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Estudo da Economist I.U. indica quais são os 20 países com melhor sistema educativo

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    Estudo da Economist I.U. indica quais são os 20 países com melhor sistema educativo

    Boa prestação dos países asiáticos, que ocupam 4 das 5 posições de Top. Destaque também para países da Europa de Leste, que obtêm boas posições, mesmo não tendo avultados recursos financeiros para investir no sistema educativo:

    The success of Asian countries in the ranking can be explained by the increased attention of authorities to this sphere of life, as well as by the scrutiny of parents to their children's success in education.
    Where can people get world's best edcuation? - English pravda.ru

    BBC News - UK education sixth in global ranking


    EDUCATION TOP 20

    • Finland
    • South Korea
    • Hong Kong
    • Japan
    • Singapore
    • UK
    • Netherlands
    • New Zealand
    • Switzerland
    • Canada
    • Ireland
    • Denmark
    • Australia
    • Poland
    • Germany
    • Belgium
    • USA
    • Hungary
    • Slovakia
    • Russia

    The UK - which is considered as a single system, rather than four devolved

    Reagindo ao estudo, o ministro sueco realçou a importancia dos hábitos de estudo intensivo existentes nos alunos dos países do extremo oriente....

    Sweden failed to make an appearance in a list of the top 20 countries worldwide ranked by education quality, a review which coincided with the Finance Minister claiming that Swedish kids need to study more.

    Borg also expressed admiration for the study habits of children and teenagers in many Asian nations.

    "The Chinese combine hard studying with real entrepreneurial spirit, which means we face a real challenge," Borg said.
    Swedish children need to study more: minister - The Local

    #2

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      #3
      Os países asiáticos não brincam em questões de educação, nem fazem cambalachos administrativos como por cá se vê, e isso no fim é reconhecido.

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        #4
        Originalmente Colocado por bimmer318tds Ver Post
        Os países asiáticos não brincam em questões de educação, nem fazem cambalachos administrativos como por cá se vê, e isso no fim é reconhecido.
        No video que postei vê-se a Presidente da Federação dos Professores norte americanos a tentar perceber o método de ensino utilizado em Singapura e num dos links o ministro sueco refere a necessidade de se aprender algo com o sucesso das escolas desses países. Por cá, no entanto, ninguem se interessa por tentar aprender algo com o que se faz nas escolas do Japão ou de Singapura. Só falam no que se faz na Finlandia....nem mesmo o que se faz, com o sucesso que este ranking mostra, e com meios financeiros modestos, nas escolas de alguns países da Europa de Leste, parece interessar a alguem em Portugal.
        Editado pela última vez por Chevrolet; 05 December 2012, 04:57.

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          #5
          Em termos europeus a Finlândia continua a ser o melhor exemplo, contudo não vemos nenhum ministro da educação a tentar importar esse modelo nem professores apelarem a tal. Alias os professores actualmente seriam os primeiros a recusarem tal modelo, pois na Finlândia não há avaliação de professores, mas a escolha dos mesmos é muito rigorosa e selectiva, só entra quem é bom e ponto.

          Comentário


            #6
            Para um país falido como Portugal talvez não faça muito sentido tentar imitar países ricos como a Finlandia....já tentar aprender com países menos desenvolvidos, como os países da Europa de Leste que integram o Top 20, era capaz de fazer algum sentido.

            Great Britain aims to improve numeracy by using Japanese techniques | Mail Online

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              #7
              Não me importava que se importasse os modelos de educação de alguns países. Mas será que os modelos que os escandinavos utilizam seriam eficazes cá em Portugal ? Convém não esquecermos que países como a Suécia já eram praticamente alfabetizados em finais do século XIX. Nós só começamos a desenvolver a nossa educação de forma sistemática após o 25 de Abril...

              Provavelmente temos muito que percorrer, antes de aspirarmos a copiar os Finlandeses...

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                #8
                Por vezes temos a tendência para ver a educação como algo que depende unicamente "do sistema" e na realidade, o sucesso na educação depende do sistema, dos Pais das crianças, da própria cultura do País e claro, das capacidades das próprias crianças, pois não são todas iguais, devido a fatores genéticos, culturais ou ambientais.

