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Desenvolvimento Sustentável - Ainda vamos a tempo?

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    Desenvolvimento Sustentável - Ainda vamos a tempo?


    Consumo desenfreado ameaça futuro do planeta


    O rápido crescimento demográfico e o consumo desenfreado estão a destruir "sem precedentes" a Terra, alertou esta semana o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), na véspera do início da Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20.

    O documento Geo-5 da PNUMA pede uma transformação no rumo da humanidade, de forma a evitar o desastre para o qual o futuro parece apontar. Ao mesmo tempo, a organização responsabiliza, em parte, os governos pela passividade em resolver a questão.

    "Se as estruturas atuais de produção e consumo dos recursos naturais se mantêm desta forma e não se fizer nada para inverter a tendência, os governos deverão assumir a responsabilidade de um nível de deterioração e de impacto sem precedentes no meio ambiente", advertiu o chefe do PNUMA, Achim Steiner.

    O documento foi publicado 20 anos depois da histórica Cimeira da Terra, realizada no Rio de Janeiro em 1992.

    Segundo dados da ONU, a procura global de alimentos terá aumentado cerca de 50% em 2030, a de água 30%, e a de energia à volta de 45%, ao mesmo tempo que o aquecimento global e a pobreza.

    Padrões de consumo não sustentáveis

    Desde 1950, a população mundial duplicou tendo chegando a sete mil milhões de habitantes. Em 2050, esse número chegará aos 9,5 mil milhões. Perante esta realidade, a PNUMA considera necessário incentivar um desenvolvimento sustentável, que satisfaça as necessidades dos que habitam o planeta sem comprometer a sobrevivência das gerações futuras.

    O crescimento demográfico e económico de algumas economias, como a chinesa, "estão a levar os sistemas do meio ambiente a limites desestabilizadores", afirma o documento. Além disso, considera que os padrões atuais de consumo, sobretudo no Ocidente, não são sustentáveis.

    O relatório adverte ainda que apenas quatro das 90 metas definidas pelos Estados membros da ONU como prioritárias para proteger o meio ambiente registaram avanços significativos. Uma delas é o acesso à água potável pelos mais pobres, que não chegará a 600 milhões de pessoas mesmo em 2015, além dos 2,5 mil milhões que não terão saneamento.

    Promover economia verde

    Entre as melhorias significativas dos últimos 20 anos estão também a eliminação da produção e do uso de substâncias que agridem a camada de ozono, avanço que evitará milhões de casos de cancro de pele e cataratas até 2100. Houve também registo de progressos nas pesquisas para reduzir a contaminação dos mares, que continua, no entanto, a ser dramática e a provocar, por exemplo, uma grave deterioração das barreiras de coral.

    O relatório aponta pequenos progressos em 40 objetivos ambientais da ONU, por exemplo, no aumento de áreas protegidas, como parques nacionais, e uma redução da desflorestação como no caso da floresta Amazónia. A uma escala global, a emissão de gases poderá duplicar nos próximos 50 anos, o que causaria uma subida da temperatura média de pelo menos três graus de hoje até o fim do século, lamenta o PNUMA.

    Um total de 24 objetivos não registaram nenhum progresso nem retrocesso nas últimas duas décadas. A organização ilustra a urgência em promover uma transição radical em direção a uma economia verde, que permita reduzir as emissões de carbono, proteger os recursos naturais e gerir os empregos, insistiu o chefe do PNUMA.

    Precedida por uma série de reuniões e encontros informais, a Rio+20, que começa na próxima quarta-feira, 13 de junho, vai reunir cerca de 50 mil especialistas, representantes governamentais, empresários e ativistas, para discutir o futuro do planeta. A economia verde, como marco de um desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, vão estar no centro conferência, cujos debates mais importantes decorrem entre 20 e 22 de junho, com a realização da cimeira da ONU e a presença de líderes políticos.

    Consumo desenfreado ameaça futuro do planeta - SAPO Notícias


    A pergunta está no título do tópico...ainda temos tempo para evitar o desastre anunciado?
    Editado pela última vez por apocalypto84; 13 June 2012, 22:42.

    #2
    Não...

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      #3
      Eu acredito, e quero acreditar, que sim.

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        #4
        De entre os vários caminhos em que há de actuar, há um grande papel a assumir sobretudo pelos BRICS, os grandes consumidores de recursos nas próximas décadas.

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          #5
          Originalmente Colocado por Psittacus Ver Post
          Eu acredito, e quero acreditar, que sim.
          Eu também, mas não sei até que ponto é que nós, humanos, iremos abdicar de certas coisas que damos por adquiridas, ainda mais quando uns têm tudo e outros nada, sendo que agora, muitos dos que não tinham nada começam a ter alguma coisa, o problema é que são muitos milhões e isso faz estragos...

