Aquilo é feito mesmo com essa ideia. Quem está na ordem não tem interesse em que a concorrência aumente drasticamente.
Quem faz esse exame tem de ter concluído os 30 meses de estágio, onde, supostamente, teria aprendido tudo para conseguir passar no dito exame. O problema é que há muitos estágios onde a função do estagiário é tirar cópias e coisas desse género. Claro que depois não aprendem nada da vida prática de um advogado. Teoria é uma coisa e a prática outra.
com o ensino de supermercado que aí anda não me surpreende nada.
há pessoas que ainda não perceberam que vale mais ter um curso profissional ou uma certificação, do que um diploma das universidades a fingir para mostrar à familia e vizinhos. e depois quando não entram nas ordens nem arranjam emprego logo acordam para a realidade
Eu gostava de ter dados mais completos, porque univ. da treta é o que não falta por ai.
Gostava de saber o numero de chumbos por univ., ai sim, se univ como a de Coimbra tenham % elevadas de chumbos, então algo está mal.
Isso é que era...
Pode-se analisar pelos conselhos distritais e estabelecer uma relação entre universidade e conselho distrital embora esses dados não sejam fidedignos em termos de % de chumbos por universidade.
Quanto ao "estar mal"... é claro que está mal. Muito tacho, muita redução forçada, chumbos de profs universitários (eu conheço um caso).
Não haja dúvidas que o ensino universitário nos últimos 10 anos teve (e continua) um decréscimo qualitativo e quantitativo enorme. Seja em públicas ou privadas com poucas licenciaturas/faculdades a saírem ilesas (ou quase) da minimização e facilitismos actuais.
Pode-se analisar pelos conselhos distritais e estabelecer uma relação entre universidade e conselho distrital embora esses dados não sejam fidedignos em termos de % de chumbos por universidade.
Quanto ao "estar mal"... é claro que está mal. Muito tacho, muita redução forçada, chumbos de profs universitários (eu conheço um caso).
Atenção que aqui não são exames de acesso ao estágio, acabados de sair das U. Nestes creio que há resultados por faculdade e aí sim seria possível dar uma ideia da "qualidade" de ensino.
Obviamente que falhando a formação teorica do curso, mais dificuldade haverá à frente, mas...
Estes exames que aqui falam são de agregação, ou seja, depois de terem passado o exame de Acesso, terem dois anos de estagio e depois...
Aquilo é feito mesmo com essa ideia. Quem está na ordem não tem interesse em que a concorrência aumente drasticamente.
Quem faz esse exame tem de ter concluído os 30 meses de estágio, onde, supostamente, teria aprendido tudo para conseguir passar no dito exame. O problema é que há muitos estágios onde a função do estagiário é tirar cópias e coisas desse género. Claro que depois não aprendem nada da vida prática de um advogado. Teoria é uma coisa e a prática outra.
Da teoria à prática vai uma distância ainda longa e nem a OA dá a prática em condições, nem a maioria dos estágios.
A OA que tem na mão o acesso à profissão, devia ter uma vertente realmente de formação dos estagiários e não passar para os advogados sem saber bem a verdadeira capacidade para formação ou mesmo, em muitos casos, de conhecimentos para formar outros (como tudo bons e maus profissionais há em todas as profissões).
Editado pela última vez por Valium; 09 April 2012, 13:59.
Na realidade, os estagiários servem apenas para fazer o trabalho que ninguém quer fazer e, ainda para mais, a custo zero. Claro que depois não aprendem nada nem se preparam para o futuro.
A OA exige que o patrono tem cinco anos de exercício da profissão, mas isso, por si só, não chega para formar um advogado. No fundo, a Ordem dos Advogados, tal como a dos engenheiros ou dos médicos, está totalmente politizada, não havendo ninguém capaz de por mão nisto.
Na realidade, os estagiários servem apenas para fazer o trabalho que ninguém quer fazer e, ainda para mais, a custo zero. Claro que depois não aprendem nada nem se preparam para o futuro.
A OA exige que o patrono tem cinco anos de exercício da profissão, mas isso, por si só, não chega para formar um advogado. No fundo, a Ordem dos Advogados, tal como a dos engenheiros ou dos médicos, está totalmente politizada, não havendo ninguém capaz de por mão nisto.
Porque a OA deve entender que 5 anos de prática já lhe dá conhecimentos para ensinar outro, mas, tirando as queixas e processos, não "controla" a prática de um advogado, que tanto pode ser bom como menos bom (e aqui não me refiro a processos "ganhos").
A Ordem dos Advogados, como aliás qualquer ordem profissional, é uma organização corporativista cuja principal função é manter os privilégios dos seus membros. Ora, com o excesso de licenciados em Direito que há é óbvio que estão a usar os exames de admissão como válvulas de controlo.
Pessoalmente sou contra toda e qualquer ordem profissional que seja imposta. Devia ser o mercado, isto é, os consumidores e os preços formados pela lei da oferta/procura, a determinarem o valor dos profissionais.
