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    Salão Detroit 2012

    Sei que as novidades estão a ser publicadas de forma dispersa pelo fórum, mas para não escrever muito mais do que aquilo que previa(e até porque não tenho o tempo necessário para tal), coloco neste espaço único aquilo que me apetece mandar cá fora

    E começando pelos carros de produção.
    Apesar de não serem directamente comparáveis, a tipologia 3 volumes ou vulgar sedan domina para já os acontecimentos.
    Nos EUA é a tipologia número 1 em carros ligeiros, após as incontornáveis pick-ups que dominam as tabelas de vendas.

    Cadillac ATS, Dodge Dart e Ford Fusion não reinventam a roda.
    São apenas timidas evoluções a um nivel conceptual da tipologia, assim como das respectivas linguagens estéticas das marcas a que pertencem.
    Não deixam de ser positivamente apelativos, mas, como se tem verificado um pouco por todo o lado, são apostas conservadoras.

    Começando pelo anti-série 3, o ATS é uma agradável surpresa.



    A linguagem Art&Science já vai com uma década de existência e agradeçamos a Cadillac por isso. A persistência no uso e constante evolução/refinamento desta linguagem permitiu à Cadillac ganhar uma verdadeira identidade, praticamente imune à mudança de gostos e tendências. Ainda hoje é tão válida como antes. Permite dar o carácter americano necessário à marca, ao mesmo tempo que não se confunde com nada no mercado.

    O ATS revela um lado mais soft e elegante do estilo. Já o tinhamos visto no concept Ciel, onde se nota a presença de linhas curvas na ligação de elementos mais rectilineos, atenuando a brutalidade geométrica anterior, tornando-o mais "simpático" e direi facilmente aproximável.

    No geral está muito bem conseguido. As proporções gerais estão no ponto, providenciadas pela arquitectura RWD resultando num vão frontal pequeno. Os grupos ópticos com desenvolvimento vertical parecem ir perdendo espessura a cada apresentação de novo modelo, o que ajuda à causa da elegância, e permite dar o merecido destaque às rodas.

    A única coisa que acho que deveriam se livrar imediatamente continua a ser a ligeira aresta em arco que define a linha de cintura. Em qualquer dos modelos que aparece não parece encaixar verdadeiramente com nada, apesar de no ATS, linhas em arco serem parte do menu na lateral.

    A traseira, a meu ver, necessitava de uma limpeza. Tem coisas a mais. Nota-se que tentaram dar-lhe tridimensionalidade, com o trabalhar de alguns volumes sobrepostos, notando-se ao nivel da tampa da bagageira, que apresenta dois patamares, mas no final toda a traseira ganharia com algumas linhas a menos.

    No geral, um muito bom exercicio. Se é ou não um rival competente para o série 3, deixemos isso para as reviews. Segundo os planos, o ATS também levará com diesel para ter alguma aceitação necessária na Europa. Comparando com o BLS, isto tá léguas à frente. E curiosamente, o baby-Cadillac oferece uma plataforma RWD, e o topo de gama da marca, o XTS, começa como FWD por usar uma variante alongada da plataforma do Insignia. Hummm....

    Mudando para o Dart, ou o Dodge com genes Alfa Romeo.




    Um sedan "compacto", segundo os americanos. Tal como o Cruze, tem dimensões que o colocariam de forma segura no segmento acima, pelo menos aqui na Europa (quase 4.7m de comprimento, classifiquem-no como quiserem, mas é grande).
    Visualmente é criatura apelativa. Considerando que é um Dodge, acho que conseguiram equilibrar eficazmente as necessidades de ter um desenho dinâmico/agressivo, sem no entanto cair no exagero estilistico ou melhor, decorativo. A meu ver, muito mais equilibrado e coeso o Dart do que, por exemplo, o Charger.

    A nivel de coesão é bastante melhor conseguido que o rival Cruze (onde parecem ter desistido do carro no seu último 1/3), e não aquelas coisas mal resolvidas e idiotas como o triangulo em plástico no pilar C.

    O que se destaca é sem dúvida os extremos, pois são graficamente bastante fortes e facilmente identificáveis. Se na frente, podem-se encontrar ecos do actual Mitsubishi Lancer, sobretudo quando a barra que divide a grelha vem da cor da carroçaria, na traseira, os grupos ópticos unidos num único elemento a toda a largura, funciona de forma excelente a vários niveis, até a aligeirar o rabo volumoso, consequência da ascendente linha de cintura.