                Dizem que os modelos asiáticos devem ser copiados... cuidado, nalguns países asiáticos as crianças são escravos da educação e chegam a passar mais de 12 horas por dia a estudar...

                Estudar sim, mas as crianças também precisam de brincar e de se divertir.

                Não se esqueçam que o grande objetivo da vida é... ser feliz.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Chevrolet Ver Post
                  Para um país falido como Portugal talvez não faça muito sentido tentar imitar países ricos como a Finlandia....já tentar aprender com países menos desenvolvidos, como os países da Europa de Leste que integram o Top 20, era capaz de fazer algum sentido.

                  Great Britain aims to improve numeracy by using Japanese techniques | Mail Online
                  Portugal investe mais $ na educação que a Finlândia... e os resultados estão à vista.
                  Não é dificil melhorar o ensino, resume-se a ter coragem e acabar com quintais.

                  O primeiro passo é a selecção criteriosa de professores, coisa que actualmente não acontece, aqui qualquer um pode ser prof e é colocado numa escola através do concurso nacional.

                  Nas aulas práticas de matemática por exemplo há 2 professores ajudar os alunos, por cá os nossos profs discutem quem será o professor principal e o auxiliar e recusam-se a ser subalternos de outros colegas. O lugar do aluno lá é no centro, aqui é a um canto...

                  Doc feito por um realizador e um pesquisador da univ de Harvard sobre o sistema de ensino finlandês: The Finland Phenomenon on Vimeo não é dificil nem é nada do outro mundo como é mostrado, o problema não está neles, nem está na cultura, está somente na nossa falta de vontade para fazer melhor. No topo de carreira um prof ganha mais aqui do que um lá!

                  Comentário


                    #10
                    Reportagem sobre o sistema chinês de educação, feita pela revista brasileira Veja:

                    veja+21.12.11.jpg


                    Brasil deveria aprender com a China o valor do sistema baseado no mérito - Educação - Notícia - VEJA.com

                    Educação na China - Tema - VEJA.com

                    Comentário


                      #11
                      Deve ser por isto que a Coreia está em segundo na lista


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                        #12
                        Também se podem arranjar videos tugas a demonstrar porque não estamos na lista...

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por neapo Ver Post
                          Em termos europeus a Finlândia continua a ser o melhor exemplo, contudo não vemos nenhum ministro da educação a tentar importar esse modelo nem professores apelarem a tal. Alias os professores actualmente seriam os primeiros a recusarem tal modelo, pois na Finlândia não há avaliação de professores, mas a escolha dos mesmos é muito rigorosa e selectiva, só entra quem é bom e ponto.
                          Os professores seriam os primeiros a recusarem tal modelo porque a escolha dos mesmos na Finlândia é muito rigorosa e seletiva...

                          Porque em Portugal os professores não lutam por rigor na escolha dos professores, será assim? Apesar das polémicas contratações de professores (ilegais e anuladas posteriormente por terem em consideração critérios pouco transparentes) só serem polémicas para a classe docente que o resto da população está-se lixando para isso e os pais das crianças até exigiam o regresso dos professores mal colocados, tu ainda tens coragem para acusar os professores de não quererem rigor neste processo? Só sai asneirada e não é preciso muito para que tal aconteça num tópico sobre educação.

                          Porque não aproveitas para abordar a consideração social na Finlândia pela profissão de professor, em comparação com a atitude ridiculamente triste, em Portugal, de denegrir constantemente estes profissionais (e outros possuidores de alguma autoridade, que é algo difícil de engolir por muita gente)?

                          Por muito que custe a quem gosta de teorizar sobre estes assuntos, a principal diferença entre asiáticos e portugueses está na atitude das famílias e da sociedade face à educação. Quando aqui apanhamos alunos asiáticos, vemos bem a diferença. Ao invés de fazerem greve aos trabalhos para casa, deslocam-se à escola (e não, não é preciso obrigá-los a isso com a ameaça de multas e perda de apoios sociais) para solicitar maior volume de trabalho, mostrando um enorme descontentamento pela postura de colegas dos seus filhos, afirmando que os prejudicam imenso, o que não é mentira nenhuma.

