Anúncio

Collapse
No announcement yet.

Sobreendividados: idosos socorrem filhos de meia-idade que deviam ser autónomos

Collapse

Ads nos topicos Mobile

Collapse

Ads Nos topicos Desktop

Collapse
X
Collapse
Primeira Anterior Próxima Última
 
  • Filtrar
  • Tempo
  • Show
Clear All
new posts

    Sociedade Sobreendividados: idosos socorrem filhos de meia-idade que deviam ser autónomos

    Ouvi esta notícia hoje que me deixou inquietado e achei que devia partilhar, quanto mais não seja pelo "serviço público". Acho que este facto retrata aquilo que se vê hoje em dia: muita gente vive acima das possibilidades. Não tenho nada contra quem vive nestes moldes, eu não vivo assim.... mas levar ao endividamento de pais destas pessoas é, no mínimo, imoral e triste, do meu ponto de vista.

    Sobreendividados: idosos socorrem filhos de meia-idade

    O espelho da crise aguda vivida por cada vez mais portugueses: uma técnica da DECO garantiu na quinta-feira à noite, no Porto, que já foi chamada a ajudar casais de idade avançada que contraíram créditos até entrarem em sobreendividamento para socorrerem filhos que deveriam ser financeiramente autónomos.

    No debate «Viver mais com menos», promovido pela Associação Católica do Porto, Ana Passos, do gabinete da DECO/Porto para apoio ao sobreendividado, contou o caso concreto de um casal, já de idade considerável e com poucos recursos, que contraiu dois créditos para socorrer os filhos em dificuldades, acabando também por não conseguir pagar as prestações.

    A DECO ajudou esta família, sensibilizando-a para cortar em despesas fixas elevadas tidas por menos necessárias, incluindo gastos mensais em telemóveis na ordem dos 300 euros.

    Neste caso, como em muitos outros, a DECO procurou renegociar os créditos, obtendo períodos de carência (durante um hiato de tempo os devedores só pagam juros) e a dilatação dos prazos para saldar os compromissos bancários, adianta a Lusa.

    Perante um auditório que incluía o bispo do Porto, Manuel Clemente, a técnica da DECO disse conhecer casos de famílias que têm 30 créditos e referiu que os tribunais portugueses estão a decretar, todos os dias, 14 novas falências singulares.

    Ana Passos reconheceu as dificuldades de sobrevivência de muitos portugueses, mas pediu que se ajudem a si próprios, o que passa, por exemplo, por olharem com desconfiança algumas campanhas publicitárias ou fazerem um cuidado planeamento das despesas.
    Fonte: Sobreendividados: idosos socorrem filhos de meia-idade | agência financeira

    #2
    Mas este é um cenário infelizmente habitual na maior parte do mundo.

    Há uns anos, nos USA publicou-se um estudo aterrador sobre o modo como as pensões dos pais são afectadas pelos filhos.

    Portugal é assim para o atrasado, mas não tanto...

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por LEMF Ver Post
      Ouvi esta notícia hoje que me deixou inquietado e achei que devia partilhar, quanto mais não seja pelo "serviço público". Acho que este facto retrata aquilo que se vê hoje em dia: muita gente vive acima das possibilidades. Não tenho nada contra quem vive nestes moldes, eu não vivo assim.... mas levar ao endividamento de pais destas pessoas é, no mínimo, imoral e triste, do meu ponto de vista.



      Fonte: Sobreendividados: idosos socorrem filhos de meia-idade | agência financeira
      É verdade, mas também é verdade que muitas pessoas que viviam perfeitamente dentro das suas possibilidades se viram, de uma hora para a outra, com os seus rendimentos drasticamente reduzidos, para estes, dizer que viviam acima das possibilidades é insultuoso, conheço vários casos e ao longo deste ano, infelizmente, verei muitos mais.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por luissousa6 Ver Post
        É verdade, mas também é verdade que muitas pessoas que viviam perfeitamente dentro das suas possibilidades se viram, de uma hora para a outra, com os seus rendimentos drasticamente reduzidos, para estes, dizer que viviam acima das possibilidades é insultuoso, conheço vários casos e ao longo deste ano, infelizmente, verei muitos mais.
        Concordo. Há pessoas que por estes dias vivem acima das suas possibilidade não porque o seu estilo de vida seja gastador, mas sim porque as possibilidades desceram abruptamente. Basta ficar desempregado.

