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Jornal norueguês leva 3 bloggers ao inferno no Cambodja

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    Jornal norueguês leva 3 bloggers ao inferno no Cambodja

    "O que acontece quando se leva três adolescentes noruegueses a conhecer os trabalhadores que fazem as nossas roupas?" A pergunta é o mote para uma reportagem e experiência de um jornal noruguês. O Aftenposten levou três bloggers de moda até Phnom Penh, no Camboja, onde durante um mês viveram as vidas de outros, os trabalhadores das fábricas de têxteis. A experiência foi documentada na série "Fábricas de roupa: moda que mata" e acabou em lágrimas.
    "Não aguento mais. Que tipo de vida é esta?" pergunta Anniken, em frente à câmara que a seguiu a ela e a Frida e Ludvig, três jovens de 17 anos, numa viagem pelas vidas dos trabalhadores das fábricas têxteis - embora poucas tenham aberto as portas à equipa.
    Ao longo da série, os baixos salários dos trabalhadores, que nunca lhes permitirão comprar as peças que costuram e não chegam sequer para a comida, a rotina, e as más condições de trabalho e de vida chocam os jovens, que rapidamente se apercebem que vivem num "bolha", mas demoram até parecer realmente afetados.
    "Os jovens da Noruega gastam uma quantidade enorme de dinheiro em roupas, mas não fazem ideia onde elas realmente são produzidas", diz o realizador norueguês Joakim Kleven, responsável pelo projeto, citado pelo Globo. Foi isso que quiseram mostrar aos três bloggers, mas também a todos os outros, explica. E também Kleven acabou por chorar atrás da câmara. "Não foi nada fácil. Penso nisso até hoje."
    Para Annike, autora de um dos blogs de moda mais lidos do país, a viagem mudou a sua perspetiva sobre a moda e sobre a vida. "Talvez agora, de uma vez por todas, se possa acabar com isto", escreveu no blog.
    Depois do lançamento do projeto, a H&M emitiu um comunicado em que garantia que as fábricas retratadas não são usadas pela cadeia e recordou que a empresa está envolvida no programa da Organização Internacional do Trabalho para melhorar as condições de trabalho no país.
    Esta não é a primeira vez que as grandes cadeias de roupa ficam debaixo de fogo pelas más condições em países como o Camboja ou o Bangladesh. O colapso de uma fábrica que produzia roupa para marcas como a Primark e a Benetton, em abril de 2013, e que causou a morte a mais de 1100 pessoas, foi talvez o momento que gerou mais atenção para as práticas empresariais nestes países.
    A série do Aftenposten está disponível em cinco episódios de dez minutos, disponíveis com legendas em inglês e espanhol, no site do jornal.

    "Que vida é esta?": Bloggers de moda experimentam a vida de um trabalhador no Camboja - Globo - DN
    Link da Reportagem (tem os idiomas inglês e espanhol): Sweatshop - Aftenposten


    Isto é uma temática que passa ao lado de muitos de nós. Na ingenuidade de uma compra não temos consciência que poderemos estar a alimentar máquinas devoradoras de homens.

    Interrogo-me muitas vezes qual será a cara humana por trás daquela etiqueta com preço baixo.

    Será o que estou a pagar a menos se baseia por estar a pagar o que realmente a peça custa, havendo uma relação directa ao custo verdadeiro da matéria-prima, potenciado pela fabricação em massa e por custos de mão de obra mais baratos em outras periferias do globo, ainda que salvaguardando os direitos mais básicos ao trabalhador. Sem descuidar das questões ambientais?


    Ou será tudo o que eu disse não existe e hoje compra-se barato porque não se tem em conta mais nada que o custo por peça?


    Isto é algo que me preocupa, custa-me um pouco ver às vezes caras conhecidas na televisão com um discurso de esquerda e com roupa talvez feita por um pé ralado asiático. Sejam, no mínimo coerentes com aquilo que defendem e dizem. Pois, duvido que comprem roupa às marcas mais caras, certamente símbolos do grande capital.



    E também necessitaremos de viver neste consumo desenfreado? Confesso que até tenho algum cuidado no que visto e prefiro sempre peças com um bom value for money. Porém, não consigo às vezes pensar no que estará na fonte de toda esta cadeia e se isso valerá a pena?


