenho a convicção que tem um interface fácil e acho isso uma mais valia importante.

                                  Eu não tenho um BMW mas gostava de ter e acho que lhe daria o valor e o disfrutaria na sua plenitude. Agora acho que isso não se passa com todos os proprietários de BMWs e julgo que talvez seja aí que queres chegar.

                                  No fundo, neste exemplo, uma das características intrínsecas da marca é o comportamento dinâmico de qualidade o que o torna um produto bastante dirigido a quem gosta de conduzir, tendo depois vários tamanhos e formatos consoante as necessidades de cada um. A verdade é que muitos proprietários de BMW (como de outras marcas) não acham graça nenhuma a conduzir e compram-nos porque são uma marca de prestigio, qualidade e valorizada depois na hora de vender.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                                    Os povos do sul da Europa ligam mais ao aspecto, marca e sendo nós o mais a sul...

                                    Se fossemos racionais pelo preço das viaturas em PT, andava tudo de Dacia Duster nos Suv, Cruz no Segmento C, Logan nas Sw e por aí.
                                    Pode fechar!!!

                                    Falando um pouco também da Suíça. Existem muitos parques de estacionamento de edifícios onde estão os escritórios financeiros que têm mais Porsches, Ferrari's, etc. do que o resto das outras marcas ditas "normais".

                                    O suíço normal não tem 80K CHF para gastar num carro porque paga 2 ou 3 K CHF de renda de casa, mais 3 K CHF de infantário para os 2 filhos e depois não dispensa todos os fins de semana ir à neve (40/50 CHF por pessoa de forfait, mais 30 CHF de almoço por pessoa). Além que é preciso conhecer outros países, ir à praia, etc.

                                    Por isso é que se vê no global (sem contar com as pessoas mesmo ricas que essas é ferrari, lambo, etc.) carros melhores em PT. Pagamos pouco de casa, mal passamos férias e os filhos dão pouca despesa!

                                    Edit: Não esquecer os custos de manutenção... Um colega meu foi à Fiat e o orçamento era 200 CHF / hora (cerca de 140€/h), por isso façam a comparação!
                                    Editado pela última vez por air; 07 May 2010, 21:50.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por manucas Ver Post
                                      A questao é: se nao houver a contigencia de dinheiro, se houver objectivos bem estabelecidos e havendo varias marcas em cima da mesa, seriamos nós capazes de olhar apenas para aquilo que pretendemos sem nos desviarmos um milimetro e pensar, em determinada fase, "bolas, afinal é sempre um BM...ou um Volvo".
                                      Não vou generalizar uma resposta para a população portuguesa, embora tenha uma opinião relativamente a ela.
                                      Quanto a mim, seria perfeitamente capaz de fazê-lo, mas não nego que ficaria sempre com certas marcas/modelos presentes na cabeça, até porque a escolha final não iria ser, inevitavelmente, a melhor em todos os parâmetros. Sê-lo-ia naqueles que eu valorizaria, no entanto, nos restantes deixaria sempre aquele espacinho para pensar "será que eu não devia ter escolhido aquela marca?"* Nestes casos a escolha pode ser racional do ponto de vista que nos interessa, mas também pode não ser racional por não contemplar o melhor produto na sua globalidade.

                                      (* estou a colocar esta questão em torno dos premium e dos generalistas)

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por manucas Ver Post
                                        A questao é: se nao houver a contigencia de dinheiro, se houver objectivos bem estabelecidos e havendo varias marcas em cima da mesa, seriamos nós capazes de olhar apenas para aquilo que pretendemos sem nos desviarmos um milimetro e pensar, em determinada fase, "bolas, afinal é sempre um BM...ou um Volvo".
                                        Uns sim, outros não. Isso acontece, não só com os carros mas com todos os produtos à venda.

                                        Não percebo esta implicância com as escolhas dos outros.

                                        Comentário


                                          #21
                                          na minha opinião acho que os portugueses gostam de coisas que pela marca sejam identificadas como produtos de qualidade,quer seja em carros ou em outra coisa qualquer,a tal frase "comprar para mostrar ao vizinho" muitas vezes não passa de alguma dor de cotovelo de quem não pode ter e assim justifica o facto de os outros terem,ou seja a inveja faz os outros criticarem.
                                          ou seja muitas vezes a tal "cagança" é acompanhada por um sentimento pouco nobre que é a inveja dos outros

                                          Comentário


                                            #22
                                            Não percebo a questão.

