Evolução automóvel: estaremos ainda longe dos limites?

[LinoMarques]

Bom dia a todos!

Diariamente somos bombareados com informação deste tipo: "o carro X passou a fazer menos 0,3 s dos 0-100"; "O carro Y tem agora mais 20 CV e consome 15% menos".

Mas, afinal, os "melhoramentos" são finitos, não podem prolongar-se ad aeternum! Haverá uma altura em que já não é possível fabricar carros mais rápidos, ecológicos, seguros, económicos, etc.

A pergunta é: estaremos ainda longe dessa "estagnação" ou ainda há muito potencial para melhoramentos? Será que daqui a 10/15 anos, qualquer carro que faça menos de 10 s. dos 0-100 ou que consuma mais de 3 L/100 km estará obsoleto? Até onde poderá chegar a evolução automóvel, e quando atingirá o ponto em que já não é possível melhorar mais?

[JoelM]

Tambem já pensei nisso, no desenho dos carros, parece que tá tudo já muito visto, muito usado.

Acredito que a evolução ainda não vai estagnar, talvez daqui a uns anos, por agora duvido.

Já agora outra pergunta, vão os carros continuar a crescer como se tem visto?

[LinoMarques]

Pois. Também é uma boa questão.

Hoje em dia, por exemplo, um Polo já é maior até que um Golf II (!). Os construtores deviam empenhar-se mais seriamente em conceitos de maior aproveitamento tamanho/habitabilidade, de que o Mercedes Classe A é um excelente caso.

Em termos de relação tamanho/espaço interior, a berlina tradicional é um conceito largamente ultrapassado.

[JoelM]

Pois. Também é uma boa questão.

Hoje em dia, por exemplo, um Polo já é maior até que um Golf II (!). Os construtores deviam empenhar-se mais seriamente em conceitos de maior aproveitamento tamanho/habitabilidade, de que o Mercedes Classe A é um excelente caso.

Em termos de relação tamanho/espaço interior, a berlina tradicional é um conceito largamente ultrapassado.

É que é em todos os segmentos, os carros estão cada vez maiores.Veja-se o novo astra.

O Grande Punto vs punto etc etc.

As pessoas agora preferem carrinhas a sedans, o Punto linea devia ser carrinha não sedan, plo menos acredito que vendia mais do que o sedan, que na minha opiniao está bem conseguido como estava o Cordoba.(e tem 500l de mala..)

[crash]

Bom dia a todos!

Diariamente somos bombareados com informação deste tipo: "o carro X passou a fazer menos 0,3 s dos 0-100"; "O carro Y tem agora mais 20 CV e consome 15% menos".

Mas, afinal, os "melhoramentos" são finitos, não podem prolongar-se infinitamente! Haverá uma altura em que já não é possível fabricar carros mais rápidos, ecológicos, seguros, económicos, etc.

A pergunta é: estaremos ainda longe dessa "estagnação" ou ainda há muito potencial para melhoramentos? Será que daqui a 10/15 anos, qualquer carro que faça menos de 10 s. dos 0-100 ou que consuma mais de 3 L/100 km estará obsoleto? Até onde poderá chegar a evolução automóvel, e quando atingirá o ponto em que já não é possível melhorar mais?

Estagnada a indústria automóvel já está, presa a processos e regulamentos excessivos. Os passos em frente costumam ser passinhos.

As evoluções são timidas, no geral apenas optimizando o que já existe.

A industria automóvel sempre foi algo lenta a evoluir.
de vez em quando lá aparece um "quebra-moldes", que acaba por ser adaptado por toda a industria.

No entanto, haverá sempre limites. Um motor d combustão interna gastará sempre combustivel. No que toca a performances, havera sempre limites fisicos. E mesmo antes desses, há limites humanos. Até que ponto um carro tem de curvar mais depressa, fazer os 0-100 no minimo tempo possivel, ou para quê os mais de 400km/h, quando só existem um punhado de estradas no mundo inteiro que permitem tal coisa?
Sou apologista de projectar para o factor "fun".

MAs como qualquer história de ficção cientifica, os limites são apenas impostos pela nossa imaginação. De tal modo que há histórias de ficção cientifica que estão "desactualizadas"

Sabe-se lá que coisas estão para aparecer no que toca a materiais e motorizações?
Ou o que virá a um nivel legal, que afecta tanto a forma dos nossos automóveis?

Poderemos assistir no futuro a barreiras impostas pelos limites humanos e fisicos, mas espero que a explosão de ideias para a mobilidade que temos assistido, contribuia para uma nova vaga criativa, tanto no plano visual como tecnológico.

A realidade supera sempre a ficção.

[CarlosCross]

Tambem já pensei nisso, no desenho dos carros, parece que tá tudo já muito visto, muito usado.

Acredito que a evolução ainda não vai estagnar, talvez daqui a uns anos, por agora duvido.

Já agora outra pergunta, vão os carros continuar a crescer como se tem visto?