                          Discutam, então, as razões para este enorme atraso cultural no nosso país que consiste em desconsiderar professores, escolas e a educação como principal veículo de progressão social. Resolvam este problema e têm o problema da nossa evolução resolvido.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por neapo Ver Post
                            Não é dificil melhorar o ensino, resume-se a ter coragem e acabar com quintais.
                            Pois a mim parece-me que a prioridade, em Portugal, já há muito que não é melhorar coisa alguma, mas aproveitar para fazer umas boas negociatas à conta de opiniões bacocas como essa. Aproveita-se o trauma de muitos com a educação e enche-se a carteira de meia dúzia. Basta passar os olhos pelo que a reportagem da TVI sobre o grupo GPS abordou (pelos vistos sem grande polémica para teóricos do tema como tu).

                            Originalmente Colocado por neapo Ver Post
                            O primeiro passo é a selecção criteriosa de professores, coisa que actualmente não acontece, aqui qualquer um pode ser prof e é colocado numa escola através do concurso nacional.
                            Qualquer um pode ser professor? Não se aproveita uma! É uma das classes mais qualificadas do país dados os requisitos para a profissão (que algo mais do que conversa da treta num qualquer fórum), não integra ninguém na carreira há anos, não se consegue colocação alguma para milhares de candidatos e dizes que qualquer um pode ser professor? O concurso nacional altera este estado de coisas em quê, exatamente?

                            Originalmente Colocado por neapo Ver Post
                            Nas aulas práticas de matemática por exemplo há 2 professores ajudar os alunos, por cá os nossos profs discutem quem será o professor principal e o auxiliar e recusam-se a ser subalternos de outros colegas. O lugar do aluno lá é no centro, aqui é a um canto...
                            Aqui discute-se quem é professor principal e o auxiliar? Mas qual professor principal? Em que país vives? Aqui as turmas rondam os trinta alunos, ultrapassando-se esse valor no secundário e muito felizes ficam os professores quando têm alguma assessoria numa turma mais complicada. Agora discutir títulos que só tu conheces, nem na imaginação de alguém perturbado.

                            Originalmente Colocado por neapo Ver Post
                            Doc feito por um realizador e um pesquisador da univ de Harvard sobre o sistema de ensino finlandês: The Finland Phenomenon on Vimeo não é dificil nem é nada do outro mundo como é mostrado, o problema não está neles, nem está na cultura, está somente na nossa falta de vontade para fazer melhor. No topo de carreira um prof ganha mais aqui do que um lá!
                            Acabas com uma mentira plena de pouca vergonha para rematar a linha. Só te desejo que algum profissional igualmente qualificado consiga curar esse trauma que só tu poderás explicar como foi desenvolvido. Já não há é paciência para ler este tipo de verborreia.

                            Comentário


                              #15
                              Já agora fica aqui o link para a reportagem da TVI, para quem não a viu. Talvez se perceba melhor o que se anda a fazer para "melhorar" a qualidade da educação em Portugal. No processo, depauperam-se uns milhões de dinheiros públicos, mas isso não interessa nada a um país tão rico...

                              Dinheiros públicos, vícios privados.
                              Dinheiros públicos, vícios privados - YouTube

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                                #16
                                Espanta-me o facto de os USA estarem lá e nós não.
                                Tendo em conta que aquilo é uma bandalheira pegada nunca pensei que fossem considerados "os melhores do mundo".
                                Portugal até tem um excelente sistema educativo.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por TommyPT Ver Post
                                  Portugal até tem um excelente sistema educativo.
                                  Eu também penso que o sistema educativo em Portugal é no mínimo, muito bom.

                                  Então o que tem falhado? Na minha opinião, e por ordem: os Pais e o ambiente cultural do País;

                                  Comentário


                                    #18
                                    O que nós observamos nas escolas e com tendência a agudizar-se é uma profunda diferença entre os resultados, a atitude dos alunos e o seu comportamento face à expetativa das suas famílias e respetivo apoio.

