Cheguei ontem de uma semana de férias em Barcelona onde tive oportunidade de alugar um Peugeot 1007 com o qual fiz 830 km em 7 dias.
Devo antes de mais salientar que é a primeira vez que faço uma apreciação destas a um veículo, não percebo muito de automóveis comparado com o que eu vejo aqui nos fórums mas achei que deveria fazer um resumo da minha experiência após ter feito uma pesquisa e verificado que o Peugeot 1007 passou quase anónimo neste fórum desde a sua saída, pelo que peço antecipadamente que me perdoem algumas patacoadas, incongruências ou disparates que possam encontrar nesta minha análise.
As fotografias também são as possíveis, foram tiradas com telemóvel e nem sempre nas melhores condições de luz mas penso que cheguem para o efeito a que se destinam.
Tendo feito a reserva antecipada de um veículo classe A com 3 portas e A/C e sem saber o que a agência me reservava, foi com agrado que recebi as chaves de um Peugeot 1007, dentro das hipóteses disponíveis era a que me agradava mais visto nunca ter antes posto as unhas num Peugeot e também porque sempre tive curiosidade em experimentar este carro. Porque é pequeno (nos ultimos anos só tenho conduzido banheiras de 4,50m - Rover 45, Toyota Avensis e A4 Avant), porque tem uma posição de condução elevada e porque... é giro.[8D]
A viatura que me foi entregue era a versão 1.4, 75 cv, gasolina, com 6500km e um equipamento de segurança impressionante: ABS, ESP, TCS, 7 airbags. Côr preta, apresentando-se um pouco suja devido aos chuviscos que tinham caído umas horas antes, mas a primeira surpresa deu-se com a descoberta das portas deslizantes automáticas. Estava á espera que fossem apenas abertas manualmente, mas no comando existem dois botões um para cada porta que permitem abrir as "Sésame" em separado. Dá realmente um certo "estilo", acreditem que havia quem parasse para olhar quando ainda a alguns metros do carro eu pressionava o botão no comando para a abertura das portas.[8D]
Sentado ao volante, após o ajuste do assento em altura e em comprimento e do volante também em altura, facilmente encontrei a posição ideal de condução, que no meu caso era a mais alta possível. Sobraram ainda uns bons dois palmos entre a minha cabeça e o tecto, o 1007 é de facto um carro alto transmitindo uma óptima sensação de espaço no seu interior.
Estranhei o facto de não conseguir ver a frente do carro, mas isso seria algo a que me teria de habituar em virtude do design do capot. A visibilidade traseira também me pareceu boa devido á abundância de vidros, se bem que o facto de o pilar central ser bastante recuado de modo a optimizar o mecanismo das portas e facilitar o acesso aos bancos traseiros retire um pouco de visibilidade em manobras mais apertadas.
Habituado que estou ás banheiras acima mencionadas cedo tive que refrear o entusiasmo nas curvas mais apertadas, pois este 1007 bailava um pouco demais para o meu gosto, o mesmo acontecendo em AE com os vidros abertos, mas lá está, este carro é um citadino, logo não seria de estranhar. A suspensão achei um bocado rija, aquilo nas lombas até dói, eu que normalmente passo-as a abrir tive que começar a levantar o pé cada vez que passava por uma lomba.
A caixa de velocidades achei um mimo, as mudanças entravam com uma leveza espantosa, no entanto a marcha atrás pareceu-me demasiado próxima da 4ª, pelo que levou algum tempo até me habituar, pois nem sempre era evidente se tinha acabado de engrenar a MA ou a 4ª por engano...
Outra coisa que me agradou bastante foi a facilidade de condução em cidade, a direcção é bastante suave e agradável, brecagem muito boa, permite escapar fácilmente aos apertos citadinos, nada de stresses para dobrar uma esquina com carros estacionados junto á curva dos dois lados. Claro que em AE se nota essa leveza a mais, convém manter mão firma pois ao minimo toque lá vamos nós a guinar.[:0]
Os interiores eram num azul escuro sóbrio, plástico por todos os lados cuja qualidade não vou comentar (apesar de ter noção que me ficaria bem aprofundar o tema dos plásticos e respectiva qualidade de montagem, tema que parece ser o mais "in" quando se fala de um carro hoje em dia, mas admito que não percebo nada disso, por isso lá se vai o meu momento de glória), mas de qualquer modo não se ouvia nada que soasse a parasita, tirando o puto lá atrás que já cansado da viagem de avião não se calava com a rabujice do sono.[8]
Esta viatura vem bem dotada de espaços de arrumação incluindo gavetas debaixo dos bancos, talvez para compensar a mala diminuta, que no entanto pode ser aumentada através do corrimento para a frente dos dois bancos traseiros (ainda não tinha mencionado que o 1007 é de 4 lugares independentes, pois não?) assentes em calhas.
