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    Briga de braços - VW x governo brasileiro

    Achei louvável a decisão do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social contra a VW, que tomou esmpréstimos públicos para aumentar a capacidade de produção (e empregos) e depois anunciou o fechamento de fábricas e cortes de pessoal. Trancou o empréstimo milionário enquanto não voltar atrás a decisão da marca alemã! [^]

    Vejam a nota de jornais:

    BNDES suspende empréstimo à Volks até acordo com sindicato
    ANA PAULA RIBEIRO
    da Folha Online, em Brasília

    A Volkswagen só terá acesso ao financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) após concluir a negociação com os empregados da fábrica de São Bernardo do Campo (SP).

    O BNDES aprovou um financiamento de R$ 497 milhões para a montadora. O dinheiro, ainda não liberado, deveria ser investido nas áreas de modernização de fábricas, design e produção de modelos mais atualizados.

    Ao mesmo tempo, a Volks tenta negociar com sindicatos a demissão de no mínimo 3.600 trabalhadores no ABC e ameaça até mesmo fechar a fábrica em São Bernardo, o que elevaria os cortes para 6.100.

    "Enquanto não for consolidado o acordo, o BNDES vai suspender e aguardar [para liberar os recursos]", disse o ministro Luiz Marinho (Trabalho).

    O banco anunciou apenas hoje a suspensão da liberação do dinheiro. Até a semana passada, o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e o presidente do BNDES, Demian Fiocca, afirmavam que o empréstimo não tinha nenhuma relação com as demissões.

    O primeiro a defender o corte dos recursos foi Marinho, na quinta-feira. Hoje o BNDES mudou de posição após reunião de Fiocca, Marinho e da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) com a diretoria da Volks no Palácio do Planalto.

    "Nós esperamos que as partes concluam o processo de negociação e o acordo seja bom para as partes e, especialmente, para o Brasil", disse Marinho.

    Na semana passada, Marinho disse que as demissões não condizem com o crescimento do mercado interno de veículos --estimado em 7,1% para este ano-- e as mudanças nas regras cambiais que devem ajudar as empresas exportadoras --as vendas ao exterior respondem por 42% da produção da Volks no Brasil.

    Demian Fiocca lembrou que os empréstimos estão vinculados ao plano de investimento das empresas, mas que como o fechamento da fábrica não foi citado no pedido do empréstimo, o BNDES pode solicitar informações adicionais e ver se o plano de investimento será mantido. 'Vamos ver o impacto das negociações [com os trabalhadores] na estratégia de investimento.'

    De acordo com Fiocca, a montadora compreendeu a solicitação e avisou que já está na fase final do acordo com os sindicatos.

    Ameaças

    No último dia 21, a Volks ameaçou pela primeira vez fechar a fábrica de São Bernardo, a primeira e maior das cinco unidades da empresa alemã no Brasil

    Com 12.400 funcionários, a fábrica é considerada pela direção da Volks a "mais problemática" --ou seja, a menos competitiva.

    A empresa afirmava que apenas um acordo com o sindicato poderia evitar o fechamento da fábrica. Esse acordo, entretanto, previa a demissão de 3.600 e o corte de direitos dos trabalhadores que ficarem.

    De acordo com o plano, aqueles que saírem terão que aderir a um plano de demissão voluntária. Cada um deles receberá 0,4 salário por cada ano trabalhado na empresa, valor considerado baixo pelo sindicato.

    Já os que permanecerem na Volks terão que aceitar mudanças no banco de horas. A empresa não pagaria nada àqueles que fizessem até 200 horas extras em um ano e só pagaria hora cheia para os que trabalhassem mais de 400 horas acima da jornada.

    Funcionários que cometerem erros na produção teriam que trabalhar até oito horas gratuitas por semana para compensar a empresa. Além disso, o desconto no salário para pagamento do plano de saúde subiria de 1% para 3% da renda mensal.

    Já os novos contratados teriam redução média de salário de 35% em relação aos vencimentos pagos hoje. Os planos de carreira também se tornariam menos favoráveis aos trabalhadores, que demorariam mais tempo para receber vencimentos correspondentes ao ápice da carreira.

    Na sexta-feira, os funcionários da Volks decidiram em assembléia não aceitar demissões nem cortes de direitos já adquiridos.

    A Volks culpa a desvalorização do dólar pelas demissões. A empresa já havia informado anteriormente que planejava demitir entre 4.000 e 6.000 funcionários até 2008 nas unidades do ABC, Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR).

    Procurada, a assessoria de imprensa da Volks informou que não iria se manifestar hoje.

    Sindicato

    O secretário geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, aprovou a decisão do BNDES e disse que "o sindicato sempre defendeu a bandeira de que qualquer empréstimo com recurso público, como é o caso do BNDES, tenha uma contrapartida social". Os financiamentos do BNDES utilizam recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).

    Marques disse ainda que a expectativa do sindicato é que a suspensão "ajude a Volks a refletir e se tornar menos inflexível nas negociações".