    Destaca-se também no perfil a ausência de elementos decorativos bacocos. Apenas uma ligeira aresta a estrutural o perfil, e de resto, apenas modelação de superfície contribuindo para uma lateral limpa de ruido desnecessário.

    O capot também merece atenção, mais uma vez a modelação do mesmo a surtir um belo efeito dinâmico, conjugando soluções que costuma ser mais comum em carros desportivos, com o ponto mais alto do mesmo nas extremidades, como a destacar as rodas, e o plano do capot um pouco mais abaixo. Estas transições entre os diferentes planos, o recorte do capot e grupos ópticos frontais resultam num conjunto com elementos bem integrados e coeso.

    No geral, um muito bom trabalho ao nivel da execução geral do desenho e uma proposta com personalidade vincada. O que no segmento a que vai concorrer, é certamente uma mais valia.

    E por fim Ford Fusion/Mondeo




    Este é o que tenho mais dúvidas.
    NAs imagens que tenho visto, parece-me sempre excessivamente grande e volumoso para a distância entre-eixos e rodas que apresenta.
    De coisas que já li de outros designers que o viram ao vivo, nos carros de produção, dizem ser dos mais conseguidos.
    Vemos a adopção dos temas vistos no EVOS, o kinetic design a afastar-se do exagero exarcebado que encontramos no actual Focus e uma carroçaria com uma série de elementos e pormenores bem conseguidos no geral.

    A tampa da bagageira a seguir o contorno dos grupos ópticos, criando uma secção dinâmica e interessantemente modelada, como no EVOS. A lateral a perder o "pesado" tratamento de superfícies que encontramos no actual Mondeo (sobretudo à volta dos arcos das rodas) é bastante bem vindo. Caracteriza-se apenas por 2 linhas horizontais, bastante remniscente do que a Audi faz.

    A nova face da Ford também considero uma interessante evolução. É óbvia a inspiração Aston "Martinesca" dado o formato da grelha. Não chateia essa aproximação. Também ninguém se chateou quando a Fiat apresentou o GPunto com tiques de Maserati.

    Os novos grupos ópticos, bem mais estreitos, são bastante mais proporcionados quando vistos no conjunto dos outros elementos da frente. É bom ver o regresso a elementos correctamente e proporcionalmente dimensionados.
    Jogam eficazmente com a grelha, e dado o posicionamento dos mesmos, contribui para uma expressão assertiva, confiante.
    Talvez um pouco agressiva demais, dado a forma como posicionaram os grupos ópticos, mas pelo menos não o podem acusar de parecer frágil

    Todo o carro exprime a maturidade do kinetic design, mais sofisticado, cuidado e até contido, com menos elementos e menos ruido, formas mais simples, mas bastante mais eficaz.

    A minha dúvida tem a ver com a volumetria geral do veículo. E só mesmo vendo ao vivo. É um pouco derivativo, sem grandes traços de originalidade, mas ao invés de estrear uma nova linguagem, a Ford procura evoluir o potencial da sua linguagem, o que é excelente para cimentar a identidade da marca. O que no caso de construtores como a Ford costuma variar de forma abrupta, pelo menos uma vez por década.



    Como disse ao inicio, estes 3 sedans estão longe de ser comparáveis entre si, mas o que é de notar é que todos eles tentam afastar-se das tendências do mercado no plano visual e apostar numa identidade única associada à marca. Acabamos por ter 3 estilos distintos e contemporâneos, sem no entanto cairmos excessivamente nos clichés.
    Parece que as tendências irão cair mesmo é na procura de estilos próprios, que sejam facilmente identificáveis pelo consumidor como associados a marca X ou Y.
    Sempre é melhor que alguém quebrar a loiça com um estilo novo e toda a gente ir atrás.

    Claro que isto é para continuar...

    #2
    Olha o dodge Fart

    Comentário


      #3
      Eu acho que para nós Portugueses/Europeus os olhos vão estar postos no Novo Ford Mondeo e Honda Accord.

      E depois claro há os desportivos e exóticos, esses são sempre um must!

      O Dodge Dart/Fiat Berlina é muito giro mas vai ter um mercado muito residual num mercado de Hatch's/Station Wagons e afins...

