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Moçambique de volta à guerra civil?

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    Moçambique de volta à guerra civil?

    O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, disse que o assalto à base da Renamo, em Santungira, marca o fim da democracia no país.

    “A tomada da base do presidente Dhlakama, pelos comandos das FADM/FIR, marca o fim da democracia multipartidária em Moçambique. Esta atitude irresponsável do comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança coloca o ponto final aos entendimentos de Roma. De agora em diante os moçambicanos deixaram de ter o conselheiro da paz, aquele que, em momentos de grande tensão política, sabia ter uma palavra de encorajamento”, explicou Fernando Mazanga.
    Renamo anuncia fim do Acordo Geral de Paz FADM dizem que responderam à provocação

    Cheira-me a mais uns anos de guerrilha e de atraso naquele país...

    Este ano passei uma temporada na Beira e na Gorongosa (onde a Renamo estava instalada) e notava-se bem a tensão. O exército já tinha montado barreiras do controlo no acesso à vila e as pessoas andavam bastante preocupadas. Não sei porquê, mas era capaz de apostar que alguma da artilharia usada no ataque é "made in china", fornecidas em troca de umas botijas de gás de Pemba.

    PS: Não deixa de ser interessante que umas declaraçõezecas em Angola sejam motivo de histeria nacional, e um país como Moçambique entrar numa guerra civil seja passado para notícia de rodapé...

    #2
    Originalmente Colocado por pacxito Ver Post
    Renamo anuncia fim do Acordo Geral de Paz FADM dizem que responderam à provocação

    Cheira-me a mais uns anos de guerrilha e de atraso naquele país...

    Este ano passei uma temporada na Beira e na Gorongosa (onde a Renamo estava instalada) e notava-se bem a tensão. O exército já tinha montado barreiras do controlo no acesso à vila e as pessoas andavam bastante preocupadas. Não sei porquê, mas era capaz de apostar que alguma da artilharia usada no ataque é "made in china", fornecidas em troca de umas botijas de gás de Pemba.

    PS: Não deixa de ser interessante que umas declaraçõezecas em Angola sejam motivo de histeria nacional, e um país como Moçambique entrar numa guerra civil seja passado para notícia de rodapé...
    Dever ser uma tentativa de acabar com a oposição à maneira africana...

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por PSerra Ver Post
      Dever ser uma tentativa de acabar com a oposição à maneira africana...
      Sempre que há eleições em Moçambique há arrufos entre a Renamo (direita) e a Frelimo (esquerda), até que a Frelimo decide pagar à Renamo para se calar.

      O problema é que a Frelimo este ano está com as costas quentes, com todo o investimento que tem sido feito pelos brasileiros da Vale em Tete (minas de carvão) e principalmente pelos chineses em Pemba (gás natural).

      O problema é que até agora o pagamento tem sido suficiente para manter o pessoal da Renamo calmo, mas com este ataque cheira-me que o pessoal vai voltar a pegar nas armas.

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        #4
        A ser verdade é péssimo para eles e para nós.

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          #5
          Há povos que só sabem viver á lei da bala

          A luta de palhotas já faz parte da sua herança genética

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
            Há povos que só sabem viver á lei da bala

            A luta de palhotas já faz parte da sua herança genética
            ainda bem que como europeus e portugueses, nunca fomos assim.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por pacxito Ver Post
              Sempre que há eleições em Moçambique há arrufos entre a Renamo (direita) e a Frelimo (esquerda), até que a Frelimo decide pagar à Renamo para se calar.

              O problema é que a Frelimo este ano está com as costas quentes, com todo o investimento que tem sido feito pelos brasileiros da Vale em Tete (minas de carvão) e principalmente pelos chineses em Pemba (gás natural).

              O problema é que até agora o pagamento tem sido suficiente para manter o pessoal da Renamo calmo, mas com este ataque cheira-me que o pessoal vai voltar a pegar nas armas.
              Sim, trata-se dum problema de minas de cacau. A única solução para estes conflitos é a partilha do grão de cacau.

              Portanto enquanto cheirar a cacau, haverá sempre confusão.

              Comentário


                #8
                Enquadramento regional é muito diferente da década de 90 com no entanto a questão da (re)distribuição da riqueza nacional começa a fazer mossa em termo de reivindicação social é esta a questão aqui.

                Não acredito que haja rearmamento em força e moderno cedido pela África do Sul à Resistência Nacional de Moçambique.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Pastis Ver Post
                  Sim, trata-se dum problema de minas de cacau. A única solução para estes conflitos é a partilha do grão de cacau.

                  Portanto enquanto cheirar a cacau, haverá sempre confusão.
                  Já havia guerra civil em MZ antes do carvão e do gás. Na prática o que se passou foi o mesmo que se passou em Angola, Guiné e nas outras ex-colónias - um processo de descolonização gerido terrivelmente e um pais deixado orfão a uma população que não estava preparada para o governar. Era preferível ter passado administrativamente o poder para um regime ditatorial (moderado), que suavizasse a transição. As democracias não se impõem, tem que ser pedidas pelo povo.