Em AE a uma velocidade de 130 km/h e com o A/C ligado o CB marcava aproximadamente 8l/100 de consumo, para o motor em questão talvez fosse um bocadinho demasiado, mas talvez os mais entendidos me possam esclarecer, para o carro que é estava á espera de algo um bocadinho mais poupado. Mas o motor é que me surpreendeu e de que maneira. 75 cv, só? Eu não o diria, a julgar pelas acelerações e recuperações (mesmo em subida) que o pequeno 1007 mostrou ser capaz. Este motor está longe, mesmo muito longe de ser uma arrastadeira, e note-se que devido ás portas deslizantes o 1007 até nem é própriamente um carro levezito (acho que anda á volta dos 1300kg). Claro que arranques em 2ª era mentira, mas por exemplo em AE em terreno plano chegava-se fácilmente aos 150 Kmh (o máximo que dei por motivo de ir com o meu filho lá atrás, por não conhecer bem o carro e porque a AP7 Barcelona-Valência tem radares com fartura) sem grande esforço no pedal do acelerador, mas aquilo parecia pedir mais. Já agora, para os adeptos da red line, verifiquei que aquilo em 3ª corta ás 6500rpm a 135 kmh.
Em jeito de conclusão, gostei muito destes sete dias com o Peugeot 1007, se eu precisasse de um carro pequeno para o dia-a-dia em cidade seria uma opção a ter em conta. Leve, bonito (existe em quase todas as cores imagináveis), fácil de conduzir e porque não, original. É que não se vêem muitos.
Uma última palavra de apreço para a condução que se pratica nas AEs espanholas, anda-se devagar, ninguém cola á traseira mesmo na faixa da esquerda, usa-se os piscas sem vergonha, o único reparo talvez para o facto de os espanhóis precisarem que lhes expliquem melhor o significado de uma passadeira, mas enfim, nada é perfeito, muito menos os espanhóis.;)
Devo antes de mais salientar que é a primeira vez que faço uma apreciação destas a um veículo, não percebo muito de automóveis comparado com o que eu vejo aqui nos fórums mas achei que deveria fazer um resumo da minha experiência após ter feito uma pesquisa e verificado que o Peugeot 1007 passou quase anónimo neste fórum desde a sua saída, pelo que peço antecipadamente que me perdoem algumas patacoadas, incongruências ou disparates que possam encontrar nesta minha análise.
As fotografias também são as possíveis, foram tiradas com telemóvel e nem sempre nas melhores condições de luz mas penso que cheguem para o efeito a que se destinam.
Tendo feito a reserva antecipada de um veículo classe A com 3 portas e A/C e sem saber o que a agência me reservava, foi com agrado que recebi as chaves de um Peugeot 1007, dentro das hipóteses disponíveis era a que me agradava mais visto nunca ter antes posto as unhas num Peugeot e também porque sempre tive curiosidade em experimentar este carro. Porque é pequeno (nos ultimos anos só tenho conduzido banheiras de 4,50m - Rover 45, Toyota Avensis e A4 Avant), porque tem uma posição de condução elevada e porque... é giro.[8D]
A viatura que me foi entregue era a versão 1.4, 75 cv, gasolina, com 6500km e um equipamento de segurança impressionante: ABS, ESP, TCS, 7 airbags. Côr preta, apresentando-se um pouco suja devido aos chuviscos que tinham caído umas horas antes, mas a primeira surpresa deu-se com a descoberta das portas deslizantes automáticas. Estava á espera que fossem apenas abertas manualmente, mas no comando existem dois botões um para cada porta que permitem abrir as "Sésame" em separado. Dá realmente um certo "estilo", acreditem que havia quem parasse para olhar quando ainda a alguns metros do carro eu pressionava o botão no comando para a abertura das portas.[8D]
Sentado ao volante, após o ajuste do assento em altura e em comprimento e do volante também em altura, facilmente encontrei a posição ideal de condução, que no meu caso era a mais alta possível. Sobraram ainda uns bons dois palmos entre a minha cabeça e o tecto, o 1007 é de facto um carro alto transmitindo uma óptima sensação de espaço no seu interior.