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Fahrenheit Ver Post
        O Dodge Dart/Fiat Berlina é muito giro mas vai ter um mercado muito residual num mercado de Hatch's/Station Wagons e afins...
        Se aquela tampa de mala juntamente com o vidro traseiro for transformado numa quinta porta, estilo "liftback", esse problema estaria "vencido".

        Estou a falar de uma porta de mala tipo Xsara, por exemplo, ou então como o Octavia.


        Editado pela última vez por ClioII; 10 January 2012, 23:47.

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
          Se aquela tampa de mala juntamente com o vidro traseiro for transformado numa quinta porta, estilo "liftback", esse problema estaria "vencido".

          Estou a falar de uma porta de mala tipo Xsara, por exemplo, ou então como o Octavia.
          O Laguna e o Mondeo também têm essas configurações

          O problema não está na configuração, o Design do Dart é que é demasiado americano, e esses carros têm "penetração" difícil no nosso mercado.

          Comentário


            #6
            A frente do Ford é legal? lol

            Comentário


              #7
              Chevrolet-Code-130R-and-Tru-140S-Concepts.jpg


              Estes 2 fazem-me confusão a vários niveis.
              Do lado esquerdo o Code 130R, do lado direito o Tru 140S.
              Primeiro que tudo são obra divina do crowd sourcing. Tendo em conta o desinteresse cada vez mais evidente das camadas mais jovens pelo automóvel, a GM ou Chevy decidiram ir perguntar aos "millennials" o que raio eles querem que o mundo de 4 rodas lhes dê para fazer deles compradores.

              E basicamente as respostas cairam em algo com formato coupe, mas com espaço para levar amigos, ou seja, 4 lugares usáveis. E claro, estes consumidores prezam sobretudo conectividade, mas isso é algo que veremos mais à frente, pois de momento, só se realizaram as "conchas" externas. O que está lá dentro fica para outro salão.

              E a Chevy foi simpática em nos dar 2 concepts bastante distintos na abordagem ao tema do coupé de 4 lugares.
              Temos um ponto de vista mais tradicional, dado pelo Code e um mais ousado, dado pelo Tru.

              O Code, o vermelhinho mais clássico, até começa bem, se o ponto de partida fôr as entranhas. Motor longitudinal frontal e tracção traseira, com dimensões razoavelmente compactas.
              4.4m de comprimento, por 1.8 de largura e quase 1.4m de altura. Simpático.
              Mas porque é que tinham de fazer um série 1 wannabee?

              E ainda por cima copiaram mal. O série 1 nunca foi um exemplo de beleza, mas na versão coupé conseguia o equilibrio proporcional que faltava ao hatch, e deve ser dos poucos coupes reais que se safou com um habitáculo de altura tão generosa e tão destacado do volume inferior, dando-lhe uma aparência compacta e algo quadradona. Apesar da estética discutivel, a execução da mesma revelava excelência na sua aplicação, sobretudo na modelação das superfícies e definição dos caracteristicos vincos, que lhe davam uma apelativa tensão nos flancos.

              O Code, respeitando o layout do 1, que é dos melhores layouts para se conseguir as melhores proporções, até nisso falhou. O tejadilho parece ter comprimento a mais, dado o formato da janela; o vinco na lateral, exactamente na mesma posição do que no 1 não consegue nem de perto criar a tensão necessária e a única coisa que o safa são o desenho de alguns elementos como grupos ópticos e até integração dos mesmos no todo.

              Só que não consigo ultrapassar as proporções. É mau. Devem ter dado a desenhar o volume do habitáculo a algum amador, dado não encaixar em nada com o volume inferior do corpo do carro.

              Mas existe um raio de esperança de nome Tru, por muito esquisito que soe.
              Sim, encontra-se muitas semelhanças com o GTC da Opel. Desde o saliente ombro traseiro, aos faróis, até ao contorno da área vidrada, é um decalque na medida do possivel do GTC.
              Mas isto é uma criatura bem mais baixa e larga. São menos 12cm de altura e mais 4cm de largura para 4.5m de comprimento e uma generosa distância entre-eixos de 2.74m, 5cm mais que o astra.
              No que toca a proporções, esta criatura razoavelmente baixa e larga está "spot on". Tem presença e genes exóticos suficientes para criar o seu próprio espaço.

