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Originalmente Colocado por LIC Ver PostSe ainda não foi a todos deve faltar 1 ou 2.
Eu só ainda fui a meia-dúzia.
Da R.A.M. fui a todos.
Da R.A.A. faltam os das ilhas do Corvo, Flores, Graciosa, Santa Maria e São Jorge.
Comentário
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Dos doze marcos setecentistas que sabemos terem existido no percurso da antiga estrada real que ligava Lisboa a Santarém, o do Km 29,270 é o que se conserva em melhor estado e o único ainda in situ no actual concelho de Vila Franca de Xira, facto que lhe confere um estatuto singular, na medida em que, do mais vasto conjunto original, é a principal peça que permite uma mais objectiva caracterização destes testemunhos.
Ele marca a Légua VI da via e a sua construção remonta a 1788, por iniciativa da rainha D. Maria I. Na paisagem relativamente árida da região, antes do extraordinário impulso verificado no século XX, o marco sobressaía pela relativa altura que apresenta, reforçada pelo soco de dois degraus e a base cúbica que, ainda hoje, lhe asseguram uma posição dominante sobre a via pública.
Formalmente, compõe-se de três partes claramente diferenciadas. A base, como dissemos, é cúbica. O corpo é constituído por pilar rectangular monolítico, cuja face principal é decorada por moldura de incisão, dentro da qual se gravou uma legenda epigráfica alusiva à edificação do monumento, com a data e as armas de Portugal. Finalmente, o coroamento é de estrutura relativamente complexa, separando-se do corpo por uma moldura com cornija inferior e a inscrição "VI LEGOA"; comporta uma estrutura piramidal quadrada na base, em cujo ponto central se apoia uma esfera de pedra, em cuja face Sul se esculpiu um relógio de Sol, com numeração romana, e a que se associava um gnomon metálico entretanto desaparecido.
Apesar de desfrutar de protecção legal desde 1943, são várias as ameaças que, na actualidade, recaem sobre este marco, a maioria das quais resultante da condição de monumento comemorativo, localizado ao ar livre, em plena via pública de tráfego intenso e sem qualquer possibilidade de criação de uma zona de protecção física. Em altura desconhecida, a propriedade rural que com ele confronta (conhecida como Quinta dos Fidalgos) foi delimitada pelo actual muro, pelo que a face traseira do monumento ficou embebida na cerca. Nas últimas décadas, o constante alteamento do piso viário determinou um progressivo "afundamento" do marco, especialmente pela sua implantação coincidente com a vala lateral da estrada.
Se outros marcos, no mesmo concelho, foram deslocados dos seus locais originais, perdendo-se, em alguns casos, a memória da sua inicial geografia, o da VI Légua conserva uma das mais importantes especificidades deste tipo de obras: o estar ainda no local para o qual foi concebido, conservando, desta forma, praticamente todo o seu contexto.
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O marco de cruzamento da Ota é um dos monumentos deste tipo que chegou aos nossos dias em melhor estado de conservação. Ele insere-se na ampla renovação da rede viária do antigo termo de Lisboa, realizada por patrocínio da rainha D. Maria I, e da qual chegaram até hoje alguns marcos de légua, a maior parte deles razoavelmente conservados e objecto de classificação por parte do Estado português.
A diferença em relação aos restantes é que o marco da Ota é, seguramente, um dos mais monumentais: a proporção mantém-se, mas o cuidado decorativo posto no produto final faz com que este monumento se diferencie de forma inequívoca. Desconhecem-se as razões que levaram a esta situação, mas é de presumir que o facto de se implantar num importante cruzamento de vias na região, bem como a circunstância de se localizar na estrada Lisboa - Coimbra (então em construção sob supervisão do Desembargador Mascarenhas Neto), tenha sido determinante para um mais cuidado acabamento.
Tipologicamente, o marco compõe-se por três partes: base, fuste e coroamento, separados por molduras esquadriadas. A base é rectangular e saliente em relação ao fuste. Este apresenta quatro faces, sendo duas delas decoradas com inscrições: "A AUGUSTA RAINHA / D. MARIA I N. SNRA. / A MANDOU FAZER SEN / DO INSPECTOR DO TER / Rº. DE LXª E ESTRADAS / PÚBLICAS O ILLº E EXMº / CONDE DE VALLADA / RES NO ANNO DE 1788", na face maior, e "ESTRADA / QUE VEM / DE ALENQUER e SANTA / QUITÉRIA", na face posterior. Para além disso, o alçado principal integra um brasão real, testemunho do patrocínio régio da obra e da própria autoridade do Estado sobre a rede viária. Finalmente, o coroamento é em forma de globo sobre plinto quadrangular, revestido por friso de ornatos geométricos.
Denunciando já o gosto neoclássico em que se constituíu a estética imediatamente após o período pombalino, o Marco da Ota é uma peça patrimonial de exterma importância, não apenas por testemunhar um género artístico algo raro e tremendamente frágil perante as ameaças do progresso, mas também por ilustrar a antiga rede viária e as diversas beneficiações por que esta passou no concelho de Alenquer.
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