Comparativo_1.JPG
Não há construtor que mais carrinhas tenha vendido em Portugal do que a Opel. Desde 1988, 72 mil unidades conquistaram a preferência do consumidor nacional, número que equivaleu a 44,4% das vendas totais da marca alemã. A segunda carroçaria da quarta geração do Astra, que abandonou a designação Caravan usada nas gerações anteriores para passar a chamar-se Sports Tourer, reunirá, segundo o importador, 65% do volume de vendas da gama. Ainda há dúvidas sobre a tradição e a importância que as carrinhas têm para a Opel?
Concebida dando particular ênfase ao design e à dinâmica, sem esquecer a versatilidade que justificou a sua criação, a Astra Sports Tourer pretende marcar a diferença na classe. Para avaliar aquilo que ela vale, comparámos a versão 1.7 CDTI com as incontornáveis Renault Mégane Sport Tourer 1.5 dCi e VW Golf Variant 1.6 TDI. A luta pelo primeiro lugar promete, por isso, ser feroz.
ESTÉTICA, CONSTRUÇÃO, SEGURANÇA
Mais apelativa, melhor elaborada e senhora de uma identidade visual mais expressiva, a Astra Sports Tourer é 27,9 cm mais comprida e 2,5 cm mais alta do que o modelo de cinco portas, sendo igual a este apenas até aos pilares B. Mais importante do que isso: anuncia- se como a carrinha mais desportiva do segmento. As opcionais jantes de 18” com cinco raios duplos acentuam a sua postura dinâmica, é um facto, mas vários são os elementos que contribuem para o design atractivo do conjunto: grupos ópticos estilizados; molduras dos vidros e barras de tejadilho cromadas; silhueta equilibrada. Comparativamente à anterior Astra Caravan, a Astra Sports Tourer é 18,3 cm mais comprida, 2 cm mais larga e 3,5 cm mais alta.
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No mesmo plano da Opel situa-se, no que ao estilo diz respeito, a Renault. Na dinâmica versão GT Line, a Mégane Sport Tourer ganha um inegável apelo. A opcional cor azul Malte da carroçaria dá um precioso contributo para tal, mas é o conjunto de adereços desportivos que concentra toda a atenção: pára- choques mais agressivos (no dianteiro, a entrada de ar central foi redesenhada e é sublinhada por uma travessa em preto brilhante; no traseiro a parte inferior é da cor da carroçaria e integra um difusor aerodinâmico); faróis de nevoeiro envolvidos por aros de tonalidade “Dark Metal” (a mesma que foi aplicada nas jantes e nos retrovisores); fundo preto dos grupos ópticos; vidros escurecidos; letterings específicos; jantes de 17” “Celsium” com dez raios. Tal como a Opel, a Renault dispõe de barras cromadas no tejadilho. Contudo, em vez de incluir molduras dos vidros cromadas, como tem a Astra Sports Tourer, a Mégane Sport Tourer optou antes por puxadores das portas em alumínio acetinado e “piscas” nos retrovisores.
Quanto à Golf Variant, que face ao modelo da anterior geração apenas viu a frente ser alterada, é mais discreta visualmente. Contudo, ainda que a secção traseira reúna pouco consenso quanto à sua elegância, optámos por não atribuir qualquer diferença pontual face às suas rivais, deixando para o leitor o exercício de eleger a que mais lhe agradar visualmente. A VW dispõe também de inserções cromadas nas molduras dos vidros e nas barras de tejadilho. Para além disso, inclui “piscas” nos retrovisores e está equipada com jantes de 16” com cinco raios duplos.
Dotadas de alguns materiais menos agradáveis ao toque, Astra Sports Tourer e Mégane Sport Tourer são as carrinhas que conquistam o menor número de pontos na área da construção. Em causa não estão os acabamentos nem a montagem, mas a qualidade exibida por certos plásticos. A Opel mistura, ao longo de todo o tablier, materiais macios com superfícies mais duras. A Renault opta pela proliferação de plásticos menos nobres em toda a secção inferior do tablier.