              Quando observamos o perfil, temos basicamente, as tipicas proporções de um exótico superdesportivo com motor central traseiro. Frente curta, pilar A em cima do eixo dianteiro e uma linha rápida em arco de tecto, apenas parando no fim da traseira, interceptada por um pequeno spoiler

              Este perfil monovolume tem mais a ver com o que a Lamborghini faz.
              Coloque-se um Gallardo ao lado, e encontramos exactamente as mesmas proporções nno perfil


              Claro que não é um Lambo, mas este Tru tinha tudo para ser um mini-exótico.
              Surpresa, surpresa quando li sobre as entranhas do bicho. Apesar de tudo nas suas linhas anunciar um coupe de 4 lugares com motor central traseiro (um pouco como o Evora), o meu choque quando este atractivo coupe e bastante bem mais "esgalhado" que o Code assenta a sua carroçaria sobre o chassis e plataforma de um Cruze.

              WTF??? Que anti-climax. Uma das criaturas que mais interesse gerou a estes olhos, e não é mais que um fato enganador.

              Por tudo isto me deixam confusos este par de concepts. Um tem a arquitectura certa, mas o copy-paste é um fail de proporções épicas, e o outro acerta no estilo, mas disfarça as entranhas convencionais com uma pele de desportivo com motor central traseiro.

              Isto é realmente o carro da malta jovem... "smoke and mirrors"
              Aspiracional por um lado, imitando as referências premium; mas sempre "wannabees", tentando passarem por algo que nunca o serão.

              De todo este exercicio, ao menos que se aproveite a curiosa plataforma RWD do Code (não vi referências à sua proveniência. Talvez algo derivado do novo ATS?). Sempre poderá dar origem a algo mais interessante/divertido no plano da condução, e poderiam sacar dali um bom rival para o GT86/BRZ
              Editado pela última vez por crash; 11 January 2012, 00:44.

              Comentário


                #8
                Eu acho o Tru muito parecido com o Wind da Renault.

                Comentário


                  #9
                  Os japoneses merecem destaque.
                  Toyota, Lexus e Honda(Acura) apresentaram concepts que estão entre os melhores de todo o salão.

                  Começando pela estrela do salão, o sucessor do NSX.




                  Felizmente a Honda abandonou os planos de substituir o NSX por um rival do Godzilla, como à uns anos parecia provável.
                  Este NSX é compacto (mais ou menos o comprimento de um Cayman) e aposta novamente na "ligeireza" das soluções para obter eficiência e performance.
                  Não se conhece specs, mas sempre temos um V6 transversal na traseira, ajudado por 3 motorzinhos eléctricos.

                  Mas o melhor de tudo até é o aspecto.
                  O primeiro NSX respondia a tendências estéticas do final dos anos 80, inicio dos anos 90, que os japoneses abraçaram de forma mais evidente (sobretudo em concepts. A mitsubishi também tinha alguns concepts que partiam das mesmas permissas). Basicamente, uma cupula de vidro assente sobre um corpo de metal, com contornos esguios e a entrarem numa corrente que ficou conhecida (e a meu ver, de forma errónea) como bio-design.

                  O NSX deve ter sido o único carro de produção que trouxe essa realidade conceptual para as ruas de modo mais explicito.
                  Este novo NSX obedece a outros critérios visuais, apesar de não esquecer a sua proveniência sem cair em clichés ou pastiches, afastando-se convenientemente do seu antecessor.

                  O novo NSX encaixa nas permissas visuais da Acura, o que de inicio poderia ser assustador, mas felizmente o resultado final é bastante conseguido. Não é perfeito, com o desenho ainda a precisar de refinamento.
                  Sendo um Acura, temos arestas bem definidas separando as superfícies tendecialmente planas. Um look "hi-tec", ajudado até pela cor fria escolhida, demonstrando precisão, rigor mas no entanto, e tendo em conta o tipo de carro que é, de aparência dinâmica.

                  Dinamismo esse providenciado por duas linhas em arco, que definem o volume do habitáculo e também forma a entrada de ar lateral. É também mais um concept com pilares traseiros a servirem de elementos aerodinâmicos, à lá 599.
                  Curioso o pilar A não estar visualmente unido à carroçaria, como a flutuar.

                  Proporções gerais, o NSX tem tiques de R8, sobretudo quando visto a 3/4 de frente. Desde a frente dominada por entradas de ar com os grupos ópticos integrados na mesma, até à aresta que define o arco da roda do eixo frontal.

