Doctor: Mr. Burns, I’m afraid you are the sickest man in the
United States. You have everything.
Burns: You mean I have pneumonia?
Doctor: Yes.
Burns: Juvenile diabetes?
Doctor: Yes.
Burns: Hysterical pregnancy?
Doctor: Uh, a little bit, yes. You also have several diseases
that have just been discovered — in you.
Burns: I see. You sure you haven’t just made thousands of
mistakes?
Doctor: Uh, no, no, I’m afraid not.
Burns: This sounds like bad news.
Doctor: Well, you’d think so, but all of your diseases are in
perfect balance. Uh, if you have a moment, I can explain.
Doctor: Here’s the door to your body, see?
And these are oversized novelty germs. [points to a
different one up as he names each disease] That’s
influenza, that’s bronchitis, [holds up one] and this cute
little cuddle-bug is pancreatic cancer. Here’s what
happens when they all try to get through the door at once.
[tries to cram a bunch through the model door. The
“germs” get stuck]
[Stooge-like] Woo-woo-woo-woo-woo-woo-woo! Move it,
chowderhead!
[normal voice] We call it, “Three Stooges Syndrome.”
Burns: So what you’re saying is, I’m indestructible!
Doctor: Oh, no, no, in fact, even slight breeze could —
Sim é verdade. O artigo original que deu origem ao vídeo que circula no Facebook foi publicado há uns meses no New England Journal of Medicine (talvez a mais importante revista de medicina). Podes ver aqui: MMS: Error
O que aconteceu foi (teoricamente) muito simples e não se infectou a miúda com HIV: O vírus do HIV (atenuado, sem capacidade de causar doença, pois não origina outros vírus) foi usado para introduzir nos linfócitos da miúda um novo gene que faz com que estes linfócitos "ataquem" as células do cancro. Isto é possível porque as células do cancro expressam na sua superfície uma proteína (CD19) que as distingue das restantes. Os linfócitos são retirados da doente e modificados em laboratório (com a ajuda do vírus atenuado) de forma a que passem a expressar receptores capazes de reconhecer especificamente o CD19 e a destruir as células que o expressam. Estes linfócitos são depois injectados na miúda.
A má notícia é que o cancro é muito inteligente... disse por piada que um "tumor estúpido é mais inteligente que um oncologista muito inteligente". Infelizmente é verdade... Num dos casos descritos no artigo original, o tratamento resultou numa fase inicial. Porém, muito pouco tempo depois a doença recidivou, mas desta vez as células malignas já não expressavam CD19 ficando invisíveis para os linfócitos modificados. Nesta situação já não há nada a fazer.
Os resultados descritos no artigo são fantásticos. Mas não é a primeira vez que se usam vírus com este fim (inclusivé o do HIV) e esta não é a cura da leucemia... resultará num número MUITO reduzido de doentes.
Mas a ciência vive de pequenos avanços como este...
Sim é verdade. O artigo original que deu origem ao vídeo que circula no Facebook foi publicado há uns meses no New England Journal of Medicine (talvez a mais importante revista de medicina). Podes ver aqui: MMS: Error
O que aconteceu foi (teoricamente) muito simples e não se infectou a miúda com HIV: O vírus do HIV (atenuado, sem capacidade de causar doença, pois não origina outros vírus) foi usado para introduzir nos linfócitos da miúda um novo gene que faz com que estes linfócitos "ataquem" as células do cancro. Isto é possível porque as células do cancro expressam na sua superfície uma proteína (CD19) que as distingue das restantes. Os linfócitos são retirados da doente e modificados em laboratório (com a ajuda do vírus atenuado) de forma a que passem a expressar receptores capazes de reconhecer especificamente o CD19 e a destruir as células que o expressam. Estes linfócitos são depois injectados na miúda.
A má notícia é que o cancro é muito inteligente... disse por piada que um "tumor estúpido é mais inteligente que um oncologista muito inteligente". Infelizmente é verdade... Num dos casos descritos no artigo original, o tratamento resultou numa fase inicial. Porém, muito pouco tempo depois a doença recidivou, mas desta vez as células malignas já não expressavam CD19 ficando invisíveis para os linfócitos modificados. Nesta situação já não há nada a fazer.
Os resultados descritos no artigo são fantásticos. Mas não é a primeira vez que se usam vírus com este fim (inclusivé o do HIV) e esta não é a cura da leucemia... resultará num número MUITO reduzido de doentes.
Mas a ciência vive de pequenos avanços como este...
Acrescentar que o antigénio CD19 é uma proteína de superfície essencial na linhagem dos linfócitos B. Existe, portanto, em células saudáveis, em todos nós.
A leucemia do caso apresentado deriva precisamente desses percursores de células B, daí ser CD19 positiva.
Daí a grande complexidade na resposta a esta nova terapêutica. Longe de ser algo linear.
Acrescentar que o antigénio CD19 é uma proteína de superfície essencial na linhagem dos linfócitos B. Existe, portanto, em células saudáveis, em todos nós.
A leucemia do caso apresentado deriva precisamente desses percursores de células B, daí ser CD19 positiva.
Daí a grande complexidade na resposta a esta nova terapêutica. Longe de ser algo linear.
Faz sentido. Mas que outras células (as benignas ou vá, não malignas) vão estes leucócitos combater? Já se descobriu?
Faz sentido. Mas que outras células (as benignas ou vá, não malignas) vão estes leucócitos combater? Já se descobriu?
Os linfócitos T alterados vão ligar-se a qualquer célula que tenha um CD19 à superfície, portanto a percursores de células B (saudáveis), linfócitos B maduros (saudáveis) e células cancerígenas derivadas da linhagem B (malignas).
Os linfócitos T alterados vão ligar-se a qualquer célula que tenha um CD19 à superfície, portanto a percursores de células B (saudáveis), linfócitos B maduros (saudáveis) e células cancerígenas derivadas da linhagem B (malignas).
Pois, não combate só as malignas mas num certo espaço de tempo pode resultar numa melhoria significativa do paciente, mesmo que o "tratamento" também lhe diminua o sistema imunitário ao mesmo tempo. É um bocado arriscado, mas pode valer a pena o risco... Sempre é melhor do que nada.
Não sei. Só sei que no caso dela resultou e é fantástico.
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