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    [Mercado] Passo atrás nos eléctricos?

    Pegando nesta notícia da CAR...
    Audi pulls plug on €40k A2 electric car

    By Ollie Kew and Georg Kacher
    Motor Industry
    05 June 2012 07:00


    CAR can reveal that Audi has cancelled its electric A2 city car project, citing concerns over the model's projected €40,000 price tag.

    But the A2 is not the only Audi to be put on ice in Audi's electric car review. The A1 e-tron also looks to have been axed, as Audi slims down its future EV plans.

    Why has the Audi A2 EV been dropped?

    The A2 concept was first shown in 2011, boasting an 85kW, 199lb ft electric motor and 125-mile range. Audi predicted the premium-priced city car could go into production by 2015, to fight BMW's similarly conceived i3.

    However, company suits have become uneasy that such a small, compromised package (the A2 concept was less than four metres in length) could realistically sell in volume, given that the price was projected to pass €40,000.

    Insiders have confirmed to CAR the project has now essentially been put on the back burner while Ingolstadt concentrates on other projects.

    Given that demand for mass-market EVs such as the Nissan Leaf and Mitsubishi i-MiEV have been disappointingly low in Europe - desipite government incentives offering up to £5000 in discount - the A2 project has unfortunately been consigned to the bottom of the priority list.

    And what's the fate of the Audi A1 e-tron?

    Similarly terminal, it appears, CAR's sources suggest.

    Unlike the A2 concept, the A1 e-tron featured a tiny Wankel rotary petrol engine to provide the charge. Audi claimed a potenial range of 31 miles on electric power alone, then 125 miles with both powerplants working in harmony.

    However, the complicated development process, combined with small profit margins on superminis and the sorry state of the European market, appear to have put paid to the A1 e-tron's production hopes.


    e mais nesta retirada do WorldCarFans...
    Running on empty?

    BMW's i sub-brand is reaching a tipping point and the automaker is reportedly considering contingency plans should sales fail to materialize.

    According to Automobile Magazine, a number of external factors - including the lack of a recharging infrastructure and austerity moves in Europe (which could result in less EV/hybrid tax credits) - are causing the company to second guess their goal of selling 100,000 i3s and 10,000 i8s annually. Despite the obstacles, BMW is reportedly committed to launching the models because it would cost "billions" to abandon the projects right now. While that's good news for fans of eco-friendly vehicles, the i1 and i5 are rumored to be on ice.

    Regardless of what happens, BMW is undoubtedly watching sales of the Chevrolet Volt, Nissan Leaf and Fisker Karma. These models have all received praise, but have lost some of their momentum after being launched.


    ... será o adiar da "utopia"?

    Dado as carreiras comerciais de coisas como o Leaf e Volt, os números optimistas previstos para os carros eléctricos não se concretizaram. E é provável que não se concretizem durante a próxima década ou décadas.

    BMW e Audi já não acreditam que consigam vender nos números previstos para garantir a sustentabilidade dos projectos.

    Audi extermina o A2 e A1, e só mesmo o R8 deverá chegar ao mercado, permitindo preços bastante mais altos que possam permitir alguma rentabilidade.

    BMW está a reavaliar todo o seu programa à volta da sub-marca i, com o i3 a ser a maior dor de cabeça dado os volumes pretendidos.

    O Marchionne veio à pouco dizer que uma das principais razões para ter avançado com o 500 eléctrico, tem a ver com a obrigação das leis californianas. Admite que irá perder dinheiro em cada modelo vendido.

    A Ford, já colocou em comercialização o Focus eléctrico nos EUA, mas também não fala em números descabidos. É mais uma forma de dizer: também temos um...

    E muitos outros projectos ou foram exterminados ou adiados.
    O ponto de interrogação agora chega À Tesla e Fisker, onde a motorização eléctrica faz parte do seu ADN. Conseguirão os volumes necessários para garantir a sustentabilidade?
    A meu ver, só apostando forte em segmentos altos, onde se pode puxar pelos preços.

    Se os construtores premium, aqueles que têm as margens mais desejadas e que se têm revelado imunes à crise, com lucros crescentes, decidem dar um passo atrás na aventura eléctrica, que destino estará reservado aos outros como Renault e Nissan que estão a apostar de forma avultada nos eléctricos pra as massas, se não existem as garantias necessárias de retorno.

    Uma novela interessante. A não perder os próximos episódios...