                  Apesar de tudo, tem bastante identidade e personalidade. Sendo um concept está exagerado um pouco por todo o lado. A traseira tem facetamentos a mais, os elementos da frente, sobretudo aquelas "barbatanas"(?) que dividem as entradas de ar inferiores têm demasiado destaque, e sinceramente, nunca fui grande fã da tipica grelha da Acura.

                  As jantes também deixam bastante a desejar. Este concept tem uns tiques bling bling que esperemos fiquem na prateleira quando a versão de produção chegar à rua.

                  Mas no geral, num mundo onde até os exóticos parecem cada vez mais estarem desprovidos de identidade, caindo sempre nos mesmos clichés visuais desta tipologia, o NSX é, felizmente, uma criatura que a nivel visual, consegue estar acima desse universo. Pode não ser o mais bonito, ou o melhor desenhado, mas existe substância e personalidade.
                  Editado pela última vez por crash; 11 January 2012, 09:39.

                  Comentário


                    #10
                    Bom tópico Crash! Estou a gostar de ler

                    Comentário


                      #11
                      Como sempre 5 estrelas Crash!

                      PS: Pensei que era o único que via aspectos do R8 no NSX.
                      Editado pela última vez por Fahrenheit; 11 January 2012, 14:47.

                      Comentário


                        #12
                        Pretendia despachar os japoneses de uma vez só, mas entretanto o trabalho pôs-se à frente.
                        Espero até ao final do dia conseguir adicionar o Lexus LF-LC e o Toyota NS4, que demonstram claramente a mudança de paradigma cultural que ocorre actualmente na Toyota

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Fahrenheit Ver Post
                          Eu acho que para nós Portugueses/Europeus os olhos vão estar postos no Novo Ford Mondeo e Honda Accord.

                          E depois claro há os desportivos e exóticos, esses são sempre um must!

                          O Dodge Dart/Fiat Berlina é muito giro mas vai ter um mercado muito residual num mercado de Hatch's/Station Wagons e afins...
                          Atenção n extrapoles o "peculiar" mercado português para o q acontece no resto da Europa, basta veres a relação de vendas dos SW/hatch em Espanha... ou na Europa de leste.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Fahrenheit Ver Post
                            Eu acho que para nós Portugueses/Europeus os olhos vão estar postos no Novo Ford Mondeo e Honda Accord.

                            E depois claro há os desportivos e exóticos, esses são sempre um must!

                            O Dodge Dart/Fiat Berlina é muito giro mas vai ter um mercado muito residual num mercado de Hatch's/Station Wagons e afins...
                            Se o Accord USA não for diferente do Accord na Europa...actualmente o nosso Accord é um Acura, e o Accord é diferente. Até tem mais carroçarias disponiveis.

                            Comentário


                              #15
                              Aproveitando, mete-se já a versão europeia do Mondeo


                              Comentário


                                #16
                                Estreias Mundiais Confirmadas (in AutoFoco)

                                Acura RDX
                                Acura ILX Concept
                                Acura NSX Concept
                                Bentley Continental GT/GTC V8
                                BMW Série 3
                                BMW ActiveHybrid 3
                                Buick Encore
                                Cadillac ATS
                                Chrysler 200 Super S
                                Dodge Charger Redline
                                Dodge Dart
                                Ford C-Max Hybrid
                                Ford Fusion/Mondeo
                                Ford Shelby GT500 Convertible
                                Hyundai Veloster Turbo
                                Honda Accord Coupé Concept
                                Lexus LF-LC
                                Mercedes E 300 BlueTec Hybrid
                                Mercedes E 400 Hybrid
                                Mercedes SL
                                Nissan Pathfinder Concept
                                Porsche 911 Cabriolet
                                Scion FR-S
                                Smart For-Us
                                Toyota Prius C
                                Toyota NS4
                                VW Jetta Hybrid

                                Comentário


                                  #17
                                  Gostei mto do NSX. De marcas a reentrar no mercado com super-desportivos, este NSX faz parecer o futuro McLaren velho!

                                  Comentário


                                    #18
                                    O mondeo está muito interessante, parece um austin, mas também os carros fabricados por esse mundo fora são tantos, que têm de se assemelhar em algum aspecto a algum carro já existente.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Unreal Ver Post
                                      Aproveitando, mete-se já a versão europeia do Mondeo


                                      Aquela grelha parece de um Aston!