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Axxantis Ver Post
          Concordo. Há pessoas que por estes dias vivem acima das suas possibilidade não porque o seu estilo de vida seja gastador, mas sim porque as possibilidades desceram abruptamente. Basta ficar desempregado.
          Nem é preciso ficar desempregado. Imagine-se um funcionário público bem remunerado (por exemplo um juiz) a quem é retirado primeiro 10% de salário, a que acresce no ano seguinte a perda de dois meses de salário. Admitindo que esse funcionário tinha os encargos relativamente equilibrados com o rendimento, e mesmo que até existisse alguma folga, a perda de tanto rendimento facilmente levará a um sobre endividamento, porque há encargos que não se conseguem reduzir de um dia para outro.

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Jbranco Ver Post
            Nem é preciso ficar desempregado. Imagine-se um funcionário público bem remunerado (por exemplo um juiz) a quem é retirado primeiro 10% de salário, a que acresce no ano seguinte a perda de dois meses de salário. Admitindo que esse funcionário tinha os encargos relativamente equilibrados com o rendimento, e mesmo que até existisse alguma folga, a perda de tanto rendimento facilmente levará a um sobre endividamento, porque há encargos que não se conseguem reduzir de um dia para outro.
            Isso já acho mais dificil de aceitar. Uma pessoa bem remunerada que fique em dificuldades por perder 10 ou 20% do seu rendimento é porque nunca cuidou de fazer uma poupança minimamente decente.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por Jbranco Ver Post
              Nem é preciso ficar desempregado. Imagine-se um funcionário público bem remunerado (por exemplo um juiz) a quem é retirado primeiro 10% de salário, a que acresce no ano seguinte a perda de dois meses de salário. Admitindo que esse funcionário tinha os encargos relativamente equilibrados com o rendimento, e mesmo que até existisse alguma folga, a perda de tanto rendimento facilmente levará a um sobre endividamento, porque há encargos que não se conseguem reduzir de um dia para outro.
              O que é que pode ser que aos 65 anos endivide alguém nessa situação? Casa de férias? Iate? Porsche? Moradia em Cascais? Para tudo há uma solução, ou desfaz-se daquilo que é supérfluo, ou vende e compra mais pequeno.

              Comentário


                #8
                300€ de telemóvel por mês Eu nem quando trabalhava numa empresa de transportes gastava isso (máximo de 200€ num mês que foi um caos!!!).
                Eu também já ouvi casos de famílias em que a gestão do dinheiro é calamitosa, um dos quais num agregado familiar que tirava uns 7500€/mês e tinha os cartões todos no vermelho, etc.

                Comentário


                  #9
                  Esses idosos que socorrem os filhos não viveram com metade do que eles viveram...

                  Numa altura da minha vida precisei de fazer um credito e os juros eram de 25%.... paguei em 4 anos e nunca mais na vida fiz nenhum credito vivi sempre á medida do que fui ganhando. Há pessoas que fazem creditos para comprar uma televisão...

                  Comentário


                    #10
                    Ajudam porque querem.

                    A culpa no fim de contas é de quem o aceita fazer de livre vontade, o coração mole passou para os filhos e levou-os a essas situações.

                    Também conheço um caso assim, mas entre a minha tia-avó com 80 e picos e a minha prima de 30 e tais, é ela própria que tem gosto em ajudar mesmo tendo pessoas a dizer para não o fazer, depois queixa-se que não lhe paga e que é uma velhinha coitada com uma reforma de para aí 200€ LOL.

                    Cpts,
                    Editado pela última vez por Lamuitulomge; 11 February 2012, 02:28.

                    Comentário


                      #11
                      E cada vez mais esta realidade vai aumentar...
                      Não me lembro de nada que tivesse descido, a não ser os salários.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por TommyPT Ver Post
                        E cada vez mais esta realidade vai aumentar...
                        Não me lembro de nada que tivesse descido, a não ser os salários.
                        É possivel viver com bem pouco e ser feliz, o problema é não se saber disso em regra.

                        E se estamos mal há que fazer por deixar de estar.

