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    3ª área metropolitana do país? : Quadrilátero urbano




    Lógica de vales inconsequente para o progresso


    Braga
    Correio do Minho
    2012-05-20


    O prof. Cadima Ribeiro afirmou que o desenvolvimento de Braga e do Minho passa por romper com a lógica dos vales (do Ave ou do Cávado), por reforçar a malha urbana com aquilo que já existe: o quadrilátero urbano.

    A concertação e diálogo com os centros urbanos vizinhos (Guimarães, Barcelos e Famalicão) constituem a melhor resposta num contexto de economia global que deve olhar para os recursos do território e construir, a partir deles, o progresso.

    O ex-presidente da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho falava na sede do PS, no debate “Braga coração de uma região” dinamizado pela candidatura de Vitor Sousa às eleições para a Comissão Política Concelhia que se realizam no dia 2 de Junho.

    Vítor Sousa - ladeado por Nuno Alpoim, presidente da AGERE e ex-vice-presidente do Município de Braga e Varico Pereira, da Turel, oradores na mesma sessão - reafirmou esta ideia da cooperação “entre os quatro municípios e as instituições envolvidas, CITEVE e Universidade do Minho.
    Esse é o caminho que está a ser percorrido com reuniões até aqui impossíveis com todos os vereadores setoriais (cultura, educação) dos quatro municípios. É essa concertação que “possibilitou que o Quadrilátero acolhesse o Concurso Internacional de Bruxelas, com 300 congressistas, milhares de vinhos, 60 jornalistas estrangeiros e que premiou alguns dos nossos vinhos verdes”.

    PRESTAR MELHOR SERVIÇO COM MAS EFICIÊNCIA

    A união dos quatro municípios passa também pelos investimentos e aproveitamento dos equipamentos, redes de transportes, a penar na oferta para prestar melhor serviço e ser mais eficientes”.
    Citando o estudo de Michael Porter, Cadima Ribeiro lembra que a injeção de fundos comunitários apenas beneficiou a região de Lisboa e da Madeira enquanto o Norte de Portugal ficou para trás, quando estava a meio nos índices de desenvolvimento, e com alguns investimentos que foram um flanco.
    “Braga e o Minho construíram o progresso e não foi com favores de fora” - acrescentou o docente universitário sublinhando que o “singular e diferente são uma vantagem para o Minho”, dando o exemplo do sucesso dos vinhos verdes de qualidade.
    Acontece, explicou, que para ganhar escala, Braga tem de fazer como as empresas, formar consórcios, de forma a poder ganhar dimensão que isoladamente não tem.
    Felizmente, Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos perceberam isto e constituíram o “Quadrilátero Urbano do Baixo Minho que constitui um bom ponto de partida” e que já era defendido num estudo elaborado há 16 anos.

    O VIZINHO É PARCEIRO E NÃO CONCORRENTE

    “O vizinho não é concorrente, é um parceiro” - sustentou Cadima Ribeiro dando o exemplo, “impossível em Portugal, de uma empresa em Itália que recebeu uma encomenda tão grande que só, com ajuda de outras empresas do ramo, podia satisfazer”.
    “Trabalhar em rede, reunir recursos, criar redes urbanas de competitividade e inovação para estimular os agentes locais, políticos, econômicos, científicos e sociais, é a porta do amanhã. É preciso alguém que agarre estas ideias e os meus e os vossos filhos vão agradecer” - concluiu Cadima Ribeiro suscitando um intenso debate entre os militantes e simpatizantes que enchiam a sala.
    Agora, continuou, criada uma estrutura de gestão do projeto, “é preciso que os cidadãos se identifiquem com o Quadrilátero e reconheçam a sua bondade, porque alimentar bairrismos e rivalidades não faz sentido nenhum. As claques tem de ficar apenas no futebol e só nos dias de jogo” .

    RIVALIDADES INJUSTIFICADAS

    Nenhum das cidades justifica hoje o bairrismo, lembrou Cadima Ribeiro recordando que na década de 70 as duas cidades se aproximavam em termos de população mas hoje Braga é uma cidade com 115 mil habitantes e a cidade de Guimarães não chega aos 50 mil.
    “Alguém já ficou para trás e a rivalidade não se justifica porque a que está à frente não tem dimensão suficiente numa economia global”.
    A esse propósito lamentou o “adiamento para as calendas” do chamado TGV, porque a estação de Braga ia afirmar-se como centro intermodal dos transportes, ferroviários (com nova linha até Guimarães) e rodoviários, replicando aquilo que acontece com a Estação do Oriente, em Lisboa.