                                      Comentário


                                        #20
                                        Se me dissessem que vinha mesmo da fabrica da aston acreditava.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por fcorreia Ver Post
                                          O mondeo está muito interessante, parece um austin, mas também os carros fabricados por esse mundo fora são tantos, que têm de se assemelhar em algum aspecto a algum carro já existente.
                                          Não vejo onde.

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por fcorreia Ver Post
                                            O mondeo está muito interessante, parece um austin, mas também os carros fabricados por esse mundo fora são tantos, que têm de se assemelhar em algum aspecto a algum carro já existente.


                                            Não acho, o Mondeo tem uma grelha muito maior e formas bastante mais arredondadas.

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                                              #23
                                              Continuando com o Japão e o choque cultural que a Toyota está a passar.
                                              O seu presidente quer uma marca ou marcas com mais paixão, raça e começamos a ver os frutos dessa estratégia. O LF-A chegou à rua e, apesar de ser caro de forma obscena, não se pode duvidar da qualidade do produto e das suas qualidades como "driver's car", com a imprensa inglesa a preferi-lo relativamente a pesos pesados como o 599 GTO ou o Aventador, e contando já com o défice de performance absoluta relativamente a estes.

                                              O Gt86 está a chegar, e para os entusiastas das máquinas divertidas e acessiveis, deve ser a criatura mais ansiada durante este ano.

                                              E agora, começamos a ter uma ideia mais concreta de como a próxima geração de Toyotas e Lexus se vão apresentar, com a apresentação de concepts que servem de manifestos visuais para o que aí vêm.

                                              Considerei no post anterior o NSX como estrela do salão. Não só representa um futuro modelo de produção (e parece que desta vez, é mesmo para sair), como também revela uma abordagem que se afasta do "big is better" que tem caracterizado a industria, e estanca a tendência da Honda e Acura para desenhos verdadeiramente decepcionantes.

                                              No entanto, o LF-LC é a meu ver, um dos maiores destaques ou o maior destaque do ponto de vista visual.
                                              Esta criatura orgânica e até excessiva é um pujante manifesto visual. Permite vistas brutais como esta


                                              Faz um tipo simplesmente salivar
                                              Nota-se as influências do LF-A. Foi o primeiro verdadeiro corte com a imagem conservadora que a Lexus tinha, apesar do IS e sobretudo IS-F terem demonstrado que havia algo mais na Lexus que hibridos e isolamento do mundo exterior.

                                              O LF-LC leva tudo a um extremo. Demasiado exagerado, até bling bling, no desenho das ópticas, e até com linhas a mais. Reparem no pormenor do pilar A, com a aresta que nasce da grelha a atravessá-lo da base ao topo num único movimento fluido. Desncessário? sem dúvida.

                                              As poucas arestas que esta escultura móvel possui é como se fossem os "ossos" que seguram a sua pele bastante tensa, como se esticada quase ao ponto de ruptura. Mas nada parece forçado. A execução das superfícies é magistral na forma como parecem ser elásticas, usando os cantos(rodas) como os pontos de partida para toda a modelação. Conseguem fundir uma organicidade intensa, com precisão e rigor.

                                              Os grupos ópticos tanto à frente como atrás são elementos complexos, com forte componente gráfica. Demasiado decorativos. E se encaixam bem neste concept, esperemos que fiquem apenas nele, pois, não estou a ver um hipotético LS a levar a dele avante com pormenores tão extremos.

                                              Tenho muitas dúvidas relativamente á grelha e como a encaixarão na futura gama da Lexus. O problema deste LF-LC é que é máquina tão extravagante, que consegue integrar facilmente estes elementos gráficos, conseguindo grandes niveis de coesão, em conjunção com uma grande qualidade de execução.

                                              O problema é traduzir toda esta exuberância para a realidade produtiva, e ao ver a dimensão e presença daquela grelha, e a expressividade do trabalho de escultura no concept, é um exercicio interessante ver como esta linguagem poderá ser traduzida num sedan de 5m como o LS ou num SUV como o RX. Da mesma forma que os excelentes concepts da Mazda que obedeciam à linguagem Nagare apenas originaram umas linhas onduladas, e sem muito sentido, na lateral de um MPV, receio que este espectacular concept vá dar origem a criaturas barrocas sem grande nexo.