                        Cpts,

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Lamuitulomge Ver Post
                          É possivel viver com bem pouco e ser feliz, o problema é não se saber disso em regra.

                          E se estamos mal há que fazer por deixar de estar.

                          Cpts,
                          Quando vires o teu passe ser aumentado para o dobro, a conta do super mercado aumentada em 1/3, mais um aumento de combustiveis, aumento da prestação da casa, aumento dos custos de educação para com os miúdos e graúdos, aumento da electricidade, água, tx de saneamento e do gás (há 10 anos atrás pagava 18€ de gás, agora pago 37€ e o consumo até tem vindo a diminuir), agravamento do ex IMI e dos escalões do IRS, entre outros vem cá falar em felicidade.
                          Simplesmente já não há dinheiro e as pessoas estão a ser chuladas À GRANDE. Já falta muito pouco para uma falência nacional. Eles tomaram a iniciativa de cortar na despesa e por cima ainda aumentar a entrada, que é a decisão puramente errada (ou faziam uma coisa, ou outra).
                          2012 será efectivamente o fim de Portugal as we know it.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por TommyPT Ver Post
                            Quando vires o teu passe ser aumentado para o dobro, a conta do super mercado aumentada em 1/3, mais um aumento de combustiveis, aumento da prestação da casa, aumento dos custos de educação para com os miúdos e graúdos, aumento da electricidade, água, tx de saneamento e do gás (há 10 anos atrás pagava 18€ de gás, agora pago 37€ e o consumo até tem vindo a diminuir), agravamento do ex IMI e dos escalões do IRS, entre outros vem cá falar em felicidade.
                            Simplesmente já não há dinheiro e as pessoas estão a ser chuladas À GRANDE. Já falta muito pouco para uma falência nacional. Eles tomaram a iniciativa de cortar na despesa e por cima ainda aumentar a entrada, que é a decisão puramente errada (ou faziam uma coisa, ou outra).
                            2012 será efectivamente o fim de Portugal as we know it.
                            As pessoas vivem bem, 40% delas não vota, a outra parte fá-lo sempre nos mesmos.

                            Se cairam num buraco podem sair dele, basta quererem.

                            E não percebo porque é que a maioria das pessoas opta por taxa variável no crédito-habitação, ficam à mercê do andamento da economia mas parece que não querem saber disso.

                            Cpts,
                            Editado pela última vez por Lamuitulomge; 11 February 2012, 03:42.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Lamuitulomge Ver Post
                              As pessoas vivem bem, 40% delas não vota, a outra parte fá-lo sempre nos mesmos.

                              Se cairam num buraco podem sair dele, basta quererem.

                              E não percebo porque é que a maioria das pessoas opta por taxa variável no crédito-habitação, ficam à mercê do andamento da economia mas parece que não querem saber disso.

                              Cpts,
                              Optam por taxa variável porque poupam dinheiro com isso. As taxas de referencia costumam acompanhar o andamento da economia, que é o que está a acontecer actualmente por exemplo, com taxas historicamente baixas.

                              Comentário


                                #16
                                Nada de novo.. Uma percentagem muito significativa das famílias vive como o governo viveu.

                                Para muito ser feliz é ter dinheiro para carros, casas, férias, etc. E mal de quem diga o contrário!

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por Jbranco Ver Post
                                  Nem é preciso ficar desempregado. Imagine-se um funcionário público bem remunerado (por exemplo um juiz) a quem é retirado primeiro 10% de salário, a que acresce no ano seguinte a perda de dois meses de salário. Admitindo que esse funcionário tinha os encargos relativamente equilibrados com o rendimento, e mesmo que até existisse alguma folga, a perda de tanto rendimento facilmente levará a um sobre endividamento, porque há encargos que não se conseguem reduzir de um dia para outro.
                                  Mas isso pôs-se actualmente nas chamadas famílias de classe média da FP: professores, técnicos superiores, enfermeiros, médicos, juízes, etc.

                                  Com os cortes salariais, mesmo com folgas orçamentais razoáveis é difícil reagir a uma perda de rendimento de 25% assim em pouco tempo.

                                  Nomeadamente a nível de pagamento de impostos de IMI's e afins, que muitas vezes superam os €1000/ano.