    O sindicaro esteve em uma rodada de negociações com a empresa até a última sexta. O resultado dos encontros será levado aos trabalhadores nesta terça, quando o sindicato pode decidir por greves e manifestações.


    #2
    Agora a "desculpa" da VW em fechar a fábrica:

    Veja a íntegra da nota divulgada pela Volkswagen sobre o possível fechamento da fábrica de São Bernardo do Campo (SP):
    "21 de agosto de 2006

    Volkswagen reafirma ao Sindicato e à Representação de Empregados a necessidade de implantação do Plano de Reestruturação na fábrica Anchieta

    Em reunião nesta manhã, a Volkswagen apresentou às entidades de representação da Anchieta as possíveis conseqüências caso não haja acordo sobre o Plano de Reestruturação Fase 2

    A Volkswagen do Brasil reafirmou, nesta manhã, em reunião com as entidades de representação dos empregados da fábrica Anchieta, a necessidade de estabelecimento de acordo que viabilize a implantação das medidas previstas no Plano de Reestruturação Fase 2, anunciado no dia 3 de maio de 2006. A empresa alertou que, sem acordo, a fábrica Anchieta não terá condições de concorrer a novos investimentos, o que inviabilizaria o futuro das suas operações em curto prazo.

    A companhia esclareceu que ocorrerá agora em setembro uma reunião decisória na sede do Grupo Volkswagen (em Wolfsburg, norte da Alemanha) sobre alocação de investimentos e, por isso, reforçou a importância da busca imediata pelo acordo.

    "É fundamental para a fábrica Anchieta que sejam viabilizados investimentos e a produção de novos modelos. Caso contrário, a perspectiva de redução do efetivo será ainda maior do que já anunciado", ressalta Nilton Junior, gerente executivo de Relações Trabalhistas Corporativo da Volkswagen.

    No caso de uma solução negociada, o quadro de empregados deverá ser reduzido em aproximadamente 3.600 pessoas nos próximos anos, e a companhia poderá oferecer incentivo financeiro aos empregados que vierem a ser desligados.

    Além da redução de pessoal, o acordo deve também contemplar as questões de reajuste na participação do Plano Médico, determinação dos patamares do PPR (Programa de Participação nos Resultados), novo sistema de Banco de Horas e nova Tabela Salarial, entre outras medidas. Somente desta forma a Volkswagen poderá assegurar investimentos para a unidade, como forma de viabilizar a continuidade das operações. A empresa tem a expectativa de construir um acordo com o sindicato até o final desta semana, para que então seja submetido aos empregados.

    Caso não haja um acordo aprovado, a companhia dará início às ações para a redução do quadro de pessoal --que ocorrerá efetivamente após 21 de novembro de 2006--, quando se encerra o acordo de estabilidade válido desde novembro de 2001.

    "A redução de 3.600 empregados nos próximos anos considera a vinda de novos investimentos. Por esta razão, caso não haja acordo sobre as medidas do Plano de Reestruturação, a fábrica Anchieta não receberá novos modelos e terá uma produção reduzida para 300 a 400 carros/dia nos próximos anos, frente aos mais de 900 veículos/dia que são produzidos hoje. Considerando este cenário, ocorrerá um corte adicional de aproximadamente 2.500 pessoas, além dos 3.600 desligamentos já anunciados", afirma Nilton Junior.

    "Com um nível de produção bem inferior ao atual provocado pela ausência de investimentos, os já elevados custos fixos da unidade se tornarão ainda maiores. É difícil imaginar que um complexo industrial do porte da Anchieta continue operando com um volume de produção tão reduzido. Portanto, caso não tenhamos novos investimentos, o risco da operação ser encerrada é real. A direção da Volkswagen do Brasil não deseja que isso aconteça e, por esta razão, tem insistido na busca de um acordo que viabilize as ações do Plano de Reestruturação", complementa Josef-Fidelis Senn, vice presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil.

    Nesta manhã, em reunião com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Representação Interna de Empregados da Anchieta, a empresa esclareceu que, caso não seja definido um acordo até o final desta semana, a Volkswagen providenciará a relação de 1.800 pessoas que serão desligadas após 21 de novembro deste ano, sem pagamento de qualquer incentivo adicional serão cerca de 1.300 empregados da fábrica e aproximadamente 500 pessoas que se encontram atualmente em atividades no CFE (Centro de Formação e Estudo), mecanismo criado na primeira fase do Plano de Reestruturação, implantada em 2003. "Sem acordo, as demissões serão feitas conforme a legislação determina e não haverá pacote", indica Nilton Junior.

    "A Volkswagen está sendo absolutamente clara e transparente ao indicar as graves conseqüências que ocorrerão caso não haja um acordo trabalhista. Desta vez, a questão está concentrada na existência ou não de futuro para a maior operação industrial da Volkswagen no Brasil. A empresa insistirá no caminho do entendimento como forma para garantir o futuro da fábrica Anchieta e tem convicção de que, com a união de todos, as enormes dificuldades serão superadas", conclui Josef-Fidelis Senn, vice presidente de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil."

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