    PS: Creio que esteja na hora de haver outra Revolução Industrial, pois a sensação que tenho foi que se libertou o homem dos campos para o aprisionar nas fábricas.

    Está na hora de haver uma Revolução Industrial, no sentido em que se tire o homem da fábrica e que lá só fiquem as máquinas.

    O potencial humano é demasiado valioso para ficar preso a trabalhos repetitivos em linhas de produção em massa.

    #2
    É uma questão à qual não estou alheio e até já tinha feito referência ao "dumping social", noutros tópicos sobre roupa aqui no fórum.

    Não são apenas as condições precárias a que esses trabalhadores estão sujeitos, os salários de miséria, largas horas de trabalho, há técnicas/materiais usados nos processos de produção que são altamente tóxicos, poluentes e alguns deles matam milhares de trabalhadores anualmente.

    O melhor conselho, além da informação que está ao alcance de uma pesquisa no Google é comprar "Made in Portugal".

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      #3
      A situação se deve ao facto da má organização do país em causa contudo a verdade é que a vida sem essas fábricas ainda iria ser pior.

      Há quem se aproveite de isso

      Comentário


        #4
        O maior drama nem sequer são as condições de trabalho nessas fábricas.

        O maior drama é perceber que essas pessoas não têm grandes alternativas nesses países. Ou seja, aquelas fábricas ainda são o melhor que eles encontraram!

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por singularidade Ver Post
          A situação se deve ao facto da má organização do país em causa contudo a verdade é que a vida sem essas fábricas ainda iria ser pior.

          Há quem se aproveite de isso

          Originalmente Colocado por eu Ver Post
          O maior drama nem sequer são as condições de trabalho nessas fábricas.

          O maior drama é perceber que essas pessoas não têm grandes alternativas nesses países. Ou seja, aquelas fábricas ainda são o melhor que eles encontraram!
          Estão ambos errados. Nesse país assim como nos demais que têm esse tipo de práticas, também existem outras realidades.

          Como essas empresas não são obrigadas a mudar as condições, e existe procura para esse tipo de produto, não há mudança.

          A mudança implica um aumento do preço final e a maioria dos consumidores não está disposta a isso.

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            #6
            Há uma coisa que se chama competitividade e economia e é um problema do c... se queres saber.

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              #8
              Um gajo refletindo tem solução para tudo, o problema aparece quando nos apercebemos.... Há pois... o mundo não é assim tão perfeito.
              Nao conseguimos mandar em tudo e em todos e quando queremos, bem... Digamos que basta ver o resultado de experiências passadas na nossa história. Não é fácil nem é de solução a curto prazo.

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                #9
                Os capitalistas benfeitores quando contratam serviços nos países asiáticos, estão a pensar no bem que estarão a fazer naquelas populações. Sem dúvida uma oportunidade de uma vida!


                Não nego que as forças nesta luta estejam desequilibradas, mas mais um motivo para que os mais fracos estejam mais protegidos.

                Já agora, uma iniciativa que tenta lutar por si só contra o que fora aqui enunciado.


                El Naturalista shoes: comfort and design - El Naturalista


                http://www.elnaturalista.com/pdf/mem...d_enero_es.pdf

                PS: De facto, a produção situa-se na zona franca de Tanger. No entanto, as instalações em Marrocos são da própria empresa só por si garante que existam uns maiores cuidados com os trabalhadores, assim o creio. Seria uma enorme hipocrisia uma empresa que se diz importar com as pessoas, depois com os seus próprios trabalhadores existisse uma relação diferente.
                Editado pela última vez por nferrari; 27 January 2015, 20:07.

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                  #10
                  Vi até à parte do "Egipto". A verdade é que na altura de pagar a maioria das pessoas prefere pagar menos, mas o lucro das empresas tem de vir de algum lado, e, como sempre, quem paga a factura é quem está no fundo da cadeia, o desgraçado do trabalhador. Já diz o ditado - o que os olhos não vêem o coração não sente.

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                    #11
                    Originalmente Colocado por 206Hdi Ver Post
                    Estão ambos errados.
                    WTF ?

                    Quando escrevi "essas pessoas", estava a referir-me aos trabalhadores, que não encontram empregos melhores.

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                      #12
                      Engraçado que aqui já não há capitalismo moralista.

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