                                  É por isso que, na minha opinião, pelo menos uns €500 de um dos subsídios devia ter ficado intocado (mesmo que para isso tivesse que existir alguma sobretaxa do IRS sobre...todos). Não se pode partir do pressuposto que quem ganha >1000 brutos/mês não precisava dos subsídios para pagar contribuições fiscais como o IMI ou outras despesas não-supérfluas.

                                  Provavelmente os não-FPs vão todos matar-me por dizer isto, mas a verdade é que há que ter o maior bom senso possível a fazer cortes.

                                  Podem dar as voltas que quiserem, mas os 50% de sobretaxa IRS no subsídio de Natal do ano passado, foi uma medida socialmente muito mais justa do que simplesmente retirar tudo a uns.

                                  Tirar 50% permite continuar a ter o essencial para uma emergência, uma contribuição fiscal, uma revisão do carro, comprar o essencial para o Natal. Basicamente até foi muito educativo (e vão-me matar novamente ) porque o que se comprou menos foram produtos importados tipo LCDs, telemóveis mais caros, etc. Só ajudou ao défice da balança

                                  E antes que comecem com a conversa que no sector privado se perde o emprego e portanto os FPs não têm nada a reclamar, tenho apenas a dizer que, caso não tenham reparado, não se pode dizer que muitos que trabalham para o Estado não sejam necessários, ou seja, que o seu emprego tenha que existir

                                  Nem tudo no Estado é gordura.

                                  Há filhos na escola para serem ensinados, doentes nos hospitais para serem tratados, justiça para ser feita nos tribunais, etc.

                                  O excesso de funcionalismo no Estado está muito mais a nível de burocratas, administrativos e afins, que trabalham para a burocracia interna do próprio Estado, quer central quer autárquico, do que em profissões que efectivamente prestam serviços para público, para a sociedade.
                                  Editado pela última vez por Andre; 11 February 2012, 12:51.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Andre, correcto. Eu considerei o corte de 50% do subsídio socialmente mais justo, e fui um dos afectados do privado.

                                    Concordaria com uma continuidade nesta medida, mas o estado teria de reduzir. Ninguém diz que se deve despedir todos os FP e que não são precisos para nada, mas acredito que uma redução de 20/30% era possível e necessária. A questão é que não se vê nada a ser feito nesse ponto.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por air Ver Post
                                      Andre, correcto. Eu considerei o corte de 50% do subsídio socialmente mais justo, e fui um dos afectados do privado.

                                      Concordaria com uma continuidade nesta medida, mas o estado teria de reduzir. Ninguém diz que se deve despedir todos os FP e que não são precisos para nada, mas acredito que uma redução de 20/30% era possível e necessária. A questão é que não se vê nada a ser feito nesse ponto.

                                      a escolha pelo corte total dos subsídios nos FP e a manutenção nos privados é simplesmente por uma questão administrativa. o corte nos FP é diminuição de despesa e nos privados seria aumento de receita.

                                      agora concordo contigo que é preciso começar, já devia ter começado, programas de incentivo ao abandono da FP, medidas que obriguem os funcionários à mobilidade (ainda que dentro de algumas condições), etc. mas sinceramente não sei estão reunidas as condições neste momento uma vez que obrigatoriamente estas saídas da FP elevariam o tamanho do défice no curto prazo.
                                      Editado pela última vez por dfp; 11 February 2012, 13:10.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Axxantis Ver Post
                                        Optam por taxa variável porque poupam dinheiro com isso. As taxas de referencia costumam acompanhar o andamento da economia, que é o que está a acontecer actualmente por exemplo, com taxas historicamente baixas.
                                        E quando o panorama muda andam à sorte.

                                        Originalmente Colocado por air Ver Post
                                        Nada de novo.. Uma percentagem muito significativa das famílias vive como o governo viveu.

                                        Para muito ser feliz é ter dinheiro para carros, casas, férias, etc. E mal de quem diga o contrário!
                                        Não digo que não mas então há que fazer por isso.

                                        Cpts,

                                        Comentário

                                        AD fim dos posts Desktop

                                        Collapse

                                        Ad Fim dos Posts Mobile

                                        Collapse
                                        Working...
                                        X