                                              Para rematar, compare-se a organicidade e exuberância das superfícies, linhas e elementos do LF-LC com a estética mais tecnológica, rigorosa e geométrica do NSX. Até a escolha de cor reflecte o carácter de cada estética (gostaria de ver imenso o LF-LC num cinzento matte. Deve ser uma delicia apreciar todo este exercicio de modelação)

                                              Cada vez mais, vemos esforços por parte de todas as marcas em ter uma identidade própria. Apesar de existirem sempre tendências que todos acabam mais ou menos por seguir, neste momento, e após toda a influência providenciada pelo Bangle ter amadurecido em propostas mais coesas, harmoniosas e refinadas, já conseguimos encontrar estéticas perfeitamente distintas entre construtores. Desde as mais orgânicas e dinâmicas, às mais decorativas até áquelas mais rigorosas, planas e geométricas. Num mundo em que cada vez os carros são mais iguais ao nivel das entranhas dado todas as partilhas que ocorrem, esta diversificação visual que vemos ocorrer no inicio desta década, veio dar, pelo menos um colorido extra ao panorama automóvel.

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                                                #24
                                                O Tru parece um mini-NSX

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                                                  #25
                                                  Não só a Lexus nos brindou com um excelente e excitante concept, também a nossa marca preferida de electrodomésticos sobre rodas decidiu agitar as águas, ou melhor, os lápis.

                                                  Para se afastar da ideia generalizada de que até tem boas propostas, mas das mais enfadonhas, apresentou em Detroit um concept que, caso seja tão influente como dizem, poderá refrescar bastante a imagem da Toyota.



                                                  O NS4, em muitos aspectos, recorda-me o trabalho da Honda efectuado nos concepts que anteveram o FCX Clarity. Os contornos gerais são semelhantes. Frente curta, praticamente ausência de transição entre volumes, dando-lhe um perfil monovolume, e no geral, estética dominada pela depuração das formas. Um visual "sleek", "streamlined", a expressar cuidada aerodinâmica, focado no pouco drag.

                                                  Contrastando com as superfícies dinâmicas da Lexus, temos aqui superfícies planas, num desenho quase bidimensional, apesar de os extremos revelarem um bom contraste, revelando tridimensionalidade.

                                                  O NS4 traz alguns apontamentos decorativos, coisa que talvez achassem necessário acrescentar, dado as vastas superfícies que agraciam este carro.
                                                  No entanto, acho que o NS4 até poderia passar bem sem eles, até porque nalguns casos têm um efeito dúbio.

                                                  Temos um sedan "monovolumizado", com proporções bastante interessantes, dado a sua altura reduzida.
                                                  Um pouco como a Alfa Romeo, vemos várias linhas a convergir na frente, não num scudetto, mas num elemento estrutural central (com contornos triangulares, um pouco como o scudetto), que tornam a frente bastante afilada, solução pouco comum. Esse elemento central intersecta um generoso trapézio que serve de entrada de ar.

                                                  como já vimos no GT86, e de forma algo bacoca, no facelift do Aygo, é de esperar que o trapézio seja futuramente, elemento constante na face dos Toyota.

                                                  O aspecto mais curioso deste concept é a presença de alguns elementos de corte/quebra de toda a linearidade que caracteriza o concept. Seja o apontamento decorativo cromado que se expande pelo pilar C, em zigzag, ou o vinco por baixo do retrovisor, que faz com que o arco de roda se destaque da restante carroçaria, ganhando a robustez necessária.

                                                  Acho que sentiram necessidade de aplicar estes elementos "perturbadores" que acabam por dar mais interesse ao desenho e cortar a monotonia e a estaticidade que poderia advir da depuração geral das formas, ausência de modelação e recurso a linhas horizontais e superfícies planas.

                                                  O bom é que tudo foi executado e integrado mesmo muito bem. Os apontamentos decorativos nos grupos ópticos, livrar-me-ia deles, pois pouco fazem por lá.
                                                  Talvez experimentar com mais alguns discretos vincos em vez dos cromados, para criar algum interesse na superfície, como o que temos por baixo do retrovisor, e poderia surtir o mesmo efeito.

                                                  Se isto é o futuro da Toyota, à esperança. Bem mais interessante que a generalidade da gama actual, mas tal como a Lexus, um tipo fica receoso em como esta estética pode ser traduzida/diluida para o mundo real.

