Recebi e achei boa ideia partilhar...
Extracted from Reader's Digest (Asian Edition), April 1991, pp. 47-48.
O senhor Whitson ensinava ciências para a 6ª série. No primeiro dia de aula ele nos falou sobre uma criatura chamada cattywampus, um animal nocturno extinto durante a Era do Gelo. Ele passou para os alunos um crânio enquanto falava. Todos nós fizemos anotações e depois respondemos a um teste sobre a aula.
Quando recebi a prova corrigida fiquei surpreso. Havia um grande e vermelho X em todas as minhas respostas. Eu havia falhado. Devia haver algum engano! Eu havia escrito exactamente o que o professor Whitson havia dito na aula. Então percebi que todos na classe haviam falhado. O que havia acontecido?
Muito simples, o professor explicou. Ele havia inventado tudo o que falou sobre o cattywampus. Aquele animal nunca havia existido, ou seja, toda a informação em nossas anotações estava errada. Nós esperávamos crédito por respostas erradas?
Desnecessário dizer, nós ficamos revoltados. Que tipo de teste era esse e que tipo de professor ele era?
Nós deveríamos ter descoberto, o senhor Whitson disse. Afinal, enquanto ele passava o crânio do cattywampus pela sala (que na verdade era o crânio de um gato), não estava afirmando que não havia nenhuma evidência do animal? Ele havia descrito sua incrível visão nocturna, a cor de sua pelagem e muitos outros fatos que ele não poderia saber.
Ele havia dado ao animal um nome ridículo e mesmo assim ninguém havia desconfiado. Os zeros em nossas provas iriam para a avaliação, ele disse. E eles foram. O professor Whitson disse que esperava que aprendêssemos uma lição dessa experiência.
Professores e livros didácticos não são infalíveis. Na verdade, ninguém é. Ele nos disse para nunca deixar-mos o nosso cérebro ficar desatento e a aceitar mesmo que pensássemos que ele ou qualquer livro estivessem errados. Todas as aulas com o professor Whitson era uma aventura. Ainda posso lembrar de algumas aulas de ciências do começo até o final. Um dia ele nos disse que seu carro era um organismo vivo. Nós demoramos dois dias para bolar um argumento contrário que ele aceitasse. Ele não nos deixava sossegar até que houvéssemos provado não só que sabíamos o que era um organismo, mas também que tínhamos força para defender a verdade.
Nós levamos nosso recém-adquirido cepticismo para todas as nossas aulas. Isso causou problemas para os outros professores, que não estavam acostumados a serem desafiados. Nosso professor de história começava a falar sobre algum assunto e de repente alguém limpava a garganta e dizia “cattywampus”.
Se alguém me pedisse uma proposta para solucionar os problemas das nossas escolas, ela seria o professor Whitson. Eu não fiz nenhuma grande descoberta científica, mas ele deu a mim e meus colegas de classe algo tão importante: a coragem de olhar outra pessoa nos olhos e dizer que ela está errada.
Ele também nos mostrou que você pode se divertir nesse processo. Nem todo mundo vê valor nisso (antes pelo contrario, ficam até ofendidos).
Uma vez contei sobre o senhor Whitson a um professor de ensino fundamental, que ficou horrorizado. “Ele não devia ter enganado você assim”, disse.
O melhor professor que já tive
Fiz pequenas correcções no texto, ainda não me consegui habituar ao português do Brasil e para tornar a historia inteligível, a alternativa era colocar aqui uma versão inglesa.
Extracted from Reader's Digest (Asian Edition), April 1991, pp. 47-48.
O senhor Whitson ensinava ciências para a 6ª série. No primeiro dia de aula ele nos falou sobre uma criatura chamada cattywampus, um animal nocturno extinto durante a Era do Gelo. Ele passou para os alunos um crânio enquanto falava. Todos nós fizemos anotações e depois respondemos a um teste sobre a aula.
Quando recebi a prova corrigida fiquei surpreso. Havia um grande e vermelho X em todas as minhas respostas. Eu havia falhado. Devia haver algum engano! Eu havia escrito exactamente o que o professor Whitson havia dito na aula. Então percebi que todos na classe haviam falhado. O que havia acontecido?
Muito simples, o professor explicou. Ele havia inventado tudo o que falou sobre o cattywampus. Aquele animal nunca havia existido, ou seja, toda a informação em nossas anotações estava errada. Nós esperávamos crédito por respostas erradas?
Desnecessário dizer, nós ficamos revoltados. Que tipo de teste era esse e que tipo de professor ele era?
Nós deveríamos ter descoberto, o senhor Whitson disse. Afinal, enquanto ele passava o crânio do cattywampus pela sala (que na verdade era o crânio de um gato), não estava afirmando que não havia nenhuma evidência do animal? Ele havia descrito sua incrível visão nocturna, a cor de sua pelagem e muitos outros fatos que ele não poderia saber.
Ele havia dado ao animal um nome ridículo e mesmo assim ninguém havia desconfiado. Os zeros em nossas provas iriam para a avaliação, ele disse. E eles foram. O professor Whitson disse que esperava que aprendêssemos uma lição dessa experiência.
Professores e livros didácticos não são infalíveis. Na verdade, ninguém é. Ele nos disse para nunca deixar-mos o nosso cérebro ficar desatento e a aceitar mesmo que pensássemos que ele ou qualquer livro estivessem errados. Todas as aulas com o professor Whitson era uma aventura. Ainda posso lembrar de algumas aulas de ciências do começo até o final. Um dia ele nos disse que seu carro era um organismo vivo. Nós demoramos dois dias para bolar um argumento contrário que ele aceitasse. Ele não nos deixava sossegar até que houvéssemos provado não só que sabíamos o que era um organismo, mas também que tínhamos força para defender a verdade.
Nós levamos nosso recém-adquirido cepticismo para todas as nossas aulas. Isso causou problemas para os outros professores, que não estavam acostumados a serem desafiados. Nosso professor de história começava a falar sobre algum assunto e de repente alguém limpava a garganta e dizia “cattywampus”.
Se alguém me pedisse uma proposta para solucionar os problemas das nossas escolas, ela seria o professor Whitson. Eu não fiz nenhuma grande descoberta científica, mas ele deu a mim e meus colegas de classe algo tão importante: a coragem de olhar outra pessoa nos olhos e dizer que ela está errada.
Ele também nos mostrou que você pode se divertir nesse processo. Nem todo mundo vê valor nisso (antes pelo contrario, ficam até ofendidos).
Uma vez contei sobre o senhor Whitson a um professor de ensino fundamental, que ficou horrorizado. “Ele não devia ter enganado você assim”, disse.
Eu olhei-o, nos olhos e disse-lhe, que estava errado.
O melhor professor que já tive
Fiz pequenas correcções no texto, ainda não me consegui habituar ao português do Brasil e para tornar a historia inteligível, a alternativa era colocar aqui uma versão inglesa.
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