    #2
    Sob o ponto de vista técnico, os eléctricos puros são solução para muitos dos nossos trajectos.
    Porém, a psicologia de não serem adequados a outros (viagens, p.ex.) é difícil de contornar...com o tempo vai sendo modificada, bem como alguns comportamentos, mas sempre a longo prazo.

    O que custa aceitar é que a visão do grupo VAG, puramente económica, causa atraso nesta transição, e coloca-os numa posição de atraso na próxima geração de EV, que pode passar ao sucesso mais rapidamente do que muitos vaticinam, é uma questão do petróleo disparar a records (por enquanto ainda não voltou a suceder desde 2008 em dólares, mas voltou a sê-lo em euros).

    Os plug-in também estão neste termo incerto, mas como não têm restrições ao uso normal, adivinha-se que tenham crescimento sustentado. Como a VAG não tem híbridos de segmentos acessíveis, continuará atrasada também neste campo.

    Esperemos que seja a única a interromper projectos.

    Comentário


      #3
      Eu acredito cada vez mais que o futuro passará pelo hidrogénio e pela célula/pilha de combustível... Electricidade só mesmo como meio auxiliar, pelo menos para já.

      Comentário


        #4
        O futuro dos electricos e seu desenvolvimento passa pelo mercado oriental e seus construtores. As dinâmicas de mobilidade e ordenamento das cidades são diferentes e, penso eu, mais adequadas a que propostas nos segmentos de venda em massa consigam ter volumes aceitáveis.

        A VAG sabe fazer as contas melhor que ninguém mas contudo não deixa de me admirar que o construtor europeu que mais liquidez terá para estes projectos desista assim tão vincadamente.

        Comentário


          #5
          Segundo a Bosch a tecnologia de baterias necessárias para os automóveis, demorá ainda cerca de 15 anos a desenvolver (quer a nível de capacidade, como de peso e preço). Se calhar por isso é que algumas marcas estão a recuar na comercialização de viaturas 100% eléctricas.

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            #6
            Originalmente Colocado por PSerra Ver Post
            Segundo a Bosch a tecnologia de baterias necessárias para os automóveis, demorá ainda cerca de 15 anos a desenvolver (quer a nível de capacidade, como de peso e preço). Se calhar por isso é que algumas marcas estão a recuar na comercialização de viaturas 100% eléctricas.
            Já sabemos a quem não comprar baterias (pelo menos, nos tempos mais próximos).

            Comentário


              #7
              As cidades foram organizadas em torno do automóvel pelo que a sua requalificação implicará utilizar muito menos o carro (googlem smart-cities). Por outro lado, para os percursos do dia a dia, não tenho dúvida que começarão a surgir veículos de 2-3 lugares na casa dos 500-600kg tipo Twizzy, com autonomias razoáveis (para citadinos) e a preços em conta (5000 a 7000€ novos). Muito provavelmente adquirirão o estatuto de viatura principal e a malta terá na garagem um carrito maior, com maior autonomia para fazer viagens de férias, etc.

              Comentário


                #8
                O Grande problema está no custo/autonomia..

                Carros como o Leaf, I-Miev, C-Zero e Ion tem autonomias máximas perto dos 150km's o que é bom para quem anda apenas na cidade, mas com preços entre os 35.000/36.000€ tornam-os numa escolha pouco racional.. É que os 150kms são de autonomia máxima a conduzir com pezinhos de lã, e basta uns km's a andar mais rápido e a autonomia desce bastante. Depois é o problema de ter onde carregar.. Em Algés há uns 10 postos de carga que estão sempre com carros a gasolina/diesel lá estacionados e ainda não se encontra onde carregar em qualquer esquina o que implica que se tenha de conduzir sempre com cuidado e não se possa fazer mais de 50/60km's para cada lado.

                Em contrapartida, com menos 10.000€ já se arranja um Giulietta, Megane, Golf, etc a diesel e se o tamanho do carro não for algo fundamental com menos 15000/16000€ já se arranja carros do Segmento B a diesel com a enorme vantagem de a autonomia depender do que se quer meter na Bomba de gasolina e não da facilidade/dificuldade de arranjar onde carregar o carro..

                Pessoalmente não vejo grandes vantagens por agora num carro 100% electrico. O Twizy, por exemplo, custa 7000€ com 100km's de autonomia, só pode andar a 45km/h e não sei até que ponto o 2º passageiro vai confortavel..