          Naturalmente, eles (Chineses, Brasileiros, etc) não vão abdicar do que estão a conseguir, e vão querer ainda mais e mais (o problema dos humanos) e isso assusta, é que são tantos a querer atingir um certo patamar que não sei como se vai dar a volta a isto. E depois existe o problema da população, o planeta já tem gente a mais e o número não vai parar de crescer nas próximas décadas.

          Comentário


            #6
            A tempo vamos sempre, se surte algum efeito vísivel a médio/longo prazo é que não sei.

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              #7
              não acredito. vai ser a estoirar até perto do fim.

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                #8
                Podemos resumir tudo a uma questão de alimentos. Acho que o limite seria consoante as quantidades de alimentos que se pudessem produzir sem recurso a quimicos ou sem drenar demasiados recursos (agricultura biológica).

                Porque sim, com este caminho mais cedo ou mais tarde vai dar m*rda. Demasiada gente, florestas a terem que ser abatidas pra haver terrenos cultivaveis, preço do petróleo..

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                  #9
                  É tudo uma questão energética. Sem energia barata disponivel maioitáriamente pelo petroleo, o nosso nivel de vida é insustentavel. Ou descobrem meios que tornem a extracção mais barata e possivel ou descobrem e implementam uma alternativa.

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                    #10
                    As alternativas existem, simplesmente o dinheiro fala mais alto.
                    E só vão perceber isto quando:
                    Quando a última árvore tiver caído,
                    quando o último rio tiver secado,
                    quando o último peixe for pescado,
                    vocês vão entender que o dinheiro não se come.
                    de: Greenpeace

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                      #11
                      Claro que existem alternativas e, pela primeira vez desde a Revolução Industrial, essas alternativas mais limpas conseguem concorrer de igual para igual com a capacidade instalada.
                      Em termos energéticos, falo por exemplo da produção fotovoltaica, onde já existe grid-parity, ou seja, o preço de produção já iguala o que é vendido pela rede.
                      Com o avançar da tecnologia, não me parece impossível que tenhamos eficiências na casa dos 30% em 2020, ao mesmo tempo que o preço virá por aí abaixo (de 2010 para 2012 o preço de um sistema capaz de alimentar as necessidades de uma moradia para 4 pessoas caiu para pouco mais de metade). Não me admiro que em pouco tempo seja possível ter um sistema de smart-grid, com sistemas de fuel-cell, baterias residenciais e em automóveis a funcionar em pleno.
                      Se pusermos de lado o grande problema que ainda é o armazenamento, Portugal podia ser independente em termos energéticos se colocasse painéis PV em 0,5% da sua área total. Não seria difícil arranjar telhados suficientes para isso (sou totalmente contra a centralização como na central da Amareleja).

                      Também acho que é possível aumentar a independência alimentar (aliás, a UE não anda só a falar em baylouts, existe muita preocupação neste sentido) com tanto terreno arável por esse Portugal fora que pode ser aproveitado de maneira sustentável e com recurso a tecnologia para manter os preços baixos e aumentar a qualidade.

                      O grande problema, a meu ver, é mesmo a água e muitos outros recursos que estão a ser claramente sobre-explorados para alimentar um modus vivendi claramente ultrapassado e decorrente do crescimento no pós II Guerra Mundial, onde ter é ser. Na ânsia de serem mais (felizes, melhores?) andamos a perder qualidade de vida pelo nº de horas trabalhadas cada vez maior para ter o carro da moda,o tlm da moda, a casa grande, etc e acabamos por nos esquecer de viver a vida. Isto sim vai implicar uma grande mudança cultural!

                      A pergunta é, tendo as ferramentas ao nosso alcance para mudar o rumo que estamos a seguir, teremos vontade de mudar? É que o consumo é uma droga...

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                        #12
                        Claro que vamos a tempo.

                        Desde que não haja para ai uma terceira guerra mundial, acho que não há grandes motivos para drama. País a país, continente a continente, a mudança para um mundo mais ecológico vai-se realizando.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por DigCb Ver Post
                          Claro que vamos a tempo.

                          Desde que não haja para ai uma terceira guerra mundial, acho que não há grandes motivos para drama. País a país, continente a continente, a mudança para um mundo mais ecológico vai-se realizando.
                          Não desejo guerras, mas a verdade é que sem "conflicto" a raça humana tem aumentado bastante. Não há entraves ao aumento da população mundial, enquanto que os recursos diminuem e diminuem...

                          Mas é como já disseram, enquanto houver comida à nossa frente, é um problema dos outros lá longe...

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por AmericanPsycho Ver Post
                            Não desejo guerras, mas a verdade é que sem "conflicto" a raça humana tem aumentado bastante. Não há entraves ao aumento da população mundial, enquanto que os recursos diminuem e diminuem...