                                            Na prática estás a dizer que, se não houvesse o problema do dinheiro, havia ainda assim quem andasse num Dacia ou num Corsa?

                                            Eu andava num Ferrari, Maserati ou Aston Martin. Se isso é cagança, paixão ou o que quer que seja, eu acho que é bom gosto.

                                            Comentário


                                              #23
                                              isso dos suiços serem super racionais e os povos do sul mais versados na "cagança" é um tanto mito.

                                              que racionalidade tem ter um ferrari/lambo/aston/etc que só anda metade do ano e que tem de ir aos pais ao lado para poder andar?

                                              na suça, tal como cá quem tem dinheiro e gosta...compra

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                                Uns sim, outros não. Isso acontece, não só com os carros mas com todos os produtos à venda.

                                                Não percebo esta implicância com as escolhas dos outros.
                                                Implicancia eu, eu??:-)
                                                Só se fôr na tua cabeça. Aliás realcei no post inicial que acompanhei os test drives, as visitas e o negócio mas a pedido da pessoa em questão. Dei a minha opinião no final mas nunca no sentido de pretender influenciar a escolha. A escolha foi da família.

                                                Originalmente Colocado por GT4Pro Ver Post
                                                Não percebo a questão.

                                                Na prática estás a dizer que, se não houvesse o problema do dinheiro, havia ainda assim quem andasse num Dacia ou num Corsa?

                                                Eu andava num Ferrari, Maserati ou Aston Martin. Se isso é cagança, paixão ou o que quer que seja, eu acho que é bom gosto.
                                                Lá està, chegas ao cerne da questão. Mas o bom gosto para ti pode ser um tremendo disparate para outra pessoa com a mesma capacidade financeira, em outro local. De que forma sabemos se é pessoal, ou é cultural, social? Percebes a questão? Afinal não é o Belmiro que se gaba que tem e anda no mesmo carro há 12 anos? De que forma é show-off para jornalista ver ou é característica rara no nosso país?

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por manucas Ver Post
                                                  Implicancia eu, eu??:-)
                                                  Só se fôr na tua cabeça.
                                                  Não me estava a referir a ti em particular, estava a generalizar...

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Os Portugueses têm algumas prioridades, e muito possivelmente o carro deve vir logo a seguir à casa (própria), se esquecermos a alimentação.

                                                    Há Países que por diversos motivos (que até podem incluir o clima) dão mais valor a outras coisas, algumas delas que se têm de usufruir dentro de casa.

                                                    Depois existem diversas formas de se olhar para qualquer produto, incluindo um automóvel.
                                                    Para quem só quer um meio de transporte para si e para a família, podem passar ao lado diversas características. Para quem gosta do automóvel pelo que ele transmite, prefere talvez cortar no espaço interior, na suspensão macia, nos espaços de arrumação...(...)...e escolher algo mais específico.

                                                    Mas isto aplica-se a diversas áreas de produtos.
                                                    Eu nunca necessitei de ter um computador topo de gama. Valorizo algumas marcas nos computadores pelas garantias que me oferecem (particularmente nos portáteis), não tanto pelo desempenho puro.

                                                    Da mesma forma, nos automóveis cada marca transmite-nos uma determinada imagem. Os Franceses estão aliados ao conforto, os Italianos ao design/desempenho, os Alemães à sobriedade e robustez, os Japoneses à fiabilidade, os Volvo eram os "tanques" de segurança, etc.
                                                    Estas imagens até podem ser erradas em alguns casos específicos, mas falando globalmente têm alguns motivos objectivos como base.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      O português dá valor ao carro que compra porque normalmente é um grande investimento que faz e portanto não pode trocar de carro tantas vezes como os habitantes de outros países mais ricos.

                                                      Se um carro normal (tipo Civic ou Corolla) me custasse 6 meses de ordenado também eu não ligava muito ao que comprava.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Então eu faço esta pergunta.

                                                        Porquê que a bmw/mercedes vendem muito a nível global?

                                                        Os humanos são todos cagões?

                                                        O mercado não é só portugal.

                                                        E estás a dar um exemplo, tal como podíamos falar (apenas como exemplo), na escolha do Pé Leve (foi o que me veio á cabeça).