                Comentário


                  #9
                  Os carros electricos tem entraves e alguns muito duvidosos . Os custo final dos carros electricos está muito alto e não corresponde ao real valor do carro , existe empresas que vendem e desenvolvem produtos para estes carros muito inflacionados porque achavam que isto seria a galinha dos ovos de ouro , a autonomia que oferecem é curta e não existe explicação para isto porque noutros segmentos de empilhadores e maquinas industriais as baterias ultrapassam as 8h de trabalho continuo numa só carga sei do que falo porque trabalho nesta area , ou seja as baterias duram pouco porque existe se calhar razões que interessa a muita gente , principalmente aos produtores de petroleo e seus derivados. Outros grandes interessados que os carros electricos não cheguem em massa ao mercado são os proprios governos de cada país porque nenhum país no mundo desenvolvido está preparado para a perda da receita fiscal dos combustiveis. Muita gente pensa que os carros electricos vão ter custos de utilização economicos mas eu duvido muito porque basta olhar para o exemplo da renault com o Twizzy que além do custo do automovel ainda somos obrigados a pagar um aluguer mensal da bateria de cerca de 50 euros . Os carros electricos já estam mais que desenvolvidos só que os interesses dos senhores do petroleo parece que mandam mais.........Na França existe um pequeno carro tipo Smart que tem uma autonomia de 250km numa só carga e sei que existe baterias que conseguem oferecer mais capacidade ainda só que não são aplicadas nos automoveis porque razões que desconheço...........

                  Comentário


                    #10
                    Quando comprei um carro a gasóleo no final do ano passado disse para mim próprio que o meu próximo carro será um híbrido e o outro a seguir um eléctrico. Este lá para meados da década de 20.

                    Porém, quer me parecer que os carros eléctricos não se vão apresentar como solução antes dos anos 30.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por pedrolimma Ver Post
                      Os carros electricos tem entraves e alguns muito duvidosos . Os custo final dos carros electricos está muito alto e não corresponde ao real valor do carro , existe empresas que vendem e desenvolvem produtos para estes carros muito inflacionados porque achavam que isto seria a galinha dos ovos de ouro , a autonomia que oferecem é curta e não existe explicação para isto porque noutros segmentos de empilhadores e maquinas industriais as baterias ultrapassam as 8h de trabalho continuo numa só carga sei do que falo porque trabalho nesta area , ou seja as baterias duram pouco porque existe se calhar razões que interessa a muita gente , principalmente aos produtores de petroleo e seus derivados. Outros grandes interessados que os carros electricos não cheguem em massa ao mercado são os proprios governos de cada país porque nenhum país no mundo desenvolvido está preparado para a perda da receita fiscal dos combustiveis. Muita gente pensa que os carros electricos vão ter custos de utilização economicos mas eu duvido muito porque basta olhar para o exemplo da renault com o Twizzy que além do custo do automovel ainda somos obrigados a pagar um aluguer mensal da bateria de cerca de 50 euros . Os carros electricos já estam mais que desenvolvidos só que os interesses dos senhores do petroleo parece que mandam mais.........Na França existe um pequeno carro tipo Smart que tem uma autonomia de 250km numa só carga e sei que existe baterias que conseguem oferecer mais capacidade ainda só que não são aplicadas nos automoveis porque razões que desconheço...........

                      Realmente, se pensar-mos bem o que significava o desaparecimento dos carros a gasolina..

                      O que fariam a companhias petrolíferas? ( que a maioria dos lucros vem do consumo automovel?)

                      O que faria o governo? que é de onde vem a maior parte dos impostos

                      E até dos fabricantes automoveis? que já investiram durante um século no motor a combustão, e de repente toda a sua tecnologia ficava obsoleta?

                      E dos fabricantes de peças automóveis?



                      Isto são tudo entidades poderosas, e por isto tudo sinceramente não acredito ver automóveis eléctricos em massa antes de 2025.

                      Comentário


                        #12
                        Eu já disse milhares de vezes neste fórum que os carros eléctricos nunca serão solução nenhuma enquanto grande (esmagadora) maioria da energia eléctrica Mundial for produzida a partir de combustíveis fosseis.

                        Mas ninguém me ouve.. Também não quero andar sempre a estragar os sonhos da malta.

                        E mesmo em Portugal:

                        Automóveis eléctricos não compensam, por enquanto… - Economia - Sol

                        Comentário


                          #13
                          não é passo atrás

                          é pragmatismo...

