«Exodus: Deuses e Reis»: um sanguinário Deus que atormenta um simples Moisés
Depois de «Noé» de Darren Arronofsky, regressa aos cinemas outra figura marcante da história cristã, Moisés. Em «Exodus: Deuses e Reis», o prestigiado realizador Ridley Scott assina um filme visualmente épico, onde apresenta um Deus vingativo (151 minutos num maravilhoso 3D), tão sanguinário que nem Moisés consegue suportar os seus atos.
É verdade que «Exodus: Deuses e Reis» não irá agradar a alguns, mas dificilmente não conseguirá o pleno em termos visuais. Estamos perante uma obra realmente marcante, uma obra em que o 3D justifica a sua existência. Efígies, pirâmides, cidades, monumentos em construção, o rio Nilo… Scott oferece com detalhes o Egipto antigo, um Egipto regido pela brutalidade e a barbárie.
Em relação a história, esqueçam o clássico filme «Os Dez Mandamentos», de Cecil B. DeMille. Como aconteceu em «Batman», Christian Bale volta a assumir o papel de um protagonista atormentado, impaciente, contraditório e excessivo, que coloca frequentemente a sua fé em causa, indo inclusive contra as ações de Deus por diversas vezes.
Aliás, Scott oferece um Deus impiedoso, vingativo, desumano, apesar da sua representação física ser uma criança. Não há perdão aqui, Deus exige sangue (e não só…) pelos anos de escravidão do povo hebreu. E ninguém consegue deter o seu impiedoso sentimento de vingança, que ganha vida com as dez pragas que caem sobre o Egipto. Sem falar com a separação do Mar Vermelho (e a sua junção…).
Scott faz de Moisés um simples homem que acaba por encontrar um inesperado destino, um destino que renega no princípio mas que acaba por o assumir posteriormente. Moisés acaba por lutar contra duas “almas” furiosas, Deus e Ramsés (Joel Edgerton), “almas” malévolas e ansiosas por sangue. Ramsés que expulsou o seu “irmão” quando soube que ele era hebreu; Deus que não se contenta com o método de guerrilha implementado por Moisés contra os egípcios, o que o obriga a métodos mais contundentes e… mortalmente avassaladores.
«Exodus: Deuses e Reis» é um filme portentoso em termos estéticos, com algumas novidades na sua história em relação ao Antigo Testamento. Acima de tudo Scott procura desmistificar Moisés, um “revolucionário” que jamais mostra algum entusiasmo com o seu papel (é de salientar o conflito ético que transporta consigo, pois não esquece o seu passado, quando viveu entre os egípcios), ao mesmo tempo que apresenta um Deus realmente impiedoso. Um filme que também não deixa de abordar o poder, a fé, o destino, a identidade, o terrorismo, etc. Um filme que, de bíblico, tem muito pouco.
«Exodus: Deuses e Reis»: um sanguinário Deus que atormenta um simples Moisés | TV e Cinema : Estreias | Diário Digital
Mais um filme de Hollywood, com grandes efeitos especiais, que vai ajudar a odiar Deus apresentando-o como sanguinário e vingativo
O Antigo Testamento é de difícil leitura, e muitas passagens não são fáceis de ler
mas é também preciso contextualizar os textos e perceber o que o autor está a tentar transmitir. Lembrem-se que a bíblia não foi escrita por 1 só homem, mas por vários e cada um deles tem o seu próprio estilo literário.
No tempo de Moisés havia muitos povos naquelas regiões que adoravam o deus pagão Baal, onde se ofereciam sacrifícios humanos. Um deus que tinha uma mulher deusa asherah. Além dos sacrifícios humanos havia prostitutas sagradas, os homens dormiam com elas para honrar esse deus.
o autor bíblico nas passagens mais controversas usou de uma linguagem pesada e violenta, movido por um profundo fervor religioso, indignado e revoltado por aquilo que via. O verdadeiro Deus deveria estar também indignado obviamente, mas bem longe de comandar massacres porque não é da sua natureza
Ler a bíblia é perigoso, principalmente o AT, quando uma pessoa não está preparada. Por isso S. Paulo foi muito claro :
- a letra mata, mas o espírito vivifica
agora não podem dizer que não dei a minha opinião, ah ah
Depois de «Noé» de Darren Arronofsky, regressa aos cinemas outra figura marcante da história cristã, Moisés. Em «Exodus: Deuses e Reis», o prestigiado realizador Ridley Scott assina um filme visualmente épico, onde apresenta um Deus vingativo (151 minutos num maravilhoso 3D), tão sanguinário que nem Moisés consegue suportar os seus atos.