                  Relativamente ao problema concreto entre a Frelimo e a Renamo, acho que está directamente relacionado com o facto de estarmos a falar de exércitos de guerrilha que nunca se transformaram verdadeiramente em partidos políticos e ainda têm "a guerra" no sangue. A Frelimo espalhou "soldados" por toda a estrutura governativa e esmaga quem se opõe, principalmente agora que, de um momento para o outro, passou a ser bajulada pelo mundo ocidental e oriental, e claro por Angola, que lhes está a ensinar tudo que de mau há para ensinar.

                  É pena, não só porque Moçambique é um pais cheio de oportunidades (e nem precisava das minas ou do gás), mas também porque o povo já sofreu demais com todos os anos de guerra e fome. Ainda por cima os Moçambicanos são gente boa e honesta por natureza, ao contrário por exemplo dos Angolanos que são arrogantes e trapaceiros.

                  Comentário


                    #10
                    A década de 60 há muito que passou não houve na época atitude politica para tal há que encarar outra realidade que é de país independente e com forte influência local de uma potência regional e mundial que é a África do Sul numa série de variável.

                    Comentário


                      #11
                      Claro que a década de 60 passou, mas os intervenientes são os mesmos. Foi apenas um contexto histórico para desassociar o atrito de uma luta por recursos.

                      A realidade de país independente também afastou a influência da África do Sul. China e Angola estão muito mais próximas ideologicamente e economicamente.

                      Comentário


                        #12
                        Nunca percebi bem como era possível haver um "governo eleito", mas que a "oposição" conserva "bases" e pessoal pronto (ou praticamente) para combater.

                        Comentário


                          #13
                          A Portucel não vai pôr "gosto" nesta noticia, suspeito.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por pacxito Ver Post
                            A realidade de país independente também afastou a influência da África do Sul. China e Angola estão muito mais próximas ideologicamente e economicamente.
                            Em termos de trocas comerciais, a África do sul continua a dominar o "mercado" em muitos sectores económicos.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Pastis Ver Post
                              Em termos de trocas comerciais, a África do sul continua a dominar o "mercado" em muitos sectores económicos.
                              Sim, mas está rapidamente a ser substituída por outros "sponsors", particularmente por aqueles com interesses nos poços de Pemba. O USAid teve um boom brutal no financiamento de projetos governamentais no último ano. Os chineses até aeroportos fazem, praticamente a custo zero.

                              Comentário


                                #16
                                Renamo retalia e ataca posto policial em Marínguè

                                abola.pt

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                                  #17
                                  Originalmente Colocado por pacxito Ver Post
                                  (...) A realidade de país independente também afastou a influência da África do Sul. China e Angola estão muito mais próximas ideologicamente e economicamente.
                                  A África Austral é parte integrante a nível económico e/ou cultural de Moçambique por força da geografia aquando da independência do país a questão da influência do vizinha África do Sul e outro território em luta intensificou-se pela questão de base operacional que Moçambique disponibilizava na zona.

                                  A nível económico o capital vindo do Canadá, Austrália e África do Sul representa o esforço maior na industria mineira é o há décadas a nível planetário, o surgir de outro capital como seja o oriundo da RPC e/ou RFB não limita o potencial dos acima referidos.

                                  Culturalmente nenhum país africano aproxima-se de facto da matriz sino.

                                  Comentário


                                    #18
                                    "O agravar da tensão em Moçambique não surpreende frei Fernando Ventura, que visita regularmente o país. À Renascença garante que no Verão a população já temia o regresso da guerra e fala em interesses económicos que estão a dificultar a paz.

                                    A escalada da tensão militar vai certamente dificultar a ajuda ao país, onde ainda há fome e pobreza. O frei lamenta que os políticos e militares não saibam aproveitar a natureza pacífica do povo moçambicano.

                                    “Moçambique tem uma cultura de convivência intereligiosa que infelizmente não está a ser aproveitada pelas autoridades, quer de um lado quer do outro. Infelizmente há outros interesses que passam pelo carvão, pelo gás natural, que passam pela exploração até ao limite do impossível dos recursos naturais. Moçambique está a ser delapidado pela China na questão das madeiras e de outros bens de primeira necessidade e no acesso às fontes de energia”, considera o religioso.

                                    Frei Fernando Ventura vai com frequência a Moçambique, onde os Franciscanos Capuchinhos desenvolvem vários projectos de solidariedade. Este ano visitou o país em Fevereiro e em Julho, e da última vez já sentiu que a população receava o regresso da guerra. “Em Julho estava já cortado o trânsito pela Nacional 1, a estada principal que vai junto ao mar, já só se passava em coluna militar. E a perspectiva e o medo real das pessoas era esse.”