                          o Business plan ou funciona ou não.

                          e neste caso não funciona.

                          no entanto o Audi A2 provavelmente nunca têve para existir.

                          Foi apenas uma interessante manobra publicitária para Frankfurt 2011, numa guerra "em casa" muito especial entre os premium alemães.

                          Comentário


                            #14
                            Enquanto várias marcas faziam show off com o lançamento de carros eléctricos e as características revolucionárias das futuras i-gamas, enchendo páginas infindas de revistas da especialidade, uma marca ia sendo acusada de estar a perder a liderança e de ligar pouco aos carros eléctricos, apostando muito pelo contrário forte e feio nos híbridos - a Toyota.

                            Eu próprio a dada altura tive a sensação de que se estariam a atrasar irremediavelmente. Pois há que dar o braço a torcer. Enquanto as outras marcas penam para vender umas centenas de eléctricos, a Toyota despacha híbridos a um ritmo alucinante, que só pode subir ainda mais com o próximo lançamento do Yaris.

                            Bem gostaria que os Japoneses estivessem errados, pois acho os carros eléctricos uma excelente solução. Só que os custos para já não compensam, e sem essa componente fazer sentido, as vendas serão meramente residuais.

                            Comentário


                              #15
                              Isto só me faz achar ainda mais graça aquele documentário sobre o carro eléctrico que andou por ai.

                              Comentário


                                #16
                                Tanta euforia, afinal... querem matar o eléctrico outra vez.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por Bj40 Ver Post
                                  Eu já disse milhares de vezes neste fórum que os carros eléctricos nunca serão solução nenhuma enquanto grande (esmagadora) maioria da energia eléctrica Mundial for produzida a partir de combustíveis fosseis.

                                  Mas ninguém me ouve.. Também não quero andar sempre a estragar os sonhos da malta.

                                  E mesmo em Portugal:

                                  Automóveis eléctricos não compensam, por enquanto… - Economia - Sol
                                  Alguns mitos ainda ensombram a visão que se pretende objectiva.
                                  Há muitos países em que a energia eléctrica é produzida com uma parcela importante de renováveis ou de fontes não-fóssil. Em especial eólica/hídrica, no caso português.

                                  Outro mito é a da ausência de referência aos custo de manutenção na análise BEV vs combustão interna.

                                  Pode até ser um especialista a falar, mas o jornalista filtra como bem lhe entende a informação da palestra.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por telmo744 Ver Post
                                    Alguns mitos ainda ensombram a visão que se pretende objectiva.
                                    Há muitos países em que a energia eléctrica é produzida com uma parcela importante de renováveis ou de fontes não-fóssil. Em especial eólica/hídrica, no caso português.

                                    Outro mito é a da ausência de referência aos custo de manutenção na análise BEV vs combustão interna.

                                    Pode até ser um especialista a falar, mas o jornalista filtra como bem lhe entende a informação da palestra.
                                    Eu não li a notícia que postei. Era só uma chega, gostei do título.

                                    O que eu disse sobre os combustíveis fósseis não tem argumentos contra.

                                    Tal como dizes e bem, Portugal apesar de tudo destaca-se pela produção de energia a partir de fontes renováveis mas mesmo assim... (tocam os tambores) a produção de energia eléctrica em Portugal a partir de combustíveis fósseis é ligeiramente superior ao somatório da produção de todas as fontes renováveis.

                                    Mais... Mesmo que um, dois ou até 10 países fossem totalmente independentes do petróleo, alguma marca ia desenvolver fosse o que fosse a pensar nessa meia dúzia de países?? Só se essa meia dúzia fosse a China + USA + Austrália + Índia + Alemanha + Rússia + ... .

                                    Daqui a 20 anos a conversa vai continua a ser a mesma de agora, tal como era há 10 anos atrás..

                                    Comentário


                                      #19
                                      Concordo com a mensagem do tópico, não concordo com o exemplo.

                                      O A2 II foi apenas uma resposta algo a quente ao i3 da BMW. Relacionar o seu putativo cancelamento com o fenómeno de "flop" dos eléctricos (ou apreensão/planos de contingência de quem está a apostar neste submercado) é a meu ver errado.

                                      Os resultados comerciais decepcionantes surpreendem alguém? Bastava pensar um bocadinho para perceber que muita pouca gente estaria disposta a pagar tanto por tão pouco.