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por v7 Ver Post
                                                          Eu não tenho um BMW mas gostava de ter e acho que lhe daria o valor e o disfrutaria na sua plenitude. Agora acho que isso não se passa com todos os proprietários de BMWs e julgo que talvez seja aí que queres chegar.

                                                          No fundo, neste exemplo, uma das características intrínsecas da marca é o comportamento dinâmico de qualidade o que o torna um produto bastante dirigido a quem gosta de conduzir, tendo depois vários tamanhos e formatos consoante as necessidades de cada um. A verdade é que muitos proprietários de BMW (como de outras marcas) não acham graça nenhuma a conduzir e compram-nos porque são uma marca de prestigio, qualidade e valorizada depois na hora de vender.
                                                          Se o proprietário do carro efectivamente utiliza essas características extra do BMW ou não, é irrelevante e acessório.

                                                          Em analogia, isso seria o mesmo que um indivíduo que compra um bom televisor ter de saber apreciar as diferenças técnicas do produto que comprou, ou o comprador de um sistema de som ser um músico ou audiófilo.
                                                          Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

                                                          A imagem das marcas é também fruto dos produtos que lançam ao longo de anos (décadas em muitos casos), e criar uma imagem de marca forte demora imenso tempo.

                                                          Muitas pessoas compram o BMW (ou outro) pela simples noção de ser uma marca com qualidade, e a verdade é que dificilmente se engana nesta análise, mesmo que seja para conduzir à "avôzinho".

                                                          Um Kia até poderia ser mais do que suficiente para esse mesmo cliente, mas o carro tem a mesma qualidade?
                                                          Claro que não!

                                                          Até pode (no limite e hipoteticamente) ser mais fiável e um melhor value for money, mas a qualidade global não tem qualquer dúvida.

                                                          Isto depois aplica-se a um carro, um tv, um par de sapatos ou uma garrafa de vinho.
                                                          O que varia aqui é que eu posso privilegiar a importância dos sapatos face ao vinho.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por rca33 Ver Post
                                                            Os Portugueses têm algumas prioridades, e muito possivelmente o carro deve vir logo a seguir à casa (própria), se esquecermos a alimentação.

                                                            Há Países que por diversos motivos (que até podem incluir o clima) dão mais valor a outras coisas, algumas delas que se têm de usufruir dentro de casa.

                                                            Depois existem diversas formas de se olhar para qualquer produto, incluindo um automóvel.
                                                            Para quem só quer um meio de transporte para si e para a família, podem passar ao lado diversas características. Para quem gosta do automóvel pelo que ele transmite, prefere talvez cortar no espaço interior, na suspensão macia, nos espaços de arrumação...(...)...e escolher algo mais específico.

                                                            Mas isto aplica-se a diversas áreas de produtos.
                                                            Eu nunca necessitei de ter um computador topo de gama. Valorizo algumas marcas nos computadores pelas garantias que me oferecem (particularmente nos portáteis), não tanto pelo desempenho puro.

                                                            Da mesma forma, nos automóveis cada marca transmite-nos uma determinada imagem. Os Franceses estão aliados ao conforto, os Italianos ao design/desempenho, os Alemães à sobriedade e robustez, os Japoneses à fiabilidade, os Volvo eram os "tanques" de segurança, etc.
                                                            Estas imagens até podem ser erradas em alguns casos específicos, mas falando globalmente têm alguns motivos objectivos como base.
                                                            Concordo na integra com o que dizes. De facto, e apesar das marcas terem uma conotação e valorização diferente de país para país (ainda me lembro da fase em que tudo que fosse inglês nomeadamente Rover era visto ca em Portugal como premium ou de VW ser uma marca perfeitamente generalista nos países nórdicos e cá ter uma conotação diferente) acho que BM e Mercedes não são vistas de forma mt diferente, seja onde fôr.

                                                            A grande diferença e o que me surpreende é que, sem querer ser adivinho, ponho as minhas mãos no fogo em que, um comprador português comum na casa dos 20-40 anos, com um tecto financeiro de 55M euros, se lhe fosse dados objectivos definidos daquilo que se pretendia do veículo a comprar, talvez 90% dos compradores escolhessem o mais possível próximo do limite max do valor disponível. Aliás alguns diriam certamente " por mais 5M eu escolhia era..." o que diz bem da nossa mentalidade.
                                                            Focares-te no que pretendes, não te desviares disso e usar apenas 60% do valor disponível não seria para a globalidade de nós, latinos.

                                                            Comentário

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