É verdade que «Exodus: Deuses e Reis» não irá agradar a alguns, mas dificilmente não conseguirá o pleno em termos visuais. Estamos perante uma obra realmente marcante, uma obra em que o 3D justifica a sua existência. Efígies, pirâmides, cidades, monumentos em construção, o rio Nilo… Scott oferece com detalhes o Egipto antigo, um Egipto regido pela brutalidade e a barbárie.
Em relação a história, esqueçam o clássico filme «Os Dez Mandamentos», de Cecil B. DeMille. Como aconteceu em «Batman», Christian Bale volta a assumir o papel de um protagonista atormentado, impaciente, contraditório e excessivo, que coloca frequentemente a sua fé em causa, indo inclusive contra as ações de Deus por diversas vezes.
Aliás, Scott oferece um Deus impiedoso, vingativo, desumano, apesar da sua representação física ser uma criança. Não há perdão aqui, Deus exige sangue (e não só…) pelos anos de escravidão do povo hebreu. E ninguém consegue deter o seu impiedoso sentimento de vingança, que ganha vida com as dez pragas que caem sobre o Egipto. Sem falar com a separação do Mar Vermelho (e a sua junção…).
Scott faz de Moisés um simples homem que acaba por encontrar um inesperado destino, um destino que renega no princípio mas que acaba por o assumir posteriormente. Moisés acaba por lutar contra duas “almas” furiosas, Deus e Ramsés (Joel Edgerton), “almas” malévolas e ansiosas por sangue. Ramsés que expulsou o seu “irmão” quando soube que ele era hebreu; Deus que não se contenta com o método de guerrilha implementado por Moisés contra os egípcios, o que o obriga a métodos mais contundentes e… mortalmente avassaladores.
«Exodus: Deuses e Reis» é um filme portentoso em termos estéticos, com algumas novidades na sua história em relação ao Antigo Testamento. Acima de tudo Scott procura desmistificar Moisés, um “revolucionário” que jamais mostra algum entusiasmo com o seu papel (é de salientar o conflito ético que transporta consigo, pois não esquece o seu passado, quando viveu entre os egípcios), ao mesmo tempo que apresenta um Deus realmente impiedoso. Um filme que também não deixa de abordar o poder, a fé, o destino, a identidade, o terrorismo, etc. Um filme que, de bíblico, tem muito pouco.
«Exodus: Deuses e Reis»: um sanguinário Deus que atormenta um simples Moisés | TV e Cinema : Estreias | Diário Digital
Mais um filme de Hollywood, com grandes efeitos especiais, que vai ajudar a odiar Deus apresentando-o como sanguinário e vingativo
O Antigo Testamento é de difícil leitura, e muitas passagens não são fáceis de ler
mas é também preciso contextualizar os textos e perceber o que o autor está a tentar transmitir. Lembrem-se que a bíblia não foi escrita por 1 só homem, mas por vários e cada um deles tem o seu próprio estilo literário.
No tempo de Moisés havia muitos povos naquelas regiões que adoravam o deus pagão Baal, onde se ofereciam sacrifícios humanos. Um deus que tinha uma mulher deusa asherah. Além dos sacrifícios humanos havia prostitutas sagradas, os homens dormiam com elas para honrar esse deus.
o autor bíblico nas passagens mais controversas usou de uma linguagem pesada e violenta, movido por um profundo fervor religioso, indignado e revoltado por aquilo que via. O verdadeiro Deus deveria estar também indignado obviamente, mas bem longe de comandar massacres porque não é da sua natureza
Ler a bíblia é perigoso, principalmente o AT, quando uma pessoa não está preparada. Por isso S. Paulo foi muito claro :
- a letra mata, mas o espírito vivifica
agora não podem dizer que não dei a minha opinião, ah ah
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