                                      Contudo, pensar que a história está já contada e fechada nos próximos anos...talvez seja cedo para isso...

                                      O Zoe está aí a chegar, com um preço de combate e muito próximo do equivalente térmico. Consegue ser muito apelativo.

                                      Os objectivos são altos/arriscados (150k/ano), mas não ficava surpreendido que os atingisse com facilidade.
                                      Editado pela última vez por Andre; 06 June 2012, 14:20.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Deixem o petróleo voltar a subir a sério, tipo 150 usd o barril e depois os elétricos já voltam a ter interesse!

                                        Pqp o lobby do petróleo!

                                        PS - não faço parte do lobby elétrico ou do que seja!

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por petrus Ver Post
                                          Deixem o petróleo voltar a subir a sério, tipo 150 usd o barril e depois os elétricos já voltam a ter interesse!

                                          Pqp o lobby do petróleo!

                                          PS - não faço parte do lobby elétrico ou do que seja!
                                          (off----)
                                          PS e lobby eléctrico não combinam? Olha que eu acho que sim LOL

                                          Comentário


                                            #22
                                            O boom dos eléctricos vai começar com o Renault Zoe.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por vso Ver Post
                                              Realmente, se pensarmos bem o que significava o desaparecimento dos carros a gasolina..

                                              O que fariam a companhias petrolíferas? ( que a maioria dos lucros vem do consumo automovel?)

                                              O que faria o governo? que é de onde vem a maior parte dos impostos

                                              E até dos fabricantes automoveis? que já investiram durante um século no motor a combustão, e de repente toda a sua tecnologia ficava obsoleta?

                                              E dos fabricantes de peças automóveis?



                                              Isto são tudo entidades poderosas, e por isto tudo sinceramente não acredito ver automóveis eléctricos em massa antes de 2025.
                                              Dentre todos eles, o governo seria o que teria menos problemas de adaptação à nova realidade.

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                                                #24
                                                O novo Audi A2 pode ter surgido como uma resposta rápida ao i3 da BMW, mas houvesse realmente um mercado rentável de carros eléctricos, a Audi certamente não daria um passo atrás e continuaria o seu desenvolvimento.

                                                Mas não só o A2 foi cancelado, como o A1 com range-extender. Este já estava bastante mais definido. Até se noticiou conversações com a Mazda para o desenvolvimento de um pequeno Wankel como gerador. Mas também ficou pelo caminho. E o pequeno Urban concept poderá encontrar o caminho para uma linha de produção, mas, tal como o xl1 da VW, poderá ficar destinado a pequenas séries limitadas.

                                                Novos eléctricos para as massas, só mesmo o Zoe. Ainda assim, as vendas previstas de 150 000 unidades parecem-me optimistas em excesso. Isto apesar do preço bastante mais convidativo que o i3 da BMW ou os Leaf e trigémeos Mitsubishi/PSA.

                                                A BMW previa 100 000 unidades do seu i3, e de repente estão a discutir a viabilidade de todo o programa i, o que revela uma viragem considerável de intenções.
                                                Já antes, o programa de motores a hidrogénio tinha sido abandonado em favor do desenvolvimento deste programa inicialmente conhecido como MegaCity, e mesmo as aventuras hibridas foi mais para americano ver, com sistemas ultracomplexos e onerosos, que pouco ou nada acrescentam a um futuro mais sustentável.

                                                Das marcas ditas premium vamos acabar apenas com um trio de "desportivos" electricos.
                                                O i8, o R8 e-tron e o SLS e-cell. Não me parece que sejam os melhores veículos para servirem de demonstrador do potencial de massificação eléctrica.
                                                Acabarão como curiosidades tecnológicas, como o Tesla Roadster.

                                                A Tesla prevê vender 20000 unidades/ano do Model S, mas já vieram a público dizer que o break-even para a marca é de 8000 unidades/anuais. Reticentes sobre o sucesso do seu carro?

                                                ----------------

                                                Resumindo aquilo que eu considero serem as razões pelo desinteresse geral do mercado, e também de alguns construtores por parte desta tecnologia. (após uma tentativa frustrada de colocar um post à um par de dias atrás)

                                                - motores de combustão interna
                                                Os veteranos motores de CI nunca foram tão eficientes como agora. Mesmo que não consigam atingir os valores optimistas homologados, é inegável a tendência na redução real dos consumos. Segundo comentários de engenheiros, estamos próximo do limite do que se pode extrair dos mesmos, pelo que o próximo passo será focar no automóvel em si. Menos peso implica menos motor, logo menores consumos, por exemplo. E sem acarretar custos avultados para o consumidor final. Apesar do preço dos combustiveis ser alto, sobretudo na Europa, em outras partes do mundo ainda é algo bastante acessivel. Sendo suportável, não existe a necessidade para mudar para um novo tipo de motorização.