Atenção que aqui não são exames de acesso ao estágio, acabados de sair das U. Nestes creio que há resultados por faculdade e aí sim seria possível dar uma ideia da "qualidade" de ensino.
Obviamente que falhando a formação teorica do curso, mais dificuldade haverá à frente, mas...
Estes exames que aqui falam são de agregação, ou seja, depois de terem passado o exame de Acesso, terem dois anos de estagio e depois...
Sim. Mas mesmo nos de agregação não há distribuição pelos centros distritais?
Ainda está para vir alguém que me fundamente em concreto para que servem as Ordens.
Para serem obedecidas!
Teoricamente são reguladores da profissão, o que no seu global se traduziria em melhores condições para todos os profissionais do ramo. Como é natural, depois na prática não é sempre assim,
Teoricamente são reguladores da profissão, o que no seu global se traduziria em melhores condições para todos os profissionais do ramo. Como é natural, depois na prática não é sempre assim,
Não é sempre? Nunca é!
As ordens servem apenas para facilitar a vida à velha guarda!
As ordens servem apenas para facilitar a vida à velha guarda!
Como em todas as organizações com o tempo criam-se vícios e salvaguardas para determinadas situações que depois prejudicam uns em benefício de outros. Mas num geral a intenção por trás da ideia é ser o mais benéfico para todos.
Teoricamente são reguladores da profissão, o que no seu global se traduziria em melhores condições para todos os profissionais do ramo. Como é natural, depois na prática não é sempre assim,
Pois eu falo em relação à dos Engenheiros. A minha opinião é de que se trata de um orgão formado pela velha guarda preocupada com todos os temas que toquem em questões da defesa do status quo da profissão de engenharia. Nada mais! Vivem numa nuvem elitista, distanciada e pouco preocupada com os problemas prementes e mais actuais como é o caso do desemprego.
O que lhes tira o tempo do dia é se um Eng. Técnico pode assinar ou não pode assinar "coisas", ou se se paga o justo valor pela avaliação técnica de imóveis. Hello!!!! Não há emprego para os jovens que estão a sair da Universidade e não é a Ordem que os está a ajudar na criação de oportunidades...
Isso é um pouco o mesmo que se passa com a Ordem dos Advogados. Obviamente que a Ordem dos Advogados não tem que se preocupar com a carrada de licenciados em direito que todos os anos se forma, mas não seria mal pensado repensar na exclusividade de actos que só advogados podem praticar e no que seria possível abrir a " meros juristas", por exemplo.
Pois eu falo em relação à dos Engenheiros. A minha opinião é de que se trata de um orgão formado pela velha guarda preocupada com todos os temas que toquem em questões da defesa do status quo da profissão de engenharia. Nada mais! Vivem numa nuvem elitista, distanciada e pouco preocupada com os problemas prementes e mais actuais como é o caso do desemprego.
O que lhes tira o tempo do dia é se um Eng. Técnico pode assinar ou não pode assinar "coisas", ou se se paga o justo valor pela avaliação técnica de imóveis. Hello!!!! Não há emprego para os jovens que estão a sair da Universidade e não é a Ordem que os está a ajudar na criação de oportunidades...
Não pediria aqui à boca cheia para me responderem à questão se não tivesse devidamente informado.
Bem, mas aí entramos num dilema já antigo, que é se devemos abdicar de coisas adquiridas. Se devemos ir cedendo porque o meio se vai degradando ou se devemos fincar pé pelo que está definido como "certo" ou normal. E também na questão das prioridades.
Às vezes é necessária alguma flexibilidade, mas também temos vários exemplos de que ao ir flexibilizando para tentar manter acaba-se por estragar mais do que sacrificando algo mantendo uma certa rigidez.
Bem, mas aí entramos num dilema já antigo, que é se devemos abdicar de coisas adquiridas. Se devemos ir cedendo porque o meio se vai degradando ou se devemos fincar pé pelo que está definido como "certo" ou normal. E também na questão das prioridades.
Às vezes é necessária alguma flexibilidade, mas também temos vários exemplos de que ao ir flexibilizando para tentar manter acaba-se por estragar mais do que sacrificando algo mantendo uma certa rigidez.
Uma Ordem só funciona se servir os Engenheiros, ponto! Sobretudo os problemas por ordem decrescente de urgência e importância. Não se admite por exemplo que pouco ou nada tenha sido conseguido com o reconhecimento dos cursos de Engenharia no Brasil. Se vou estar à espera deles para emigrar, estou feito.
Em vez disso, anda-se nos tribunais com guerrinhas com a OET e OArq por questões que são de facto menores.
Uma Ordem só funciona se servir os Engenheiros, ponto! Sobretudo os problemas por ordem decrescente de urgência e importância. Não se admite por exemplo que pouco ou nada tenha sido conseguido com o reconhecimento dos cursos de Engenharia no Brasil. Se vou estar à espera deles para emigrar, estou feito.
Em vez disso, anda-se nos tribunais com guerrinhas com a OET e OArq por questões que são de facto menores.
Claro, mas há muitas maneiras de o fazer. E pessoas diferentes têm ideias diferentes do que precisa de ser feito para atingir isso.
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