Creio que vamos assistir a um downsizing à moda de IQ e Smart. Creio que o passo que falta para uma generalização desse conceito, é as marcas mais conceituadas(Audi,Mercedes,BMW...) produzirem esse tipo de veículos. A partir desse momento creio que as restantes marcas vão atrás.
Até a Aston Martin está a desenvolver um mini-citadino baseado no IQ.
Tendo em conta o desenvolvimento das cidades, e o carro ser um bem quase comum e transversal às populações, é necessário tomar medidas que ajudem à melhor mobilidade.
As medidas não podem, na minha opinião, passar pela castração da circulação dentro da cidade. Deve passar pelo redimensionamento dos veículos, melhoria e aproveitamento dos espaços para estacionamento.
Em Portugal investe-se pouco nos subterrâneos e nos silos, que seriam um meio para diminuir a densidade de veículos nas ruas por exemplo.
Obviamente que uma linha de transportes funcional e acessivel seria muito melhor...mas até lá...

Quanto ao desenvolvimento tecnológico dos veículos, não sei até que ponto já não atingimos o pico de desenvolvimento. Ou seja, continuar-se-á a apostar na progressão dos veículos movidos a combustíveis fósseis, mas a intensidade não sei se não será menor.
O que quero dizer é que se calhar já não há muito mais por onde pegar. Acaba-se sempre por aprimorar a aerodinâmica, ou a melhorar os tempos de injecção, a reduzir perdas mecânicas, etc...

[JoelM]

Acham que vamos chegar ao ponto dos carros que andam sozinhos(diz-se a rua e lá vai ele) e aqueles carros que nem tocam no chão?genero dragonball :P

[JoelM]

Creio que vamos assistir a um downsizing à moda de IQ e Smart. Creio que o passo que falta para uma generalização desse conceito, é as marcas mais conceituadas(Audi,Mercedes,BMW...) produzirem esse tipo de veículos. A partir desse momento creio que as restantes marcas vão atrás.
Até a Aston Martin está a desenvolver um mini-citadino baseado no IQ.
Tendo em conta o desenvolvimento das cidades, e o carro ser um bem quase comum e transversal às populações, é necessário tomar medidas que ajudem à melhor mobilidade.
As medidas não podem, na minha opinião, passar pela castração da circulação dentro da cidade. Deve passar pelo redimensionamento dos veículos, melhoria e aproveitamento dos espaços para estacionamento.
Em Portugal investe-se pouco nos subterrâneos e nos silos, que seriam um meio para diminuir a densidade de veículos nas ruas por exemplo.
Obviamente que uma linha de transportes funcional e acessivel seria muito melhor...mas até lá...

Quanto ao desenvolvimento tecnológico dos veículos, não sei até que ponto já não atingimos o pico de desenvolvimento. Ou seja, continuar-se-á a apostar na progressão dos veículos movidos a combustíveis fósseis, mas a intensidade não sei se não será menor.
O que quero dizer é que se calhar já não há muito mais por onde pegar. Acaba-se sempre por aprimorar a aerodinâmica, ou a melhorar os tempos de injecção, a reduzir perdas mecânicas, etc...

Acho que tambem se vai apostar mais em carro de 4 lugares, já que as familias são cada vez menores.

[LinoMarques]

Certo, Carlos, mas não achas que um dia há-de chegar o ponto em que não é possível (em termos de Física) melhorar mais? O mesmo se passa, um pouco, com os atletas: há-de haver um dia em que não é possível bater-se mais recordes. Exemplo: será que alguma vez um ser humano irá fazer os 100 m em... digamos, 7 segundos???

Não me parece... pelo menos não durante a minha vida ou a dos meus netos, se os tiver.

[Flyborgas]

E a ideia, que a meu ver não faz sentido, de criar carros híbridos e desportivos com centenas de cavalos?
O que interessa é criar carros económicos, baixo consumo, para uma utilização normal. Por todos os motivos, quer económicos, quer de sustentabilidade do planeta no domínio dos recursos e poluição.

[Bansheefreak]

Claro que não está parado nem nunca vai estar.

existe sempre algo para melhorar, agora o grande passo é acabar com os combustíveis fosseis, depois disso existe outras coisas para evoluir também.

A meu ver uma das coisas mais importantes e vai ser o peso dos carros que têm que reduzir drasticamente .

[JoelM]

Concordo com a redução do peso, e se possivel melhorar a aerodinamica mesmo em escaloes mais baixos.

[MadRacer]

Na informática existe a lei de Moore, que diz que a velocidade que se pode atingir com um processador tem um limite, pelo menos com a tecnologia existente.

Tanto que os fabricantes agora fazem processadores com vários núcleos, em vez de aumentar a velocidade, ou seja, melhoram o desempenho, sem ser à custa da velocidade, mas sim da eficiência.

Os Pentium IV tinham velocidades superiores aos Pentium Core2Duo, mas eram bastante piores no desempenho, e nomeadamente na eficiência energética.