                                    Um aluno proveniente de uma família que coloca no topo das suas prioridades a qualificação académica das suas crianças, exigindo excelência, ambição e um quadro comportamental adequado é muito, muito diferente de um aluno que nos surge na escola apenas porque está na escolaridade obrigatória e a quem os pais ainda vão convencendo de que existem muitas alternativas a quem não consegue resultados escolares nem uma progressão muito longa.

                                    Ao nível das aprendizagens, do que os alunos aprendem, é incrível observar o abismo entre estes tipos de alunos passados alguns anos (por exemplo, no Secundário). Um aluno com metas a atingir no futuro menos próximo, trabalha para aprender e não esquecer, recupera de dificuldades que vão surgindo e acumula capacidade para se ir adaptando a uma complexidade crescente. Os alunos a quem não se exige um determinado percurso académico funcionam no imediatismo na procura da positiva no teste que se segue, cumprindo com uma filosofia de energia mínima, fazendo o mínimo para o que pretendem e muitas vezes nem isso, quando a força de vontade não é muita. As aprendizagens não são persistentes, não recuperam de conteúdos não apreendidos e acumulam dificuldades que, a certo momento, são esmagadoras e impedem qualquer hipótese de sucesso.

                                    Acresce o problema de, em muitas escolas, serem em muito maior número os alunos com este último perfil, prejudicando imenso quem quer aprender, nem que seja através do empobrecimento da capacidade da turma que é o que frequentemente regula o trabalho do professor. O comportamento perturbador é outro dos problemas a resolver, algo que se faz à custa de tempo que é essencial ao trabalho na sala de aula.

                                    Não é, pois, difícil aceitar que a maioria dos professores acredite no papel absolutamente decisivo das famílias no percurso dos jovens, levando a uma reprodução das diferenças sociais através das gerações. Isto só mudará com uma alteração de mentalidades nacional que não vejo próxima, antes cada vez mais longínqua face às prioridades de quem nos governa e de quem é governado.

                                    Comentário


                                      #19
                                      O problema desses modelos em Portugal é que temos excesso de portugueses e défice de finlandeses e sul-coreanos...

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Mordor Ver Post
                                        Não é, pois, difícil aceitar que a maioria dos professores acredite no papel absolutamente decisivo das famílias no percurso dos jovens, levando a uma reprodução das diferenças sociais através das gerações. Isto só mudará com uma alteração de mentalidades nacional que não vejo próxima, antes cada vez mais longínqua face às prioridades de quem nos governa e de quem é governado.
                                        Cá está: as famílias e o ambiente cultural têm um papel fundamental.

                                        E o problema é que, em turmas heterogéneas, a tendência é que os maus alunos influenciem os bons alunos e não o contrário...

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                          Cá está: as famílias e o ambiente cultural têm um papel fundamental.

                                          E o problema é que, em turmas heterogéneas, a tendência é que os maus alunos influenciem os bons alunos e não o contrário...
                                          Infelizmente, é mesmo assim. E essa é uma questão igualmente cultural. É a mesma mentalidade que aplaude quem consegue eficazmente fugir ao fisco.

                                          É engraçado perceber que, por vezes, numa turma onde um aluno malcriado e mal comportado é visto como o herói, só a colega ucraniana é que o olha de lado, farta das brincadeiras parvinhas a que os outros acham demasiada piada. É engraçado mas muito triste que seja assim.

                                          No vídeo acerca da Educação em Singapura há algo que me impressiona, em especial: a importância que atribuem e os recursos que dedicam à formação de professores. Isso, transposto para Portugal, teria uma influência decisiva.

                                          Por cá, há muitos anos que se assiste no processo de formação de professores a uma transposição de teorias da educação (vulgo Eduquês) - responsabilidade única de uma série de teóricos que fazem destas escolas um feudo - que levou a uma valorização excessiva da parte pedagógica (ainda por cima com poucos resultados práticos) da formação, em detrimento da componente científica. O que vemos depois são estes formandos chegarem a uma escola (cada vez menos, infelizmente) impreparados para aquilo que lhes é exigido, sendo este choque muito traumático e difícil de contornar.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Como já disseram aqui, a escola deve ser enquadrada no seu meio. A escola em si, os empregados (professores, directores, funcionários), os alunos e os pais.