Estranhei o facto de não conseguir ver a frente do carro, mas isso seria algo a que me teria de habituar em virtude do design do capot. A visibilidade traseira também me pareceu boa devido á abundância de vidros, se bem que o facto de o pilar central ser bastante recuado de modo a optimizar o mecanismo das portas e facilitar o acesso aos bancos traseiros retire um pouco de visibilidade em manobras mais apertadas.
Habituado que estou ás banheiras acima mencionadas cedo tive que refrear o entusiasmo nas curvas mais apertadas, pois este 1007 bailava um pouco demais para o meu gosto, o mesmo acontecendo em AE com os vidros abertos, mas lá está, este carro é um citadino, logo não seria de estranhar. A suspensão achei um bocado rija, aquilo nas lombas até dói, eu que normalmente passo-as a abrir tive que começar a levantar o pé cada vez que passava por uma lomba.
A caixa de velocidades achei um mimo, as mudanças entravam com uma leveza espantosa, no entanto a marcha atrás pareceu-me demasiado próxima da 4ª, pelo que levou algum tempo até me habituar, pois nem sempre era evidente se tinha acabado de engrenar a MA ou a 4ª por engano...
Outra coisa que me agradou bastante foi a facilidade de condução em cidade, a direcção é bastante suave e agradável, brecagem muito boa, permite escapar fácilmente aos apertos citadinos, nada de stresses para dobrar uma esquina com carros estacionados junto á curva dos dois lados. Claro que em AE se nota essa leveza a mais, convém manter mão firma pois ao minimo toque lá vamos nós a guinar.[:0]
Os interiores eram num azul escuro sóbrio, plástico por todos os lados cuja qualidade não vou comentar (apesar de ter noção que me ficaria bem aprofundar o tema dos plásticos e respectiva qualidade de montagem, tema que parece ser o mais "in" quando se fala de um carro hoje em dia, mas admito que não percebo nada disso, por isso lá se vai o meu momento de glória), mas de qualquer modo não se ouvia nada que soasse a parasita, tirando o puto lá atrás que já cansado da viagem de avião não se calava com a rabujice do sono.[8]
Esta viatura vem bem dotada de espaços de arrumação incluindo gavetas debaixo dos bancos, talvez para compensar a mala diminuta, que no entanto pode ser aumentada através do corrimento para a frente dos dois bancos traseiros (ainda não tinha mencionado que o 1007 é de 4 lugares independentes, pois não?) assentes em calhas.
Em AE a uma velocidade de 130 km/h e com o A/C ligado o CB marcava aproximadamente 8l/100 de consumo, para o motor em questão talvez fosse um bocadinho demasiado, mas talvez os mais entendidos me possam esclarecer, para o carro que é estava á espera de algo um bocadinho mais poupado. Mas o motor é que me surpreendeu e de que maneira. 75 cv, só? Eu não o diria, a julgar pelas acelerações e recuperações (mesmo em subida) que o pequeno 1007 mostrou ser capaz. Este motor está longe, mesmo muito longe de ser uma arrastadeira, e note-se que devido ás portas deslizantes o 1007 até nem é própriamente um carro levezito (acho que anda á volta dos 1300kg). Claro que arranques em 2ª era mentira, mas por exemplo em AE em terreno plano chegava-se fácilmente aos 150 Kmh (o máximo que dei por motivo de ir com o meu filho lá atrás, por não conhecer bem o carro e porque a AP7 Barcelona-Valência tem radares com fartura) sem grande esforço no pedal do acelerador, mas aquilo parecia pedir mais. Já agora, para os adeptos da red line, verifiquei que aquilo em 3ª corta ás 6500rpm a 135 kmh.
Em jeito de conclusão, gostei muito destes sete dias com o Peugeot 1007, se eu precisasse de um carro pequeno para o dia-a-dia em cidade seria uma opção a ter em conta. Leve, bonito (existe em quase todas as cores imagináveis), fácil de conduzir e porque não, original. É que não se vêem muitos.
Uma última palavra de apreço para a condução que se pratica nas AEs espanholas, anda-se devagar, ninguém cola á traseira mesmo na faixa da esquerda, usa-se os piscas sem vergonha, o único reparo talvez para o facto de os espanhóis precisarem que lhes expliquem melhor o significado de uma passadeira, mas enfim, nada é perfeito, muito menos os espanhóis.;)
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