Recorrer a um Pedopsiquiatra Sim ou Não?

[rosinha2000]

Hoje tirei o dia para chatear e como tal queria a vossa opinião principalmente daqueles que são pais com filhos em idade escolar.

O meu filho do meio foi este ano para a 1ª classe, dos 6 meses até aos 3 anos frequentou uma IPSS e aos 3 ingressou no pre escolar publico. Este ano passou para o 1º ciclo sendo que é um agrupamento e como tal é o estabelecimento que ele frequenta desde os 3 anos. Sempre gostou da escola, mas este ano está-se a revelar extraordinariamente difícil. Todos os dias fica a chorar, chegando mesmo a ter que ser quase arrastado para dentro da sala, recusa-se a fazer o que a professora manda, alegando que é muito cansativo ou ao fim de 3 ou 4 letras já esta a dizer que está cansado. Eu não acho este comportamento normal mas devido aos cortes orçamentais o agrupamento não tem verba para um psicologo, sendo que eu estava a pensar recorrer a um pedopsiquiatra para tentar entender o porquê deste comportamento, o meu marido diz que eu sou « maluca » e que isto passa, mas o que é um facto é quando o deixo na escola parece que o estou a deixar no corredor da morte. Será efectivamente precipitada a minha eventual decisão de recorrer a um especialista? Devo « esperar » que passe? E se não passa??

[dysplay21]

Se calhar porque sou homem tenho a mesma opinião que o teu marido.

[Ilyushin]

Eu sou homem e tenho a mesma opinião do que tu. Não acho que seja normal e se fosse eu já estava no médico.

[AyrtonRose]

Eu 1º ia sozinho falar com o médico. Não sei se isso se faz.
Mas só depois de passar mais tempo.

Podes estar a abrir a porta para uma série de desculpas para tudo, e entrares naquela coisa "ai o menino isto, ai o menino aquilo". E ele topar-te o fraco.

[rosinha2000]

Eu 1º ia sozinho falar com o médico. Não sei se isso se faz.
Mas só depois de passar mais tempo.

Podes estar a abrir a porta para uma série de desculpas para tudo, e entrares naquela coisa "ai o menino isto, ai o menino aquilo". E ele topar-te o fraco.

Eu não papo grupos, conheço-lhe bem as manhas, e ele sabe que não tem nada em troca de nada, ou seja se ao fim de semana quer jogar consola tem que trabalhar durante a semana, e ate sem consola ele ficou no ultimo fim de semana.

[Rasec]

Já falaste com o professor?

Que não é normal, não é!

[AyrtonRose]

Já falaste com ele? Ou o pai.
Perguntar-lhe porquê. Com calma, com tempo e tal, pode ser que ele diga qq coisa.

[Jack47]

Eu só de me colocar na pele do rapaz já estou em stress e ansiedade. Imagino o pobre.

Isso com o tempo passa, infelizmente. Mais tarde ou mais cedo terá que se conformar de que a vida é feita de desilusões e de jogos de poder.

Tudo de bom!

-

[Gonzas]

Esta birra do teu filho será recente, já que o ano lectivo ainda agora começou, certo?

Tal como já disseram alguns users, deves falar com o professor, com o teu próprio filho e se o problema se arrastar, então sim, pede ajuda a um profissional.

[Pastis]

Pode eventualmente estar habituado a fazer o que quer e ser desobediente por natureza. Se for o caso então o comportamento é normal e acaba por passar.

Se é normalmente criança obediente então, sugiro que aguardes mas algum tempo pois pode tratar-se dum fobia natural em errar que acaba por passar à medida que fica mais seguro de si próprio.


O facto de não ser o único filho acaba por influenciar-te negativamente na medida em que procuras os mesmos padrões de comportamento do mais velho...

Não me parece caso para ir já a um psi.

[ABS]

A Professora é nova? Ou ele já a conhecia?
Os amigos que andavam com ele na pré também transitaram ou foram para outra escola?
O que mudou foi apenas componente lectiva?

Na maior parte das vezes quando existe mudança no ambiente (por ex.nova escola, novos professores, novos alunos) o sofrimento é uma primeiras consequências. Não havendo grandes alterações a esse nível, acho estranho essa mudança comportamental.

O que me despertou mais atenção, na descrição da situação,foi a referência de te parecer estar deixá-lo num corredor da morte. Este facto é um dado importantíssimo para te aconselhar a recorres a ajuda médica.

Quando o fizeres, se te aconselharem de imediato o uso de fármacos procura uma outra opinião (também médica), talvez a psicoterapia seja uma óptima solução para o caso do teu filho. Tem dois grandes entraves, é um tratamento mais longo e mais dispendioso.

[Omega]

Já falaste com ele? Ou o pai.
Perguntar-lhe porquê. Com calma, com tempo e tal, pode ser que ele diga qq coisa.

Bingo!!!

[dysplay21]

Deve ser lixado um gajo gostar da profissão, estudar para isso e depois ser conhecido como um Pedopsiquiatra.

