Daniel Oliveira não aceita decisões tomadas em referendo, segundo o modelo suiço
Não acredito na democracia direta, como não acredito na luta dos trabalhadores sem sindicatos ou algo que os substitua, na escola democrática sem associações de pais e de estudantes, na defesa do ambiente, dos consumidores ou da qualidade de vida urbana sem associações e movimentos.
O discurso em defesa da democracia direta é, mesmo que involuntariamente, a defesa do poder sem responsabilização nem escrutínio. Até porque o poder que uma suposta democracia direta ajuda a criar não tem espaço para oposições. E não é por acaso que a única democracia referendária da Europa tem sido um dos palcos preferenciais da extrema-direita para a sua agenda de ódio e medo.
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