                                            Começando pela escola em si, em Portugal está muito mal organizada. Todos os anos há alterações, sendo que a maioria delas nem sequer tem em conta as necessidades da escola. Aqui procura-se a negociata, o agrado dos amigos. Seja na colocação de uma professora/educadora com reserva no site de emprego do governo, seja no monopólio dos rankings e colégios privados, seja nos materiais adquiridos pelas escolas (todos nós) sem utilidade.
                                            E o problema começa aqui. Digo-o várias vezes: quando não se sabe fazer, copie-se pelos melhores. Claro que há bastantes diferenças, mas estamos a ficar cada vez piores neste campo e nada fazemos (ou melhor, pioramos ainda mais).


                                            Quanto aos empregados, diria que o principal problema foi a perda de respeito por toda a comunidade. Escolar e não só. Tirando o director que momentaneamente pode assustar um aluno, todos os outros foram descredibilizados. Os professores são os malandros que ganham muito, têm 3 meses de férias e não querem ser avaliados. Os funcionários são os malandros que só abrem e fecham portas. Os directores são os malandros que ganham balúrdios e passam os dias a chatear os pais.
                                            Os professores deveriam ter um concurso limpo, com base no trabalho e não com base na idade ou na cunha. Faz-se o contrário.
                                            Os funcionários deveriam ter formação, experiência e ser contratados face ao seu desempenho e não ser empurrados pelas Juntas de Freguesia quando há necessidade.
                                            Os directores deveriam ser também avaliados pelo seu trabalho, sendo substituídos periodicamente, e não retirados definitivamente das salas de aula.


                                            Os pais seguem no caminho da falta de respeito. Se o filho se queixa do professor, dos trabalhos, da exigência, é motivo para reclamação na escola, ou quem sabe uma ameaça. A escola é um dado adquirido e a reclamação é gratuita... Em casa, o professor é o malandro, o funcionário é o ignorante, e o director é o arrogante. E são estas lições dadas à mesa. Quando vão ver as notas a preocupação dos pais do Zé é que tenha melhores notas que o Joaquim. Mesmo que sejam todas fracas. Ou então o filho ter negativas é culpa do professor ou é normal porque há mais que têm.
                                            Obviamente e felizmente que há excepções. Mas mesmo essas, começam a desaparecer até porque o único tempo que têm para os filhos é ao fim-de-semana.


                                            Por fim, os alunos são os menos culpados de tudo. Eles simplesmente seguem o que vêem. Quando pais e escola andam às turras o que podemos pedir?


                                            Vemos membros do UK e USA a irem à Finlândia e Singapura para aprenderem. Por cá vemos o ministro da educação a ser questionado onde andam os estudos que ele fala para fazer o que faz, até que quem o questiona tem de parar para perguntar que cara é aquela...

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Mordor Ver Post
                                              Os professores seriam os primeiros a recusarem tal modelo porque a escolha dos mesmos na Finlândia é muito rigorosa e seletiva...

                                              Porque em Portugal os professores não lutam por rigor na escolha dos professores, será assim? Apesar das polémicas contratações de professores (ilegais e anuladas posteriormente por terem em consideração critérios pouco transparentes) só serem polémicas para a classe docente que o resto da população está-se lixando para isso e os pais das crianças até exigiam o regresso dos professores mal colocados, tu ainda tens coragem para acusar os professores de não quererem rigor neste processo? Só sai asneirada e não é preciso muito para que tal aconteça num tópico sobre educação.

                                              Porque não aproveitas para abordar a consideração social na Finlândia pela profissão de professor, em comparação com a atitude ridiculamente triste, em Portugal, de denegrir constantemente estes profissionais (e outros possuidores de alguma autoridade, que é algo difícil de engolir por muita gente)?

                                              Por muito que custe a quem gosta de teorizar sobre estes assuntos, a principal diferença entre asiáticos e portugueses está na atitude das famílias e da sociedade face à educação. Quando aqui apanhamos alunos asiáticos, vemos bem a diferença. Ao invés de fazerem greve aos trabalhos para casa, deslocam-se à escola (e não, não é preciso obrigá-los a isso com a ameaça de multas e perda de apoios sociais) para solicitar maior volume de trabalho, mostrando um enorme descontentamento pela postura de colegas dos seus filhos, afirmando que os prejudicam imenso, o que não é mentira nenhuma.