                                                - baterias
                                                Continua a ser o calcanhar de Aquiles dos eléctricos. São pesadas, caras e não permitem a versatilidade de uso de um velho depósito de combustivel.
                                                Como comparação: o Leaf traz 300kg de baterias, o pack custa 7000€ e permite, num bom dia, 160km de autonomia. Em comparação, um veículo equivalente ao Leaf seja gasolina ou gasóleo, leva 50kg de combustivel, custa 70-80€ por depósito, mas permite por depósito uma autonomia de 600-1000km, dependendo do tipo de combustivel. Enquanto estes números não se tornarem mais equivalentes, duvido que assistamos a uma massificação do carro eléctrico.


                                                - regulamentos emissões/consumos
                                                Os limites de emissões/consumos que se verificam um pouco por todo o lado, obrigam a redireccionar os investimentos na optimização dos motores de combustão interna.
                                                Maior parte dos construtores prevê durante as próximas décadas, que o reinado do motor de combustão interna continue. É onde eles estão a colocar o dinheiro para desenvolvimento. Veremos um maior mix de soluções motrizes, mas será o velhinho motor de combustão interna a prevalecer.


                                                É provável que assistamos a uma maior presença de hibridos, não tão complexos como o Prius, dado os custos envolvidos, mas a personagem principal será o motor CI.
                                                Range-extenders como o Volt, dúvido que também vinguem, pelo menos por agora.
                                                É necessário melhores geradores, mais compactos e eficientes (o que implica igualmente apostar na evolução do motor CI), e conseguir redução de custos para se equivalerem de forma mais directa com os seus rivais 100% CI.

                                                -------------------------

                                                Não sou grande adepto de teorias de conspiração no que toca ao lobby do petróleo estar a minar isto tudo.
                                                Isto porque, apesar da redução do consumo de combustiveis na Europa e EUA, devido à crise, menos kms percorridos ou até a carros mais económicos, mercados novos como a India e a China estão a aumentar brutalmente o seu número de automóveis, e o consumo de petróleo a nivel global continua a subir.

                                                Agora, um ponto sensivel são as receitas fiscais.
                                                Como seria de esperar, dado a tendência para carros mais económicos, uso mais restrito, vendas estagnadas ou decrescentes e até o aparecimento de carros eléctricos, as receitas fiscais teriam de diminuir, obrigatoriamente.
                                                Num artigo recente que li sobre a realidade inglesa, sabe-se que o governo inglês já tem grupos de discussão sobre este tema.
                                                Ou seja, é de esperar que encontrem formas "criativas" ou aumentar o valor dos impostos associados ao automóvel para não perder receita.
                                                Não deve ser preciso muitos anos para assistirmos ao agravamento dos impostos.
                                                Dado a fiscalidade por g/Co2, é provável que vejamos novos patamares a serem acrescentados abaixo dos 100g.
                                                Os governos não podem perder a sua galinha dos ovos de ouro.
                                                Por muito que a tecnologia evolua, continuaremos sempre a pagar demais para permanecermos móveis.

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Lotus Ver Post
                                                  O boom dos eléctricos vai começar com o Renault Zoe.
                                                  Porquê? Embora me pareça de facto um veículo com as características certas para a utilização de um eléctrico (nem grande demais nem pequeno demais), com um preço pouco superior a um convencional, é preciso não esquecer a mensalidade das baterias, que só por si torna o carro mais caro por km do que um convencional...

                                                  Não há nada de errado com a tecnologia eléctrica, vai ser o futuro, apenas tem de momento um problema de custos, que algumas marcas ignoraram apenas para terem publicidade grátis e aparecerem nas revistas como pioneiras. Esperemos que se resolva rapidamente.

