Primeiro superdesportivo híbrido produzido em série da McLaren (se esquecermos os limitados P1 e Speedtail), V6 inédito e nova base…
Todos dizem que marca o início de uma nova era ou capítulo na marca, a "receita" do que será o futuro da McLaren.
Porque raio desenharam um carro igual aos outros McLaren que muitos já têm dificuldade em distinguir uns dos outros?
Não que pareça mal ou algo do género. Simplesmente merecia um afastamento mais claro dos restantes para mostrar que é realmente novo e não parecer um restyling de um 570S ou outro Mclaren qualquer.
Primeiro superdesportivo híbrido produzido em série da McLaren (se esquecermos os limitados P1 e Speedtail), V6 inédito e nova base…
Todos dizem que marca o início de uma nova era ou capítulo na marca, a "receita" do que será o futuro da McLaren.
Porque raio desenharam um carro igual aos outros McLaren que muitos já têm dificuldade em distinguir uns dos outros?
Não que pareça mal ou algo do género. Simplesmente merecia um afastamento mais claro dos restantes para mostrar que é realmente novo e não parecer um restyling de um 570S ou outro Mclaren qualquer.
É a imagem de familia, invertem a posição da entrada de ar lateral, farol mais fino ou mais grosso,
Então e com a Koemigsegg (tirando o gemera) a queixa é a mesma?
Realmente quando o vi também notei logo as semelhanças com o 570. Face a este acaba por ser uma boa evolução termos estilisitcos, embora sem a incoporação de nenhum elemento radicalmente novo e finalmente decidiram inovar ao nível do motor a gasolina para além de terem incorporado a tal propulsão eléctrica. Agora o nome é que é um bocado desinspirado...
É a imagem de familia, invertem a posição da entrada de ar lateral, farol mais fino ou mais grosso,
Então e com a Koemigsegg (tirando o gemera) a queixa é a mesma?
E com a Aston Martin?
Mas a imagem de família reinventa-se… Todos o fazem.
E se havia altura para reinventar a da McLaren seria esta.
Se o Artura é aquele que incorpora todas as inovações que vão "carregar" a marca para os próximos 10 anos, ao menos que o demonstre de forma clara e não pareça apenas um restyling do "acessível" 570S, até porque o posicionamento do Artura é outro, mais elevado.
A McLaren até agora esteve resumida à mesma arquitectura e motor, independentemente do objectivo da máquina.
Sabendo disso acho que é fundamental usar o design/estilo para diferenciar claramente os modelos uns dos outros e, sobretudo, qual o seu lugar na hierarquia da gama.
Ou seja, têm de ter uma linguagem "elástica" o suficiente não só para garantir modelos com identidade própria como serem identificados como McLaren.
Não têm sido totalmente bem sucedidos e do que se tem lido, algumas queixas vêm até de clientes ou potenciais clientes.
Para mais, além de parecer um restyling, "chateia" que tenham um 720S que continua a parecer um desenho mais avançado do que o do Artura, apesar de já ter 3-4 anos em cima.
Dito isto, a execução do desenho do Artura é muito boa, e uma muita positiva evolução do 570S.
Tem muito boas proporções (melhor até que o 720S), e tem elementos muito bem conseguidos como a entrada de ar lateral, desde a sua forma à sua integração, ao detalhe do facetamento dinâmico da sua superfície. Compare-se com a solução da Ferrari nos 488/F8…
Só tentaria simplificar a frente, porque parece ter coisas a mais a acontecer por lá e entra em conflito com a fluidez e depuração de linhas da restante carroçaria.
Falta apenas um pouco mais de distinção, algo que o demarcasse dos outros como a tecnologia que introduz.
Quanto à Koenigsegg, um mundo à parte. Repara que a McLaren teve um ano terrível em 2020 e mesmo assim vendeu mais carros do que a Koenigsegg em toda a sua existência.
A Koenigsegg só ocupou, até agora, um segmento de mercado e a sua linha de produção só tem sido ocupada (até agora) por um modelo cada vez.
E desde o início da sua existência o que eles têm feito é evoluir o CC original — seja a arquitectura, powertrain, design. Agera e Jesko, os seus sucessores, são, fundamentalmente, o mesmo carro.
Tinha uma identidade forte, mas a evolução do design, a meu ver, poderá ser mais eficaz a vários níveis, mas diluiu a identidade da marca.
O Jesko, a meu ver, chega a ser genérico.
O que quero dizer é que o Jesko tanto podia ser um Koenigsegg, como um primeiro modelo de um novo construtor de hiperdesportivos. Perdeu-se algo pelo caminho.
Tanto o Regera e, sobretudo, o Gemera, a meu ver, são bem melhores, em design, na criação ou fortalecimento de uma identidade visual de marca Koenigsegg, do que o Agera ou o Jesko.
No caso da Aston Martin, mesmo não sendo fã desta nova fase estilística deles — perdeu clareza —, pelo menos conseguiram criar, com algum sucesso, distinção entre o mais pequeno e maior, ou seja, Vantage e DB11, sem se perder o ar de família.
Por outro lado, deveria haver mais "ar" entre o DBS Superleggera e o DB11. Parece que a única coisa que os distingue é o tamanho da boca, o que não faz favores nenhuns ao DBS.
Vai ser interessante acompanhar a chegada dos Aston Martin mid-engine para ver como resolvem a questão do ar de família em modelos com arquiteturas inéditas na marca.
DE qualquer forma, não há respostas certas para esta questão. Existem apologistas para ambas as vertentes: aplicar indiscriminadamente a mesma identidade para todos os modelos, ou criar identidades específicas para cada um.
Mas a este nível — não estamos a falar de marcas de volume —, eu optaria sempre pela identidade individual, mais do que de marca.
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