                                              Discutam, então, as razões para este enorme atraso cultural no nosso país que consiste em desconsiderar professores, escolas e a educação como principal veículo de progressão social. Resolvam este problema e têm o problema da nossa evolução resolvido.
                                              1. A maioria da população portuguesa tem baixos níveis de ensino, é natural que sejam pouco dedicados ao estudo ou sejam instruídos academicamente o suficiente para educar os filhos.
                                              2. Até aos anos 70 a Finlandia vivia sobretudo dos poucos recursos naturais que tinha: floresta e peixe. Chegaram ao ponto em que decidiram que era preciso fazer-se algo pois esses recursos não iam durar para sempre, fora isso eram tão ou mais pobres que os portugueses da mesma era. É preciso ainda acrescentar que a Finlândia teve permanentemente até 1991 a ameaça da invasão soviética e mesmo após a queda da URSS continuou a ameaça no ar, tanto é que nunca se juntou à NATO, apesar de fazer exercicios em conjunto.
                                              3. Quando professores vêm para a rua é para chorar por salários, nunca até hoje em toda a minha vida vi quem quer se seja da área de educação, salvo Nuno Crato, a falar em reformas no sistema educativo, tudo o que vi até hoje ou li e meta professores = carreira ou salário.
                                              4. O respeito e estatuto ganham-se com trabalho e instrução.
                                              5. Sim é preciso mudar a lei, mas antes de o fazer é preciso mudar o ensino que forma pessoas especializadas em cultura geral, para um ensino que forma pessoas com valor para o mercado em que estão inseridos e seja mais flexivel. Depois sim ajustam-se as leis, tornam-os mais penalizantes e responsabilizando mais os pais sem tateias.

                                              Qualquer um pode ser professor? Não se aproveita uma! É uma das classes mais qualificadas do país dados os requisitos para a profissão (que algo mais do que conversa da treta num qualquer fórum), não integra ninguém na carreira há anos, não se consegue colocação alguma para milhares de candidatos e dizes que qualquer um pode ser professor? O concurso nacional altera este estado de coisas em quê, exatamente?
                                              Sim qualquer um, concorres ao ensino superior público ou privado, o que não faltam são cursos de formação para professores, se és colocado ou não isso é outra história. Por algum motivo há tanta oferta de professores das mais variadas áreas. Se fosse algo dificil de alcançar, certamente haveriam mais regalias e mais saídas.

                                              Aqui discute-se quem é professor principal e o auxiliar? Mas qual professor principal? Em que país vives? Aqui as turmas rondam os trinta alunos, ultrapassando-se esse valor no secundário e muito felizes ficam os professores quando têm alguma assessoria numa turma mais complicada. Agora discutir títulos que só tu conheces, nem na imaginação de alguém perturbado.
                                              Não sou eu quem os discute, governo quis criar em tempos uma hierarquia de professores, tal como existe no ensino superior, foi recusada.
                                              Mas o que eu disse foi que se viessem com a ideia de ter 2 professores por turma ajudar alunos nas aulas práticas a guerra ia estourar no sentido de cada um puxar a sardinha para seu lado.


                                              É tudo verborreia quando não interessa ou mexe com valores que estão a nível pessoa ou afectam a nossa sardinha.


                                              Quem está no terreno conhece os problemas, deve saber identifica-los e vir a público demonstrar vontade em alterar o sistema apresentado formas exemplares em vez de esperar que elementos alheios ao ensino como é o caso dos politicos, venham tentar alterar seja o que for.


                                              Volto a lembrar, nos anos 70 a Finlândia era pobre, nós tivemos mudança de regime em 1974, olhe-se para o que somos e para o que eles são desde então.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por neapo Ver Post
                                                3. Quando professores vêm para a rua é para chorar por salários, nunca até hoje em toda a minha vida vi quem quer se seja da área de educação, salvo Nuno Crato, a falar em reformas no sistema educativo, tudo o que vi até hoje ou li e meta professores = carreira ou salário.
                                                4. O respeito e estatuto ganham-se com trabalho e instrução.
                                                Tens que abrir os olhos se isso é apenas o que viste até agora. Ou então, deixares os muitos preconceitos para trás das costas quando falas de professores. Basta passar os olhos por um mísero blog de professores para se perceber que o que dizes é falso. Como dá muito trabalho fazer isso, escrevem-se umas mentiras que até são muito convenientes para se concluir o mesmo de sempre: a culpa é dos professores.