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                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por RLTsport Ver Post
                                                    Não há nada de errado com a tecnologia eléctrica, vai ser o futuro, apenas tem de momento um problema de custos, que algumas marcas ignoraram apenas para terem publicidade grátis e aparecerem nas revistas como pioneiras. Esperemos que se resolva rapidamente.
                                                    O problema é que esse "momento" já dura há mais de 1 século.
                                                    Editado pela última vez por Motronic; 08 June 2012, 13:53.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Acho que o "gatilho" que tem que ser puxado para os elétricos avançarem em força é uma revolução na maneira de pensar o automóvel, a criação de um conceito novo centrado na actual realidade das estradas: os muitos kms feitos pelos carros ocupados por apenas uma pessoa. Algo entre a mota e um smart, muito aerodinâmico, leve e centrado no condutor sozinho e com pouca bagagem. Para lá se chegar ainda há muitos obstáculos...

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por crash Ver Post
                                                        (...)
                                                        Já antes, o programa de motores a hidrogénio tinha sido abandonado em favor do desenvolvimento deste programa inicialmente conhecido como MegaCity, e mesmo as aventuras hibridas foi mais para americano ver, com sistemas ultracomplexos e onerosos, que pouco ou nada acrescentam a um futuro mais sustentável.

                                                        (...)

                                                        (...)

                                                        É provável que assistamos a uma maior presença de hibridos, não tão complexos como o Prius, dado os custos envolvidos, mas a personagem principal será o motor CI.
                                                        (...)
                                                        Engraçado como a "complexidade" do Prius mostrou como é viável e bem sucedida - o sistema híbrido da Toyota "só" vendeu 4 milhões nas vertentes Lexus/Toyota HSD, e o Prius ele próprio (o centro dos mitos) quase 3 milhões. Assiste-se ao lançamento do Yaris HSD, que pode catapultar as vendas para um milhão por ano...
                                                        E custos? No stand, é ao mesmo preço que um equivalente com a mesma potência...

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por LinoMarques Ver Post
                                                          Eu acredito cada vez mais que o futuro passará pelo hidrogénio e pela célula/pilha de combustível... Electricidade só mesmo como meio auxiliar, pelo menos para já.
                                                          E vais buscar o hidrogénio onde?
                                                          As fuel cells já foram inventadas há mais de um século. E são usadas há décadas com sucesso em certas soluções.

                                                          Originalmente Colocado por pedrolimma Ver Post
                                                          Os carros electricos tem entraves e alguns muito duvidosos . Os custo final dos carros electricos está muito alto e não corresponde ao real valor do carro , existe empresas que vendem e desenvolvem produtos para estes carros muito inflacionados porque achavam que isto seria a galinha dos ovos de ouro , a autonomia que oferecem é curta e não existe explicação para isto porque noutros segmentos de empilhadores e maquinas industriais as baterias ultrapassam as 8h de trabalho continuo numa só carga sei do que falo porque trabalho nesta area , ou seja as baterias duram pouco porque existe se calhar razões que interessa a muita gente , principalmente aos produtores de petroleo e seus derivados. Outros grandes interessados que os carros electricos não cheguem em massa ao mercado são os proprios governos de cada país porque nenhum país no mundo desenvolvido está preparado para a perda da receita fiscal dos combustiveis. Muita gente pensa que os carros electricos vão ter custos de utilização economicos mas eu duvido muito porque basta olhar para o exemplo da renault com o Twizzy que além do custo do automovel ainda somos obrigados a pagar um aluguer mensal da bateria de cerca de 50 euros . Os carros electricos já estam mais que desenvolvidos só que os interesses dos senhores do petroleo parece que mandam mais.........Na França existe um pequeno carro tipo Smart que tem uma autonomia de 250km numa só carga e sei que existe baterias que conseguem oferecer mais capacidade ainda só que não são aplicadas nos automoveis porque razões que desconheço...........
                                                          É verdade que existem baterias para isso, e muito mais, mas quanto custam?
                                                          Tens razão na indústria existem veículos com capacidade para horas e horas de trabalho e grande capacidade de força mas sabes quanto custam?

                                                          A tecnologia de baterias de gel, por exemplo, permite uma grande autonomia e menor peso mas a que preço?