O primeiro lugar na construção cabe, assim, à Golf Variant, graças ao maior rigor aplicado na selecção dos materiais e ao toque mais agradável que todos os plásticos exibem.
Na análise aos dispositivos de segurança presentes de série nestas três carrinhas, o primeiro lugar é ocupado ex-aequo por Opel e VW. Ambas dispõem de seis airbags; possibilidade de desligar o airbag do acompanhante; fixações Isofix; ABS com EBD+BAS+Hill Start Assist; e ESP. Contudo, existem pequenas diferenças entre elas, mas que, na prática, acabam por equilibrar os pratos da balança. Se não, vejamos: a Astra Sports Tourer inclui avisadores da não colocação dos cintos traseiros, dispositivo que a Golf Variant contrapõe com fecho automático das portas assim que o veículo inicia a sua marcha. Mais: a Astra Sports Tourer dispõe de encostos de cabeça activos nos bancos dianteiros, anunciando a Golf Variant a presença de encostos de cabeça dianteiros WOKS. Este dispositivo, apesar de não ser apelidado de activo, tem por missão desempenhar as mesmas funções de um encosto de cabeça activo, tendo sido avaliado e distinguido pelo Euro NCAP pela sua eficácia em prevenir lesões cervicais.
Em último lugar na segurança posiciona-se a Renault. A ausência quer de assistência ao arranque quer de encostos de cabeça activos está na origem deste resultado.
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CONFORTO, HABITÁCULO, EQUIPAMENTO
Equipadas com suspensões mais firmes e jantes de maior diâmetro (18” na Opel; 17” na Renault), Astra Sports Tourer e Mégane Sport Tourer são as carrinhas menos convincentes em matéria de conforto. Nem mesmo com o mais “macio” modo “Tour” activado (um dos três disponibilizados no opcional sistema FlexRide) a Opel conseguiu levar de vencida a carrinha que mais agrada destas três neste particular: a Golf Variant. Sem ser propriamente um exemplo de conforto, a VW lida melhor com os pisos em mau estado, uma vez que proporciona menores oscilações incómodas e perde menos a compostura sempre que existem irregularidades.
Na análise ao habitáculo e mala, não há vencedores nem vencidos. Opel, Renault e VW cumprem perfeitamente os requisitos de uma utilização familiar e satisfazem totalmente as exigências dos chefes de família. Ainda que existam diferenças no espaço disponível no banco traseiro e no volume da mala, como são pequenas não justificam, do nosso ponto de vista, qualquer diferença pontual. Contudo, é da mais elementar justiça destacar quer o inteligente rebatimento dos bancos da Astra Sports Tourer (designado FlexFold, basta um toque nos respectivos botões localizados na bagageira para ver as costas dos lugares traseiros dobrarem-se) quer a prática chapeleira (uma vez retirada pode ser alojada no duplo piso de carga e dispõe de uma posição intermédia que facilita imenso as operações de carga e descarga). Porém, atribuir um ponto a mais à Astra Sports Tourer por causa destas duas particularidades seria, no mínimo, forçado, até porque a carrinha da Opel tem os espaços de arrumação menos convincentes. Uma última palavra para os ambientes dos habitáculos: apelativo o da Renault; bem elaborado o da Opel; demasiado sombrio o da VW.
Na disputa pelo equipamento de série mais expressivo, Astra Sports Tourer, Mégane Sport Tourer e Golf Variant equivalem-se. Não dispõem todas dos mesmos itens, mas as três situam- se ao mesmo nível. Por questões de espaço, não nos é possível enumerar todas as diferenças, pelo que aconselhamos o leitor a observar atentamente a ficha técnica deste comparativo.
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POSTO DE CONDUÇÃO, COMPORTAMENTO
Ainda que o banco tenha melhor suporte lateral e o volante ofereça a pega mais agradável, a Mégane Sport Tourer não conquista o primeiro lugar no que ao posto de condução diz respeito por culpa de um posicionamento menos convincente do assento. O compromisso alcançado entre a posição deste, a colocação dos pedais e a instalação do volante podia ser melhor.