                                                Se, como pretendes afirmar, acreditasses mesmo que o respeito e o estatuto se ganham com trabalho e instrução não mostrarias por aqui este discurso nem forma de pensar. Os professores portugueses são dos professores com maior volume de trabalho, com consequências bem conhecidas. São das classes mais instruídas e, no entanto, continuam a ser pouco valorizados por certa camada da população que prefere valorizar empresários quase analfabetos que vivem de explorar quem trabalha.

                                                Originalmente Colocado por neapo Ver Post
                                                Sim qualquer um, concorres ao ensino superior público ou privado, o que não faltam são cursos de formação para professores, se és colocado ou não isso é outra história. Por algum motivo há tanta oferta de professores das mais variadas áreas. Se fosse algo dificil de alcançar, certamente haveriam mais regalias e mais saídas.
                                                Parece-me incrível ter que explicar isto mas cá vai. A facilidade em entrar num curso vocacionado para o ensino dificilmente significa que é fácil, atualmente, ser professor. Não se é professor depois de tirar o curso mas apenas quando se começa a trabalhar, certo? Não só é algo difícil de alcançar como é algo praticamente impossível de alcançar. Pensava eu que isto era óbvio.

                                                Originalmente Colocado por neapo Ver Post
                                                Não sou eu quem os discute, governo quis criar em tempos uma hierarquia de professores, tal como existe no ensino superior, foi recusada.
                                                Mas o que eu disse foi que se viessem com a ideia de ter 2 professores por turma ajudar alunos nas aulas práticas a guerra ia estourar no sentido de cada um puxar a sardinha para seu lado.
                                                Uma hierarquia implica posições com diferentes responsabilidades, com trabalho diferenciado. Criar uma hierarquia sem qualquer diferenciação é ideia de gente pouco competente. Pelos vistos, ou não percebeste ou não quiseste perceber do que se tratava quando se discutiu essa temática.

                                                Quanto ao exemplo que encontraste, é apenas infeliz e deslocado da realidade. Tal como a explicação dada.

                                                Originalmente Colocado por neapo Ver Post
                                                É tudo verborreia quando não interessa ou mexe com valores que estão a nível pessoa ou afectam a nossa sardinha.
                                                O que "afeta a minha sardinha" é ler parvoíces sem fundamento por parte de quem julga perceber algo sobre o tema mas demonstrando exatamente o oposto. Ainda por cima, fazendo-o pelo filtro do preconceito do costume (sim, porque este tipo de posição é tudo menos original).

                                                Originalmente Colocado por neapo Ver Post
                                                Quem está no terreno conhece os problemas, deve saber identifica-los e vir a público demonstrar vontade em alterar o sistema apresentado formas exemplares em vez de esperar que elementos alheios ao ensino como é o caso dos politicos, venham tentar alterar seja o que for.
                                                Claro! Perfeito. Até se pedia que não alterassem seja o que for, que o maior problema ainda é ter cada governo a alterar o que lhe dá na real gana e criar mais uma reforma educativa que deixa tudo ainda pior. Infelizmente, nem ligam o que se diz no terreno (e não, não estamos calados - nunca estivemos) nem são capazes de colocar alguém do terreno a dirigir este ministério. É preferível chamar um qualquer teórico ou comentador que pensar em alguém com real experiência de ensino.

                                                Originalmente Colocado por neapo Ver Post
                                                Volto a lembrar, nos anos 70 a Finlândia era pobre, nós tivemos mudança de regime em 1974, olhe-se para o que somos e para o que eles são desde então.
                                                Arrisco-me a dizer que tal se deve muito a pessoas como tu: desvalorizam a educação, os professores, fazem-no em público e em privado e esperam depois que as pessoas que os rodeiam transformem o país em algo com valor. Milagres desses, ainda não vi.

