Peritos europeus elogiam "Novas Oportunidades"
O programa Novas Oportunidades, atualmente em risco de ser extinto, é apontado como exemplo de uma boa prática de promoção da literacia num relatório elaborado por especialistas europeus para a Comissão Europeia sobre o tema.
Roberto Carneiro, ex-ministro da Educação, é um dos peritos europeus responsáveis pela elaboração do relatório, que será apresentado, publicamente, a 4 e 5 de outubro, no Chipre, numa reunião informal com os ministros da Educação da União Europeia (UE). O documento contém propostas de combate à iliteracia na UE.
Em 2011 foram identificados cerca de 75 milhões de adultos na UE com baixos níveis de instrução, muitos dos quais com problema de literacia - competências de leitura e escrita.
Se os 75 milhões de adultos europeus, com baixo nível de literacia, melhorarem as suas competências de leitura e escrita, isso terá um "efeito multiplicador" na produtividade e influenciará os mais jovens, disse à Lusa o investigador Roberto Carneiro.
Se os Estados-membros investirem na formação desses adultos ativos, isso terá "efeitos muito relevantes na produtividade total dos fatores e na competitividade europeia como um todo", defendeu Roberto Carneiro.
O perito europeu considerou ainda que "as atitudes e práticas dos pais em matéria de literacia têm uma forte influência no desenvolvimento dos seus filhos, mesmo no ensino secundário".
Nas vésperas do Dia Internacional da Literacia, que se assinala no sábado, o relatório dos peritos europeus, divulgado, esta quinta-feira, em Nicósia (Chipre), fala em "crise de literacia", porque um em cada cinco jovens europeus de 15 anos e quase 75 milhões de adultos ainda não têm conhecimentos de base para ler e escrever.
No documento são feitas várias recomendações gerais para que, em 2020, 85% dos jovens europeus com 15 anos tenham melhores níveis de literacia.
Os peritos citam vários exemplos europeus de boas práticas de promoção de literacia e, entre eles, estão os projetos portugueses Novas Oportunidades, programa atualmente em risco de ser extinto, o Plano Nacional de Leitura, o projeto de promoção da leitura Cata-Livros e a organização não governamental Empresários pela Inclusão Social.
Sobre o programa Novas Oportunidades, o grupo de peritos recorda que permitiu que mais de 1,6 milhões de portugueses melhorassem as suas qualificações, alargando as hipóteses de progressão profissional e pessoal.
Roberto Carneiro reconheceu que a crise financeira limita "a capacidade de manobra dos governos em matéria de investimento público, sobretudo em áreas consideradas de fraca produtividade a curto prazo como a Educação".
A Comissão Europeia quer que se invista em professores especialistas em leitura, que haja mais programas de promoção da leitura e da escrita que envolvam pais e filhos, porque a influência parental não se fica apenas nos primeiros anos de vida.
Há ainda a questão da pobreza - pelo menos 27 milhões de crianças estão no limiar da pobreza no espaço da UE -, do envelhecimento da população, da necessidade de renovação de competências adequadas à idade, e da vertente económica, porque o mercado de trabalho está a exigir qualificações de alto nível.
A comissária europeia de Educação e Cultura, Androulla Vassiliou, irá apresentar e debater os resultados deste relatório a 4 e 5 de outubro, no Chipre, numa reunião informal com os ministros da Educação da UE.
Peritos europeus elogiam "Novas Oportunidades" - JN
E agora?
Não que isto venha alterar alguma coisa, mas... lança uma nova oportunidade... de discussão do tema!
O programa Novas Oportunidades, atualmente em risco de ser extinto, é apontado como exemplo de uma boa prática de promoção da literacia num relatório elaborado por especialistas europeus para a Comissão Europeia sobre o tema.
Roberto Carneiro, ex-ministro da Educação, é um dos peritos europeus responsáveis pela elaboração do relatório, que será apresentado, publicamente, a 4 e 5 de outubro, no Chipre, numa reunião informal com os ministros da Educação da União Europeia (UE). O documento contém propostas de combate à iliteracia na UE.
Em 2011 foram identificados cerca de 75 milhões de adultos na UE com baixos níveis de instrução, muitos dos quais com problema de literacia - competências de leitura e escrita.
Se os 75 milhões de adultos europeus, com baixo nível de literacia, melhorarem as suas competências de leitura e escrita, isso terá um "efeito multiplicador" na produtividade e influenciará os mais jovens, disse à Lusa o investigador Roberto Carneiro.
Se os Estados-membros investirem na formação desses adultos ativos, isso terá "efeitos muito relevantes na produtividade total dos fatores e na competitividade europeia como um todo", defendeu Roberto Carneiro.
O perito europeu considerou ainda que "as atitudes e práticas dos pais em matéria de literacia têm uma forte influência no desenvolvimento dos seus filhos, mesmo no ensino secundário".
Nas vésperas do Dia Internacional da Literacia, que se assinala no sábado, o relatório dos peritos europeus, divulgado, esta quinta-feira, em Nicósia (Chipre), fala em "crise de literacia", porque um em cada cinco jovens europeus de 15 anos e quase 75 milhões de adultos ainda não têm conhecimentos de base para ler e escrever.
No documento são feitas várias recomendações gerais para que, em 2020, 85% dos jovens europeus com 15 anos tenham melhores níveis de literacia.
Os peritos citam vários exemplos europeus de boas práticas de promoção de literacia e, entre eles, estão os projetos portugueses Novas Oportunidades, programa atualmente em risco de ser extinto, o Plano Nacional de Leitura, o projeto de promoção da leitura Cata-Livros e a organização não governamental Empresários pela Inclusão Social.
Sobre o programa Novas Oportunidades, o grupo de peritos recorda que permitiu que mais de 1,6 milhões de portugueses melhorassem as suas qualificações, alargando as hipóteses de progressão profissional e pessoal.
Roberto Carneiro reconheceu que a crise financeira limita "a capacidade de manobra dos governos em matéria de investimento público, sobretudo em áreas consideradas de fraca produtividade a curto prazo como a Educação".
A Comissão Europeia quer que se invista em professores especialistas em leitura, que haja mais programas de promoção da leitura e da escrita que envolvam pais e filhos, porque a influência parental não se fica apenas nos primeiros anos de vida.
Há ainda a questão da pobreza - pelo menos 27 milhões de crianças estão no limiar da pobreza no espaço da UE -, do envelhecimento da população, da necessidade de renovação de competências adequadas à idade, e da vertente económica, porque o mercado de trabalho está a exigir qualificações de alto nível.
A comissária europeia de Educação e Cultura, Androulla Vassiliou, irá apresentar e debater os resultados deste relatório a 4 e 5 de outubro, no Chipre, numa reunião informal com os ministros da Educação da UE.
Peritos europeus elogiam "Novas Oportunidades" - JN
E agora?
Não que isto venha alterar alguma coisa, mas... lança uma nova oportunidade... de discussão do tema!
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