Astra Sports Tourer e Golf Variant são ligeiramente mais ergonómicas, acabando por agradar mais devido, também, à boa amplitude de regulação de todos os ajustes. Todos os comandos estão distribuídos de forma ergonómica e à visibilidade não há qualquer crítica a apontar.
Em termos dinâmicos, também não existem dúvidas: Opel e VW situam-se um patamar acima da Renault. No entanto, não deixa de ser curioso verificar que, nem mesmo à custa de opcionais jantes de 18” e do modo “Sport” do também opcional sistema FlexRide (châssis com controlo electrónico que permite seleccionar ainda os modos “Standard” e “Tour”, tendo cada um a sua lei específica para amortecimento da suspensão, resposta do pedal do acelerador, intervenção do controlo de estabilidade e acutilância da direcção), a Astra Sports Tourer consiga superiorizar- se à Golf Variant, que está desprovida de qualquer pretensão mais desportiva.
Não lhe fica nada atrás, é um facto, mas também não consegue distanciar-se. Seja como for, as duas carrinhas alemãs são mais ágeis, mais precisas e mais reactivas do que a Mégane Sport Tourer. Na carrinha francesa não gostámos do facto de o comando da caixa ser menos preciso e de a direcção ter um menor feedback sobre tudo o que se passa.
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PERFORMANCES E CONSUMOS
Equipadas as três com motores turbodiesel common-rail com potências acima dos 100 cv (o da Opel anuncia, não só, a maior potência como, também, o binário mais elevado), as performances não são propriamente argumentos que convençam os condutores destas carrinhas compactas. Todas estão, por isso, muito longe de encantar.
Mas, antes de enunciarmos os resultados alcançados nesta matéria, convém referir que Opel e Renault servem-se de caixas manuais de seis velocidades, ao passo que a VW recorre aos préstimos de uma caixa manual de cinco velocidades. Contudo, todas dispõem de um indicador que aconselha a engrenar uma mudança superior de modo a optimizar consumos e, consequentemente, emissões. A carrinha menos interessante das três neste domínio é a Golf Variant, que deve este resultado às recuperações muito fracas que registou. Menos más no cômputo geral foram Astra Sports Tourer e Mégane Sport Tourer, tendo esta última registado as recuperações mais rápidas. Mas nada de relevante.
No que concerne aos consumos, regista-se nova igualdade pontual entre as três, perfeitamente justificada pelas médias ponderadas por nós alcançadas: 5,3 l/100 km na Renault; 5,7 l/100 km na Opel e na VW.
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CONCLUSÃO
Por apenas um ponto de vantagem sobre a Opel Astra Sports Tourer 1.7 CDTI Cosmo, e por quatro pontos de diferença em relação à Renault Mégane Sport Tourer 1.5 dCi GT Line, a VW Golf Variant 1.6 TDI Confortline vence este comparativo. Embora disponha das performances mais fracas das três, foi a carrinha que maior homogeneidade registou na nossa tabela de pontuações, o que só vem confirmar que continua a ser uma das melhores opções da classe (senão mesmo a melhor).
Quanto à nova carrinha da Opel, há que reconhecer que é um produto bem concebido e francamente superior, a todos os níveis, ao modelo da anterior geração, sem sombra de dúvida, mas não conseguiu reunir aqui o maior número de pontos que lhe permitisse chegar ao tão ambicionado triunfo neste confronto. À semelhança do que aconteceu, aliás, quando comparámos as carroçarias de cinco portas destes modelos. Coerência, pelo menos, não faltou...
Quanto à carrinha da Renault, que ganhou um novo “tempero” com a introdução da desportiva especificação GT Line, não só cedeu no capítulo onde habitualmente era mais forte (o conforto), como revelou ter menos argumentos para combater a supremacia das propostas alemãs.