    ALPOIM: FUTURO DE BRAGA ENTALADA ENTRE PORTO E VIGO

    O mote para Cadima Ribeiro fora dado por Nuno Alpoim, ex-vice-presidente da Câmara Municipal de Braga e presidente do Conselho de Administração a AGERE.
    Partindo da fraca dimensão das cidades portuguesas face à realidade europeia e recordando que a cidade maior suga a menor mais próxima, como aconteceu com Badajoz face a Elvas ou Zamora face a Bragança, Nuno Alpoim sustenta que a capacidade de crescimento de Braga face às cidades galegas, da dimensão do Porto, passa pela união com Guimarães, Famalicão e Barcelos.
    Vitor Sousa acentuou esta linha de ação, recordando o recente Concurso Mundial de Vinhos, só possível com esta união entre os quatro municípios.
    Quantas cidades em Portugal tem 500 mil habitantes, índice das cidades medias europeias? - perguntou Nuno Alpoim, destacando a baixa “taxa de concentração urbana em Portugal” e sabendo que “metade da população mundial vive em cidades porque tem melhores equipamentos, melhores oportunidades de emprego”.
    Daí que, acredita o presidente da AGERE, a “migração interna vai continuar mas o crescimento das cidades continua a ser lento e não se pode fazer por decreto”.
    O problema não é novo, recordou o ex-vice-presidente da Câmara de Braga, ao dar como exemplo a tentativa de alguns reis em criar as “povoas” pra contrariar a litoralização.
    Desde os descobrimentos até ao nosso tempo de emigração, venceu a política da viagem em Portugal para cidades com melhores quadros, centros de saber.
    Braga tem de lidar com cidades como Vigo ou Santiago de Compostela e Porto, com fortes polos culturais econômicos, universidades, portos de mar, aeroportos, indústrias setoriais fortes.
    Assim, devemos encontrar a resposta para a pergunta: que papel para Braga, entalada entre Porto e Vigo”?
    A primeira resposta é a da regionalização contra o jacobinismo centralista herdado da revolução francesa traduzido em Portugal nos liceus e nos distritos.
    Falhou e surgiu a idéia peregrina das áreas metropolitanas com Miguel Relvas, então secretario de Estado, que delegava poderes das Câmaras nas Áreas Metropolitanas sem o envelope financeiro e legitimidade democrática.
    Surgiu depois um PROTNorte — com um arco metropolitano do Porto — que a Câmara de Braga rejeitou até surgir a alternativa do Quadrilátero, com a união de quatro concelhos com várias centenas de milhares de habitantes.
    Nestes quatro concelhos “há investigação (Avepark, Universidades, Citeve), empresas e quadros capazes de fazer a diferença porque somos a periferia da periferia da Europa e da Península Ibérica”.

    POTENCIALIDADES TURÍSTICAS

    Por sua vez, Varico Pereira, da TUREL, destacou algumas potencialidades para que Braga se afirme como centro de interesse nas rotas do turismo religioso, patrimonial, gastronómico, congressos, desportivo e ecológico.
    Com a sua meia centena de Igrejas, a meio caminho entre Fátima e Compostela, Braga tem um papel de charneira com o seu triângulo turístico.
    Os provérbios sobre Braga cidade onde estão sepultados os pais de D. Afonso Henriques, a gastronomia, os museus, o alojamento, Tibães, são argumentos para captar mais uns dez por cento dos que passam entre Fátima e Compostela (cinco milhões por ano).
    Turismo de negócios, cultural, desportivo (SC Braga, Rampa, Circuito) e de lazer são argumentos que Braga tem a oferecer a quem pode visitá-la.
    Varico Pereira lamentou que Turismo Porto e Norte de Portugal foi crida para servir o Porto, porque o Douro não aceita, porque não houve concertação no Minho.

    Qual a vossa opinião?

    #2
    já agora:

    Comentário


      #3
      Esse texto foi retirado do Correio do Minho tal e qual como está?

      Comentário


        #4
        Aqui nesta região há uma coisa que sempre me fez imensa confusão. Porque razão não há uma ligação ferroviária entre Guimarães e Braga?

        Comentário


          #5
          haver há, mas ..... tens de ir a Lousado mudar de quimbóio

          e "só" demora tipo 1h15

          Trek

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Trek8500 Ver Post
            haver há, mas ..... tens de ir a Lousado mudar de quimbóio

            e "só" demora tipo 1h15

            Trek
            Pois, eu sei Quando me referia à ligação era directa... É surreal ter de ir quase ao distrito do Porto (Lousado fica nos limites de Famalicão) para ligar uma cidade à outra, ou seja, é inviável.

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              #7
              Originalmente Colocado por Eagle88 Ver Post
              Aqui nesta região há uma coisa que sempre me fez imensa confusão. Porque razão não há uma ligação ferroviária entre Guimarães e Braga?
              Porque os gajos que decidem estas coisas estão todos com o cu sentado no Terreiro do Paço...

              Enquanto não houver regionalização, estes pequenos grandes problemas nunca terão uma solução adequada e atempada, as prioridades serão sempre TGV's e afins.

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                #8
                Originalmente Colocado por XlPower Ver Post
                Porque os gajos que decidem estas coisas estão todos com o cu sentado no Terreiro do Paço...

                Enquanto não houver regionalização, estes pequenos grandes problemas nunca terão uma solução adequada e atempada, as prioridades serão sempre TGV's e afins.
                Ora aí está! Sem querer por em causa o Metro do Porto (dada a sua importância regional) mas é um bom exemplo do peso politico de quem o geriu e tem estado à frente do projecto. Provavelmente algumas das linhas não terão metade da importância que teria uma linha a unir as duas cidades.

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