                            Mas é como já disseram, enquanto houver comida à nossa frente, é um problema dos outros lá longe...
                            Mas tem havido um decréscimo no aumento da população. Em 1996 achava-se que em 2010 já haveriam 10 mil milhões de pessoas em todo o mundo, no entanto só em 2011 se atingiu o número dos 7 mil milhões.

                            Comentário


                              #15
                              Andámos décadas a esmifrar os recursos dos gajos do 3º mundo e agora vamos pedir-lhes que se portem bem?

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por CarlosL Ver Post
                                Andámos décadas a esmifrar os recursos dos gajos do 3º mundo e agora vamos pedir-lhes que se portem bem?
                                Pois, aí reside um enorme problema, daqueles que pode despoletar uma grande guerra.

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                                  #17
                                  Para os descrentes no novo paradigma energético fica aqui a prova: no dia 26 de Maio, a Alemanha atingiu os 22 GWh, equivalente a 20 centrais nucleares e metade do seu consumo na altura só com energia solar fotovoltaica: Germany Reaches Solar Power Generation Record | The Energy Collective

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                                    #18
                                    Rio+20: "Está na hora de abandonar o PIB como medida de prosperidade no século XXI" - Dinheiro Vivo

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                                      #19
                                      Originalmente Colocado por DigCb Ver Post
                                      Mas tem havido um decréscimo no aumento da população. Em 1996 achava-se que em 2010 já haveriam 10 mil milhões de pessoas em todo o mundo, no entanto só em 2011 se atingiu o número dos 7 mil milhões.
                                      Diz-se desaceleração. Vai aumentando mas de uma forma cada vez mais lenta.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Dannymad Ver Post
                                        Diz-se desaceleração. Vai aumentando mas de uma forma cada vez mais lenta.
                                        Por acaso, faltou-me a palavra e então desenrasquei. Só me lembrava de "desinflação".

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                                          #21
                                          Originalmente Colocado por AMGfan Ver Post
                                          De entre os vários caminhos em que há de actuar, há um grande papel a assumir sobretudo pelos BRICS, os grandes consumidores de recursos nas próximas décadas.
                                          Rio+20: Responsabilidades ambientais opõem países emergentes a desenvolvidos- Economia - Jornal de negócios online

                                          As discussões entre chefes de Estado e de governo na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20 começam na quarta-feira marcadas por um impasse entre países emergentes e desenvolvidos em relação às responsabilidades ambientais.

                                          Os países emergentes defendem o desenvolvimento sustentável global com "responsabilidades comuns, mas diferenciadas", o que, na prática, significa mais rigor ambiental para os países desenvolvidos e mais complacência com os que ainda precisam de promover o crescimento com custos ambientais.

                                          Os Estados mais ricos defendem responsabilidades iguais.

                                          Gustavo Souto Maior, do Núcleo de Estudos Ambientais da Universidade de Brasília, afirma que esse impasse é um dos grandes entraves à obtenção de resultados concretos e de acções coordenadas na Rio+20 e defende que não é possível exigir as mesmas obrigações a países com economias em vias de desenvolvimento que aos países desenvolvidos, ao mesmo tempo que também já não é possível descurar a prioridade da sustentabilidade do desenvolvimento.

                                          "Sabemos que não é admissível os emergentes quererem poluir como os ricos fizeram. Se todos quiserem ter um padrão de consumo como o dos norte-americanos, vamos precisar não de um, mas de três ou quatro planetas", disse à Lusa Gustavo Souto Maior, que também é ex-presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).

                                          A maior aposta para a conjunção entre crescimento e sustentabilidade é a economia verde, um dos dois principais temas da conferência da ONU no Rio de Janeiro, onde serão debatidas formas de conciliar desenvolvimento e preservação ambiental, levando em conta, por exemplo, a gestão tanto de recursos como de resíduos.

                                          Para Souto Maior, os esforços dos países emergentes, inclusive do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), para a implantação da economia verde ainda estão "a gatinhar".

                                          Apesar das iniciativas ainda tímidas, os países emergentes devem ser os grandes protagonistas da Rio+20, ao contrário do que aconteceu em conferências anteriores. E há dois motivos para isso: a crise económica e a ausência já confirmada de importantes líderes, como o americano Barack Obama e a alemã Angela Merkel.

                                          "Os líderes presentes terão a oportunidade de se destacar mais nas discussões com as suas teses e propostas. Mas precisam de ideias concretas para isso", afirmou Souto Maior.

                                          E lembra ainda o investigador, a situação económica influencia porque faz com que os países afectados pela crise, principalmente os europeus, estejam mais preocupados com assuntos internos, como o desemprego e a recessão, do que com o meio ambiente.

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