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Não há construtor que mais carrinhas tenha vendido em Portugal do que a Opel. Desde 1988, 72 mil unidades conquistaram a preferência do consumidor nacional, número que equivaleu a 44,4% das vendas totais da marca alemã. A segunda carroçaria da quarta geração do Astra, que abandonou a designação Caravan usada nas gerações anteriores para passar a chamar-se Sports Tourer, reunirá, segundo o importador, 65% do volume de vendas da gama. Ainda há dúvidas sobre a tradição e a importância que as carrinhas têm para a Opel?
Concebida dando particular ênfase ao design e à dinâmica, sem esquecer a versatilidade que justificou a sua criação, a Astra Sports Tourer pretende marcar a diferença na classe. Para avaliar aquilo que ela vale, comparámos a versão 1.7 CDTI com as incontornáveis Renault Mégane Sport Tourer 1.5 dCi e VW Golf Variant 1.6 TDI. A luta pelo primeiro lugar promete, por isso, ser feroz.
ESTÉTICA, CONSTRUÇÃO, SEGURANÇA
Mais apelativa, melhor elaborada e senhora de uma identidade visual mais expressiva, a Astra Sports Tourer é 27,9 cm mais comprida e 2,5 cm mais alta do que o modelo de cinco portas, sendo igual a este apenas até aos pilares B. Mais importante do que isso: anuncia- se como a carrinha mais desportiva do segmento. As opcionais jantes de 18” com cinco raios duplos acentuam a sua postura dinâmica, é um facto, mas vários são os elementos que contribuem para o design atractivo do conjunto: grupos ópticos estilizados; molduras dos vidros e barras de tejadilho cromadas; silhueta equilibrada. Comparativamente à anterior Astra Caravan, a Astra Sports Tourer é 18,3 cm mais comprida, 2 cm mais larga e 3,5 cm mais alta.
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No mesmo plano da Opel situa-se, no que ao estilo diz respeito, a Renault. Na dinâmica versão GT Line, a Mégane Sport Tourer ganha um inegável apelo. A opcional cor azul Malte da carroçaria dá um precioso contributo para tal, mas é o conjunto de adereços desportivos que concentra toda a atenção: pára- choques mais agressivos (no dianteiro, a entrada de ar central foi redesenhada e é sublinhada por uma travessa em preto brilhante; no traseiro a parte inferior é da cor da carroçaria e integra um difusor aerodinâmico); faróis de nevoeiro envolvidos por aros de tonalidade “Dark Metal” (a mesma que foi aplicada nas jantes e nos retrovisores); fundo preto dos grupos ópticos; vidros escurecidos; letterings específicos; jantes de 17” “Celsium” com dez raios. Tal como a Opel, a Renault dispõe de barras cromadas no tejadilho. Contudo, em vez de incluir molduras dos vidros cromadas, como tem a Astra Sports Tourer, a Mégane Sport Tourer optou antes por puxadores das portas em alumínio acetinado e “piscas” nos retrovisores.
Quanto à Golf Variant, que face ao modelo da anterior geração apenas viu a frente ser alterada, é mais discreta visualmente. Contudo, ainda que a secção traseira reúna pouco consenso quanto à sua elegância, optámos por não atribuir qualquer diferença pontual face às suas rivais, deixando para o leitor o exercício de eleger a que mais lhe agradar visualmente. A VW dispõe também de inserções cromadas nas molduras dos vidros e nas barras de tejadilho. Para além disso, inclui “piscas” nos retrovisores e está equipada com jantes de 16” com cinco raios duplos.
Dotadas de alguns materiais menos agradáveis ao toque, Astra Sports Tourer e Mégane Sport Tourer são as carrinhas que conquistam o menor número de pontos na área da construção. Em causa não estão os acabamentos nem a montagem, mas a qualidade exibida por certos plásticos. A Opel mistura, ao longo de todo o tablier, materiais macios com superfícies mais duras. A Renault opta pela proliferação de plásticos menos nobres em toda a secção inferior do tablier.