                                                  Valorizo a limpeza geral das superfícies, e a manter aquela frente, certamente garante uma face mais distinta e até necessária à Toyota. A traseira, também está elegantemente resolvida, com spoiler integrado e parachoques a forma um simples e dinâmico "S" quando visto de perfil, e o trapezio inferior a cortar eficazmente o volume da traseira.

                                                  Segundo dizem, este concept poderá servir de base ao próximo Prius, mas dado as dimensões bastante acrescidas, seria muito mais interessante ver este concept servir de base ao próximo Avensis. O Prius tem uma identidade bem definida, praticamente icónica, dado pela Kammtail. O NS4 foge a esse paradigma, pelo que poderia ser um excelente ponto de partida para os futuros sedans da marca.
                                                  Uma linguagem e elementos bastante mais interessantes do que qualquer coisa que a Toyota nos tenha mostrado nos últimos anos.

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                                                    #26
                                                    Continuando, apesar do atraso...

                                                    Lincoln MKZ, concept muito próximo da realidade produtiva.
                                                    Primeiro, para quem quer saber o que é uma traseira fastback, basta olhar para o perfil deste carro, que expressa-a de forma pura



                                                    Relativamente ao carro em si, fiquei surpreendido pela positiva.
                                                    Por baixo desta pele tensa e limpa, temos um Ford Fusion.

                                                    É uma excelente evolução do que a Lincoln tem mostrado nos últimos anos.
                                                    Pegaram nos elementos fortes que identificavam a marca e reinterpretaram-nos, já que apesar de distintos, não têm tido a aprovação desejada.

                                                    O que aprecio nisto, é a simplicidade aparente de todo o desenho, mas com enorme sofisticação e atenção ao pormenor, com um resultado global de uma elegância suprema.
                                                    Isto é um carro bastante grande, e com a traseira fastback, o meu único reparo será ao volume traseiro, que parece ser um "tadinha" excessivo, e que joga contra o restante conjunto de tensão e elegância.

                                                    A grande novidade passa pela evolução dos elementos de identidade na frente.
                                                    Parecem 2 asas estilizadas. Relativamente ao que já conheciamos da Lincoln, ganham mais dinamismo, com o acentuar dos contornos diagonais e também elegância, com a reorientação dos elementos que preenchem a grelha, que passam a horizontais, em vez dos verticais conhecidos. Os grupos ópticos afilados e de reduzida dimensão também contribuem para a percepção de elegância.

                                                    A meu ver, é a modelação das superfícies que realmente deu um grande salto em frente. Temos um ombro mais definido e largo do que em outros Lincolns. Se efectuarmos um corte transversal para ver a secção do perfil, permite verificar no contorno que obtemos a subtil variação da curvatura da linha que define o ombro, indo de encontro ao seu limite, e de igual modo a linha que define a superfície lateral.

                                                    Temos uma superfície tensa, gerando ligeirissima côncavidade, permitindo dar efeito de tecido esticado sob uma estrutura, resultando em algo verdadeiramente elegante e depurado. Nada mais é necessário. Iria apenas sujar este subtil trabalho de luz/sombra. Gostaria imenso de ver este concept na rua, para averiguar se resulta tão bem como nas imagens. Se permite notar estas nuances todas.

                                                    A Mercedes deveria olhar com atenção para este concept, em vez de olhar para os BMW. A elegância de que o MKZ sofre é o que mais faz falta à Mercedes actual, que parecem ter sido desenhados por alguém que está realmente frustrado com a vida, tal é a agressividade demonstrada, juntamente com excesso de ruido visual que não faz falta nenhuma.

                                                    Na traseira, finalmente parecem ter conseguido criar uma solução verdadeiramente apelativa para a "barra" óptica que costuma ocupar a traseira à largura toda. No geral tem dado coisas bastante dúbias. No concept, temos pela primeira vez, algo muito bem integrado.

                                                    A Lincoln está a passar por uma reestruturação, com alocação de meios para lhe dar um tão necessário boost. E este concept é o primeiro resultado desse refocar de esforços. Isto faz elevar as expectativas. Esperemos que não as defraudem. Um óptimo antídoto para o estilo mais "edgy" da Caddilac

                                                    uma das surpresas mais agradáveis do salão deste ano. E sem dúvida o melhor stand de todo o salão.


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