                                    Na sua opinião, o calendário eleitoral que se aproxima não vai ajudar à resolução da crise. “Tenho medo que não seja, temos as eleições autárquicas em Novembro, e eleições presidenciais no próximo ano, estas proximidades de calendário eleitoral também não ajudam nada a que se encontrem espaços e climas de diálogo”."Em "Interesses" económicos dificultam a paz em Moçambique - Renascença

                                    Comentário


                                      #19
                                      Moçambique. Homens armados atacaram coluna militar em Muxúnguè | iOnline

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Alpiger Ver Post
                                        A luta de palhotas já faz parte da sua herança genética
                                        É tudo uma questão (de falta) de educação e bom senso.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Um país como Moçambique é muito frágil e pobre, logo não me admira esta situação. É muito triste que isto aconteça.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Ver se eu percebo, muitos dos recursos que andam a ser negociados estão no território da Renamo, normalmente estas coisas são negociadas em proveito de alguns, diria que a Renamo estaria a ficar de fora e não gostou.

                                            Quem tem interesses económicos em Moçambique não está para levar com este numero da Renamo, acho que estão entalados, vão acabar com um escritoriozinho em Lisboa.

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                                              #23
                                              Pergunta que já fiz a muitos amigos da terra e ficam a olhar como se fosse algo normal.

                                              Como moçambicano fico triste, tenho muitos amigos e família e isso preocupa-me também.

                                              Visitei pemba, maputo e algumas outras localidades no ano passado e adorei rever alguns pontos, outros nem tanto.

                                              A ver vamos quem se um dia se descobre quem está a financiar a Renamo.


                                              Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                                              Nunca percebi bem como era possível haver um "governo eleito", mas que a "oposição" conserva "bases" e pessoal pronto (ou praticamente) para combater.

                                              Comentário


                                                #24

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Eu estou a trabalhar em Moçambique, mas felizmente longe dessas zonas de conflito, aqui onde estou ainda não senti insegurança, mas obviamente não me sinto 100% seguro! no entanto os Moçambicanos que trabalham comigo dizem que isto não é nada, é apenas um "arrufo" para forçar a existência de negociações, vamos ver o que sai daqui, pessoalmente preocupa-o facto de estar a cerca de 180 km do aeroporto mais próximo e em caso de guerra poderem cortar esses acesso principais.
                                                  Crítico tambem a actuação do nosso consulado, onde estou escrito e que ficaram com o meu email e n. de telefone éque não nos contactaram para nada. Os meus colegas brasileiros receberam todos emails da embaixada brasileira a informar quais são as zonas de risco, a solicitar para fazerem a actualização dos seus dados e caso conhecessem brasileiros que não estivessem inscritos para lhes passarem a informação e para darem os dados para saber quantos brasileiros estão cá se for necessário intervir...enfim...com de costume estou a ver que o nosso estado, consulado, só serviu para me chularem 10€ de inscrição, até para informar que cá estou a residir tive que pagar! Os brasileiros basta mandar os dados por email e estão inscritos...

                                                  Comentário


                                                    #26


                                                    Cinco raptos em cinco dias. Três mulheres, um homem de negócios, um estudante da Escola Portuguesa. O escritor Mia Couto denuncia "força sem rosto e sem nome" que faz ruir a credibilidade de Moçambique junto dos outros.
                                                    (...)
                                                    A semana passada, com um rapto em média por cada dia útil, fechou, sexta-feira, com o alerta lançado, numa cerimónia pública, por Mia Couto. O escritor falou do “ritmo crescente” dos raptos como de “uma outra guerra civil” a reforçar “um sentimento de desprotecção e desamparo” entre os moçambicanos.
                                                    (...)
                                                    Longe da instabilidade de Sofala, Maputo mergulha num outro medo: o dos raptos - PÚBLICO

                                                    Isto escalou de uma forma impensável, e já não é o tradicional "zururu" em época de eleições.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      a questão dos raptos já vem desde 2011.

                                                      eles pedem entre 250.000 a 1.500.000.00 usd, depende da capacidade da família.

                                                      podes pagar em dinheiro, transferência bancária e até ás prestações já aceitam...

                                                      ninguém sabe quem são ? com nº da conta facilmente se chegava a um nome, mas deve ser algo muito forte.

                                                      mafia ao mais alto nível, só pode.


                                                      Originalmente Colocado por pacxito Ver Post



                                                      Longe da instabilidade de Sofala, Maputo mergulha num outro medo: o dos raptos - PÚBLICO

                                                      Isto escalou de uma forma impensável, e já não é o tradicional "zururu" em época de eleições.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Mz deve ser um bom sítio para as firmas privadas de segurança, hoje em dia...

                                                        Até mete dó.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Um dia destes, enquanto estive em Angola, um alto dignitário explicou-me porque é que na Guiné e Moçambique as coisas se iriam complicar.

                                                          E eu entendi. Mas em Portugal o pessoal continua numa de marrar contra a parede.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por augustus Ver Post
                                                            Mz deve ser um bom sítio para as firmas privadas de segurança, hoje em dia...

                                                            Até mete dó.
                                                            Conheço quem tem lá uma empresa de segurança há bastantes anos.... É bom negócio..

                                                            Comentário

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