Esta analogia serve para ilustrar claramente os motores dos automóveis. O número de cavalos por centímetro cúbico também deve ter um limite. A eficiência do combustível também tem um limite. Por muito que se limite a perda de calor, nunca chegará ao zero. Não será possível um motor V12 gastar um litro aos cem, mas um 2 cilindros poderá.

Isto a nível de motores. Porque a nível de arquitecturas exteriores e interiores, a coisa está mais ou menos standartizada. Os bancos são semelhantes, tais como volante, mostradores, etc... Apesar de alguns carros romperem com estes standards, mais a nível exterior, como a arquitectura do Classe A e do tão criticado Multipla. Nem um nem outro tiveram sucesso e foram abandonados pelo fabricantes.

Mas é justamente essa standartização que permite que um carro custe o valor que custa e não infinitamente mais. Também seria uma dor de cabeça para os condutores e para as Direcções gerias de trânsito coordenarem tantas formas diferentes de circular.

O carro é um produto que evoluiu muito nos últimos cem anos, e o que temos agora é o culminar de soluções quer impostas pelos fabricantes, para controlar custos, quer pelo consumidor.

Isto porque naturalmente se determinada solução é favorecida pelo consumidor em detrimento de outra, todos os fabricantes irão adoptar a solução que os consumidores preferem.

Por exemplo, na Europa preferem-se caixas manuais e nos EUA automáticas, por isso os carros são diferentes nesse aspecto. Para não falar em motores e suspensões. Claramente o factor cultural influencia o que é um carro.

Mas estou em crer que se fossem as mulheres a terem concebido o automóvel, ele seria substancialmente diferente do que ele é agora. A noção de ergonomia, formas e funcionalmente geral de todas as partes é percepcionado de maneira bastante diferente pelo belo sexo.

São elas as adaptarem-se à ditadura do homem, mas se fossem o contrário, como seria o automóvel?

Mas isto já são divagações a mais...

[CarlosCross]

Certo, Carlos, mas não achas que um dia há-de chegar o ponto em que não é possível (em termos de Física) melhorar mais? O mesmo se passa, um pouco, com os atletas: há-de haver um dia em que não é possível bater-se mais recordes. Exemplo: será que alguma vez um ser humano irá fazer os 100 m em... digamos, 7 segundos???

Não me parece... pelo menos não durante a minha vida ou a dos meus netos, se os tiver.

È bem possível que sim...o mais certo é melhorar o parâmetro "X" e piorar o "Y". Quando se atingir a saturação, vai-se começar a optimizar algumas coisas em detrimento de outras talvez.
Nessa altura, se se quiser um carro muito económico é provável que seja menos potente, e mais feio (às vezes a aerodinâmica implica estas coisas)...por exemplo.
Claro que o desenvolvimento também está muito dependente de se vale a pena. Ou seja, se é rentável implementar a sofisticação "Z"...porque há muita coisa que podia ser melhorada nos veículos. Só que isso aumentaria o preço dos mesmos para valores pouco acessíveis ao comum dos mortais.

Quanto ao atletismo...ehehe 7 segundos é sobrenatural

[air]

Quanto a consumo, 1kW de energia (gasolina, etc.) nunca dará 1kW de energia mecânica, logo aí há um limite!

O que é certo é que quanto melhor se está, para ter melhorias pequenas é necessário um esforço enorme.

O ideal é mudar as tecnologias...

[Sotor]

Espero que os combustíveis alternativos acelerem a evolução dos motores de combustão interna até ao limite em menos de 10 anos.

O prius já consome menos que a maioria dos diesel...é começarem a vir diesel hibridos numas marcas e as outras marcas a ter que esmiuçar completamente os diesel não hibridos e estaremos no limite.

A partir daí será o que vencer a guerra económica. hibridos a gasolina/gas (até é criminoso gastar gas nos carros...é um recurso importantissimo para a produção elétrica) ou a diesel VS não hibridos (só gasolina/gas/gasoleo ou só elétricos).

[JoelM]

Espero que os combustíveis alternativos acelerem a evolução dos motores de combustão interna até ao limite em menos de 10 anos.

O prius já consome menos que a maioria dos diesel...é começarem a vir diesel hibridos numas marcas e as outras marcas a ter que esmiuçar completamente os diesel não hibridos e estaremos no limite.

A partir daí será o que vencer a guerra económica. hibridos a gasolina/gas (até é criminoso gastar gas nos carros...é um recurso importantissimo para a produção elétrica) ou a diesel VS não hibridos (só gasolina/gas/gasoleo ou só elétricos).

Se o GPL vê isto já foste..

[whereagles]

O veículo automóvel tal qual o conhecemos, com 4 rodas, 2+2 lugares e carroçaria envolvente, provavelmente continuará a ser um dos principais meios de locomoção por muito tempo.

Antevejo é grandes mudanças nos sistemas de propulsão. Os motores ICE ainda têm muito que andar até chegar ao máximo teórico de Carnot (q daria consumos de coisa de 1-2 litros aos 100 num carro normal), mas daí não podem passar. É uma impossibilidade física.