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Para quem se interessa por estas coisas da educação aqui fica um relatório através do qual se pode percepcionar a situação da educação em
                                                  Portugal relativamente a um conjunto alargado de indicadores. Executive summary | The report | Pearson | The Learning Curve

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    A diferença entre o desenvolvimento de países como a Finlândia e outros é mesmo a educação, escrevi isto noutro tópico, mas creio que será uma boa adição a este também:
                                                    Originalmente Colocado por Peste Ver Post
                                                    (...) A expectativa deste governo é voltar à Constituição de 1933, em que o pensamento dominante revelava-se na valorização da ignorância das classes populares, de tal forma que esta era encarada como uma virtude, existindo mesmo a discussão (na única reforma que à educação foi feita durante o estado novo), relativamente ao problema do analfabetismo, “se, realmente, interessaria extingui-lo, ou se não seria preferível manter o povo na ignorância pois dela decorrem a sua docilidade, a sua modéstia, a sua paciência, a sua resignação”.

                                                    Curiosamente (ou não), a reforma efectuada nesta altura (1937), condicionou o ensino e as alterações adicionadas depois de 1974, em que se seguiu o mesmo método adoptado anteriormente, que se baseava na simplificação cada vez maior das matérias, como forma de combater o analfabetismo e o insucesso escolar.
                                                    Ou seja, andamos mais 38 anos, a adiar a resolução do problema (como em muitas outras coisas).

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por pjota Ver Post
                                                      Para quem se interessa por estas coisas da educação aqui fica um relatório através do qual se pode percepcionar a situação da educação em
                                                      Portugal relativamente a um conjunto alargado de indicadores. Executive summary | The report | Pearson | The Learning Curve
                                                      O meu indicador é pessoal e inequívoco.

                                                      Na minha altura de estudante era aluno universitário de 12/13.

                                                      Hoje, trabalhador/estudante e com menos disponibilidade de tempo e até mental sou aluno de 20:confused

                                                      Se na minha altura (10 anos atrás) o ensino já estava na decadência qualitativa que se via, hoje está literalmente na fossa

                                                      EDIT: Obrigado a Bolonha e a todos os que a apoioram, só veio contribuir para aumentar o tamanho da cova.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Ora aqui está uma boa ideia educativa vinda do Reino Unido....submeter os alunos mais indisciplinados a treinos semi militares intensivos, orientados por ex militares, de forma a inculcar-lhes conceitos básicos de disciplina e preserverança. Em Portugal duvido que esta ideia pudesse avançar....é demasiado politicamente incorrecta, e o numeros de professores e militares interessados na sua implementação tambem não seria, provavelmente, elevado.

                                                        Hundreds of teen tearaways will face military-style boot camps staffed by solders to teach them self-discipline | Mail Online

                                                        Labour plan to set up 'Service Schools' staffed by soldiers - Telegraph


                                                        Atten-shun...classroom lessons in discipline from ex-squaddies | UK | Express.co.uk - Home of the Daily and Sunday Express

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                                          Eu também penso que o sistema educativo em Portugal é no mínimo, muito bom.

                                                          Então o que tem falhado? Na minha opinião, e por ordem: os Pais e o ambiente cultural do País;
                                                          Tambem culpo principalmente esses dois factores. Mas há mais. A desorganização e ineficiencia (patente em quase todos os sectores do Estado) bem como o não saber apostar na colaboração entre alunos (não é apenas por alunos a trabalhar em grupo, mas garantir que de facto trabalhem para fazer as tarefas em grupo e não apenas o "marrão" a faze-los). Porque não precisamos de quadros interactivos todos xpto como a Singapura para subir no ranking (especialmente na nossa situação actual). Há maneiras bem mais simples e económicas de o fazer...

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            No link que o pjota colocou e que creio ser a base para a tabela indicada no post #1 Portugal aparece no lugar nº 27.
                                                            Independentemente do lugar, o que acho que interessa é se estamos a melhorar, e portanto a subir no ranking, ou se estamos a descer.
                                                            E a resposta a essa pergunta creio que todos sabemos: não estamos a melhorar........

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