[Movyk]

Recusa-se a fazer o que a professora manda? Diz que fica cansado passado 4 letras?

Mas ao fim de semana tem forças para jogar consola?

Isso parece o típico menino mimado! Desculpa que te diga...

[Jack47]

Por outro lado também basta algum colega o andar a ameaçar de alguma forma e ele ter vergonha de contar.

Pode ser muita coisa, portanto provavelmente a solução está em falar com ele mas sem esquecer que as crianças muitas vezes não gostam de partilhar "segredos" ou coisas das quais se envergonham com os pais. Daí que talvez outra pessoa falando com ele.... Talvez pedindo ao professor para ficar atento sem se intrometer numa primeira fase...

De qualquer forma eu não considero que se trate de uma situação anormal. Mesmo que seja uma personalidade forte, não deixa de ser normal só por isso. A sociedade actual está bastante manhosa para educar crianças, até porque os padrões que hoje os pais lhes passam podem estar totalmente desajustados da realidade dentro de 10, 20 anos... e depois surjem patologias mais graves quando os jovens entram na idade adulta. Hoje engolem sapos, amanhã cospem tubarões.

-

[EscapeLivre]

Bom, das 2 uma : ou teve uma má educação e agora está desleixado / mimado, como referiu o Movyk, ou, pode ter outro tipo de problema ou pode ser até uma fase passageira. Eu aconselhava um pedopsiquiatra e ir de espirito aberto. Conheço quem esteja em situação parecida e tenha dito que o medico era maluco e que a criança é que é normal ser assim

[DocJRA]

Falando na generalidade, é curioso a maior dificuldade dos pais em aceitarem certas "doenças" / "desvios comportamentais" aos filhos, comparativamente às mães.

Quanto ao caso em questão, partindo do princípio que o problema não é a educação em casa, acho que ainda é cedo para intervir.

A minha opinião é que é preciso dar mais tempo para ele adaptar-se e evoluir por si perante esta nova situação.

[TiagoLeal]

Epah, o que aqui vai....é só treinadores de bancada, que acham fácil falar/julgar os filhos dos outros....

[Cobra]

Falando na generalidade, é curioso a maior dificuldade dos pais em aceitarem certas "doenças" / "desvios comportamentais" aos filhos, comparativamente às mães.

Quanto ao caso em questão, partindo do princípio que o problema não é a educação em casa, acho que ainda é cedo para intervir.

A minha opinião é que é preciso dar mais tempo para ele adaptar-se e evoluir por si perante esta nova situação.

Basicamente é isto, e tentar motivá-lo para as actividades, sentarem-se com ele a fazer os TPC's
e incentivá-lo para a coisa. Acima de tudo conversar e tentar perceber o que o leva a comportar-se dessa forma.

[REDLINER]

Espero não ser "bruto", mas provavelmente é ronha/mimo/mudança de grau de exigencia...

Lembro-em perfeitamente do meu primeiro dia de aulas: Não queria ir, estava receoso, tinha medo de não gostar, da professora "nova", etc etc...

E lembro-me de ter colegas meus que entravam a chorar copiosamente e a correr a fugir para as mães!


Passado uns "dias" estava tudo ok e normalizado!

E olha que naquela altura havia lá pedopsiquiatras Como já aqui disseram:

Ele quando chega a casa ou ao fim de semana, tem "forças" para brincar? Se sim, tens a resposta dada

[KeyserSoze]

Aguarda mais algum tempo para ver a evolução mas a situação não me parece tão ligeira assim.

O meu sobrinho, no início da primária, também tinha um comportamento algo semelhante, embora não fizesse as birras. Mas notava-se claramente o seu desânimo, não acompanhava os outros na matéria, trabalhos de casa eram um castigo para os fazer e notava-se no miúdo imensa frustração. Chegou a uma altura que o meu irmão e cunhada recorreram mesmo a um psicólogo. E passaram os três a frequentá-lo durante algum tempo - ele que era o motivo principal e os pais para começarem a ter noções de como lidar com a sua frustração, insegurança e falta de confiança.

Chumbou na 2ª classe, o ano passado já correu melhor e, não querendo deitar foguetes antes da festa, este ano o meu irmão disse-me que o início tem sido bastante prometedor, tem-se mostrado atento, não mostra desânimo. Vamos lá ver.

Baralhando e dando de novo, espera algum tempo mas se essa situação se prolongar não hesites em procurar ajuda.

[Two]

Quem deve recomendar um pedo-psiquiatra deve ser o pediatra que segue a criança.
Primeiro trocava umas impressões com o pediatra que anda a seguir o miúdo porque conhece a criança e conhece os pais.
O pediatra pode também dar algumas indicações úteis como agir, e se a atitude é normal ou não.

[JDEM]

Quem deve recomendar um pedo-psiquiatra deve ser o pediatra que segue a criança.
Primeiro trocava umas impressões com o pediatra que anda a seguir o miúdo porque conhece a criança e conhece os pais.
O pediatra pode também dar algumas indicações úteis como agir, e se a atitude é normal ou não.