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por telmo744 Ver Post
                                                            Engraçado como a "complexidade" do Prius mostrou como é viável e bem sucedida - o sistema híbrido da Toyota "só" vendeu 4 milhões nas vertentes Lexus/Toyota HSD, e o Prius ele próprio (o centro dos mitos) quase 3 milhões. Assiste-se ao lançamento do Yaris HSD, que pode catapultar as vendas para um milhão por ano...
                                                            E custos? No stand, é ao mesmo preço que um equivalente com a mesma potência...
                                                            O quote da primeira frase referia-se aos hibridos by BMW, como o X6. Em associação com Mercedes e GM, criaram uma série de hibridos com transmissões bastante complexas, que não representam nenhum valor acrescentado aos carros que os têm. Foi mesmo para americano ver. Dizer que estamos lá. Funcionavam mais como uma forma onerosa de aumentar performances. Conseguiriam reduções de combustivel na mesma ordem de grandeza, fazendo uma dieta aos carros e com aerodinÂmica apurada. Mas certamente não daria tanto alarido.
                                                            E para real economia, mais valia terem investido mais seriamente na introdução de diesel por lá, com sistemas de tratamento como o AdBlue da Mercedes. Certamente conseguiriam o mesmo nivel de vendas. Ou seja, pouco... quando comparado com as versões convencionais.

                                                            No mundo dos hibridos, só mesmo a Toyota com o Prius vingou verdadeiramente. Não vou contestar o sucesso comercial da fórmula. Agora olhar para o carro e não dizer que é uma forma complexa de reduzir consumo, é um pouco ingénuo, com sucesso ou não.
                                                            E é mais caro que um gasolina/diesel equivalente. As contas são simples. O custo de um motor de combustão interna vs o custo desse motor, mais o motor eléctrico, pack de baterias e toda a parte correspondente à gestão do sistema?
                                                            Os custos adicionais podem estar a ser absorvidos pelo construtor, não se reflectindo totalmente no consumidor. Alguém tem ideia das margens do Prius?
                                                            E segundo as reviews do Prius C, investe-se numas partes, perde-se noutras... Mas é prática corrente na indústria, principalmente quando o preço final é determinante, dado a faixa de mercado onde se tenta integrar.

                                                            Não é preciso esperar pelo Yaris HSD para assistir ao aumento de vendas. Pega no Aqua/Prius C (tecnicamente idêntico ao Yaris) que está a morder os calcanhares ao primeiro lugar do Prius nas vendas no Japão e só ainda não o ultrapassou porque a Toyota não o está a conseguir produzir em números suficientes.
                                                            Se é um sucesso? Sem dúvida.

                                                            Mas e os outros? Porque é que os outros hibridos não vendem com igual sucesso?
                                                            Ou seja, a meu ver o Prius, reflecte mais o sucesso de um modelo que o sucesso de uma tecnologia, ou melhor, uma mudança de paradigma.
                                                            Por exemplo, a Europa "dieselizou-se". Existem segmentos onde a quota dos diesel supera os 80% de vendas. Não se refere apenas a um modelo, mas a um tipo de motorização que passou a dominar o mercado, transversal a marcas e modelos.
                                                            Hibridos, nops...

                                                            Mesmo no Japão, onde os lugares cimeiros estão ocupados pelo Prius/Aqua, não vemos a concorrência a apresentar hibridos para destronar o dueto. Se realmente fossem a mudança de paradigma anunciada, nesta altura do campeonato dificilmente se compraria um carro sem ser hibrido. Coisa que não acontece.
                                                            Ninguém está a apostar no tipo de hibridização que o Prius apresenta.
                                                            E mesmo coisas novas como o diesel-hibrido do grupo PSA, dúvido que sirva de incentivo para uma mudança de paradigma, pelo menos aqui na Europa onde se vendem. Com o aparecimento de motorizações diesel/gasolina cada vez mais eficientes, dificilmente se dará mais dinheiro por um hibrido.

                                                            No entanto, o que se tem assistido é a uma maior disseminação de uma hibridização "light", sobretudo nos EUA. Coisas mais simples e baratas de aplicar, do género da Honda, e já permitem ganhos reais no consumo de combustivel. No entanto, as vendas destas versões revelam que não passam de minorias.
                                                            Por exemplo, o Camry é o automóvel ligeiro mais vendido nos EUA, onde a sua versão hibrida consegue convencer aproximadamente apenas 10% dos seus compradores. E deve ser o melhor resultado para um hibrido integrado numa gama convencional.
                                                            O resto dos hibridos comercializados em moldes semelhantes têm quotas inferiores.

                                                            O facto de a "complexidade" do Prius ser um sucesso comercial não significa que seja "O" caminho a seguir. E nesta altura do campeonato, não existe uma solução do género S.Sebastião que nos "salve a todos".
                                                            De qualquer forma, ficamos todos a ganhar com uma presença diversificada de soluções.

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