O primeiro lugar na construção cabe, assim, à Golf Variant, graças ao maior rigor aplicado na selecção dos materiais e ao toque mais agradável que todos os plásticos exibem.
Na análise aos dispositivos de segurança presentes de série nestas três carrinhas, o primeiro lugar é ocupado ex-aequo por Opel e VW. Ambas dispõem de seis airbags; possibilidade de desligar o airbag do acompanhante; fixações Isofix; ABS com EBD+BAS+Hill Start Assist; e ESP. Contudo, existem pequenas diferenças entre elas, mas que, na prática, acabam por equilibrar os pratos da balança. Se não, vejamos: a Astra Sports Tourer inclui avisadores da não colocação dos cintos traseiros, dispositivo que a Golf Variant contrapõe com fecho automático das portas assim que o veículo inicia a sua marcha. Mais: a Astra Sports Tourer dispõe de encostos de cabeça activos nos bancos dianteiros, anunciando a Golf Variant a presença de encostos de cabeça dianteiros WOKS. Este dispositivo, apesar de não ser apelidado de activo, tem por missão desempenhar as mesmas funções de um encosto de cabeça activo, tendo sido avaliado e distinguido pelo Euro NCAP pela sua eficácia em prevenir lesões cervicais.
Em último lugar na segurança posiciona-se a Renault. A ausência quer de assistência ao arranque quer de encostos de cabeça activos está na origem deste resultado.
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CONFORTO, HABITÁCULO, EQUIPAMENTO
Equipadas com suspensões mais firmes e jantes de maior diâmetro (18” na Opel; 17” na Renault), Astra Sports Tourer e Mégane Sport Tourer são as carrinhas menos convincentes em matéria de conforto. Nem mesmo com o mais “macio” modo “Tour” activado (um dos três disponibilizados no opcional sistema FlexRide) a Opel conseguiu levar de vencida a carrinha que mais agrada destas três neste particular: a Golf Variant. Sem ser propriamente um exemplo de conforto, a VW lida melhor com os pisos em mau estado, uma vez que proporciona menores oscilações incómodas e perde menos a compostura sempre que existem irregularidades.
Na análise ao habitáculo e mala, não há vencedores nem vencidos. Opel, Renault e VW cumprem perfeitamente os requisitos de uma utilização familiar e satisfazem totalmente as exigências dos chefes de família. Ainda que existam diferenças no espaço disponível no banco traseiro e no volume da mala, como são pequenas não justificam, do nosso ponto de vista, qualquer diferença pontual. Contudo, é da mais elementar justiça destacar quer o inteligente rebatimento dos bancos da Astra Sports Tourer (designado FlexFold, basta um toque nos respectivos botões localizados na bagageira para ver as costas dos lugares traseiros dobrarem-se) quer a prática chapeleira (uma vez retirada pode ser alojada no duplo piso de carga e dispõe de uma posição intermédia que facilita imenso as operações de carga e descarga). Porém, atribuir um ponto a mais à Astra Sports Tourer por causa destas duas particularidades seria, no mínimo, forçado, até porque a carrinha da Opel tem os espaços de arrumação menos convincentes. Uma última palavra para os ambientes dos habitáculos: apelativo o da Renault; bem elaborado o da Opel; demasiado sombrio o da VW.
Na disputa pelo equipamento de série mais expressivo, Astra Sports Tourer, Mégane Sport Tourer e Golf Variant equivalem-se. Não dispõem todas dos mesmos itens, mas as três situam- se ao mesmo nível. Por questões de espaço, não nos é possível enumerar todas as diferenças, pelo que aconselhamos o leitor a observar atentamente a ficha técnica deste comparativo.
Comparativo_4.JPG
POSTO DE CONDUÇÃO, COMPORTAMENTO
Ainda que o banco tenha melhor suporte lateral e o volante ofereça a pega mais agradável, a Mégane Sport Tourer não conquista o primeiro lugar no que ao posto de condução diz respeito por culpa de um posicionamento menos convincente do assento. O compromisso alcançado entre a posição deste, a colocação dos pedais e a instalação do volante podia ser melhor.