Opinião sensata.
Nunca tive esses problemas com as minhas filhas, mas um grande amigo teve. Durante 1 mês a miúda vomitava sempre antes de ir para a escola, muitas vezes no carro. Tinha pavor da escola, hoje é uma miúda com excelentes notas, super feliz e que adora a escola. Nunca foi ao pedo-psiquiatra mas foi seguida pelo pediatra de perto na altura.

Boa sorte, e calma. Eu falaria com o pediatra.

[MerryBerry]

Eu não te aconselho a esperares muito mais. Tenho "cá em casa" um igual desde que entrou para a primeira classe, fazer um texto é uma tortura, tudo é cansativo e é uma vitima e são todos maus para ele porque o obrigam a fazer os trabalhos de casa e peka peka.

Hoje anda no 5º ando e na segunda semana de aulas já veio um recado da professora de Português porque não quis fazer a composição sobre as férias. A juntar a isto o comportamento em casa, apesar de pulso de ferro, é de bradar aos céus. Chega a roçar a gravidade extrema. Há 3 semanas foi a uma consulta com um pedopsiquiatra e este disse que era tudo normal, que o deixassem estar.

Posto isto, faz qualquer coisa. Não sei se a solução passa por um pedopsiquiatra, não sei o teu vai lá com conversas (o "meu" não vai), mas faz qualquer coisa. Não deixes que este comportamento se arraste por muito mais tempo.

[cuto]

Qual é o comportamento dele no recreio?

[eblase]

Qual é o comportamento dele no recreio?

Bem visto. Apesar de ser novo, não terá lá alguma fera a atormentar-lhe o juizo?

[rosinha2000]

A Professora é nova? Ou ele já a conhecia?
Os amigos que andavam com ele na pré também transitaram ou foram para outra escola?
O que mudou foi apenas componente lectiva?

Na maior parte das vezes quando existe mudança no ambiente (por ex.nova escola, novos professores, novos alunos) o sofrimento é uma primeiras consequências. Não havendo grandes alterações a esse nível, acho estranho essa mudança comportamental.

O que me despertou mais atenção, na descrição da situação,foi a referência de te parecer estar deixá-lo num corredor da morte. Este facto é um dado importantíssimo para te aconselhar a recorres a ajuda médica.

Quando o fizeres, se te aconselharem de imediato o uso de fármacos procura uma outra opinião (também médica), talvez a psicoterapia seja uma óptima solução para o caso do teu filho. Tem dois grandes entraves, é um tratamento mais longo e mais dispendioso.

A professora é nova, mas os colegas e os funcionarios são os mesmos visto que ele apenas mudou de sala.

Recusa-se a fazer o que a professora manda? Diz que fica cansado passado 4 letras?

Mas ao fim de semana tem forças para jogar consola?

Isso parece o típico menino mimado! Desculpa que te diga...

O cansaço dele não se pode dizer que é fisico, o problema é mesmo o total desinteresse que ele justifica com cansaço

Por outro lado também basta algum colega o andar a ameaçar de alguma forma e ele ter vergonha de contar.

Pode ser muita coisa, portanto provavelmente a solução está em falar com ele mas sem esquecer que as crianças muitas vezes não gostam de partilhar "segredos" ou coisas das quais se envergonham com os pais. Daí que talvez outra pessoa falando com ele.... Talvez pedindo ao professor para ficar atento sem se intrometer numa primeira fase...

De qualquer forma eu não considero que se trate de uma situação anormal. Mesmo que seja uma personalidade forte, não deixa de ser normal só por isso. A sociedade actual está bastante manhosa para educar crianças, até porque os padrões que hoje os pais lhes passam podem estar totalmente desajustados da realidade dentro de 10, 20 anos... e depois surjem patologias mais graves quando os jovens entram na idade adulta. Hoje engolem sapos, amanhã cospem tubarões.

-

Quanto a colegas a chatear ele sempre foi aberto comigo nessas coisas, e quando se passa alguma coisa sei por ele ou pelo irmão ou pelos colegas.

Qual é o comportamento dele no recreio?

é a parte do dia que ele mais gosta

Bem visto. Apesar de ser novo, não terá lá alguma fera a atormentar-lhe o juizo?

Já pus essa hipotese, ele teve lá uma cena com um puto do 3ºano mas que foi logo resolvido.

[Sansoni7]

Rosinha

Há/houve problemas na escola com o teu filho, daí o seu comportamento de rejeição da mesma.
Conversem com ele e tentem identificar o que se passa/passou; por vezes o desenho ajuda a identificar situações traumáticas!
Se não conseguirem identificar o problema e/ou a situação não normalizar, peçam ajuda a um psicólogo...não deixem enquistar a situação

Por norma estas situações de rejeição são passgeiras....mas também podem demorar a resolver-se, precisando muitas vezes de ajuda.