As freiras devem tomar a pílula. Em defesa da vida (explicam médicos)
As freiras devem tomar a pílula. Em defesa da vida (explicam médicos)
A propensão especial das freiras para determinados tipos de doença não é novidade. Datam de mais de dois séculos as primeiras referências a "pestes" que as vitimavam muito.
E há anos, um estudo efectuado com cerca 32 mil freiras havia já revelado uma incidência de cancro bastante superior à das não-celibatárias. A razão, segundo parece, tem a ver com os ciclos menstruais, cujo número está relacionado com certos tipos de cancro; quanto mais ciclos houver, maior a propensão.
Ora as mulheres que não engravidam nem amamentam têm mais ciclos menstruais. A pílula, que reduz o número deles, contribui assim para reduzir as taxas de cancro. Era lógico, mas agora terá sido demonstrado experimentalmente.
Num editorial publicado na Lancet, revista médica de referência, dois investigadores da universidade de Melbourne referem taxas de diminuição de 12 por cento para cancros em geral quando as mulheres tomam a pílula durante longo tempo.
Para cancro nos ovários e no útero, a diminuição é bastante mais elevada: 50 por cento ou acima. Convém tomar estes dados com algum cuidado, uma vez que não fica explicado exactamente qual a relação causal.
Além disso, a pílula tem efeitos negativos conhecidos (dores de cabeça, alterações de peso, etc) e está mesmo associada a um ligeiro aumento do risco de cancro cervical.
Mas as informações agora confirmadas são suficientemente fortes para os autores recomendarem a utilização da pílula pelas freiras. Vão mesmo ao ponto de citar uma famosa e controversa encíclica papal na qual Paulo VI admite a utilização curativa de medicamentos que também podem servir como contraceptivos.
Desde que no caso o fim não seja este último, não haverá objecção, sugerem os dois investigadores de Melbourne. Resta saber o que a Igreja diz.
Ler mais: As freiras devem tomar a pílula. Em defesa da vida (explicam médicos) - Expresso.pt
A propensão especial das freiras para determinados tipos de doença não é novidade. Datam de mais de dois séculos as primeiras referências a "pestes" que as vitimavam muito.
E há anos, um estudo efectuado com cerca 32 mil freiras havia já revelado uma incidência de cancro bastante superior à das não-celibatárias. A razão, segundo parece, tem a ver com os ciclos menstruais, cujo número está relacionado com certos tipos de cancro; quanto mais ciclos houver, maior a propensão.
Ora as mulheres que não engravidam nem amamentam têm mais ciclos menstruais. A pílula, que reduz o número deles, contribui assim para reduzir as taxas de cancro. Era lógico, mas agora terá sido demonstrado experimentalmente.
Num editorial publicado na Lancet, revista médica de referência, dois investigadores da universidade de Melbourne referem taxas de diminuição de 12 por cento para cancros em geral quando as mulheres tomam a pílula durante longo tempo.
Para cancro nos ovários e no útero, a diminuição é bastante mais elevada: 50 por cento ou acima. Convém tomar estes dados com algum cuidado, uma vez que não fica explicado exactamente qual a relação causal.
Além disso, a pílula tem efeitos negativos conhecidos (dores de cabeça, alterações de peso, etc) e está mesmo associada a um ligeiro aumento do risco de cancro cervical.
Mas as informações agora confirmadas são suficientemente fortes para os autores recomendarem a utilização da pílula pelas freiras. Vão mesmo ao ponto de citar uma famosa e controversa encíclica papal na qual Paulo VI admite a utilização curativa de medicamentos que também podem servir como contraceptivos.
Desde que no caso o fim não seja este último, não haverá objecção, sugerem os dois investigadores de Melbourne. Resta saber o que a Igreja diz.
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