Astra Sports Tourer e Golf Variant são ligeiramente mais ergonómicas, acabando por agradar mais devido, também, à boa amplitude de regulação de todos os ajustes. Todos os comandos estão distribuídos de forma ergonómica e à visibilidade não há qualquer crítica a apontar.
Em termos dinâmicos, também não existem dúvidas: Opel e VW situam-se um patamar acima da Renault. No entanto, não deixa de ser curioso verificar que, nem mesmo à custa de opcionais jantes de 18” e do modo “Sport” do também opcional sistema FlexRide (châssis com controlo electrónico que permite seleccionar ainda os modos “Standard” e “Tour”, tendo cada um a sua lei específica para amortecimento da suspensão, resposta do pedal do acelerador, intervenção do controlo de estabilidade e acutilância da direcção), a Astra Sports Tourer consiga superiorizar- se à Golf Variant, que está desprovida de qualquer pretensão mais desportiva.
Não lhe fica nada atrás, é um facto, mas também não consegue distanciar-se. Seja como for, as duas carrinhas alemãs são mais ágeis, mais precisas e mais reactivas do que a Mégane Sport Tourer. Na carrinha francesa não gostámos do facto de o comando da caixa ser menos preciso e de a direcção ter um menor feedback sobre tudo o que se passa.
Comparativo_5.JPG
PERFORMANCES E CONSUMOS
Equipadas as três com motores turbodiesel common-rail com potências acima dos 100 cv (o da Opel anuncia, não só, a maior potência como, também, o binário mais elevado), as performances não são propriamente argumentos que convençam os condutores destas carrinhas compactas. Todas estão, por isso, muito longe de encantar.
Mas, antes de enunciarmos os resultados alcançados nesta matéria, convém referir que Opel e Renault servem-se de caixas manuais de seis velocidades, ao passo que a VW recorre aos préstimos de uma caixa manual de cinco velocidades. Contudo, todas dispõem de um indicador que aconselha a engrenar uma mudança superior de modo a optimizar consumos e, consequentemente, emissões. A carrinha menos interessante das três neste domínio é a Golf Variant, que deve este resultado às recuperações muito fracas que registou. Menos más no cômputo geral foram Astra Sports Tourer e Mégane Sport Tourer, tendo esta última registado as recuperações mais rápidas. Mas nada de relevante.
No que concerne aos consumos, regista-se nova igualdade pontual entre as três, perfeitamente justificada pelas médias ponderadas por nós alcançadas: 5,3 l/100 km na Renault; 5,7 l/100 km na Opel e na VW.
Comparativo_6.JPG
CONCLUSÃO
Por apenas um ponto de vantagem sobre a Opel Astra Sports Tourer 1.7 CDTI Cosmo, e por quatro pontos de diferença em relação à Renault Mégane Sport Tourer 1.5 dCi GT Line, a VW Golf Variant 1.6 TDI Confortline vence este comparativo. Embora disponha das performances mais fracas das três, foi a carrinha que maior homogeneidade registou na nossa tabela de pontuações, o que só vem confirmar que continua a ser uma das melhores opções da classe (senão mesmo a melhor).
Quanto à nova carrinha da Opel, há que reconhecer que é um produto bem concebido e francamente superior, a todos os níveis, ao modelo da anterior geração, sem sombra de dúvida, mas não conseguiu reunir aqui o maior número de pontos que lhe permitisse chegar ao tão ambicionado triunfo neste confronto. À semelhança do que aconteceu, aliás, quando comparámos as carroçarias de cinco portas destes modelos. Coerência, pelo menos, não faltou...
Quanto à carrinha da Renault, que ganhou um novo “tempero” com a introdução da desportiva especificação GT Line, não só cedeu no capítulo onde habitualmente era mais forte (o conforto), como revelou ter menos argumentos para combater a supremacia das propostas alemãs.
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