A presidente argentina, Cristina Kirchner, anunciou nesta sexta-feira que o Mercosul decidiu suspender temporariamente o Paraguai do bloco até a realização de novas eleições no país. Kirchner também antecipou que a Venezuela será incorporada ao bloco como membro em 31 de julho.O Paraguai já havia sido excluído desse encontro, como foi anunciado logo após os questionamentos do bloco sobre oimpeachment relâmpago do presidente Fernando Lugo.O novo presidente do Paraguai, Federico Franco, já informou que o país procurará outros parceiroseconômicos fora do Mercosul em caso de sanções.
A presidente argentina anunciou as decisões durante seu discurso de encerramento da Cúpula do Mercosul, que ocorreu nesta sexta-feira na cidade de Mendoza. Cristina Kirchner destacou que o Paraguai não sofrerá sanções econômicas. "Quando isso acontece, quem paga é o povo, e não o governo", justificou.
Ao final do encontro, Kirchner passou o comando do Mercosul para a presidente Dilma Rousseff, que dirigirá o grupo pelos próximos seis meses. Em seu discurso de encerramento, Dilma destacou a importância do grupo - também formado pelo Uruguai. "Estamos num momento muito importante. Ainda somos uma das regiões menos afetadas pela crise econômica."
Impeachment questionado
Esta é a primeira suspensão em 21 anos de história do Mercosul. O Brasil, a Argentina e o Uruguai questionam a legitimidade do processo de impeachment que, em 30 horas, destituiu Fernando Lugo – o ex-bispo católico eleito presidente do Paraguai em abril de 2008 pela Frente Guasu (de esquerda).
Acusado de “mau desempenho” e incapacidade de manter a ordem pública, Lugo teve apenas duas horas para se defender antes de ser julgado e condenado pela maioria no Senado. Seu vice, Federico Franco, assumiu na sexta-feira passada (22).
Lugo acusou Franco de liderar um “golpe parlamentar” para impedir as reformas sociais – entre elas, a reforma agrária. O novo presidente pertence ao conservador Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA) – a segunda maior força política do Paraguai, depois do Partido Colorado. O impeachment “foi legal, mas não foi legitimo”, disse Lugo. Segundo ele, a oposição, que tem ampla maioria na Câmara dos Deputados e no Senado, não estava interessada em provar as acusações ou ouvir sua defesa – já tinha decidido afastá-lo do cargo.
Os argumentos de Lugo foram ouvidos pelos chanceleres dos 11 paises que, juntamente com o Paraguai, integram a União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Em comunicado conjunto, eles questionaram a legitimidade do “impeachment relâmpago”.
Nesta sexta-feira, depois da Cúpula do Mercosul, será realizada uma reunião extraordinária da Unasul para analisar a situação do Paraguai. Alguns países (como a Argentina, Venezuela e o Equador) já anunciaram que não reconhecem o novo governo de Federico Franco.
Jornal do Brasil - Internacional - Mercosul suspende Paraguai até novas eleições e incorpora Venezuela*
Impeachment questionado
Esta é a primeira suspensão em 21 anos de história do Mercosul. O Brasil, a Argentina e o Uruguai questionam a legitimidade do processo de impeachment que, em 30 horas, destituiu Fernando Lugo – o ex-bispo católico eleito presidente do Paraguai em abril de 2008 pela Frente Guasu (de esquerda).
Acusado de “mau desempenho” e incapacidade de manter a ordem pública, Lugo teve apenas duas horas para se defender antes de ser julgado e condenado pela maioria no Senado. Seu vice, Federico Franco, assumiu na sexta-feira passada (22).
Lugo acusou Franco de liderar um “golpe parlamentar” para impedir as reformas sociais – entre elas, a reforma agrária. O novo presidente pertence ao conservador Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA) – a segunda maior força política do Paraguai, depois do Partido Colorado. O impeachment “foi legal, mas não foi legitimo”, disse Lugo. Segundo ele, a oposição, que tem ampla maioria na Câmara dos Deputados e no Senado, não estava interessada em provar as acusações ou ouvir sua defesa – já tinha decidido afastá-lo do cargo.
Os argumentos de Lugo foram ouvidos pelos chanceleres dos 11 paises que, juntamente com o Paraguai, integram a União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Em comunicado conjunto, eles questionaram a legitimidade do “impeachment relâmpago”.
Nesta sexta-feira, depois da Cúpula do Mercosul, será realizada uma reunião extraordinária da Unasul para analisar a situação do Paraguai. Alguns países (como a Argentina, Venezuela e o Equador) já anunciaram que não reconhecem o novo governo de Federico Franco.
Jornal do Brasil - Internacional - Mercosul suspende Paraguai até novas eleições e incorpora Venezuela*
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